segunda-feira, dezembro 30, 2013

Pesquisa IBOPE - Vejam em qual pé o sapato vai apertar.


Pesquisa de Opinião - Dezembro de 2013 IBOPE.
O item AVALIAÇÃO considero "muito arrumadinho", até demais. O quesito tem duas opções de aprovação: Ótima/Boa (máximas) e Regular (mínima), mas, só apresenta uma opção de desaprovação: Ruim/Péssima. Além disso, a opção Não sabe e/Não respondeu caiu para a metade ou um pouco acima da metade quando comparado com questões parecidas: Aprovação e Confiança. Fazendo uma comparação com outras sondagem, essa  opção Ótima/Boa, da questão Avaliação, está entre 17 a 22 (%). Na questão APROVAÇÃO o mais provável é a opção Aprova entre 25 a 28 (%). Mas essa juízo de aprovação muda mais constantemente principalmente em períodos de inaugurações de obras. Em governos bem avaliados, não é raro, o governante não  ter o mesmo índice de  intenção de voto (casos de reeleição ou disputa de outro cargo). 

Esse percentual (44%) para Confia na questão CONFIANÇA é diferenciado, no mínimo. Em levantamentos similares sobre quesito as pessoas demonstraram  imensa NÃO CONFIANÇA em todos os governos, em órgãos governamentais e governantes.  

Cabe não desconsiderar as estratificações feitas a partir do tamanho das cidades e as faixas salariais. Basta lembrar em que faixa salarial está o "mar de gente" (eleitores) e em que tipo de cidade boa parte do eleitorado vive. Enfim, depois de 45 anos à frente do poder, os Sarney ainda contam com uma  clientela eleitoral razoável. 

Disponível em:
http://www.ibope.com.br/pt-br/noticias/Documents/JOB_2726-13_MARANH%C3%83O%20-%20Relat%C3%B3rio%20de%20tabelas%20%28imprensa%29.pdf

sábado, dezembro 28, 2013

Disputa eleitoral no Maranhão: o paradoxo da contradição ou quase isso

O incrível e inacreditável complexo. O que quer dizer? Não sei. 
Mas, hoje tive a certeza que existe entre nós o paradoxo da contradição. Vi um mesmo texto sendo publicado em diversos blogs e no Facebook de forma tão passiva. 
Em qual lugar do mundo existe uma oposição que pede um adversário mais forte, mais competitivo? 

Reclamar de uma adversário que não decola é muito surreal. Querem um adversário que decole, é?

É certo que devemos escolher até os adversários. Isso é coisa repetida no meio politico. Mas, se esse texto foi com essa finalidade, o que não creio, ficou afastado do objetivo. Especialmente em relação  ao principal candidato da oposição: Dino. 

O texto é mais eficiente enquanto cobrança e pressão interna dos membros que compõem a oposição liderada pelo próprio Dino. Particularmente a parte que quer que ele defina logo seu candidato ao senado.  O aviso é claro: o PSB pode buscar outro rumo e o outro rumo é Eliziane, onde o candidato ao senado seria do PSB.

Quando dizem que Luís Fernando é um candidato que não passa de 18% mesmos nas pesquisas encomendadas pelo grupo dele, que não decola. O que isso quer dizer mesmo? 
É preciso considerar que a campanha oficialmente não começou, existe um número significativo de indecisos (os que nem pararam ainda para pensar em eleição) e há indícios fortes de abstenção alta. 

Em pesquisas anteriores o candidato governista não aparecia nem com 3%, não era citado na espontânea,  como desprezar esses 18%? É  lógico que isso é preocupante. Se Luís Fernando fosse realmente inexpressivo com 18% das intenções de voto, a oposição, no mínimo, deveria torcer para ele permanecer como candidato governista. Há algo estranho. Será que a oposição está torcendo para ter um concorrente mais forte? Ou desejando que Eliziane vire a candidata dos Leões? 

Disso tudo... fica alguns zumbidos: 1- existem diversas frações de interesses não declarados nesse grupo de Dino; 2- o PSB local vai desprezar as preferências de aliança de Campos?´; 3- Quem manda nesse PSB local?; 4- Ficou evidenciado que se o candidato dos Sarney não for Luís Fernando pode ter acordo. 

No meio dessa "notícia" existe algo mais envolvendo os sarneístas descontentes com a candidatura de Luís Fernando e "opositores" ao sarneísmo. Além da sede de poder e interesses nada públicos, essa turma possui o desejo, em comum, de rifar politicamente Zé Reinaldo. Motivos para um concerto não faltam. 

Nunca é demais lembrar que não se pode desconsiderar a rejeição, que sempre é um problema para quem tem rodapé alto e teto baixo.  Por outro lado, se a rejeição for baixa, mesmo com um rodapé baixo, o teto acaba ficando em aberto. 

Quem está à frente dos demais colocados não pode ficar se posicionando como segundo colocado. 

Que mago misturou tais ingrediente dessa poção desconhecida? 

terça-feira, dezembro 24, 2013

É NATAL


Eis que foi tomado como criminoso! O Natal dos quem creem no nascimento divino é um e só um. 
Aos presentes... Nunca acreditei em Papai Noel na minha infância. Pai sempre foi um conceito totalmente abstrato para mim. Só quando passei a ser pai entendi a realidade relacionada ao conceito. Mas, na infância, gostava...do amanhecer e ver algo amarrado no punho da minha rede... eram bem aquém dos meu sonhos, porém, o máximo do sacrifício da minha mãe. E aí tinha algo encantador... tudo passava a ser encantador pelo fato de ter ganho. Lembro-me de quase todos... inclusive o copo de plástico azul. Deus é Justo e Verdadeiro e faz a real Justiça! Confio em ti Senhor!!! 

domingo, dezembro 22, 2013

Casos extraordinários e jabutis

Sempre que ocorrer algo extraordinário no Maranhão é necessário olhar para o alto. Pois, em geral, tem um jabuti sobre uma árvore. Até Darwin ficaria espantado com a evolução dos nossos jabutis.

quarta-feira, dezembro 18, 2013

II Carta a São Pedro.

II Carta a São Pedro. Pedro, Obrigado por me fazer ver novamente a chuva, mesmo que só por uns instantes. Quando vi as primeiras gotas caindo... Pensei: As chuvas se repetem, mas sempre com um charme de singularidade. 

São Pedro, São Pedro... que seja abundante as águas que não destruam barracos, nem provoquem deslizamentos sobre casebres, não deixem os mais miseráveis ilhados e no tormento dos abrigos improvisados. Não, não! 

Que não vejamos mais a dor de uma parcela significativa da população que, através dos tempos, fica sempre desabrigada, na verdade, é desabrigada de tudo. Não permita que todos esses coagidos da sorte tenham que ser resgatados em massa por uma defesa civil inexistente. Estamos em um país que inexiste recursos e equipamentos para pronto uso diante de catástrofes. Por quê? Porque nunca se ver catástrofe quando são pobres soterrados, ilhados com suas casas submersas. Nem mesmo quando estão no outro extremo: na seca. É essa velha seca. Seca industrial secular sem Governos. 

