quinta-feira, dezembro 30, 2010
terça-feira, dezembro 28, 2010
LULA E O TREM DA HISTÓRIA: GOOD BYE, BLUE SKY
ANTES
Ainda é cedo... para uma avaliação mais apurada do que foi esse período Lula. A extensão desse período carece de tempo para ser sintetizado...
As conseqüências mais significativas só serão percebidas depois de um certo tempo. Só após essa maturação poderão ser melhor identificadas e mensuradas!
Nada melhor que o juízo histórico!
O tempo conserta muitas coisas... Até certos concertos...
O tempo conserta muitas coisas... Até certos concertos...
Good bye, blue sky...!!!
AGORA....
sexta-feira, dezembro 24, 2010
UNÇÃO VERMELHA
O campo político possui complexidade própria, singularidades. Longe de ser um totem (canguru, camaleão etc.), como alguns intelectuais pensam, o senador Sarney é simplesmente um político brasileiro, cujo padrão difere bem pouco do existente (em grande volume) em todas as regiões do Brasil desde o Império. O que o difere é que nenhum outro teve tanto tempo de fama nem estruturou de forma tão sistemática e profissional o mandonismo.
Hoje o senador Sarney é um senhor que já demonstra as marcas do desgaste físico de 80 anos vividos. Carregou, como qualquer outro, as marcas de seu tempo, mas, teve a habilidade de perceber as oportunidades que se abriram em cada nova conjuntura. Sempre pondo à frente o princípio da sobrevivência, cedeu, negociou e ajustou-se, quando necessário.
Por outro lado, soube, e sempre fez com constância, remover, abortar e diminuir a ascensão dos adversários. Engessou mais de quatro gerações, que ficaram na periferia do poder ou excluídas. Impediu, sem medir esforços, qualquer renovação do quadro político fora de mando ou sem sua tutela.
Temos hoje uma classe política e uma elite política muito velha, não só pela faixa etária avançada, mas pela força dos novos que já nascem velhos (velhacos). É velha também pelo esgotamento, descompromisso, falta de idéia e vontade para responder positivamente aos graves problemas vividos pela sociedade maranhense.
Quem já teve o trabalho de conhecer a biografia do senhor José Sarney encontrou: ex-deputado federal, ex-senador pelo Maranhão, ex-governador do Maranhão, senador pelo Amapá, presidente do Senado e ex-presidente da República. Isto é, uma vida inteira ocupando mandatos eletivos. É isso mesmo, cargos por meio eletivo. Onde reside a força desse voto?
Para completar seu conteúdo curricular, o senador Sarney foi ungido pelo companheiro-mor Luiz Inácio Lula da Silva: “O Sarney foi meu companheiro fiel, leal das horas difíceis”. “Cidadão incomum” (título nobiliárquico).
Quem já observou sabe que o senador tem como marca ser leal aos que são leais a ele.
Quem mudou? Foi Sarney quem pulou de lado? Foi Sarney quem mudou de cor? Ou foi Lula? Ou foram ambos?
Na verdade tudo mudou. Parafraseando Heráclito... O mesmo Sarney não banha duas vezes no mesmo PT. Ou o mesmo PT não banha duas vezes no mesmo Sarney.
Resta saber se a unção é igual à unção dos enfermos. E para quem...
Eis a “dialética” do “SEMPRE”!
(Publicado originalmente em 08/12/2007. http://ethospolitico.zip.net)
quarta-feira, dezembro 22, 2010
O PAPAI DO CAPITAL
Antes do Cristianismo, bem antes, já existiam comemorações no atual período natalino cristão. Isto é, o dito mundo pagão tinha suas celebrações "natalinas".
O processo civilizador cristão acabou colocando ao mundo o Natal como nascimento do Cristo. Fundando um novo marco temporal, um novo tempo. Porém, a modernidade, a sociedade da mercadoria universalizou o velho culto pagão e confrontou o nascimento de Jesus diante do capitalismo.
Desde então o enfrentamento é entre Fraternidade, solidariedade, caridade fraterna, desapego material, amor pautado na humildade versus o afeto quantificável, materializado na mercadoria, no ter para poder ser, no crediário, no cartão de crédito, no lucro e na concorrência de mercado.
Papai Noel não representa uma mera sobrevivência dos antigos cultos pagãos, mas a mais avança tecnologia de marketing capitalista. O Gordo bonachão faz caber todos os fetiches da mercadoria em um só saco e pode ser associado a qualquer bandeira de cartão de crédito. Sem nenhum constrangimento é feliz vendendo, anunciando o brilho do consumo sob a oração: Master Visa, Master Dei!
Se tem alguma constribuição valiosa de Marx, outro velho barbudo, é a ironia que fez sobre o fetichismo da mercadoria. O fetichismo da mercadoria é uma das mais dramaticas formas de desumanização, transformar o que há de mais humano, os sentimentos afetivos, em coisa.
Marx e os marxista compreenderam o fetichismo da mercadoria como um tragédia do capitalismo, mas cada vez fica mais evidente que é um drama da humanidade.
FELIZ NATAL... GRAÇA, LUZ E AMOR A TODOS OS LEITORES...
O GRANDE PRESENTE É TER A CAPACIDADE DE AMAR O PRÓXIMO...ISSO NÃO TEM PREÇO!
OBRIGADO PELAS VISITAS CONSTANTES... OS LEITORES ESTÃO AUMENTANDO!
MINHA GRATIDÃO!
quarta-feira, dezembro 15, 2010
O Maranhão Lava Mais Branco
Depois de inúmeras inaugurações e re-inaugurações de óticas... a antiga Ilha das Flores, posteriormente também Ilha dos Amores, tornou-se a Ilha dos Deficientes visuais (quase ou totalmente cegos). Só lembrando: óculos é um bem durável... não se troca todo dia, nem todo mês.
Bem... chegou o momento que não tinha mais onde enfiar ótica... Veio então a idéia das farmácias, nossa... Baita sacação do capo. Começou a florar farmácia em cada quarteirão de bairro, nos shoppings e às margens das avenidas.
A Ilha dos Cegos agregou mais o status de enfermos medicados. Parece que o povo trocou alimento por remédio. Mas também faltou lugar para tantas farmácias...
A próxima e bem aventurada idéia foi as revendedoras de automóveis. Esses não precisaram inaugurar tantas outras lojas, só necessitavam multiplicar extraordinariamente as vendas. Recordes e mais recordes de vendas. Nem as lojas de carro de São Paulo vendiam tanto carro como aqui... Tinha até um pop-star-car. Celebridade da venda de carro!
Os cegos alimentados por remédios estão todos com automóveis. A Ilha dos Cegos, medicados, motorizados não estava completamente acabada. Algo estava faltando para turbinar essa dinâmica...
Eis que numa bela manhã, sob uma árvore mágica, o capo viu cair uma folha com uma planta baixa gravada nela. Condomínios verticais e horizontais proliferaram em todos os cantos, dunas, alagados, aterros, bancos de areia. Apartamentos milionários; todos vendidos na planta. Sucesso imobiliário total. Apartamentos mais caros do que os construídos nas áreas nobres de São Paulo.
Os cegos, medicados e automobilizados contemplam o mundo do alto das sacadas de seus belos apartamentos.
Apesar de tanta perfeição, o capa, percebeu que algo mais poderia ser feito, principalmente com tantos carros circulando, não era suportável um número tão baixo de postos de combustíveis. A partir dessa iluminada percepção, no mínimo, dois postos de combustíveis foram inaugurados a cada mês.
Algo bem compatível. Se o povo já está saciado de remédio e óculos, nada melhor que fazer limpeza com gasolina. Como o abastecimento de água é precário, a multiplicação dos postos de combustíveis talvez seja uma medida extraordinária em prol da saúde pública. Esse afortunado povo vai poder lavar e banhar com gasolina.
Mas como a realidade não é perfeita, há sempre algo para fazer. Então o capo viu que era preciso ampliar a rede de hipermercados. Como num conto de fadas... surgiram seis no intervalo de três anos. Em nenhum ramo da atividade produtiva e empresarial houve registro de expansão tão rápida e volumosa. Tem de tudo nesses hiper-armazéns.
