quarta-feira, fevereiro 09, 2011

REPÚBLICA NO DEDO

Câmara Cascudo apresenta, em A história dos nossos gestos,  uma definição para o gesto “no dedo”. Apesar de “no dedo”  já ser algo fora de moda no linguajar corrente, a definição ilustra bem os arquétipos de práticas contumazes, particularmente nas relações sociais estabelecidas no interior dos órgãos e repartições do poder político brasileiro.
Isso tem significativa importância no Maranhão, uma típica “república” dos NO DEDO. 
Vejamos o que Cascudo disse sobre “no dedo”:
“Diz-se  dos astutos indolentes cuja inércia sorridente e servil levam-nos aos altos postos burocráticos sem credenciais de esforço e possibilidade de realização. Passam docilmente de dedo em dedo na marcha ascensional da preguiça concordante e proveitosa. Referindo-se às sucessivas promoções obtidas pelo misterioso mérito, explicam dobrando o indicador, gesto de pedir o pé aos psitáceas, aproveitadores da escravidão deleitosa.
Algumas similitudes com as notórias personagens do Maranhão?

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