Tudo isso, sem exceção, cheias,secas geram danos aos pobres, mas os bens dos pobres parecem não sofrerem dano algum. Você já ouvir alguém lamentar o pobre ter perdido seu sofá "velho"? Tudo que o pobre tem, aos olhos saudáveis e alegres dos não-pobres, parecem ser não perecíveis, desnecessários e não terem custo algum, como pudessem estar ali sem sacrifícios de horas de labor... que produzem tantos calos e dores. 

Que seja uma enxurrada de alegria e que a água limpa arraste para longe as sujeiras retidas sobre e sob os tetos... dos nossos lares, que a terra molhada seja meio para produção de novos frutos... Que a chuva, enquanto a água, seja para um banho mais profundo sobre a alma (como o mergulho Profundo no Jordão). Mande a chuva necessária, Pedro. 



terça-feira, dezembro 17, 2013

Extraordinário caso da Portuguesa: tragédia ou circo?


O caso da Portuguesa ... é algo extraordinário. 
1- a CBF . Como uma entidade desse magnitude de fortuna NÃO TEM INFORMATIZADA AS INFORMAÇÕES BÁSICAS DOS ATLETAS que participam da competição? Como um juiz vai para campo sem receber uma lista com a situação de todos os jogadores? Como um time pode entregar uma lista de jogadores e o jogador irregular não ser descartado automaticamente? 
2- O TÉCNICO - Como um técnico de um time de futebol pode desconhecer a situação de cada um de seus jogadores? Qual a necessidade de de colocar um jogador irregular para jogar aos 32 minutos do segundo tempo? 
3- O ADVOGADO - Quem precisa de um advogado como esse da Portuguesa? Como alguém contratado para defender os interesses de uma entidade não tem como relevante uma situação dessa e ainda vem falar de falha de comunicação? 
4- OS DIRETORES - Onde estavam os diretores de futebol da Portuguesa? Nenhum Diretor acompanha a equipe nos jogos? O Técnico faz tudo sozinho? 
A Portuguesa podia jogar com um a menos, perder o jogo, perder por WO e não seria rebaixada, mas nada disso foi feito. Simplesmente o técnico da Portuguesa fez entrar em campo exato um jogador irregular aos 32 minutos do segundo tempo. São coisas que, sinceramente, causam espanto quando praticadas por supostos profissionais do futebol. 
Isso tem tudo para não ter sido um mero descuido! Estamos diante de uma grande tragédia ou de um monstruoso circo. Mas, como é Brasil... pode ser ambas as coisas. 

quarta-feira, dezembro 11, 2013

Funeral de Mandela e o Grande Discurso

No funeral de Mandela a nossa Presidente fez seu discurso.
O Grande Discurso da Presidente tem um trecho lapidar: "Nós que carregamos sangue africano". 
Teríamos nós coisa mais brilhante a dizer sobre aquele evento e o motivador dele? É, né?! A humanidade começou mesmo onde?  Os povos do Continente Africano contribuíram só com essa biologia? Nossa herança está no porão do inato? História e cultura para quê? Né?!

domingo, dezembro 08, 2013

Campeonato Brasileiro, a estranha CBF e a violência


SOU CONTRA REBAIXAMENTO EM CADA TEMPORADA. Já escrevi duas vezes, nesse blogue, sobre o modelo de campeonato adotado no Brasil.  O modelo é ruim e o sistema de rebaixamento é péssimo. 

Como um país desse tamanho e com torcidas enormes pode quer fazer campeonato como o espanhol, português etc. Absurdo e falta de bom senso. Defendo a estruturação  regionalizada do campeonato brasileiro. O ranking seria regional (rebaixamento e classificação) e cada região teria um número X de times (mantendo as devidas proporções). 

Assim, sempre teríamos os times grandes das diversas regiões brasileiras no Brasileirão série A. As grandes torcidas do nordeste, norte, sul, sudeste e  centro-oeste ficariam garantidas de participar do campeonato. 
Não podemos ter um campeonato que não perceba o potencial das torcidas regionais.

Esse modelo  é desperdício de recursos, de publicidade e apaga o caráter nacional do campeonato. Rebaixar quatro times todo ano é uma insanidade. Em um ano não é possível recuperar os investimentos, ter retorno, principalmente os times que subiram naquele ano.  Mais producente seria o rebaixamento por média de três temporadas, como fazem na Argentina.

O campeonato começaria nos estaduais, passaria para o regional e finalmente o brasileirão. O ranking estadual credenciaria para o regional, o campeonato regional passa a definir os integrantes do campeonato. Depois de três temporadas, os piores, em cada  ranking regional, seriam rebaixados regionalmente e automaticamente deixariam de participar do nacional. Teria menor número de times e de jogos. Assim penso, mas já soube de outras propostas interessantes. Fica no aguardo de outras ideias e propostas. 

No mais é essa vergonhosa violência nos estádios e a impunidade que alimenta esses criminosos. Lamentável essa cena registrada hoje no jogo do Vasco contra o Atlético. Um indivíduo, com uma barra de ferro, agride um rapaz desacordado no chão. Outro indivíduo ainda tem a frieza de vasculhar os bolsos da vítima. 

sábado, dezembro 07, 2013

Maranhão lidera em Déficit Habitacional


O Maranhão... por uma estranha magia consegue ter piores índices em quase tudo. Isso é revelador também sobre os índices apresentados como positivos, principalmente, os ditos empreendimentos e novas empresas que chegaram ao Maranhão, pois fica patente que esses negócios não produzem benefícios diretos à parte mais pobre da população e que as políticas públicas direcionadas ao acesso à habitação, até agora, estão bem abaixo da demanda. 
O Maranhão possui ainda ao maior índice de casas de taipas, totalizando mais de 30%. 

Os dados completos sobre o déficit habitacional por unidade da federação estão disponíveis emhttp://www.ipea.gov.br/portal/images/stories/PDFs/nota_tecnica/131125_notatecnicadirur05.pdf

sexta-feira, dezembro 06, 2013

quinta-feira, dezembro 05, 2013

Espaço público é para quem aguenta a doxa

Quem quer administrar sem ter que enfrentar problemas e dificuldades é só se candidatar a gestor do paraíso (lá no céu). Para não ter que ouvir críticas e nem ficar submetido a exigências é só não ocupar o centro do poder público. ou então faz brotar a alminha tirânica, enrustida sob o olhar blazer, e destruir o espaço público e por tabela enterrar a política. Assim, logo...logo poderá ter a gostosa sensação de ter eliminado a opinião pública.. ou o irritante urro das turbas. É óbvio que isso não se dará sem o substantivo exercício da racionalização, que justificará tudo a partir de um conhecimento técnico envaidecido, que se auto-postula de olhar privilegiado sobre uma engrenagem complexa (do poder) e que, obviamente, é imprópria aos comuns, seres insistentes em expressar suas malditas doxas. Enfim, os apóstolos do conformismo possuem uma capacidade enorme de germinal sob qualquer clima...

quarta-feira, dezembro 04, 2013

quarta-feira, novembro 27, 2013

Eleições 2014 no Maranhão e o Candidato X

No Maranhão, depois que as coisas acontecem, aparece uma legião de pessoas dizendo que sabiam, que tiveram um sonho, que sentiram algo estranho e que já tinham dito aquilo... Isso é uma tradição entre nós, mas também pode ser considerada uma vaidade...