Diante de tantas coisas grandiosas e milionárias emergem, em contraste, os indicadores sociais e econômicos do Maranhão, registrados pelo o Ipea, IBGE, Unesco. É só ver para entender a mágica!!!
A fartura de óculos não deu jeito na “cegueira” das autoridades responsáveis pela fiscalização e repressão a tais mágicas. Em nenhum outro lugar se lava tão fácil e tão tranquilamente como aqui.
domingo, dezembro 12, 2010
OS QUE VIVEM DA POLÍTICA
Há os que vivem para a política... e os que vivem da política. Na lógica dos que vivem da política... sua participação tem valor monetário. Portanto, seu representante-parlamentar acaba sendo caro para seu bolso e nefasto para o interesse geral.
A representação enquanto expressão de uma vontade coletiva e a representação da própria coletividade que a expressa, assume, cada vez mais a forma de um serviço, ato de venda de um serviço, pura ação mercadológico e comercial. Não traz mais marca de virtude cívica: servir à causa pública. Sua liberdade de expressão e participação gera um custo no do mercado eleitoral.
Além de aposentadorias diferenciadas e um regime de trabalho pra lá de ameno e flexível.... Os senhores do poder ainda gozam de um virtuoso salário. Agora bem maiores, com os expressivos aumentos que pretendem conceder a si mesmos. Os parlamentares vão votar, antes do recesso, um reajuste de 61,8% nos vencimentos de senadores e deputados federais. Ano novo, governo novo e salário gordo!
O elitista Richelieu não suportava a idéia dos pobres participarem do poder. Por isso, defendia a gratuidade do cargo público para evitar que os pobres ocupassem cargos públicos. O objetivo de Richelieu é antidemocrático, mas a idéia da gratuidade pode ser aproveitada, não para excluir pobres, mas para barrar os que querem viver da política, sugando-a.
sábado, dezembro 11, 2010
Liberdades
Em Diálogo em torno da República Maurizio Viroli e Norberto Bobbio travam um debate sobre as distintas liberdades: liberal, democrática e republicana. A liberdade negativa (liberal) se baseia na ausência de impedimento, já a liberdade republicana pauta-se na não submissão à vontade arbitrária de outro indivíduo e, por fim, a liberdade democrática cujo fundamento está na autonomia (vontade) de poder decidir quais as normas que devem reger a vida social, que se autodetermina (“não conformista que raciocina com a própria cabeça, é imparcial, não cede a pressões, adulações, promessas de cargos” – Bobbio).
Quanto ao Brasil, me parece, carecemos de todas essas liberdades, principalmente as de tipo republicana e democrática.
O Maranhão...é impossível até imaginar....
terça-feira, dezembro 07, 2010
FATOS PONTUADOS
PROMESSA PÚBLICA É DÍVIDA COM O PÚBLICO – Senhora Governadora Roseana prometeu construir 72 hospitais até o final desse ano. Ninguém vai comprar legalmente isso? Trata-se de uma promessa pública! Quando ela disse que ia construir até o final do ano, estava e devia estar falando enquanto Governadora. Pois um candidato não pode construir. Como o mandato só começa em janeiro, não poderia ser promessa de campanha da candidata, mas da governadora. É ato impossível um candidato realizar obras públicas antes das eleições e antes de assumir o cargo, que só ocorrerá no ano seguinte. Portanto, foi a Governadora que fez uma promessa pública e deve prestar conta publicamente da realização ou não de tal promessa. O melhor Governo da vida dela (mas não vai ser de nossas vidas).
NENHUM CENTAVO – Lula onipotente disse que não cortará nenhum centavo do PAC, ora o PAC já é um imenso corte, mais da metade está virando obras inacabadas, bem reprise do que ocorreu no final da Ditadura Militar. O outro detalhe é que ele ainda não percebeu que acabou, que fora da Presidência não vai ter mais como exercer as funções de Presidente. É preciso acordar para a forma impessoal do poder da Presidência. Em final de mandato, todos encontram um motivo para não obedecer. Presidente, o mandato acabou!
A MORTE DA ILHA REBELDE – Castelo como prefeito de São Luís soa com vingança das forças reacionárias. Logo ele que oprimiu as frações que representavam a rebeldia da ILHA. Castelo prefeito de São Luís simboliza o enterro da ilha literária, politizada e crítica. É a própria feiúra que passou a imperar na cidade, que perdeu sua face, sitiada por um mar de gente destroçada pela miséria! Eis a massa sobre a qual foi moldada a morte da Ilha Política, Atenas Brasileira. O cartão postal fúnebre é a Biblioteca Benedito Leite fechada e em ruína.
São Luís carece de uma intervenção urbanística maciça, precisa criar novos espaços de circulação, lazer e vivência pública. A cidade precisa de novos marcos arquitetônicos e culturais, o que não implica abandono do que existe, pelo contrário, fortalecê-los em um outro patamar. Castelo é o estereótipo do político tradicional mandão, cheio de falatório e performance exótica, que desdenha do conhecimento e da razão. Quem contribuiu para matar a Ilha Rebelde? Jackson Lago! Ele foi o que mais barganhou com essa ideologia e também foi o que deu o golpe mais mortal sobre ela.
Jackson ajudou decisivamente Castelo a se eleger prefeito de São Luís. Com isso, não só absolveu o maior ícone da anti-rebeldia, mas ajudou decisivamente o sarneísmo a consolidar o ideário do homogêneo e do indistinto. Isto é, todos são iguais. O que resulta na seguinte questão prática: para que recusar os Sarney se todos são iguais?
Castelo, para completar a obra de matar a Ilha Rebelde, agiu de forma decisiva para Roseana ser bem votada em São Luís e evitar o segundo turno na eleição de 2010. Garantindo a vitória para Roseana. Com isso hegemonizou o modelo do atraso, anti-progressiSta, anti-esquerda, anti-republicano e anti-democrático. Tudo que a Ilha Rebelde sempre detestou. Castelo/Roseana vão fortalecer o clientelismo, o patrimonialismo, o nepotismo, o filhotismo, o clã familiar e a anti-meritocracia.
OS MORROS E OS BOBOS – Passado o calor do entusiasmo, da esperança de ver os governantes agirem em prol da segurança e do bem estar coletivo, vem o frio crítico racional. Cadê aquelas levas de marginais armados que foram filmados fugindo ou andando em fila indiana pelas favelas antes do “cerco”?
Olhando em detalhes e através das reportagens recentes, nota-se que é preciso investigar o “cerco”. Saber como tantos bandidos desapareceram e quase ninguém foi preso ou morto. Já são visíveis as falhas, que nada mais foram que facilitações cúmplices com o crime. Colocar as Forças Armadas dentro de uma armação dessa precisa ser repensado, ou colocar as Forças Aramadas á frente e no controle, pois senão vai servir de tola diante o esquemático sistema infiltrado na polícia carioca que tem ligações com o crime.
“O cerco” não foi um cerco diversas rotas e vias de fuga foram deixadas sem vigilância e controle, parte de mata e até pedreiras. Galerias ficaram livres para a circulação dos bandidos e inúmeros moradores já denunciaram que propina.
Vejamos: como o serviço de inteligência não sabia que lá houve obras do PAC, que se tratava de galerias, os acessos das mesmas e suas dimensões? Por que as pedreiras e tantos outros pontos não vigiados? Por que os helicópteros não continuaram filmando a rota e deslocamento dos bandidos? Por não se efetivou logo a ação de subida e durante o dia? Quem ordenou o adiamento? A noite foi usada para facilitar as fugas? Cadê as correntes de ouro que os bandidos usavam? Cadê a grana da comercialização da droga? Cadê a droga? Só tinha maconha lá? Por que não estão utilizando cães farejadores? O Governo fez acordo com os bandidos? Quem inventou que tem anunciar para o bandido a hora que vai ocorrer o ataque e o equipamento que vai ser usado? Nós não merecemos o papel de bobo em período natalino.
sábado, dezembro 04, 2010
A PERSISTÊNCIA DA MEMÓRIA CONSERVADORA
Na obra “Persistência da Memória”, de Salvador Dalí, os relógios aparecem como se estivessem em derretimento. Dotados de tal elasticidade vão assumindo formas diversas, ajustadas às superfícies das estruturas sobre as quais estão pousados. Aderem mansamente aos cantos e curvas do meio.
