domingo, março 23, 2014

A Marcha da Família

Não sou contra manifestações. A esquerda autoritária é, pois não aceita o contraditório e imagina-se dona da verdade. Não sou contra manifestação alguma. Não sou contra essa Marcha da "Família"... tal qual não sou contra a marcha da maconha, mas Não Concordo com tais anseios e Nem Apoio tais causas. 
Alguns contrários à marcha da família estão comemorando e festejando os tais 500 participantes (alguns jornais falam de 700), pois acreditam que isso simboliza um fracasso. Clara e ingênua percepção. Só o fato dessa marcha ter acontecido já é algo muito preocupante, não por ser contra o Comunismo, mas por pedir intervenção Militar. 
Ser contra esse comunismo. de inspiração marxista é salutar, pois o perigo totalitário e autoritário desse regime foi denunciado há tempos por Proudhon (o bom e velho anarquista). 
O Perigoso dessa atual Marcha da "família" é o que ela reivindica como saída política, particularmente diante da vergonhosa situação de corrupção generalizada nos Governos. Não vejo uma intervenção militar como solução desse problema. No entanto, esses manifestantes não são pessoas sem motivos, nem um grupelho de ingênuos ou desinformados, como bem quererem acreditar alguns seres supostamente de "esquerda", que vivem sustentados com recursos públicos, transferidos como recompensa pela fidelidade demonstrada aos atuais ocupantes do Poder Político. 
Essas pessoas que foram para a Marcha da "família" não pensam igual aos que se opõem à marcha, mas estão longe de serem tolas. Esse é o outro risco: subestimar esses indivíduos.  Não se pode subestimar esses cidadãos e suas manifestações. Hoje 500 foram para as ruas, mas desconfio que muitos outros 500 devem ter ficado em casa, porém, na torcida e cegamente em plena comunhão com tal causa. 
A primeira marcha ter reunido só 500 manifestantes  não é garantia que outras não ocorrerão mais volumosas e mais ruidosas. Discordo totalmente com a pretensão de intervenção militar. Mas respeito o direito de livre manifestação pacífica. 
Discordo dos que tentam dizer que eles não têm motivos. Motivos não faltam para se protestar nesse país, principalmente no que diz respeito à vergonhosa escalada da corrupção, à agressão violenta aos princípios democráticos e republicanos, às péssimas condições dos transportes públicos, da saúde e da segurança. 
A saída proposta por esses manifestantes da marcha da família é que não agrada ao meu instinto e raciocínio democrático. Porém... se calar diante desse governo jamais! 

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