Antes que as eleições de 2014 ocorram, quero deixar registrado algumas constatações e outras tantas suspeitas sobre a disputa ao Governo do estado do Maranhão. Particularmente olhando para a candidatura de Flávio Dino. 

1- A maioria das pessoas que conheço, ligadas ao campo político, em 2012 afirmavam que o momento de Flávio era aquele. Tratava-se da eleição para prefeito de São Luís, em 2012. O próprio Flávio não mostrava interesse e em seguida veio um fato triste de ordem familiar.  
2- Essas mesmas pessoas temiam a traição, uma verdadeira peça mestra na nossa política, contra Flávio. .

Bem, o candidato a prefeito de São Luís foi Holanda Jr. e durante toda a campanha Flávio apareceu na propaganda eleitoral desse candidato. A partir daí começou uma hiper-exposição de Flávio em todos os meios de comunicação e nas nas redes sociais. A pergunta é: isso foi ideia de marqueteiro, dos estrategistas políticos ou de ambos? 
Em seguida, logo após as eleições municipais, teve início uma série de divulgações de "pesquisas", onde Flávio aparecia com números extraordinários, cheio de vantagens. Circulou na internet uma pesquisa que marcava 62% das intenções de voto para Flávio. Novamente perguntas: quem verdadeiramente quis tal divulgação?  Os aliados ou os adversários? "Pesquisa" sem candidatos concorrentes definidos, principalmente o candidato dos Leões, serve para quê? 

Recentemente saí indagando diversas pessoas que acompanham a disputa política sobre o contexto. A maioria dessas pessoas destacaram problemas na campanha de Flávio. Então o que motiva alguns aliados de Flávio se comportarem como  quem já venceu a disputa? As intenções de voto? Ou é puro descuido profissional?

Agora vamos a alguns detalhes. Depois de tanta exposição e discursos de Flávio, pergunte aos eleitores quais  as propostas de Flávio que eles lembram. Além disso, o discurso de Flávio não tem mudado, tornando-se repetitivo, bem antes do tempo. É só perguntar aos cidadãos o que acham dos pronunciamentos dele. 

Nas próximas eleições Flávio não vai mais ser novidade e pouco a pouco fica sem motes fortes. O discurso da mudança, do jeito novo de fazer política, sintetizado no "não roubar e não deixar roubar" (não duvido de sua integridade) fica atenuado com as últimas adesões a sua campanha, em parte, dissidentes ou traidores do grupo Sarney, que em nada lembram renovação e não podem servir de exemplo de moralidade no trato com a coisa pública. Flávio pode ter atraído mais voto com essas adesões, mas também pode ter atraído rejeição.  Isso pode enfraquecer o discurso de moralidade e renovação política. Por quê? Porque não importa só Flávio gozar de credibilidade, mas também a equipe que vai governar com ele. O próprio Flávio não pode ser secretário de todas as secretarias, nem todos os membros de seu partido.  Fazer contraste por essa via parece que não vai ser tão fácil. O que não falta são manchetes negativas sobre alguns de seus novos aliados. Na propaganda eleitoral vai aparecer de tudo. 

Em 2014 Flávio deve provar do que popularmente se chama de "apanhar". Nas suas disputas anteriores ele não sofreu ataques mais sistematizados. Recentemente teve só uma demonstração do que pode estar a caminho. Falo do caso do salário da UFMA. A equipe dele respondeu, mas pouco eficiente. Logo em seguida, acusando o golpe, diversos aliados começaram a atacar Sarney nas redes sociais. A pergunta é: Sarney é candidato? Não é. O único que ainda tira algum rendimento atacando Sarney com fúria é Dutra. 

Enquanto Flávio, que nas pesquisas dos seus aliados está liderando com folga, ficava mais exposto, o seu principal concorrente é mantido distante, fora do debate, sem sofrer desgaste antecipado:  Luís Fernando. O candidato do governo aparece nas propagandas oficias de forma discreta, sem discursos longos. Está distanciado dos debates e confrontações. 

O que os estrategistas de Flávio estão pensando sobre isso? Na disputa até os adversários temos que saber escolher. Luís Fernando ou qualquer outro escalado pelos Leões para disputar as eleições em 2014 não é totalmente inofensivo. Como esses articuladores de Flávio deixam ele tão exposto, em processo de desgaste e aceitam o candidato da situação ser mantido distante, sob proteção? 

Quantos aliados de Flávio realmente são aliados? Para muitos, é notório que esse círculo de apoiadores de Flávio é muito poroso e com gente de trânsito fácil nos dois lados (situação e oposição). Existem outros aliados com trânsito para todos os lados, ficando onde for mais vantajoso.  

Dentro e fora dos aliados de Flávio existem pessoas inconformadas, porque acham que ele furou a fila na disputa do governo estadual. Fora do seu grupo de apoio o mais destacado inconformado é o trator (esse é inconformado com todos, na cabeça dele só existe uma pessoa merecedora de governar o Maranhão: ele mesmo). 

Até hoje não ficou claro se o pai do atual prefeito de São Luís é ou não oposição ao governo estadual. O Holandão é ou não é oposição ao grupo Sarney? 

Para os Holanda a derrota de Flávio em 2014 não é um desastre político. Primeiro, porque o caminho para Holandinha se projetar para governador fica aberto, pois ainda tem 03 anos para se recuperar diante do povo. Segundo, Flávio perdendo e já tendo sido apoiado, cessa a obrigação com o PC do B e os Holanda podem governar sozinhos. Isto é, sem interferência do PC do B. Essa interpretação dos fatos foi feita por um amigo (não quis o nome divulgado).  Achei muito pertinente, principalmente olhando a inércia do governo municipal, que paralisou tudo, até as ações tapa buraco. Aumentou a propaganda na Mirante e nada de significativo foi feito no trânsito, no calçamento, nos socorrões etc. O governante municipal mantém o discurso que a prefeitura não tem dinheiro etc. e com isso vai deixando de inciar diversas obras de urgência. Uma coisa é não ter dinheiro em caixa, outra coisa é ser incapaz de gerenciar as dívidas e ampliar a capacidade de endividamento. 

São Luís vai servir como mostruário dos opositores Flávio sobre qual mudança ele representa. Difícil convencer a população que ele não tem nada a ver com essa administração de Holandinha. Isso vai ser usado como termômetro pelos operadores eleitorais do interior do Maranhão. O certo é que Flávio está perdendo eleitoralmente com esse ritmo administrativo da prefeitura de São Luís. 

