quinta-feira, outubro 25, 2012

Disputa eleitoral em São Luís e os limites do conforto da vantagem



A disputa eleitoral em São Luís, nos últimos dias, evidenciou que a estratégia paz e amor, pautada no conforto da vantagem, abriu uma situação confortável para a situação. A oposição, no momento, está aceitando passivamente a situação ficar na posição de ataque. Ao invés do atual prefeito ser pressionado a explicar a ineficácia de sua administração, ele é que está pressionando a oposição a se explicar sobre questões desvinculadas da administração municipal e dos problemas mais agudos da cidade.

Ficou mais confortável para Castelo questionar e exigir explicações, sem ter que prestar conta dos 04 anos do seu governo. Tapa assim o tempo do programa eleitoral e dos debates, coisa que não conseguiria se tivesse que explicar como alguns recursos foram empregados e em que consiste seu plano de governo para os próximos 04 anos.

Sem baixar o nível e tratando de forma técnica, as mazelas, as falhas e absurdos da administração Castelo tinham que ser expostas de forma documentada. Além de expor as contradições dos seus pronunciamentos e afirmações que não encontram comprovação na realidade.

O excesso de passividade, por conta do conforto da vantagem, premiou Castelo com uma zona de conforto. Essa economia de esforço de denúncia e informação sobre as contas da prefeitura e a qualidade das obras feitas.

Essa condição de reação de Castelo segue fielmente um roteiro de cinema (bem lembrado por Wagner Cabral). Para quê? Foi produzido para estabelecer um álibi que possa justificar uma reviravolta: Roseana se afasta, WO assume como governador, a tropa de choque do mandonismo entra com fervor na campanha do Caos, vídeo de “milícia” é produzido, policiais são presos, “pesquisa” com “empate técnico” é lançada e, para finalizar, devem jogar para o público uma suposta “vitória” no debate. O resto é máquina amiga.

O empate técnico apresentado foi estabelecido utilizando o extremo da margem superior para Castelo e o extremo da margem inferior para Edivaldo, tendo como referência a margem de erro de 3% para mais e para menos. O empate sugerido pode ser ilustrado com 44,6% (extremo da margem superior) para Castelo e 43,3% (extremo da margem inferior) para Edivaldo. Essa possibilidade estatística também pode ser usada ao contrário. Edivaldo 49,3% (extremo da margem superior) e Castelo 38,6% (extremo da margem inferior). O resulto apresentado foi 46,3% Edivaldo e 41,6% Castelo.

Método e técnicas já conhecidas, mas que ainda encontram despreocupados e incrédulos do poder da maldade dos que só sabem fazer isso. Todo esforço é pouco para quem não tem limite para a maldade.

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