quinta-feira, fevereiro 09, 2012

O QUE O PT APROVA É PROVA


Muitos andam indignados, mas nem tantos... UNS indiferentes e OUTROS enojados... Existem os que resistem aos acertos e feixes de imposições de forma lúcida e realista. Esses sabem o tamanho do adversário e suas vantagens, estão determinados em aproveitar o momento para acentuar os contrastes, fazer oposição e não ficar calado sob o peso da cumplicidade.

Já foram publicadas mil e uma maneiras de ver o que ocorreu no último encontro do Partido dos Trabalhadores (PT). Porém, trata-se de um universo fecundo e que possibilita mil ângulos e pontos de vistas. Há sempre uma combinação a ser escrita em termos de visão (leitura) do acontecido. No entanto, basta-nos acentuar que o que o PT aprovou é prova do que ele atualmente é. O PT, no seu último congresso nacional, firmou estatutariamente seu formato de cúpula, com hierarquia mais verticalizada, contrastando com o assembleísmo de base que predominava até pouco tempo.

A ideia de democracia já foi deforma e apropriada de diversas vezes no curso da história, de certa forma, quase todas as correntes políticas reivindicaram ser a verdadeira democracia. Socialistas, nazistas etc. proclamaram a autêntica democracia.

Derrotados e vencedores, na disputa “interna” do PT, postularam a representação da democracia, cada um ao seu modo. A democracia não é de reclamar nem da ignorância, nem da mentira de quem fala... Mas quietamente sobrevive a esses horrores. Como? Os imperativos da liberdade e igualdade acabam sendo um fardo para quem não é verdadeiramente democrata.

Por que a direção defendeu o voto por delegados e não pela massa de filiados? A resposta começa exatamente pela massa de filiados. Hoje isso é um problema. O PT inchou bastante. Houve uma verdadeira escala de filiações e nesse mar de novos petistas muitos são suficientemente estranhos para gozar da confiança dos senhores, por força da constante margem de traição. Quem mais filiou? Quem mais filiou foi exatamente quem tem mais dúvida sobre o alinhamento do voto. A eleição por delegados é um recorte visando a prática do voto pelos os mais fiéis e alinhados das tendências. Esse é o jogo. Não abrir brecha para o imprevisto e evitar uma segunda intervenção e seu consequente desgaste frente á opinião pública. Isto é, tudo tem que ser com o suposto verniz democrático.

No momento temos a candidatura de Washington e a de Bira. O primeiro representa o alinhamento da cúpula nacional do partido com o sarneísmo e é uma típica candidatura de remoção, cujo objetivo maior é banir Washington da 1ª posição na linha sucessória do governo do estado. O segundo foi abraçado pelas vertentes que fazem oposição a Washington e militam politicamente contra o sarneísmo. Trata-se de um amplo esforço de manter vivo um campo progressista de esquerda, que busca a supressão do mandonismo sarneísta no Maranhão.

Quem vai ser o candidato muitos já dizem até saber. Não é algo muito difícil prever, já afirmaram alguns veteranos da guerra intestinal petista.
Por fim, tem-se as inúmeras versões e protestos sobre supostos atos de corrupção, suborno e coisas do gênero... Malas e “os malas”. Quanto a isso, não tem como achar que havia um universo só de puros e chegou um impuro para corrompê-los, logo só esse malfeitor indivíduo é o culpado.

Na verdade, o universo não bem assim e são poucos os que entrariam facilmente em Probopolis (paraíso dos probos). O que ocorreu, se é que ocorreu mesmo, foi o casamento da fome com a vontade de comer. Então, não houve tramoia, mas ajuste de afinidades e interesses. Ninguém consegue corromper quem não é dado à corrupção. Vai ver que as malas foram para perto por exigência “dos malas” que visavam obter algum ganho extra!
Mais uma vez aprovou com a prova do que são e onde estão. 


Ps.: Washington ter sobrevivido até hoje  na guerra do PT é prova que ele não é ingênuo. Portanto, não deve desconhecer que seu único trunfo na corte  mandonista é ser o primeiro da sucessão. Eis a sua galinha de ouro. Será que o mesmo irá matá-la? 

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