Caminhando pelos lados está o PDT ensaiando candidatura própria. O PDT já percebeu que lucra mais se mantendo na estrutura da Prefeitura em acerto direto com os Holanda do que seguir de forma subalterna ao projeto de Flávio. O PDT já demonstrou em duas oportunidades que Flávio não é sua grande preferência. Primeiro bancaram a campanha de Castelo que derrotou Flávio e logo depois mantiveram candidatura própria para governo do estado. O PDT desde o fim do mantado da Sra.  Gardênia Gonçalves está controlando ou participando do controle da Prefeitura de São Luís, tudo que não existe, tudo que faltou fazer nessa cidade tem como maior responsável o próprio PDT, mas ele conseguiu brilhantemente descolar essa responsabilidade de si. Soube explorar até a exaustão o discurso da "perseguição política", da "oligarquia" e do "demônio" Sarney que tudo pode. Verdadeira ideologia. Com isso, fez os incautos acreditarem que eles não devem prestar contas de nada e que todas as desgraças de São Luís é fruto da maldade do Sarney. A esse PDT é muito vantajoso preparar seus projetos no espaço que eles mais conhecem: a Prefeitura de São Luís.

O discurso de anti-oligarquia já deu seu fruto: Jackson Lago. Mas o Sr. Jackson fez uma empreitada de mais de 30 anos para chegar à frente na disputa pelo governo estadual. Parecia ter muito mais aliados fiéis e gente preparada, mas seu governo foi tumultuado, confuso e cheio de pilhadores, saqueadores da pior espécie. O Sr. Jackson não teve gente hábil e fiel nem para cuidar da sua defesa e evitar sua cassação. Sem falar que politicamente não houve nenhum investimento visando criar uma motivação popular em defesa de sua permanência. Pelo contrário, deram curso a medidas desastrosas criando um tal de subsídio e tentando mudar as carreiras de professores e policiais. Com isso, a sua saída passou a ser desejada por amplos setores da sociedade. Perdeu apoio popular e a rejeição ao seu governo cresceu. Isso só reforçou os super poderes dos Sarney no imaginário popular, mas, por incrível que pareça, essa desgraça teve um lado positivo: ajudou a desmistificar que ser contra os Sarney é atestado de competência e honestidade. Para completar esse "estado da arte" da política maranhense, o lado do PT que não tinha apoiado Jackson, passou a apoiar os Sarney. Aí tudo ficou nivelado por baixo. Falar de oligarquia, constatar as desgraças do Maranhão não traz nada de novo e nada que o povo já não saiba. 

A história da mudança. Mudança, mudança. Mudar não quer dizer melhorar. Constatar os erros dos governantes por si só não convence as pessoas que você sabe e tem condições de fazer o certo. As pessoas quererem mudança é uma coisa, outra coisa é quem o povo identifica como o autêntico representante dessa mudança. O povo quer é resultado. Pesa eleitoralmente quem tem recursos para mostrar que pode gerar resultados. Flávio tem um discurso carregado de conceitos abstratos e que dificulta o cidadão associar às ações concretas que são úteis para sua vida cotidiana. Flávio vai ter que dizer o que vai fazer e como vai obter recursos para realizar tais coisas. Flávio não vincular suas realizações totalmente ao apoio do Governo Federal, pois o povo sabe muito bem que Dilma e Lula são com Sarney. Parte da população até acredita que Sarney manda em Lula e Dilma. 

Tudo indica que os Sarney vão tentar algo diferente, ao invés de ficarem evitando o confronto como nas outras vezes, devem apostar na confrontação direta, apostando no conhecimento técnico e na experiência administrativa de Luís Fernando. O candidato do governo não parece ter medo de confronto. Flávio não vai ter mais a sua frente Roseana, que nunca debateu. 

Agora as coisas estão diferentes, só um pouquinho, das vezes anteriores. O candidato da situação está atrás na intenção de voto, mas Flávio certamente vai ser cobrado quanto ao seu desempenho na Embratur. Questão provável nos debates. Por outro lado, ainda não apareceu nada de significativo para dissolver a fama de Luís Fernando ser tecnicamente preparado etc. Caso Luís Fernando resolva dizer (autorizado pela família Sarney, é lógico) que no governo dele quem vai mandar é ele, as coisas ficam mais favoráveis a sua candidatura, pois agrega à fama de gestor competente   à postura de ter vontade própria, de não ser mais um pau mandado. 

Por que os articuladores da campanha de Flávio (marqueteiros, estrategistas etc.) não forçam Luís Fernando a entrar no debate, se expor em confronto? É ou não é importante sondar os recursos que ele possui? 

A quem vai servir aquelas divulgações de pesquisas tão antecipadas? Quem fez isso e para quê? O candidato que aparecia liderando com ampla folga vai começar o período eleitoral com uma perda de, no mínimo,  10%. Por outro lado, o segundo colocado, que estava bem distante, que não decolava, pode começar o período eleitoral com um crescimento de 16% das intenções de voto, no mínimo. 

Luís Fernando que é do primeiro escalão do clã, vai ter total apoio dos Leões e dos outros animais escondidos lá pela praça Pedro II. Algo que não pode ser desconsiderado mesmo quando se tem ampla vantagem. E o palanque de Dilma vai ser o palanque da família Sarney, mais uma vez. 

Agora vejamos, quem é o adversário mais duro contra Flávio além do candidato dos Leões? Quem pode reduzir essa vantagem que ele tem agora? Até o momento é o Candidato X, que nada mais é do que o próprio Flávio, não ele sozinho, pessoa, mas alguns dos seus aliados e articuladores que andam atropelando o óbvio e ignorando que a disputa ainda não terminou. 
O Flávio candidato em 2014 precisa ser diferente do Flávio pré-candidato que foi até agora nas redes sociais e nas propagandas de TV. A campanha vai exigir inovação, Flávio vai precisar mostrar que sabe resolver os problemas que afligem os cidadãos. O problema de abastecimento de água vai ser feito o quê? As questões da empregabilidade e da renda familiar baixa vão ser tratadas de que maneira? Os problemas do acesso à terra e da produção agrícola vão enfrentados como? O problema da baixa qualificação da mão de obra vai resolvido de que maneira? O que Flávio vai fazer para atrair mais investimentos para o estado do Maranhão? Qual sua política de atração de investimentos? Qual a sua proposta para estruturar, especializar e ampliar a indústria do turismo no Maranhão? Qual a medida concreta que ele tem para apresentar em relação à melhoria do atendimento médico/hospitalar? Qual a proposta ou projeto ele tem de melhoria da mobilidade urbana a curto prazo? O qual a proposta concreta de Flávio sobre política de segurança pública?  

Esse modelo de campanha adotado por Flávio está muito linear e previsível. Ás vezes parece que o grupo de Flávio achou um atalho e que não trabalha com médio prazo ou longo prazo. O perigo do atalho é a inviabilidade da continuação da carreira política de Flávio e ele virar aquela eterna promessa política (como alguns casos já conhecidos). 
Além do que foi dito, a questão em torno do poder não está limitada a só ganhar a eleição, muito pelo contrário, basta tomar como exemplo o caso Jackson Lago. Um péssimo governo abre espaço para o fortalecimento e para uma renovação do sarneísmo sem igual. Algo que não pode ser deixado para depois é a questão da carência de quadros, na oposição, para ocupar as pastas administrativas. 

As previsões econômicas para 2014 não são muito boas e isso deve ser levado em conta. Quem assumir o governo do estado em 2015 não pode dizer que não sabia. Como alguém se candidata a algo sem tomar conhecimento da situação do que vai assumir? 