Se Salvador Dalí teve tal idéia pensando sobre a estrutura do queijo Camembert, para representar a irrelevância do tempo, Florestan Fernandes (em A Revolução Burguesa no Brasil, 1974), por sua vez, concebeu tal cena refletindo como no Brasil as antigas estruturas de poder se flexionam visando a perpetuação no controle e no mando político, tornando quase irrelevante a passagem modernizadora do tempo.
Os fósseis do mandonismo e do atraso estão aí mesmo para provar.
quarta-feira, dezembro 01, 2010
DARWINISMO POLÍTICO LULISTA
Em Estreito (MA) - Lula protagonizou uma cena inesperada para quem vai sair da Presidência com um índice de aprovação altíssimo, "nunca visto antes na história". Então, que fez o Presidente ficar tão irritado no Maranhão? Por que estava tão inquieto e sem humor?
Quem pensa que a irritação de Lula foi só com a pergunta sobre a “oligarquia Sarney” está enganado. O Presidente também não foi nada tolerante quando teve que responder sobre as mensagens do wikileasks, que revelam farpas entre dois ministros seus.
No ápice de sua irritação, Lula enganchou o evolucionismo e a política em só sopro de repente. O que devem ter pensado, no além, Platão, Aristóteles, Maquiavel e Darwin? Difícil saber, mas deve ter ocorrido um ai, ai, oiô, oiô ou algo assim. Aqui, é óbvio, virou uma tese na cabeça da Marilena Chaui.
Lula estabeleceu, no Maranhão, essa nova teoria evolucionária, partindo do pressuposto que tudo que é contra Sarney é um estado atrasado, ou estágio inferior da evolução política. Não bastando ele crer, quer que todos acreditem na sua crença. Lula detesta ser contrariado.
O homo sarneyus, segundo Lula, seria o estágio mais avançado da evolução política, o ápice do zoon politicus.
Nessa concepção evolutiva vale tudo para permanecer no poder, sobrevivem os mais espertos, os mais sem coerência e os que mais fogem de princípios.
Lula tem vários méritos, mas a irritação não vai tirar da sua biografia que foi o Presidente mais fiel ao maior oligarca depois de 1930 e a herança mais destacada do período ditatorial. Eis o genuíno darwinismo político lulista!
Nem todos têm essa evolução ou querem merecer tal coisa! Muitos são os que preferem a situação primitiva da coerência e da não-relativização de todos os seus princípios!
Eis a questão, Presidente!
terça-feira, novembro 30, 2010
Uma rapidinha: Pontuando Política & Curiosidades
Ministério Público Federal quer investigação no programa Minha Casa, Minha Vida. O MPF desconfia de formação de cartel e já enviou ofício à Secretária de Defesa Econômica. Se o MPF se dedicar mesmo a investigar esse Minha Casa, Minha Vida...em todos Brasil vai encontrar irregularidades e favorecimentos de toda ordem. O dinheiro está vazando pelo ladrão!
O site da Wikileaks revela mais documentos e mostra que as embaixadas americanas são pontos de espionagem. Em documento os USA reclamam do Brasil pela a ausência de uma legislação definindo terrorismo. Ver no wikileaks.org.
Dilma ensinou política marxista-leninista aos trabalhadores. A presidente queria conscientizar o proletariado para mudar o Brasil. O tempo conserta muitas coisas. A campanha foi feita em cima das conquistas econômicas, leia-se: pujança capitalista. Classe C consumindo mais. Além disso, pediu voto para Roseana Sarney, fóssil da ditadura o do mandonismo. É o que diz o ditado: “faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço”.
A usina de Estreito. Já começou a encher o reservatório. Lula bateu a mão no botão. Hidroelétrica energia limpa, mesmo apresentando alguns problemas como inundação de enormes áreas, deslocamento e remoção de comunidades. Agora..soa estranho a termoelétrica em Miranda, e as que querem instalar em São Luís. Qual é o esquema? Termoelétrica é a coisa mais ultrapassada e poluente que existe. Quem está lucrando em cima dessa tragédia? Por que não se investe em energia eólica, solar e de força marinha? No Maranhão não existe consumo para toda essa oferta, o que há é um esquema de liberação para implantação desses monstros poluidores que são as termoelétricas.
Festival de gastronomia no Mercado Central. Falta garantir condições em termos de higiene, segurança e atendimento. O chão há tempos não é lavado, mendigos, jovens drogados a todo instante caem sobre a mesa pedindo um pouco da comida, no final você fez uma boa ação humanitária, mas volta com fome, pois tem que dar a comida toda.
Já fui agredido verbalmente por uma senhora “proprietária de um restaurante” do Mercado Central. Motivo: sentei na “cadeira dela” e tinha feito um pedido no restaurante vizinho. Não vi as “diferenças” nas mesas e cadeiras, sentei para esperar minha comida. Antes de ser avisado ou informado, fui agredido verbalmente por essa senhora, “dona do pedaço”!
Os espaços públicos de São Luís são todos privados. São nesses espaços que você é mais violentamente maltratado. Nítida cumplicidade da Prefeitura para dando continuidade ao velho esquema de apadrinhamento e clientelismo nas licenças. Só fica e só exploram esses lugares os aliados, os cabos eleitorais do prefeito e dos vereadores. Herança do domínio jacksonista na prefeitura.
segunda-feira, novembro 29, 2010
RIO: FORÇAS ARMADAS EMPRESTARAM CREDIBILIDADE E A OPERAÇÃO PASSOU A SER APOIADA PELA POPULAÇÃO.
ilustração: francisco araujo |
O êxito da operação militar no Complexo do Alemão tem um fator importante: a colaboração da população. Pela primeira vez as pessoas colaboraram. Por que isso não ocorria antes? Porque as operações eram marcadas por violência e sem respeito às garantias individuais e coletivas. A população era duplamente agredida. Havia excesso e a população era oprimida tanto pelas tropas da bandidagem quanto pelas tropas da polícia. Além disso, as operações não traziam nenhuma promessa de paz e proteção continuadas, de melhores condições de vida e garantias à população que compõe o complexo.
A participação das Forças Armadas foi crucial para gerar confiabilidade na população e fazer os bandidos se sentirem mais acuados. Atirar contra as Forças que representam a segurança nacional tem um peso psicológico e simbólico grende. Vai brigar com o Brasil... ? Equação difícil para aquela molecada armada e enrolada com a criminalidade.
Outra questão não quer ser esquecida. Por que isso não foi feita antes? As classes médias consumidoras de drogas ilícitas glamourizavam a bandidagem, minimizavam a questão e patrulhavam as opiniões contrárias. Não só demonizavam a polícia e enalteciam o papel social dos bandidos: como “promotores de benefícios sociais”, como também ocultavam a triste condição de reféns em que viviam os moradores.
As demais frações das classes médias ficavam alienadas no interior dos “seus mundos distantes” ou eram enganadas na sua boa fé. Essas últimas, em grande medida, passaram a acreditar que tinham que aceitar a barbárie dos bandidos, porque eles eram frutos de uma injustiça social, vítimas da omissão do Estado. Numa prática de autopunição silenciosa.
As primeiras, isoladas nos seus condomínios fortificados, shoppings de luxo, no calor do consumo de bens caros e presas à fé da ascensão social por puro mérito individual e individualizadas, não quer ver a favela e os favelados que se entendam.
Em todas essas frações das clásses médias existem pessoas que sustentam o tráfico enquanto consumidores vorazes, mas que não se sentem responsáveis e ainda gozam de um privilégiodo no aparato legal, que os exclui de qualquer punição.
