A greve dos servidores da UEMA é reveladora de um momento singular na política maranhense. Por um lado enxergamos o nítido descompasso e esgotamento do grupo chefiado pelo senador Sarney. Eles não conseguem mais se reinventar e a exaltada solidez começa a se desmanchar no ar. 1- combinam, fazem acordos e afagam os servidores da UEMA, nos bastidores. Surge um plano milagroso para a categoria. As lideranças não se manifestavam e nem reclamavam de nada. Quando as coisas sobem à superfície do público é, primeiramente, como a tabela de reajustes dos professores. Que é aceita sem modificações para que o Plano dos servidores seja logo aprovado. 2- o tempo passa e as coisas prometidas pelos saneysistas envergonhados não se efetivam, o próprio governo descobre que o plano não pode ser daquele jeito e faz outra proposta. 3- o governo diz que a sua nova proposta é inviável. 4- os mediadores aliados da governadora não conseguem mostrar a sua valorosa influência junto ao governo. Eles não explicam o porquê do não cumprimento das suas promessas. 5- as lideranças sindicais tentam manter a credibilidade mantendo a greve e mantendo os portões fechados. 6- docentes pretendentes ao cargo de reitor assumem a voz dos servidores e começam a direcionar o movimento no sentido responsabilizar a reitoria pelo insucesso. Uns agem nitidamente a mando do sarneysismo envergonhado. O sarneísmo envergonhado não faz cumprir suas promessas e inventa novas promessas. 7- o reitor fica como vilão da história, inclusive responsabilizado por atos que fogem da sua competência e que dizem respeito ao Legislativo e ao Executivo estadual. 8- depois de uma demora injustificada, a reitoria convoca uma reunião com os professores e deixa mais claro o que estava acontecendo e o teor do plano. 9 – Diretores de curso, de Centro e Chefes de Departamento se pronunciam, clamam por uma saída imediata e reclamam de diversos prejuízos acadêmicos e financeiros. É lembrado o direito de ir e vir e a importância da continuidade das obras dos prédios que abrigarão os cursos que estão sem espaço físico para funcionarem. 10- o governo diz não, mas em seguida um procurado diz que pode ser. Mais uma vez o governo demonstra descompasso. 11- o novo secretário de Administração fez o que já estava programado: exige o fim da greve. 12- os alunos demostram sua insatisfação com a greve através de abaixo-assinado pela internet. 13- O sindicato, sob a mira da justiça, opta pelo fim da greve. Mas o Grand momento desse fim teve uma cena épica do desmanche da solidez. O mandonismo se manifestou, no mesmo instante, com suas duas faces. Tanto sua face situação como sua face “oposição” estavam lá. Ambas, dramaticamente, convergindo para um mesmo fim.
Tem servidor ainda atônito com a exposição alienígena de algumas personalidades. Pois bem, tem mais gente convertida a esse governo que não aceitou a proposta que ele mesmo fez.
LAMENTO PELOS SERVIDORES DE BOA FÉ, QUE TRABALHAM SERIAMENTE E QUE, SEM DÚVIDA, MERECEM UM SALÁRIO MELHOR. POIS FORAM USADOS E ENGANADOS EM DIVERSOS MOMENTOS PELOS PSEUDOS APOIADORES.
ASSIM FOI NOTICIADO O FIM DA GREVE NO SITE DA UEMA:
“No início da noite de ontem (20), numa assembleia realizada no portão da Universidade Estadual do Maranhão (Uema), a comissão do movimento grevista propôs o fim da greve, o que foi devidamente aceito pelos técnico-administrativos da instituição, paralisados desde o último dia 16 de março.
Participaram da reunião a deputada Helena Heluy, que informou à categoria que a governadora Roseana Sarney ainda não recebeu os servidores da Uema porque está em viagem pelo interior do estado; os advogados Guilherme Zagalo, da Ordem dos Advogados do Brasil; e Pedro Duailibe, do Sintuema; além de funcionários e alguns professores.
A decisão da assembleia de terminar a greve deu-se no mesmo dia (20/05) em que o Tribunal de Justiça do Maranhão, por meio do Desembargador José Luiz Oliveira de Almeida, concedeu liminar decretando a ilegalidade da greve e determinando sua imediata suspensão, sob pena de multa diária de R$ 5.000,00 (cinco mil reais).
Com o fim do movimento, as aulas nos campi Paulo VI-São Luís e Imperatriz, locais mais afetados pela paralisação, serão reiniciadas na próxima segunda-feira (24), sem o perigo de que os estudantes percam o semestre.
A expectativa dos servidores é que a governadora os receba, visando estudar o melhor caminho para atender à reivindicação dos trabalhadores da universidade, que é a aprovação do Plano de Cargos, Carreira e Salários (PCCS).
FONTE: http://www.uema.br/ ”