terça-feira, junho 15, 2010

Tornou-se evidente a crise do ofício político tradicional no Maranhão.

(Comentário de um Leitor)                                           

Tornou-se evidente a crise do ofício político tradicional no Maranhão*.
Alguns blogs reiteradamente vêm reforçando a necessidade de debate sobre o tema, e que gostaria de tecer alguns comentários.

Vejo que durante os últimos meses tem se acentuado o aparecimento de textos que revelam com vigor o tema da crise do ofício político tradicional no Maranhão, o qual o grupo Roseana no Estado e o grupo de João Castelo em São Luís são a perfeita representação deste fenômeno, pois ambos materializam o que alguns autores têm diferido entre conceitos para abordar os fenômenos das transformações da política, basta notar Richard Sennet e o seu declínio do homem público, a crise do ofício político mencionada por Daniel Inerarity, a transfiguração do político Michel Maffesoli para o trato da forma do político na atual contemporaneidade e a perspectiva espacial elaborado na monumental obra Império de autoria de Toni Negri e Michal Hardt no trato de repercussões internacionais mais amplas das transformações na política, além das revelações da crise da representação política mencionada por alguns autores brasileiros Marta Arretche e Marco Aurélio Nogueira quando dos escândalos do Senado que se alastraram pelo país e que vem de longa data.

Nesses termos, é certo que a turma constituída por José Sarney, João Castelo, Roseana entre outros são os sujeitos que melhor representam essa crise do ofício político no Maranhão, pois revelam a impossibilidade dos mesmos em saber lidar com novas e diferentes exigências da sociedade atual.

O prazo de validade dos modos de gestão do Estado que conduzem há tempos está fora do prazo de validade, ou melhor, vencidos.

Estes, não conseguem abordar numa nova linguagem condizente com a paisagem cultural contemporânea que se manifesta no Maranhão, continuam no limbo da inoperância, da farsa publicitária, pregando um “falso governo novo” que o avanço da comunicação não permite ludibriar com tanta facilidade. Afinal vivemos a era a informação, visto que as mídias livres (blogs) a socializaram.

Pior, tentam a todo custo impedir o movimento incontrolável de constituição de uma nova cultura política que em paralelo aos seus mandos e desmandos acabou sendo constituída ao longo dos últimos anos, que nesse momento emerge com vigor nunca antes visto, numa realidade incontrolável e irreversível.

Entretanto, esse fenômeno também deve se alastrar para os parlamentos, para que a crise de representação política também possa ser superada em longo prazo nessas casas.
Nesses termos, a candidatura Flávio Dino e de seu grupo podem lançar à frente essa empreitada e com isso, fazer com que as transformações da política se consolidem no nosso Estado, no sentido de fazer com que o ofício tradicional da política materializado pelas figuras de José Sarney, João Castelo, Roseana, Edison Lobão e outros, sejam gradativamente substituídos por um novo futuro.
Nós somos os senhores de nossos destinos.
Nós somos os capitães de nossas almas.
Nós somos os donos de nossos votos.
Flávio Dino Governador.

* Ricardo André
Mestre em Gestão Desportiva pela Faculdade de Desporto da Universidade do Porto-Portugal



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