As demais frações das classes médias ficavam alienadas no interior dos “seus mundos distantes” ou eram enganadas na sua boa fé. Essas últimas, em grande medida, passaram a acreditar que tinham que aceitar a barbárie dos bandidos, porque eles eram frutos de uma injustiça social, vítimas da omissão do Estado. Numa prática de autopunição silenciosa.
As primeiras, isoladas nos seus condomínios fortificados, shoppings de luxo, no calor do consumo de bens caros e presas à fé da ascensão social por puro mérito individual e individualizadas, não quer ver a favela e os favelados que se entendam.
Em todas essas frações das clásses médias existem pessoas que sustentam o tráfico enquanto consumidores vorazes, mas que não se sentem responsáveis e ainda gozam de um privilégiodo no aparato legal, que os exclui de qualquer punição.
Em foco. Foi preciso a violência dos criminosos descer os morros em bloco e desfilar intensivamente pela cidade para que o Estado procurasse dar uma resposta mais confiável.
Na verdade, a iniciativa foi dos bandidos, sem a ação agressiva e expansionista deles, talvez tudo ainda estivesse como dantes. Foi preciso colocar em xeque a imagem do Brasil internacionalmente para que aquelas populações-vítimas pudessem ganhar visibilidade social e reconhecimento das suas necessidades de cidadania.
O Estado acordou, mas não por ter visto o direito dos pobres em frangalhos, foi para não por em risco os direitos dos setores sociais médios e ricos, a menor porção da sociedade que goza de cidadania.
O Estado acordou, mas não por ter visto o direito dos pobres em frangalhos, foi para não por em risco os direitos dos setores sociais médios e ricos, a menor porção da sociedade que goza de cidadania.
Agora as classes médias não acreditam no que estão vendo nas suas TVs digitais e, admiradas, descobrem que os traficantes são filhos de alguma mãe, que essas mães também choram, que são jovens e crianças armadas etc. A mãe entregou o filho quando sentiu a força sendo empregada de forma moderada, respeitando a lei, sem flagelos e humilhações desnecessárias. Nítida demonstração de quem viva sobre o terror de todos e de tudo.
A questão aberta é: o Estado fortaleceu sua legitimidade através da adesão em massa dos cidadãos, mas sua omissão de décadas ficou totalmente exposta. Moral: o apoio á ação de força do Estado é, em síntese, um aprofundamento da exigência sobre o papel de governo do Estado. Os governos estão obrigados a oferecer condições de cidadania a essas populações, sob pena de tornar perigosamente crônica a descredibilidade na sua capacidade regulatória, promotora e defensora dos direitos civis, políticos e sociais. Enganar essa esperança é enterrar a política e entregar a vida aos impulsos da barbárie.
sábado, novembro 27, 2010
UEMA: CADÊ O RESULTADO? OPOSIÇÃO OU GOLPISMO?
Primeiramente quero deixar claro que sou a favor da apuração de toda e qualquer denúncia, independente do lado que a formule. No entanto, é preciso apresentar as provas, caso contrário, será um cúmplice.
Quando votei fiz uma opção não uma entrega de minha consciência, nem da minha crítica e liberdade.
A guerra judicial já estava preparada e, para nosso espanto, a dita oposição de esquerda da UEMA apareceu alinhada com o que há de mais reacionário e de extrema direita dentro da UEMA, não só isso, está mancomunada com o sarneísmo mais fervoroso e devoto. A prova cabal foi o ato de assinar a LIMINAR CONJUNTAMENTE COM OS SARNEÍSTAS. Desta forma, essa suposta oposição de esquerda se coloca no mesmo campo do que há de mais ferveroso da direita na UEMA.
A oposição supostamente de esquerda está endossando e alavancando o velho projeto reacionário de tirar das Universidades sua autonomia. O que essa oposição está ajudando a construir é UMA INTERVENÇÃO.
Os velhacos reacionários sonham ganharem o posto de reitor como interventores. O propósito é estender ao máximo essa luta judicial até o Supremo. Tudo planejado e orquestrado no bom modelo da direitona golpista. Carlos Lacerda e os milicos não foram tão sistemáticos.
Querer disputar e querer o lugar que ocupa o atual reitor é normal do jogo democrático. Assim como é legítima a discordância e ser oposição, em democracia isso não é uma concessão, é direito. No entanto, o que se ver é um jogo irresponsável e inconseqüente.
Por que a oposição quer retirar da comunidade acadêmica o direito de saber o resultado da eleição? Por que providenciaram para que a comunidade não soubesse o resultado de sua vontade? A resposta é: QUEREM ESCONDER QUE FORAM DERROTADOS!
Os votos foram apurados e tal processo foi feito sob os olhos de centenas de pessoas que testemunharam apuração. Quem viu sabe para quem o NÃO foi dado por alunos, professores e funcionários.
Os principais atores dessa tentativa golpista ficaram em qual colocação?
Nunca um resultado de uma eleição foi negado aos eleitores. Isso é um absurdo e nós que votamos e compomos a comunidade universitária queremos conhecer o resultado. É um direito nosso?
Se existem irregularidades que as mesmas sejam apuradas e tomas as devidas providências, mas o resultado deve ter publicidade.
O outro lado dessa história é a omissão gritante da entidade representativa dos professores que, até o presente momento, não se pronunciou e nem convocou seus associados para discutir e analisar a questão. Não podemos ficar a reboque. A UEMA não é constituída só de servidores. O sindicato dos servidores não pode ficar ditando unilateralmente a vida da UEMA.
O que a UEMA precisa é de eleição com voto de igual peso, com transparência e com respeito à vontade da maioria. Isso deve ser efetivado dentro do campo político da própria UEMA e mantendo a autonomia da Universidade.
A autonomia universitária é um legado da resistência democrática contra a ditadura e não vamos aceitar um retrocesso.
Fazer oposição é legítimo, mas a tomada do poder tem que ser pelo voto, respeitando o veredito da vontade da comunidade, sem isso é autoritarismo fascista!
Não vamos aceitar e nos calar diante de desatinos de eminências pardas, principalmente aquelas que livre e espontânea abandonaram os quadros da UEMA, mas que agora agem nos bastidores querendo nos impor seus delírios autoritários por intermédio de seus avatares!
sexta-feira, novembro 26, 2010
RIO: QUESTÃO DE ESTADO E NÃO MAIS DE CRIMINALIDADE
O Estado brasileiro está sendo desafiado pelo terror de criminosos. Não é um movimento político reivindicando o poder para instaurar uma nova ordem social e política, são criminosos espalhando o terror e atentando contra de cidadãos.
As forças armadas estão legitimadas constitucionalmente para defender a sociedade e a organização política. Há tempos esses criminosos deixaram as atividades criminais de tráfico, assalto etc. e passaram a desafiar o Estado, enquanto ordem política institucionalizada, enquanto soberania legitimada e com o monopólio do uso da violência.
O Governo Federal deve, com urgência, fazer as Forças Armadas cumprirem seu papel e manter a integridade da vida civil e da União.
Compreendemos que existe um longo histórico de abandono e falta de políticas públicas para criarem condições que evitem o ingresso de inúmeros jovens no mundo do crime, também sabemos e concordamos que a criminalidade não se enfrenta só com a repressão, mas em situações extremas de violência a resposta tem que ser a FORÇA. Não podemos tolerar o intolerável.
Os Direitos Humanos são universais e não uma exclusividade para algum setor social, ele tem que ser universalizado enquanto práticas e ações concretas. A sociedade não pode ser excluída desse direito, fazendo com que o mesmo seja um benefício exclusivo de uma parcela menor da sociedade, principalmente, quando esta minoria põe em risco a existência da maioria da sociedade, ainda mais de forma injustificada e injusta.
As ações da política de entrar na favela é ineficaz à medida que deixa os criminosos fugirem.
Esses criminosos precisam ser cercados, sitiados até a rendição ou até caírem no enfrentamento.
