domingo, maio 27, 2012

São Luís: blogues e a mentira como negócio.




Tenho acompanhado atentamente essa dita blogosfera “maranhense”, se é que tal coisa possa assim ser chamada, particularmente aos quesitos índices de acesso e a forma de mercantilização dos blogues. Tem sido um primado dessa blogosfera a mentira sobre os acessos. Isso tudo para viabilizar os blogues comercialmente. Mercantilização selvagem.

Blogueiro é um termo genérico para diversos tipos de autores e proprietários de blogues no mundo inteiro. Os blogues surgiram como páginas pessoais, com marcas de um diário eletrônico. No Maranhão, lugar dos incomuns, tem proliferado uma tentativa de reduzir e oficializar blogueiro como um tipo de “jornalista”. Isso tem sido feito de forma intencional.

Na base da atual “mercantilização blogueira” atuam indivíduos empenhados em estabelecer uma concepção de blogue e de web-informação que lhes proporcione uma reserva de mercado. Em geral, deturpam o conceito de informação, de opinião e notícia, sem falar da agressão ao direito de todos de pensar, expressarem-se verbalmente. Essa tentativa, em si, é um claro surto do provincianismo, paroquialismo e esperteza  do tipo aqui reinante, não só entre os políticos, mas nos mais diversos segmentos e arranjos sociais. Essa tentativa é uma nítida reprodução do conservadorismo e da forma mandonista de Poder, que vigora fortemente no Maranhão. Buscam assumir a condição de versão oficial, igualmente às existentes nos tradicionais meios de comunicação de massa sob o controle desse mesmo tipo de exercício de poder.

Informação é um fenômeno com inúmeros elementos e com diversos níveis de efetivação. A informação pode aparecer em um vasto arco, da escova dental até o penteado dos cabelos da moça M'uíla na puberdade. Nem toda informação tem caráter de notícia, nem é fruto do ofício jornalístico. Talvez falte para muitos a consciência do que é propriamente jornalismo. Para uns isso ajudaria a não acharem que são aquilo não são (jornalistas) e, para outros, possibilitaria a compreensão que aquilo que são (jornalistas) não é tudo aquilo que eles imaginam ser.  

Quem é contra alguém viver de atividades lícitas? Considero válidos e legítimos os esforços que tornam ofício remunerado a atividade de blogueiro. Quem pode querer tirar o ganha-pão honesto de alguém? A questão não é ser blogueiro visando rendimentos, mas a maneira de ganhar (tirar ou arrancar, para não dizer extorquir) tais rendimentos.

Infelizmente alguns “profissionais” enveredaram pelo caminho tortuoso de forjar audiência para obter lucro. Números bizarros são apresentados, particularmente, quando são levadas em considerações variáveis como: parcela da população maranhense que tem acesso à internet; os que são usuários diários; a quantidade de tempo conectado e, por fim, os que são leitores regulares de blogue.

Como estamos tratando de uma rede mundial de computadores, é possível que esse estrondoso sucesso de acesso seja fruto de leitores de outros estados do Brasil e/ou de outros países. No entanto, alguns números apresentados, por conta do tamanho, qualificariam esses blogues para figurarem nas principais listas de ranqueamento e diversos níveis: regional, nacional e internacional. Porém, não é isso que acontece. Por que será?

A chave mais segura de aferir o sucesso de acesso usa o critério de “visitantes únicos” mensal. Isto é, acessos de pontos diferenciados e não só quantidade de visitas, sem distinguir a origem. A fraude comumente ocorre aí. Com duas ou mais máquinas um blogueiro de “sucesso” fica produzindo visitas ao seu próprio blogue. Os IPs são poucos, mas o número de visitas fica astronômico.  Eis a fórmula “profissional” de sucesso nada digna de admiração e credibilidade. É o marketing caça-níquel fraudulento. Qual o grau de credibilidade das informações, notícias, “críticas” e “análises” produzidas por esse tipo de blogueiro? Qual a sua qualidade profissional. No entanto, existem aqueles que o problema é fruto do cego esforço caça-níquel, mas a doença crônica da vaidade. O que temos muito aqui: “famosos mundialmente conhecidos” no Beco do “Caga Osso”.

Diante do exposto, quero manifestar minha indignação aos indivíduos que colocaram meu blogue em medidores de acesso sem minha autorização. Isso é medíocre. Não sou nenhuma ameaça a vocês. Não sobrevivo de blogue. Blogue para mim é sinônimo de custos: pessoais e financeiros. Minha única recompensa é a satisfação de manter minha liberdade de pensamento.  

Era só mandar uma mensagem pedindo tais informações que receberiam prontamente.
Segue uma pequena lista de blogues com acesso comprovado e que lideram o ranking de acesso (USA): huffingtonpost.comboingboing.net ; techcrunch.com ; kottke.org ; dooce.com ; perezhilton.com ; talkingpointsmemo.com ; icanhascheezburger.com ; beppegrillo.it ; gawker.com .

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