Para a oposição aos Sarney ter maioria na Assembleia é uma necessidade de primeira ordem, mas a bancada federal é a chave para conseguir apoio do Governo Federal e começar a desarticular mais efetivamente o grupo mandonista hegemônico. Sem um bom número de aliados eleitos para Câmara Federal os recursos podem não chegar para realizações de obras importantes. Idem equação para a vaga do Senado. 

Em que pese a forte adesão popular que Flávio vem recebendo no interior, nunca é pouco desconfiar do aparente. As manifestações de apoio nas ruas são sempre bem maiores que o número de votos que aparecem nas urnas. No Maranhão algo muito extraordinário acontece na noite anterior ao início da votação. O sono do eleitor é penetrado por um tipo de elemento desconhecido que muda sua intenção de voto. A intenção muda de lado nadando como uma Garoupa.

Caso Flávio não elimine o Candidato X, a sua melhor alternativa vai ser sair desse caminho do atalho e se lançar candidato a senador, fazer um enfrentamento direto com Roseana. Mesmo que perca vai permanecer como promessa ao governo do estado e principal figura da oposição. Perdendo essa agora para governador sai automaticamente da ponta da fila da disputa ao governo estadual e o futuro fica mais incerto. 

No mais, provavelmente Eliziane saia mais fortalecida e credenciada à prefeitura de São Luís, em 2016 e ao governo do estado, em 2018, ela só vai precisar de uma boa agência de propaganda e um pouco mais de recursos para avolumar a campanha. Tem tudo para lucrar eleitoralmente em 2014. Aos demais sujeitos da oposição cabe buscar ampliar o espaço  para se constituírem  como uma alternativa eleitoral nova, tarefa difícil, mas não impossível. 

domingo, novembro 24, 2013

São Luís: MUDANÇA PROMETIDA.e a luminosidade de Holanda


No final do governo de Palácio houve modernização da iluminação da cidade, trocaram as hastes das luminárias, foi isso. No final do governo de Castelo também ocorreu modernização da iluminação pública (idêntica a de Palácio). Mas, Holandinha inovou e está fazendo a "melhoria" logo no início do seu governo (mas é também igualzinha as demais. A Citeluz opera sempre igual na mudança da iluminação). A Litorânea  é uma área prioritária e certamente a mais escura da cidade. Tudo por "apenas" 10 milhões. 

Enquanto você se distrai com prisões a inflação chega a 1,16%


Enquanto você se distrai com prisões a inflação chega a 1,16%. 
Por que Genoino e Dirceu estão espetaculizando suas prisões? Por que não fazem aquele recuo estratégico e somem um pouquinho de cena? Não. Eles precisam roubar a cena. Enquanto as principais emissoras de televisão gastam tempo com reportagens sobre o estado ou situação dos presos, os dados da INFLAÇÃO são omitidos. 
O período correspondente entre setembro-outubro, segundo a Fundação Getúlio Vargas, registrou inflação de 1,16% sobre alimentos e tem impacto significativo sobre os que tem renda até 2,5 salários mínimos.

segunda-feira, novembro 18, 2013

Ao PT o que é do PT

Fidel fazendo um julgamento

Muitos confundem e outros se aproveitam do caso mensalão. Vamos com responsabilidade ver o que é e o que não é devido ao PT. 

Defendi um desfecho para o caso pela via legal, jurídica pelos simples motivos: que esse tipo de julgamento e as aplicações das penas sejam igualmente utilizadas para demais casos similares, por exemplo, o mensalão Tucano, e que a mais alta corte não entre em total descrédito e fique totalmente vulnerável à perda de legitimidade perante a nação. Difícil existir um Estado de Direito onde os órgão da justiça carecem de legitimidade junto à fonte originária do Poder Político, particularmente onde se quer uma sociedade democrática. 

Não vejo inocência nas partes, tal como a militância-de-ofício (agarradas a cargos estatais) prega. Não vejo tribunal de exceção... tão pouco vejo consistência nos argumentos que colocam o caso como Estado de exceção e presos políticos. Esse discurso beira o devaneio e subestima a toda e qualquer forma de inteligência. Se existe algum indício de exceção é a ação penal condenou um número grande de pessoas politicamente influentes. Todos sabem que o Código Penal Brasileiro é prioritariamente destinados aos pobres, aos cidadãos comuns, mas não aos incomuns. Além disso, caberia perguntar se é plausível e cabível, em casos a sim, o argumento de relaxamento da condição de última instância pautada no fato-situação de ter sido instância única.  

Trata-se de oportunismo e casuísmo reduzir o Mensalão ao caso do PT. O PT não inventou mensalão, não é um único caso, nem essa prática está restrita à esfera Federal do poder político. Não. Será que não existem na maioria dos estados da federação? Será que não existe essa prática na maioria dos mais de 5 mil municípios? Dificilmente não. Mas isso não é motivo para se consolidar mais uma impunidade. Como não deve ficar na impunidade o mensalão tucano que dormita nas gavetas. No entanto, isso tem um peso a mais sobre o PT porque simbolicamente foi um partido que cresceu eleitoralmente defendendo ética na política, defendendo moralidade no trato com a coisa pública e combatendo os líderes políticos ligados à herança do autoritarismo, rotulados de direita. 

Hoje isso pesa mais sobre o PT pelo fato de não ter tido capacidade política de criar condições para minar, de forma popularmente legitimada, o esquema de pilhagem do Estado, de extorsão  e de chantagem instalados no Congresso Nacional através de bancadas compostas por aventureiros e escroques, em um verdadeiro ato de sitiar a a condição republicana e democrática.

O gosto e o apego à manutenção obsessiva do poder, afastou o PT de um itinerário político na direção de ampliação democrática. Ao contrário disso, foi ampliando uma aliança de apoio hiper-atrofiada junto ao setores mais reacionários,alimentando ainda mais a herança autoritária e a isso se apegando. O PT não soube estabelecer um sistema de negociações sem a diluição e promiscuidade, capitulou ainda mais ao reproduzir a racionalização do PSDB: governabilidade.

Esse sistema de troca-troca, supostamente em prol da governabilidade, está desmoralizando o Congresso e demais órgão do Poder Político. Essa prática não é fruto estritamente  de uma necessidade de governabilidade, mas da fome autoritária que não consegue ver direito de oposição e não aceita negociar, mas quer construir um atalho para uma situação considerada cômoda: da imposição de ordens sem resistência, sem contrariedades. Com isso, os dutos da corrupção foram ganhando diâmetros cada vez mais expressivos. 

O PT perdeu muito tempo na insistente performance comparativa entre seu governo e o governo do PSDB, um exercício de inutilidade, quando deveria estar criando condições para puxar uma ampla reforma política com apoio popular, principalmente no auge da popularidade de Lula. Apostou tudo em garantir voto em troca de políticas compensatórias, particularmente as inspiradas nas medidas de segunda geração idealizadas pelo Banco Mundial, FMI etc. O programa Bolsa Família vale como política compensatória? Vale. Vale com medida de segurança social? Vale. Mas é um tipo de política que tem que ser transitória, o sucesso só se completa se ela deixar de ser tão necessária. Como explicar o Maranhão, que em dois anos passou de 500 mil famílias para mais de 900 mil famílias cadastradas? Sendo que a taxa de pobreza extrema ainda é de 12% para uma população de 6 milhões. 