Considero mais adequado e menos traumática a ação das tropas militares com experiência em guerrilha urbana, os soldados com passagem no Haiti estão em condição de entrar em ação e o Governo Federal não deve vacilar, tem que agir. Agora é hora da mão amiga do exército, blindados, armamentos pesados e artilharia. Quem não é bandido se identifica, colabora e sai da linha de guerra. O Brasil não pode ficar refém de quadrilhas de delinqüentes, não podemos nos esconder e ficar acuados, nem ter medo das “críticas” de porra-loucas irresponsáveis.
As ações da política de entrar na favela é ineficaz à medida que deixa os criminosos fugirem.
Esses criminosos precisam ser cercados, sitiados até a rendição ou até caírem no enfrentamento.
Considero mais adequado e menos traumática a ação das tropas militares com experiência em guerrilha urbana, os soldados com passagem no Haiti estão em condição de entrar em ação e o Governo Federal não deve vacilar, tem que agir. Agora é hora da mão amiga do exército, blindados, armamentos pesados e artilharia. Quem não é bandido se identifica, colabora e sai da linha de guerra. O Brasil não pode ficar refém de quadrilhas de delinqüentes, não podemos nos esconder e ficar acuados, nem ter medo das “críticas” de porra-loucas irresponsáveis.
Ao cidadão cabe um posicionamento político firme. Fica a favor da ordem do horror dos facínoras ou do lado da ordem do Estado que aí está. Eu prefiro, com todos os defeitos, a ordem do Estado que aí está.
Que as Forças Armadas cumpram com seu papel constitucional!
quinta-feira, novembro 25, 2010
O PT ESTÁ AÍ MESMO: VIVO
Deixando um pouco de lado os ciúmes, as rixas, invejas e vaidades internas... o PT do Maranhão está vivinho da silva eleitoralmente. O voto na legenda foi significativo e a chapa de deputado estadual, sem coligação formal, saiu-se muito bem. Tal fato não seria muito diferente se tivesse montado uma chapinha para deputado federal (coligação com legendas e candidatos com menor peso eleitoral). Muito provável que a chapinha viabilizasse a eleição de outro candidato além de Dutra. Teria sido bem melhor para os candidatos Monteiro e Terezinha. Mas, isso aí é tudo que Sarney não queria, pois afetava a parte principal do seu plano de sobrevivência: ter com larga vantagem as vagas de deputado federal.
Há quem ache que a coligação PMBD/PT montada pelo senador Sarney era só para pegar os minutos e com isso barrar a ameaça Flávio Dino. Seria um lance pequeno demais para tanto esforço. Só isso não atenderia todos os itens de sobrevivência de seu grupo. O campo da disputa eleitoral precisava ficar mais limpo para seus candidatos ao Senado e necessitava eleger o maior número de deputados federais possíveis. Pois é assim que o senador fica municiado para barganhar junto ao Planalto e, a partir de lá, recriar as condições de sua permanência. (As condições locais serão discutida em outra oportunidade)
Como vai ser o amanhã do PT no processo eleitoral de 2012? O PT não está tão fraquinho e sem munição eleitoral como muitos pensam. O PT está, nesse aspecto, bem vivinho, mesmo com uma condução tortuosa... Para uma posição significativa em 2012 basta um mínimo de unidade. O PT vai ter um tempo maior de televisão, tem três deputados estaduais e manteve o seu deputado federal, posição que nenhum outro partido vermelho vai ter em 2011. Seria um equívoco ficar apenas na condição de legenda auxiliar de partidos sem a densidade parlamentar e eleitoral do PT.
Só falta um pouco de bom senso para o PT ter uma participação brilhante em 2011, principalmente na disputa eleitoral pela prefeitura de São Luís. Nome competitivo o partido tem...
terça-feira, novembro 23, 2010
UEMA: O VELÓRIO DOS SUPREMOS DEUSES
O processo eleitoral da UEMA é complicadíssimo, até para direção de curso é lista tríplice. Se aparece um só candidato inscrito não há eleição. Absurdo mantido durante décadas, portanto, não nasceu agora. Só querer remendar e ainda mais em período eleitoral é casuísmo cínico.
Dito isso, quero dizer que a oposição existente na UEMA é tão velha quanto a situação, e nisso, tem cumplicidade. Por que a oposição aceitou esse modelo todos esses anos?
A grande questão da eleição na UEMA é se o atual reitor pode ou não ser candidato. Pode?
Se os contribuintes pararem para pensar um pouco... lembrando dos seus filhos que estão lá precisando de uma boa formação...vão logo perceber que essa querela em nada servirá para sanar as atuais demências da entidade...
A disputa judicial travada não evoca nada de mais substancial do ponto de vista da democracia... Apenas expõe a pobreza acadêmica do processo. Se fosse mesmo para resguardar valores democráticos... o questionamento devia ser do modelo eleitoral como um todo.
É notório que Roseana está fazendo escola de tapetão. A vontade dos eleitores parece que não conta nada..os caras querem ganhar de qualquer jeito. Essa judicialização do processo eleitoral convoca, por tabela, outros questionamentos... Infelizmente não há mais tempo..a eleição é amanhã..a partir das 08h00min.
Discutir a possibilidade ou não da candidatura do atual reitor serviu de álibi para todos os candidatos fugirem do debate acadêmico e qualificado junto á comunidade acadêmica. Sentiram-se desobrigados de debater questões sérias de frente.
A campanha foi resumida a uma miserável troca de farpas e fuxicos, sem se debater a viabilidade efetiva de determinadas propostas e promessas.
O que eles entendem como ensino de qualidade? Como serão efetivadas tais promessas? Com quais recursos?
A comunidade acadêmica foi tolhida de levar em viva-voz seus questionamentos, suas preocupações e necessidades? Por que a tal “oposição revolucionária” não promoveu um debate público com todos os candidatos, olho no olho?
A oposição, vermelha de ocaso, não teve a qualidade diferenciadora de colocar o seu candidato para debater diretamente com alunos e servidores em cada Centro. Por que não propiciou nenhum debate acadêmico? Ficou no panfletinho “denunciando”. Por que os conhecedores de tantas irregularidades não entregam as provas ao Ministério Público? Por que não formalizam uma denúncia?
Quem defende alternância de forma democrática é contra reeleição, não importa quantas vezes for.
Tem candidato que contesta a recondução do Reitor pela terceira vez (na interpretação dele), mas é vice-presidente de sindicato pela segunda vez seguida. Aí não cabe alternância? É válido e inquestionável um professor se auto-proclamar servidor só para ocupar cargo de direção no sindicato dessa categoria? Isso não é muito unilateral? Essa vontade pessoal tem força de lei? Imagina se chegar ao poder...
Isso faz lembrar o teorema João 90% honesto. Por analogia: reeleição por duas vezes tem 90% democracia. Aí não tem meio termo. É ou não é! O princípio de alternância, originalmente, vetada de forma cabal a recondução. Era só uma vez para que todos da comunidade pudessem, em princípio, ter a oportunidade de também ocupar a vaga!
Os servidores são pessoas capazes e coerentes, sabem defender seus direitos. Entre as diversas categorias profissionais o sindicato é representado por quem é da categoria. Por que na UEMA tem que ter um tutor ou senhor professor? Para ser solidário à causa dos servidores não precisa tomar a vaga de quem legitimamente deve representar sua categoria: o servidor!
A reeleição foi introduzida na Constituição por uma Emenda de puro casuísmo de FHC. Por que o sindicato segue esse dispositivo antidemocrático? Não seria coerente servir de exemplo de democracia?
A questão é: essa democracia falada não é a “democracia” praticada no exercício do poder.
Por que a oposição não assumiu o compromisso de combater radicalmente o NEPOTISMO?
Por que a “oposição de esquerda” não declara publicamente que tem o compromisso de rescindir todos os contratos dos parentes de servidores e professores da UEMA? São a favor disso? Estão com medo de espantar os votos ou estão com uma lista pronta?
Sem nenhuma ilusão... vou votar amanhã...
A UEMA tem problemas para afogar mais três gerações! Só posso dizer isso, pois dessa missa, até agora, só sei um terço!
domingo, novembro 21, 2010
AVENTURE-SE! SAIA DA ROTINA! VIVA A VIDA! ACAMPE!
