sexta-feira, setembro 25, 2009

O ORÁCULO DE DIRCEU E A ESPADA DE DÂMOCLES




Em dia de visita e encontros (23/09/2009) o ex-ministro da casa civil, ex-presidente do PT, ex-Deputado Federal, ex-militante estudantil de esquerda José Dirceu falou despreocupadamente sobre a terra, a água e o ar. Falou da preservação ambiental, falou dos feitos do Governo Lula sempre utilizando o pronome de tratamento na primeira pessoa do plural: NÓS, etc.
Falou de sua biografia, seu retorno clandestino ao Brasil e que logo que chegou pensou em investir na agricultura (acho que quis ser fazendeiro), mas desistiu do negócio agrícola com medo falir. Porém, logrou êxito em se casar com uma dona de boutiques, passando a ser chamado de “Pedro Caroço” (personagem de uma canção que tem um refrão que diz: “ele está de olho é na boutique dela, ele está de olho é na boutique dela”).
Enfim, deixou claro que o cenário desejado aqui no Maranhão para a candidatura de Dilma é uma aliança PT-PMDB, mas disse que o PT – Maranhão vai ser respeitado na sua autonomia.
No meu humilde olhar de leigo e des-filiado involuntário, faltou platéia, faltou mais objetividade no debate, particularmente diante da proximidade do PED.
O PED vai dar algumas medidas de cálculos em termos de alianças e candidaturas para o pleito eleitoral de 2010. No Maranhão a situação eleitoral do PT não é uma das melhores e está assumindo a condição de partido nanico, com baixo número de vereadores, prefeitos e deputados estaduais e federais.
Essa situação não é só incômoda, mas também estranha, pois nenhum outro partido no Maranhão tem uma militância como a do PT, cujo engajamento é notório, mas o rendimento eleitoral do partido não é nada maravilhoso. A maioria dos candidatos não consegue atingir a margem de mil votos. O que há? Já que inúmeros petistas estão envolvidos em movimentos sociais e entidades classistas? Falta de recursos? Falta de mobilização? Falta de capital social? Falta de organização de campanha? Falta de material publicitário adequado? Ou é rejeição do eleitorado? Falha de comunicação com as massas e estratos sociais médios? Falta de objetividade e clareza nas propostas?
Considero como problemas graves: 1- atomização desencadeada pelas tendências que, no embate para fora do PT, acabam agindo sozinhas, o que resulta num baixo desempenho e fragilidade frente aos opositores massivamente mobilizados em blocos; 2- falta clara de algo que caracteriza qualquer partido: lógica do projeto, ocupar o centro poder; 3- Falta de coordenação geral, de agregação cooperativa; 4- falta de estratégias e compromissos compartilhados por todas as tendências; 5- fragilidade organizacional presente no interior das tendências, várias estão rachadas; 5- Excessivo personalismo das proposições, complementado por baixo nível de objetividade; 6- Falta de consenso e trabalho conjunto de projeção de nomes para torná-los eleitoralmente competitivos; 7 – a crença no auto-isolamento da política nacional acompanhada de uma impossibilidade de tradução (ninguém consegue entender bem o que é, como é ).
Enfim, Zé passando por nossos jardins... Enquanto o PT-MA fica sob a espada de Dâmocles.

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