Agora o PT se defronta com suas próprias promessas esvaziadas e um discurso descolocadamente anacrônico. Isso não pode deixar de ser creditado ao senhor Dirceu que, misturando seu narcisismo à fórmulas stalinistas, implantou uma forma de pedantismo e arrogância no exercício de poder, mas não percebeu a cova que cava sob os próprios pés. Se tem algum julgamento foi ele que o fez sobre si mesmo. Por que diminuir a Política agora, como se fosse possível uma tal justiça imune ao ânimo do ato político? 





quinta-feira, novembro 14, 2013

MAIS UMA PÁGINA HEROICA: CRUZEIRO CAMPEÃO 2013


Campeão antecipado... venceu todos os adversário pelo menos uma vez.
"Cruzeiro, Cruzeiro querido! Tão combatido, jamais vencido!!!!
Vejam... todas as vitórias do Cruzeiro... O primeiro campeão a vencer todos os seus adversários pelo menos uma vez. Alguns ainda podem perder mais de uma vez...kkkk . 
26/05 – Cruzeiro 5 x 0 Goiás
05/06 – Cruzeiro 1 x 0 Corinthians
14/07 – Cruzeiro 3 x 0 Náutico
20/07 – São Paulo 0 x 3 Cruzeiro
28/07 – Cruzeiro 4 x 1 Atlético-MG
03/08 – Cruzeiro 1 x 0 Coritiba
07/08 – Criciúma 1 x 2 Cruzeiro
17/08 – Cruzeiro 5 x 1 Vitória
24/08 – Ponte Preta 0 x 2 Cruzeiro
01/09 – Cruzeiro 5 x 3 Vasco
04/09 – Bahia 1 x 3 Cruzeiro
08/09 – Cruzeiro 1 x 0 Flamengo
11/09 – Goiás 1 x 2 Cruzeiro
14/09 – Cruzeiro 1 x 0 Atlético-PR
18/09 – Cruzeiro 3 x 0 Botafogo
29/09 – Internacional 1 x 2 Cruzeiro
02/10 – Cruzeiro 4 x 0 Portuguesa
06/10 – Náutico 1 x 4 Cruzeiro
16/10 – Cruzeiro 1 x 0 Fluminense
26/10 – Cruzeiro 5 x 3 Criciúma
03/11 – Santos 0 x 1 Cruzeiro
10/11 – Cruzeiro 3 x 0 Grêmio 

sábado, novembro 09, 2013

Mar mágico: os donos do Mar e a despoluição das praias de São Luís


O mar mágico... Tempos atrás diversas placas foram colocadas nas praias de São Luís. As placas avisavam que a água do mar estava imprópria para banho.  As placas foram postas pelo Governo Estadual. As matérias e reportagens apresentavam dados sobre a quantidade de esgotos in natura e fezes derramadas nas águas das praias. Com tanta sujeira as águas ficaram impróprias para o banho. 

Logo em seguida a esse alvoroço, o senador Sarney, em sua coluna de domingo, no jornal O Estado do Maranhão, questionou essa quantidade enorme de poluição, afirmando que era improvável tendo em conta a força de nossas marés. O mar não estava sujo assim.

Não tardou muito e o secretário-parente Murad foi pessoalmente tomar banho de mar. As imagens do vovô-secretário e suas netinhas banhando nas águas despoluídas estamparam as páginas dos blogs etc. Pronto. As praias estavam despoluídas. As placas sumiram. 

Dia 26 de outubro, quando folheava o jornal O Estado do Maranhão, na barbearia... percebi esse destaque no alto da página: Praias de São Luís vão ser despoluídas. Como? Já sujou novamente? Quem verdadeiramente manda na pureza desse mar?

quarta-feira, novembro 06, 2013

São Luís: primeira regência no período republicano



São Luís é o primeiro caso de regência pós Proclamação da República.

Sobre os cidadãos incidem as pesadas questões: Quando vai acabar o período regencial em São Luís? O alcalde atingirá a maior idade quando? Quando o atual prefeito vai efetivamente começar a administrar a cidade (isto é, para além dos comerciais exibidos na TV Mirante)? 


sábado, novembro 02, 2013

Eike e nossos demônios demagógicos

Esse velhote... tem a seguinte e repetida opinião sobre os "negócios" do Eike: 
Jabuti não sobe em árvore. Eike não apareceu e nem brilhou sozinho nesse cenário, onde existe tudo menos bobos. 

Todos esses investidores estrangeiros sabiam que Eike era um vendedor de sonhos. Mas qual era então o atrativo ou garantia: o resgate. O resgate que, no final, seria feito pelo governo brasileiro através da bondade do BNDES. As senhas de garantia eram as sucessivas aparições de Lula ao lado do mega empresário Eike. As mesmas cenas foram  gravadas com Dilma. Qual o objetivo de um Presidente da república aparecer lardeando um e só esse empresário? 

Todos esses investidores sabiam onde esses negócios eikianos iam dar, mas estavam certos do socorro governamental. O que deu errado? Várias coisas começaram a desalinhar entre os próprios criadores e parceiros desse Eike pop-star da prosperidade Made in Brasil. E, para atrapalhar mais, veio as manifestações de junho. Certamente elas deram uma atrapalhadinha no resgate esperado e sonhado pelos investidores e parceiros. 

Eike é uma peça publicitária para vender aos gringos a ideia de um Brasil Rico e desenvolvido, conforme a utopia lulista, que ser cidadão é só poder consumir, mesmo 
 sem qualidade de vida, sem transporte, saúde, melhor educação, segurança e melhor valorização do trabalho. 

Porém, depois das eleições de 2014 tudo pode mudar e novos ventos poderão favorecer Eike. Botes tipo salva-vidas podem ser lançados em seu socorro! O X da questão Eike ainda precisa ser totalmente decifrado. 

terça-feira, outubro 29, 2013

Sarney o século XIX e nosso tempo


Li no jornal O Estado do Maranhão, nesse último domingo (27/10/2013), a seguinte declaração do senador José Sarney: 
"Eu sempre digo que nasci no século XIX. O Maranhão na minha juventude ainda era quase igual ao tempo da Colônia e do Império". 

Dizem as sucessivas biografias do senador que ele nasceu em 1930. O Brasil Colônia oficialmente  teve fim em 1822  e o Império foi desmontado pelos "republicanos" em 1889. 
Muito interessante esse destaque feito pelo senador quanto a possibilidade de falta de sincronia dos  tempos, particularmente entre tempo cronológico (físico ou quantitativo, real, natural, da ciência, cósmico) e tempo social (histórico ou qualitativo, imaginário, cultural, da consciência, vivido).   

Essa declaração de memória do ex-Presidente é um testemunho revelador que os ventos da Revolução de 30 não chegaram no Maranhão e que nem foram tão fortes em todas as direções. Atrás da memória aparece a realidade: as constituições inspiradas no ideário liberal conviviam com práticas "políticas" destoantes.