AVENTURE-SE! SAIA DA ROTINA! VIVA A VIDA! ACAMPE!
Acamp's 2010.2 SLZ - MA
Acampamento de Jovens - Shalom
Todo feito para você!!!
Dias 09 a 12 de dezembro
Onde: Hotel Fazenda Maracanã, Maracanã, São Luís - MA
Sobre o Acamp's 2010:
Já começaram os preparativos para o Acamp’s 2010, o Acampamento de Jovens promovido todos os anos pela Comunidade Católica Shalom. Um evento preparado pra você que é jovem e que quer se aventurar numa vida radical!
Atrações:
Esportes Radicais, Teatro, Lazer, Shows musicais, Trilhas de aventura, Cursos de Formação, Seminários de vida, Momentos de louvor e adoração.
Informações e inscrições:
(98) 3227-4814 (à tarde - Shalom / Felipe José)
(98) 8891-1400 (Hyla Savir)
(98) 8865-1400 (Danielle Costa)
Comunidade Católica Shalom
Av. Colares Moreira, Nº01, Calhau
vamo com a gente!!! envie este e-mail para alguém que vc quer que vá com vc!!! promova essa idéia!!!
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segunda-feira, novembro 15, 2010
OS BARÕES DA MISÉRIA
Ilustração: Francisco Araujo |
Muitos ainda não perceberam o veneno incluso no título "As flores do mal", obra mais famosa de Baudelaire. O título realiza uma magnífica arquitetura poética, compondo com opostos, colocando-os em situação de complementaridade. A flor que comumente remete à ideia de ternura, encanto, beleza e felicidade é, a um só tempo, fino produto do mal. É flor da dor, do sofrimento e do horrível. Eis o arquétipo dessas riquezas entre nós.
Sobe maré, baixa maré, mas as fontes das prosperidades jorram perenemente para abastecer a insaciável sede de riqueza dos donos do mar. A prosperidade nessas praias é lugar cativo de alguns, por nascimento e jamais por mérito. Nossas praias NÃO pertencem ao meio ambiente da ilha de probópolis. Melhor dizendo, aqui não é probópolis.
Não é a toa que os ricos locais estão entre os mais ricos do Brasil. E a fonte é tão boa para os já abonados, que o mais ricaço dos abastados já instalou seus negócios aqui.
O estado campeão de dependentes da bolsa família é também o estado que possui os políticos mais endinheirados. Enfim, miséria rende... e, sem dúvida, esse vai ser, assim como os outros, o melhor governo DA VIDA DELA. Pois, como se ver, um governo é sempre melhor do que o outro para ela. Só não é para a vida PÚBLICA.
Os barões no são do aço, nem da bauxita, nem do petróleo, nem do gás, nem do ouro, nem do diamante, nem da informática, nem de qualquer área produtiva...
Aqui capital produtivo é uma raridade e livre iniciativa é uma completa utopia , mas... o resto tem demais.
“Levantamento feito na base de dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) mostra ainda que oito governadores eleitos apresentaram evolução patrimonial superior a 200% nos últimos anos. Neste caso, a líder é a governadora também reeleita do Maranhão, Roseana Sarney (PMDB). Em 2006, a declaração dela listava 15 bens, mas informava apenas o valor depositado em seu fundo de previdência privada: R$ 172.734,71 - em valores corrigidos. Para esta eleição, Roseana apresentou declaração com 25 bens e valor total de R$ 7.838.530,34. O crescimento foi de 4.437,90% em quatro anos.
As Alagoas de Teotônio e o Maranhão de Roseana ocupam a 25.ª e a 26.ª posição, respectivamente, no ranking do Produto Interno Bruto (PIB) per capita dos Estados, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os dois Estados também estão nas duas últimas posições do ranking do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), que lista indicadores na área de Educação, renda e expectativa de vida.”
É, enquanto isso... vou atrás de uma lata de sardinha para garantir o jantar...
OS HOMENS DO SÉCULO XIX
O século XIX tem o mérito de consolidar a crença no poder da ciência, herdeira da crença na razão, desde o século XIV (Nicole d' Oresme) foi tomando forma para o estabelecimento da racionalidade que daria forma a sua condição de ciência moderna.
O método científico, plantado no século XVII por Bacon (1561 - 1626) através da obra "Novum Organum" (publicado em 1620), que somado à força renovadora das contribuições de Galileu (1564 - 1642) e René Descartes (1596 - 1650) deram um fecundo e útil suporte para as ações investigativas, produzindo resultados e conquistando confiabilidade para a ciência nova.
Esse modelo de racionalidade foi levado muito a sério no século XIX e, pela primeira vez, teve sua exploração para o campo dos fenômenos sociais e humanos. Momento em que a humanidade parecia ter descoberto a chave para todos os segredos da sua existência e do seu destino. A sensação de previsibilidade crescia, dessa maneira, proliferaram os projetos e desejos criação de novas ciências sobre os mais diversos aspectos da existência humana.
Diante da confiabilidade da ciência e do seu método, foram sendo produzidos inúmeros esboços tentando produzir explicações para as dimensões da vida humana ainda não exploradas pelo método científico.
Foram inúmeras e idéias e tentativas, mas poucos conseguiram demarcações fecundas. Poucos conseguiram deixar obras tão influentes e marcantes para o século seguinte.
Os grandes nomes do século XIX não foram os que mais acertaram ou menos erraram, mas os que tiveram boa originalidade e excelente fecundidade nos seus trabalhos. Pensadores que, mesmo não tendo conseguido produzir, em alguns casos, em conformidade com o que postulavam e acreditavam, abriram um vasto campo de reflexão, questionamento e inspiração.
Considero que Comte, Darwin, Marx, Freud são nomes emblemáticos dessa época, são homens positivos, que buscaram estabelecer áreas de abordagens inexploradas ou pouco sistematizadas com originalidade/fecundidade sob o rótulo científico.
Comte quis estabelecer a ciência da humanidade, tomando a realidade social enquanto passível de ser estudada objetivamente. A história é vista como etapas do pensamento e cuja etapa mais avançada seria o positivo. Observação e teoria estão combinados na produção do conhecimento.
Darwin sistematiza de forma mais aprofundada a questão da interação dos organismos com o meio (a seleção natural), suas alterações ao longo do tempo (adaptações), estabelecendo os referenciais evolucionistas que marcarão diversas gerações. A vida é abordada na perspectiva orgânica, relacionando mudança e interação com o meio.
Marx evoca a condição de ciência para o socialismo, reclamando a autoria de um socialismo científico e trata a história a partir de relações sociais concretas, situadas na produção das condições materiais de existência. Cada etapa histórica corresponderia a um arranjo da existência social-econômica, a história teria leis. Há uma lei de aperfeiçoamento, onde a humanidade deixaria sua pré-história e começaria sua verdadeira história: comunismo. Processo similar ao aperfeiçoamento do espírito codificado por Kardec. Assim como em Comte, em sua obra capital, há um curso otimista para a humanidade: o progresso, nomeado como com o desenvolvimento, concretizado através de saltos de qualidade. Essa percepção da realidade com algo dinâmico também encontra semelhança no evolucionismo de Darwin, porém, o movimento é pensado enquanto dialética.
Freud estabeleceu um novo campo interpretativo do comportamento e abriu um campo distinto da psicologia ao descobrir o inconsciente e desenvolver técnicas para tratar transtornos mentais, estabelecendo a psicanálise. As ações humanas, na sua maioria, estão sob a marca do inconsciente e não do consciente. Sendo que os processos psíquicos estão dominados por tendência de cunho sexual. Enfim, o conhecimento científico é colocado para sondar um universo ao avesso da consciência que quer lhe dar uma explicação.
Mas, esse quadro pode ser complementado, mesmo que academicamente não muito aceito, por Denizard Hippolyte-Léon Rivail (1804 – 1869), que se propôs levar os estudos e o método científico até o campo dos espíritos, da vida pós-morte, buscado dar cientificidade ao campo sobrenatural, através de explicações apoiadas nas ciências estabelecidas, quis dar matéria ao espírito e o enquadrar na ordem dos fenômenos naturais. Também põe os fenômenos num campo evolucionário e do progresso. Tornou-se conhecido pelo pseudônimo de Allan Kardec.
