segunda-feira, junho 22, 2015

Ninguém sabe a situação real do Brasil, mas se gasta muito tempo com Malafaia

Podem consultar diversos economistas, administradores, contadores etc. sobre a real situação do país e você vai ter opiniões das mais díspares. Se por uma parte multiplica-se as versões pessimistas, por outro lado, abre-se um legue nada coerente de alguns otimistas. Só há uma coisa comum na nas opiniões de todos eles: opinião. É só isso. Ninguém até o momento apresentou algo consistente em termos de conhecimento, algo que se sustente com dados e minimamente verificáveis. O que prova que não possuímos um sistema apurado de acompanhamento de todas as nossas contas e transações e muito menos um acompanhamento quase simultâneo das atividades econômicas maior peso na economia. Não há integração de dados que retire esse enorme atraso na produção de dados e na divulgação de indicadores. Isso precisa ser feito principalmente por entidades não estatais ou não submetidas diretamente ao Executivo. 

Hoje vivemos em meio a uma corrente de especulações, uma insegurança generalizada sobre a economia e pouquíssimo debate e ações propositivas para enfrentar a crise. Falta órgãos articuladores e falta dar um pouco mais de transparência sobre o contexto. Bom não está, mas é preciso saber melhor o tamanho da tragédia e de que tipo ela. 

A Dilma aparece e diz que não é para deixar de consumir. Como  não deixar de consumir com perda de poder aquisitivo, aumento de juros, aumento da carga tributária e a inflação subindo bem acima do "esperado pelo governo"? Que fórmula é essa de Dilma? 

Será que não existe nenhuma entidade capaz de apresentar um quadro geral dessa situação e que seja capaz de esclarecer melhor o cidadão sobre os riscos nesse contexto? 

Nas demais ciências sociais e humanas avoluma-se uma onda de interpretações de extremo ensaísmo e de generalizações gritantes sobre a atual situação do Brasil. Sendo que 80% desses intelectuais, pensadores etc. estão fazendo ação de torcida, defendendo o umbigo, os privilégios conseguidos pelo alinhamento ao governo ou estão em um confronto feroz contra os defensores do governo. 

Por outro lado, tem um segmento em busca de notoriedade e maior visibilidade, mas que acaba sendo ferramenta para distrair a atenção, em grande parte é isso. A quem interessa manter na mídia discussões em torno do que pensa Malafaia, Bolsonaro, Feliciano etc. ? Eles são as nossas maiores preocupações? Eles realmente são capazes de mobilizar de interferir nas questões mais graves de preconceito, discriminações, violências etc.? Não estamos deixar de olhar para outras coisas que também podem estar contribuindo para essa escalada de violência, de preconceito, de discriminação e de baixa qualidade de vida? Malafaia não é tão consequência quanto a falta de hospital? Essa voz nervosa de Malafaia não é fruto de tantas falências institucionais que a sociedade brasileira está vivendo? O que foi feito pela Educação e que patamar estamos na Política? 

Parece que a crise, antes de revelar sua face econômica, já estava consolidada enquanto crise de pensamento, ética e política. 


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