Eu, por exemplo, nasci em 1966, mas digo que sempre vivi na República Velha, mais precisamente entre 1894 e 1930. Os ventos de 1930 nunca chegaram ao Maranhão, mesmo em pleno século XXI.

O senador está corretíssimo! Viva o nosso atraso!


terça-feira, outubro 22, 2013

O sinal vermelho está ligado. Veio da televisão



Avança entre nós, em passos lentos, mas firmes, o Chinochavismo. O sinal vermelho está ligado.
Essa imagem apareceu ontem no Canal 2, que retransmite o program da TV Cultura.

terça-feira, outubro 15, 2013

Bom dia, professora. Como vai?



Bom dia, professora. Como vai?! 

Essa atividade é muito linda, maravilhosa, encantadora, útil, mas é preciso ser vista como ofício e encargo profissional. Para ser considerado profissionalmente, antes de tudo, deve-se pensar em equiparação salarial com algumas funções de carreiras de Estado. O grau de formação, a titulação e as atividades de pesquisa e extensão devem servir como referência para acréscimos salariais. Além disso, toda e qualquer atividade extra-sala deve ser remunerada. 
Hoje o professor desenvolve um número bem maior de tarefas, inclusive tarefas que eram realizadas pelo setor administrativo (secretaria), mas sem ter qualquer remuneração adicional.
Infelizmente a maior parte da categoria considera a docência como sacerdócio e que todo sacrifício é pouco... Resultado: o número de professores está diminuindo. Qual o problema do sacerdócio ser bem remunerado?

segunda-feira, outubro 14, 2013

Estadão. Lula e Dilma planejam traição cirúrgica contra Sarney

Lula e Dilma se afastam de Sarney no Maranhão

Decisão de 'traição cirúrgica' ao senador e Roseana foi discutida na semana passada

14 de outubro de 2013 | 2h 12
Tânia Monteiro - O Estado de S.Paulo
BRASÍLIA - Depois de prestigiar o poder do clã Sarney na política nacional e manter uma relação próxima nestes últimos 11 anos, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a presidente Dilma Rousseff acertaram uma "traição cirúrgica" ao senador José Sarney e a sua família, que comandam o Maranhão há 50 anos.
Em reunião no Alvorada na quinta-feira passada, os coordenadores da campanha pela reeleição de Dilma concluíram que chegou a hora de o governo apoiar a eleição de Flávio Dino (PC do B) no Estado e garantir um palanque forte para a presidente no Maranhão. O presidente do PT, Rui Falcão, foi contra, mas foi voto vencido.
A própria dinâmica da política local guiou a decisão do grupo formado pelos ministros Aloizio Mercadante, o marqueteiro João Santana, o ex-ministro Franklin Martins, o presidente do PT, Rui Falcão, além de Lula e Dilma. A atual governadora, Roseana Sarney (PMDB), que está em seu segundo mandato consecutivo, não poderá concorrer. O escolhido da família é o secretário de Infraestrutura do Estado, Luís Fernando Silva, que não está bem posicionado nas pesquisas eleitorais. Um palanque patrocinado pelos Sarney, na avaliação do grupo, seria contraproducente. O apoio a Dino poderá interditar, ainda, qualquer costura local do PC do B com o PSB para franquear palanque à dupla Eduardo Campos-Marina Silva.
O cenário é ruim para Roseana e para a reprodução do apoio do Planalto à governadora. Ela enfrenta problemas na disputa pela única vaga ao Senado em 2014. Seu principal adversário ao cargo, o vice-prefeito de São Luís, que é do PSB, está à frente nas pesquisas. Além disso, se Roseana deixar o governo para concorrer ao Senado em 2014, o vice-governador Washington Luiz Oliveira, do PT, assume o Estado. O clã Sarney considera que Washington não é completamente alinhado com a família e teme que ele não trabalhe com afinco para ajudar a eleger o escolhido para suceder à governadora.
O PT do Maranhão, por sua vez, está em crise desde 2010, porque foi obrigado a apoiar a reeleição de Roseana, quando queria se aliar a Flávio Dino. Houve intervenção de Lula no PT local e isso acabou enfraquecendo o partido, que perdeu muitos de seus integrantes.
Além disso, neste momento, o próprio PC do B está cobrando o Planalto que abra espaço para o nome de Dino porque o partido é um aliado tradicional do governo e tem no Maranhão o único Estado capaz de eleger um governador. Dino, que hoje preside a Empresa Brasileira de Turismo (Embratur), pode articular um palanque para o PSB ou PSDB no Estado se for rifado pelos petistas.
Colateral. O descolamento de Dilma e Lula de Sarney será, no entanto, cuidadosamente planejado para não produzir efeitos colaterais indesejados na aliança PT-PMDB em outros Estados. A ideia é circunscrever o rompimento ao Maranhão. Lula está disposto, por exemplo, a dar apoio a Sarney se quiser tentar a reeleição pelo Amapá.

domingo, outubro 13, 2013

Círio de Nazaré 2013: a força da FÉ


O Círio de Nazaré , sem dúvida, um dos maiores atos marianos e uma das maiores manifestações religiosas do Mundo. Mais de 2 milhões de pessoas colocam-se diretamente no ato da procissão. É uma corrente volumosas e prolongada de fiéis que toma ruas e avenidas. São horas e horas de puro movimento pela Fé. 

Passa uma multidão antecedendo a procissão, depois uma massa mais compacta junto da berlinda e logo depois vem mais outra multidão seguindo a berlinda. Enquanto isso, outra multidão enche as calçadas, circulam pelas ruas transversais e paralelas. 
A força extraordinária da fé deixa visível que o indivíduos sociais jamais poderão ser resumido à ideia de uma razão, tão pouco essa razão pode ser resumida a um fim ou propósito fixo e único, ou a um propósito na forma de um a priori. 


A Fé mostra que existência social sempre nos possibilita ser múltiplos, empurrados para a concretização de algo que nos transcenda enquanto um só e em um só momento. Se a arte já inquieta, a fé inquieta muito mais, pois nada parece ser possível de uma única explicação ou explicação minimamente suficiente. 
O Círio não é um ato de uma úncia religião, pois existem crentes de outras religiões que participam desse ato de fé. Observar as pessoas, mesmo as que estão nas calçada "só olhando", para identificar a pluralidade. 

quinta-feira, outubro 10, 2013

São Luís sob o Horror dos Grandes Marginais

O Horror que está sendo lançado sobre São Luís não é fruto só de disputas de bandidos que estão dentro do presídio de Pedrinhas, dos marginais comuns,não é. Essa guerra é entre Bandidos Grandes lutando pelo controle de algo maior. Atrás de gravatas e ternos existem muitas coisas obscuras! Esse horror só vai parar quando a cabeça de um dos grandes rolar! Ônibus queimados reais ou imaginários, pouco importa no momento, o povo já está sob ordem do MEDO. 
Vergonha... Nós estamos cercados pela bandidagem!

segunda-feira, outubro 07, 2013

Maranhão: não é só alternância, não é só mudança, precisamos qualificar tudo isso


No Maranhão, lenda, crendice e realidade são tratados no mesmo tom, nível de abstração e emotividade. Pai Francisco e Lênin são as mesmas coisas no auto do bumba-meu-boi. Boi ressuscita  mesmo com a língua devorada. Não por menos, o uso da metáfora. 
Nos últimos anos o conceito de mudança foi naturalizado, não só isso, mudança virou sinônimo de melhora.
Não precisamos só de mudança e alternância, precisamos qualificar todo o processo, principalmente, em um momento em que a insatisfação do povo com os políticos é intensificada por sucessivas denúncias de corrupção e roubo de recursos públicos. 
É certo que, no Maranhão, o mínimo de institucionalidade necessária ao poder público e uma ordem significativamente política nunca aconteceram. Mesmo após a Revolução de 30 o mando no Maranhão não se desfez de sua forma senhorial, permaneceu agudamente enquanto dominação tradicional, personificada e voltada aos interesses privados. Caso emblemático do pós-30 é mandão Vitorino Freire. 