“Apliquei à nova ciência, como sempre fizera, o método da experimentação. Jamais utilizei teorias preconcebidas; observava atentamente, comparava e deduzia as consequências. Através dos efeitos, procurava chegar às causas pela dedução e o encadeamento lógico dos fatos, só admitindo uma conclusão como válida quando esta conseguia resolver todas as dificuldades em questão. (…) Era preciso agir com circunspecção, não levianamente. Ser positivo, não idealista, para não me deixar levar por ilusões”. (Obras Póstumas).
Enfim, o positivismo e o evolucionismo ameaçaram tirar os mitos e superstições de seus aconchegantes esconderijos.
sexta-feira, novembro 12, 2010
CONDENADOS PELO NASCIMENTO
Não tem como não ficar chocado e triste com essa situação. A situação do Maranhão já desdenha da criatividade de Dante, a única vantagem é que se a salvação não chegar, os maranhenses já fizeram estágio para o não-paraíso.
Logo ao amanhecer deparo com os repórteres da TV Mirante exigindo que o inspetor da Polícia Rodoviária Federal construísse um desvio na BR-226, visando revolver os problemas com os índios. Porém, o inspetor calmamente os fez ver quem era que deveria estar lá para resolver, os fez lembrar que os índios estão reivindicando ônibus escolar e a secretaria de educação não resolve, aproveitou e disse que o desvio depende da bancada parlamentar, que precisa fazer uma emenda para viabilizar tal obra. Cadê o governo estadual? Ninguém sabe quem é o secretário?
Pedrinhas... que coisa, heim? Sem adjetivos. Foram forças externas? Suspeito que foram os aliens. Deve ter sido eles.
Como se não bastasse o volume da matança, ainda tivemos um plus de imagens bizarras. Em lugar de procedimentos mais técnicos... as cabeças foram catadas... como se fossem coco d’água. O funcionário pegava pelos cabelos... Será que precisamos assistir tanto horror?
quarta-feira, novembro 10, 2010
PARA CALAR O CONTRA
O fascismo quando surgiu, lembra Bobbio, apresentava-se como uma via alternativa, uma opção ao abandono material e social do Liberalismo “clássico” e, por outro lado, uma segurança à ameaça comunista.
A regulação de tudo para proteger a liberdade ou para evitar o perigo foram argumentos recorrentes na origem e formação do fascismo. A implantação dos órgãos corporativos sincronizados e como correias de transmissão do poder central foram se efetivando como meros atos da administração... O veneno pode até ser doce, mas continua veneno!
“MÉRIDA - No encerramento de sua 66ª assembleia-geral, a Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP) alertou para o assassinato de jornalistas e a aprovação de novas legislações sobre a mídia como os maiores riscos para a liberdade de imprensa na América Latina.
De acordo com o texto final da assembleia, divulgado nesta terça-feira, 9, em Mérida, no México, a morte de 14 jornalistas nos últimos seis meses é o fato mais preocupante. Sete deles morreram no México, onde o tráfico de drogas ameaça jornais e repórteres. Outros cinco são de Honduras e dois, brasileiros.
O texto alerta ainda que alguns países do subcontinente pretendem criar leis para regular o funcionamento dos meios de comunicação. A SIP também criticou a perseguição judicial e a utilização de publicidade oficial para premiar ou castigar os meios.”
“BRASÍLIA - A Unesco criticou duramente o sistema de concessão de emissoras no Brasil e recomendou que o País crie uma agência reguladora independente. "O poder do Congresso de emitir licença tem base consticional, mas isso não atende os padrões internacionais", disse o canadense Toby Mendel, consultor internacional da Unesco, que apresentou um estudo sobre o setor no Brasil, durante o Seminário Internacional das Comunicações Eletrônicas e Convergências de Mídia, que está sendo realizado em Brasília.
Para a Unesco, o envolvimento do Ministério das Comunicações na emissão de outorgas fere a "independência" do sistema. Ele e Wyajananda Jayaweera, também da Unesco, foram claros: regulação não significa controle da mídia. "Não cabe ao governo impor camisa de força ao trabalho dos jornalistas", disseram. Eles defendem que haja uma autorregulação de "conteúdo danoso" pelas próprias emissoras sobre assuntos que envolvam crianças, cultura regional, privacidade, entre outras coisas. Se não houver uma solução jurídica adequada, aí sim a agência reguladora atuaria nesse sentido.”
segunda-feira, novembro 08, 2010
PODER,COESÃO E CATÁSTROFE.
TEXTO ENVIADO (LEITORA)
"Desde que os supostos pacotes bomba começaram a explodir nos noticiários, uma frase também tem explodido diariamente dentro de mim: "Se a coesão da nossa sociedade era mantida outrora pelo imaginário de progresso, ela o é hoje pelo imaginário da catástrofe". Essa frase do Baudrillard me parece descrever exatamente o que o mundo tem vivido.
Não apenas os noticiários e os jornais têm me inquietado com suas imagens e versões diversas, mas, mudanças mínimas que numa simples fotografia ou conversa numa esquina vê-se o quanto tudo mudou e tem mudado rapidamente para quem vive aqui no Oriente Médio.
Parece que é senso comum que esse mundo, ainda governado pelos yankees, têm levado à cabo essa premissa, ainda mais após os tais atentados de 11 de setembro... uma premissa perigosa que a história tem mostrado e ensinado que nada constrói, além de medo e terror. Até meados da década de 80 vivíamos uma “guerra fria”, que na verdade não foi tão fria assim, pelo menos não nessa parte do globo onde estou vivendo... em especial, marcada pelos conflitos regionais alimentados pelas tais superpotências que se aliavam convenientemente mas nunca se enfrentavam diretamente.
São décadas de invasões, seqüestros, assassinatos, torturas, novos aliados, novos inimigos que vão se sucedendo e se completando no jogo de disputas pelo poder.
Parece pueril, no entanto, esta é máxima: o que está em jogo é o petróleo, é o poder...
Mas desde que a humanidade se organizou com este fito (pelo menos desde que é possível refletir as civilizações ao longo da História) – e aqui cabe inclusive incluir nossos vizinhos mediterrâneos, quando por anos, controlaram o mar mediterrâneo e conseqüentemente a rota das especiarias —petróleo da Antiguidade, os europeus buscaram novos caminhos e novas rotas para “suprir” suas necessidades econômicas, expandir seus territórios e possivelmente dar vez ao ego subjacente nestas disputas que necessariamente não se tratam de abastecer os bolsos ou os pratos dos menos favorecidos.
Pois bem, esta não é minha questão, a ressalva é feita para justamente me fazer entender como os caminhos da história podem ser cíclicos de vez em quando. Talvez não nas suas formas mais concretas e simbólicas, porém na essência, temos a sensação de um de já vu.
Ao reduzir os conflitos – que não são apenas os ligados à 3 semanas atrás com o seqüestro de soldados israelenses no sul do Líbano, nem aos pacotes suspeitos de conter bomba enviados para os Estados Unidos— mas sim tudo que vem se desenvolvendo desde a Guerra Fria, e para ser ainda mais “contemporânea” (não conseguir imaginar nenhum outro adjetivo que defina o que agora tento pensar) os atentados do 11 de setembro, Afeganistão, Osama Bin Laden, invasão do Iraque, ataque no sul do Líbano, homens bomba, ataque aos navios com missão de socorro à faixa de Gaza, enriquecimento de Urânio pelo Irã, aproximação do Brasil com os países do Oriente Médio e também com o Irã, expansão econômica do Governo Lula em acordos bilaterais fora do eixo Estados Unidos Europa, crise energética, alarmada auto suficiência da Petrobrás, venda de armas histórica para a Arábia Saudita realizada pelos Estados Unidos, aumento em mais de 30 anos do preço do ouro e da prata... Enfim, poderia listar uma série de outros fatos que no meu entender não são meramente coincidências.
