segunda-feira, agosto 22, 2011

MARANHÃO RICO É O ÚLTIMO EM ARRECADAÇÃO POR HABITANTE

Foto: autor que não foi possível identificar



No ranking da arrecadação per capita, os 14 estados nas piores colocações são todos do Norte e do Nordeste*. O Maranhão é pior entre os piores. Isso deixa claro que a dependência do estado em relação à União é grande. 

Contrariando os dados, as propagandas do governo estadual mostram um Maranhão de grandes empreendimentos e que o sinal está verde para o crescimento. Se o Maranhão rico existe, por que isso não se reflete na arrecadação? Que tipo de crescimento é esse que não se reflete no tesouro? Não é crescimento econômico?

Primeiramente, é necessário dizer, no Maranhão não existe livre iniciativa, porque ninguém pode ter iniciativa livre. Por que grandes empresas não chegam aqui facilmente? Porque ninguém entra ou se instala aqui sem a permissão dos donos do feudo.

Os empresários da livre iniciativa, do capital produtivo não aceitam trocar concorrência e competência por pagamento de ágio e formar sociedade em “troca de favores”. Com essa permanente barreira, tudo fica sob as mesmas mãos e sob os mesmos artifícios. Monopolizam os poucos negócios existentes e pilham o Estado.

Daí é que emerge o brilhante paradoxo da ilha: mercado fraco (mais de 70% da população com baixo poder de consumo) e, por outro lado, hiper redes de empresas locais. De um lado está os baixíssimos salários predominando na população e, do outro lado, uma camada de mega afortunados extravagantes.

Como não é um capital produtivo, não são investimentos com riscos, não estão sob concorrência real, mas apenas transferindo o erário (público) para as contas particulares, não existe motivos para declarar, ou melhor, para arrecadar. Sendo o monopólio empresarial fruto de um monopólio do Estado por qual motivos iriam também pagar os impostos devidos?

Não é à toa que em São Luís apresentou a maior alta de preço no mercado imobiliário e, segundo os representantes do setor, “Em se fazendo tudo dá”. Paráfrase até mosdesta já que Pero Vaz de Caminha grafou: “Querendo-a aproveitar, dar-se-á nela tudo”.

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