O ethos mandonista tem raízes profundas e a nossa cultura política é densamente cortada por arquétipos desse tipo de exercício de poder. O Brasil não é um exemplo de efetivação significativa de republicanismo, de uma virtude cívica e o Maranhão, o último a ser incorporado ao Brasil Independente, nunca quis ser nada de república, uma recusa sistemática e intensa. Todo o aparato estatal/legal serviu e serve ao reforço do mandonismo. O poder tradicional serve-se do aparato institucionalizado, que nada mais é que alegoria de um Estado da razão e de Direito. Estado de Direito é só um tema para o deleite discursivo, exercício de um intelectualismo enciclopédico e inútil. Na prática a servidão é sincronizada em todos os poderes, em termos hegemônicos, não em termos de montante de indivíduos presentes nesses espaços. 

A tomada de poder não é, em si, mudança qualitativa para melhor. A tomada de poder é só tomada de poder. Isso parece tão óbvio. Porém, não é óbvio. A forma como o poder é tomado pode condicionar profundamente o exercício efetivo do poder. Não é com qualquer forma de exercício de poder ("seja qual for o fundamento") que constrói-se uma mudança que signifique mudança para melhor ou superação do status persistente. Quem promete mudanças positivas focado exclusivamente no processo eleitoral e na chefia do governo está propagando uma falsa promessa. Nada mais enganoso que isso. 

O mandonismo não será superado apenas com alternância, ou qualquer mudança. Enquanto ethos o mandonismo são práticas cotidianas que perpetuam uma enorme verticalidade nas relações de mando, naturalizando uma seletividade no reconhecimento do outro como um igual em direitos. O mandonismo só será enfraquecido como processo social amplo e sustentado enquanto ato Político, capaz de estabelecer uma nova hegemonia (na acepção de Gramisc) compreendendo ideal e prática de poder. 

Isso dito, cabe resumir que o mandonismo não se supera com uma caneta, nem com uma vitória eleitoral. Além disso, no âmbito do debate político maranhense amontoam-se expressões e "conceitos" vagos e não operativos sobre o tipo de exercício de dominação preponderante  no Maranhão. O coronelismo quando existiu, até 30 do século XX, nunca se resumiu a um único "coronel". O "coronel" Justino sozinho não era o coronelismo, sendo o próprio coronelismo apenas umas das várias versões mandonistas historicamente registradas.  O desconhecer o que se combate já é uma forma de derrota.

Agora é só aguardar os dados que a realidade vomita entre um instante e outro e compararmos. Só assim, talvez, alguns consigam ver até aonde vai o vigor do mandonismo. Em situação recente o poder foi ocupado por um outro grupo e em nada o mandonismo foi abalado, muito pelo contrário, manifestou-se de uma forma mais tosca e ridícula. 

O Maranhão, do ponto de vista do pragmatismo eleitoral, não tem nada de excepcional em relação ao resto do Brasil e vida partidária brasileira, onde coligações é só uma questão numérica competitiva. Tudo cabe em prol do ganho. 

Mas, ao mesmo tempo, o processo político em curso no Maranhão tem suas singularidades, por força do localismo principalmente. O viés provinciano da disputa guarda elementos singulares e permite dizer que o movimento em curso é um ajuste intra-oligárquico. Tenho dito isso desde 2002, em trabalhos apresentados em diversos eventos. O efeito vai ser de ajuste, onde as diversas oligarquias municipais, sindicais e partidárias arranjarão seus assentos, em prol da manutenção dos seus privilégios. 

O que cabe aos autodenominados de esquerda sonharem nesse contexto? Difícil responder. Em termos mais ideológicos e utópicos poderiam reivindicar radicalizar a democracia. Do ponto de vista pragmático é possível assumir a concretização de melhores índices de qualidade de vida e a garantia do funcionamento efetivo, mínimo, dos serviços essenciais. O povo certamente irá agradecer até com devoção. 

É possível radicalizar democracia por uma via conservadora reacionária? Bem, se isso acontecer será a primeira vez. Não acredito nessa possibilidade. Isso seria milagre e não processo político. Sobre isso, Maquiavel é referência, particularmente quando sinaliza o espaço laico da política e os campos distintos da moral religiosa e política. 
É possível conseguir melhorias materiais pela via conservadora reacionária? Sim. Hitler, Stalin e tantos outros chefes de governos conservadores e autoritários. Entre nós é algo comum. O próprio modelo adotado nos últimos 20 anos serve de prova. A configuração das ações de governo no Brasil atual é materialização desse caminho. São acréscimos materiais. Isto é, mais consumidores surgiram, mas sem serem mais cidadãos. O créscimo material pela via conservadora reacionária é manutenção e não a ruptura com o mandonismo.

Cabe, no mínimo da honestidade, assumir isso, formulando um discurso mais sincero e menos demagógico. Isso já seria um ganho e um avanço político nesse cenário político extremamente miserável (de um lado a outro). Falta no Maranhão um debate público, isto é, debate sobre coisas públicas. O personalismo e a predominância de questões privadas cansam qualquer um e, principalmente, o cidadão que ver seus direitos diariamente negados na saúde, na educação, no transporte, na segurança etc. 

O ajuste intra-oligárquico está assumindo a forma de diluição conservadora. Diluição conservadora não é o conservadorismo se diluindo, não é isso. Trata-se da situação em que o elemento oposto ao conservadorismo é diluído no conservadorismo, como se fosse um ajuste de tom, mas na direção da matiz hegemônica. 

O ano de 2014 ainda não será o ano do triunfo dos diluídos, mesmo que ocorra uma vitória eleitoral. Dependendo do cenário nacional e internacional, uma vitória eleitoral dos diluídos já em 2014 pode resultar em um grande estrago político para eles. Aí... vai ser não o início do fim de uma supremacia mandonista, mas o início de mais uma revitalização do grupo mandonista que controla o estado ao longo de quase 50 anos. Será a 3ª vez que se revitalizará, mesmo já fossilizado. O mínimo a esperar é que isso não ocorra. Porém, que não nos iludamos tanto. Nada será tão novo que o velho. 

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