A máxima do Baudrillard, com a qual comecei a refletir este pequeno texto, me faz rever uma série de posturas, inclusive nas eleições à presidente no Brasil.
“Eu tenho medo do Lula”(há 8 anos atrás dizia uma renomada atriz de televisão no Brasil) ... “eu tenho medo do Serra”... “Dilma no poder, ela já fez o que?” Oras, parece que essa guerra fria é algo que tem se reinventado cotidianamente sob o porrete do medo yankee , construindo preconceitos, solidificando xenofobias, crimes contra o "outro", uma sociedade à espera da catástrofe... sob as inúmeras formas de violência física e simbólica que se pode imaginar. Inclusive à ponto de constantemente vermos pessoas torcendo para que o governo dê errado , só para provar o quanto estamos certos, esquecendo-se de que tal egocentrismo é mais um sintoma desta ferida que vem crescendo em nossas sociedades.
O mote deste “poder” não é apenas o petróleo, mas há toda uma trajetória de egos em disputa, um espírito de conquista medieval pautado na incapacidade de tolerância, na incapacidade de coexistência linear, horizontal...
Esse meu blá-blá-blá todo, na verdade tem uma razão ainda mais direta. Acho que passa da hora do mundo prestar mais atenção no que lê e no que assiste... esse cara no vídeo em anexo –acho que você deve ter assistido ao vídeo antes de estar aqui lendo esse meu desabafo — George Galloway, puxa vida, joga no ventilador um pouco da poeira colocada debaixo do tapete...
À nível de informação, ele é um parlamentar britânico, vice presidente da Stop the War Coliation, criada em setembro de 2001 com o objetivo de ser uma voz de oposição à tal Guerra contra o Terror, base da atual/velha política externa americana(dá uma olhada no Google se você quiser saber um pouco mais).
George Galloway tem uma posição dura ao se colocar em defesa dos grupos palestinos e principalmente por questionar de forma muito lúcida esse “terror”.
Estou morando no Líbano há quase 1 ano e muita coisa é preciso que seja dita e esclarecida...estudada...analisada...
Eu mesma tenho me repensado todos os dias. Vejo e descubro em mim uma casca ocidental que olha com repúdio, com pré-conceito, com superioridade de quem acha que sabe mais... Essas minhas palavras são exercício deste estranhamento que passa a ser cada dia mais forte, diante de uma crise política que o país se vê mergulhado novamente.
Que o mundo se pergunte o que é afinal esse terrorismo, que o mundo veja quem e o porquê desta guerra que jamais terá fim! Até mesmo porque não há interesse para que haja um fim... Salvo todos os judeus, que também estão nessa situação de viver sob a égide do medo e do terror, Israel hoje tem uma postura terrorista...tanto quanto o Hezbollah se nos pautarmos nesse modelo disseminado pelo tio Sam.
Aliás, vivendo aqui posso dizer ouvindo cristãos e sunitas, que o Hezbollah não é um grupo TERRORISTA, assim como comunista não come criancinha!!! No mundo árabe inteiro, o Hezbollah passa a gozar de uma imensa credibilidade, provendo com assistência médica (possui 43 hospitais no Sul do Líbano) escolas, projetos de agricultura de subsistência dentre outras coisas, e se consolida a cada dia como parte de uma resistência contra as sucessivas invasões em seu território que vêm sofrendo há anos. O Hezbollah é uma milícia, porém suas contradições não podem ser resumidas à sua postura criminosa, como querem os pró-israelenses, nem muito menos amenizada pela concepção de que os fins justificam os meios.
A milícia é uma estratégia que também foi usada pelos americanos durante sua histórica guerra civil. E pelo pouco que sei, uma estratégia de milícia se torna mais útil quando não se pode enfrentar o inimigo mais forte usando as mesmas armas que ele possui, quando o mais fraco não pode utilizar das mesmas moedas que o mais forte lhe impõe.
Ao contrário do que as pessoas pensam a guerra de 2006 aqui, no Líbano, não teve um vencedor, a prova disso é que o Hezbollah está aqui firme e forte...além disso, se houvesse “vencedores” como explicar a crise atual e o tal “julgamento” que sequer teve seu inquérito concluído, apontar meses antes que o culpado pela morte do Rafic Hariri foram membros do Hezbollah??? ( me refiro à corte internacional que investiga o atentado que culminou com o assassinato do presidente sunita Rafic Hariri e que havia apontado sírios como os responsáveis, e depois de tantos anos agora passa a apontar o Hezbollah sem sustentação real alguma).
Há uma clara insistência em jogar no colo destes indivíduos, e aqui nem assumo uma postura de defendê-los como vítimas circunstanciais, mas parece que se quer fazer engolir tal qual se legitimou ao mundo uma guerra contra o Afeganistão, ou o tal arsenal atômico do Iraque, agora o Rafic Hariri virou uma instância suprema que poderá servir como mote para uma iniciativa que não será aceita pacificamente e nem deve!
O Hezbollah tem conquistado simpatia até entre os cristãos, pois eles são parte da resistência libanesa há décadas, resistência necessária nesse pequeno país de 10mil hectares apenas... quintal de disputas alimentadas , fabricadas...
A política do terror entre ocidente e oriente tem toda uma construção que é alimentada pelo próprio conflito entre ambos, não é a toa que, quem fornece armas e apoio incondicional à Israel é o mesmo que faz a maior venda de armas da história para a Arábia Saudita. Repito, os fatos falam por si: ha menos de 2 meses o preço do ouro e da prata dispararam em mais de 30 anos, logo a seguir uma venda de armas bilionária também entra para a história e agora pacotes suspeitos e atentados "assumidos" pela Al Qaeda acontecem... UAU... qual será a próxima?
Enquanto isso no sul do Líbano milhares continuam sendo seqüestrados, assassinados ... enquanto isso a água potável do país é controlada a ferro e fogo por Israel...Enquanto isso pessoas são obrigadas a deixar suas casas porque souberam que a casa que herdaram de seus avós não lhes pertence mais... Acho que nós precisamos parar para refletir aquilo que lemos e mediar mais criticamente o ponto de vista de quem fala... A questão palestina não é menos legítima que a dos judeus.
Os homens bomba são parte de uma resistência que sucumbe em suas próprias contradições.
O fato do Irã ter enriquecido urânio e o fato de Israel ter recebido mísseis nucleares de "presente" dos EUA tem sim relação...e porque o sangue de um é mais legítimo que o sangue de outro?? Onde estão as armas nucleares de Saddam Hussein??? Que democracia é essa que impõe? Que condena? Que pré julga que os outros são piores e que "nós" ocidentais temos a verdade a nosso lado???
Muitos não sabem, mas o Marmooud Armadinejah foi eleito. O fato do Brasil se aproximar do Irã não implica que nossa soberania será rebaixada. Ao contrário, as relações diplomáticas devem substanciar-se na afirmação da soberania de ambos os lados.
Acho que é fundamental também levar em conta a imensa crise de energia e de água que os países árabes enfrentam, ao mesmo tempo em que a energia nuclear é uma alternativa...
Por que o mundo deve confiar que os EUA devem ser os detentores da bomba atômica?? Acaso, quem tem começado guerras com pretextos de medos e terrores???
Os caminhos da resistência --hoje chamados de terrorismo-- são formas novas paridas pelo próprio monstro dominador...
lembremos Vietnã...lembremos Afeganistão e o discípulo americano Osama Bin Laden...que não vive em caverna alguma, isso é um grande mito!!
Muitos têm me dito que estou tomando as dores, porque estou morando aqui... talvez... num olhar mais apressado...
porém, ouvir o outro lado tem me feito refletir e isso não me impede de ver o tamanho da corrupção dos estados (Líbano e Jordânia países que transitei) árabes...
é triste a disparidade social... mas também é belo o nível cultural e educacional dos "pobres"...
não há dúvidas de que o mundo perde com tantos conflitos e com tanta mentira...
e minha idéia de democracia não é aquela que condena, pré julga e assassina.
abraço de paz "
Enne Moreira Lima
OBS.: Blog aceita colaborações como essa. Grato!
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