quarta-feira, janeiro 30, 2013

(com alterações) O Brasil está virando abóbora antes da meia-noite.


Autor da foto: Francisco José Araujo

O país vai, vai sem publicização e transparência, em arrumes de crescimentos econômicos sem a conversão dessas riquezas em benefícios reais para o povo. A cidadania e qualidade de vida não avançam combinados com os números da comemorada 8º economia do mundo. O Estado foi loteado e o espaço público esvaziado pelo definhamento da política. A Política no Brasil está paralisada na sua essência por uma guerra imaginária de dois irmãos siameses: PT e PSDB. Esses partidos são partícipes de uma arena política partidária, onde a autonomia partidária não está vinculada a projetos políticos mais amplos e a posições de interesse público de base nacional. Hoje não temos o que deveria ser oposição política. De um lado ou de outro temos ajuntamentos corporativos de lobistas em busca da manutenção de interesses privados. 

O que é governo e o que é oposição não estão destituídos de projetos políticos de desenvolvimento que garanta ampliação democrática de cidadania e efetivação de marcos públicos republicanos. O povo não é prioridade em termos de desenvolvimento e garantias. Ainda padecemos com carências de infraestrutura e possuímos péssimos indicadores sociais. Saneamento, educação, saúde, segurança e transporte no Brasil ainda são inferiores a países de economia menos pujante e funcionam com baixíssima qualidade.

Temos os carros mais atrasados tecnologicamente, de qualidade inferior e pagamos mais caros por eles. As montadoras, em geral, fazem aqui um subproduto para nos oferecer a preço de ouro. Temos um péssimo serviço de telefonia móvel, que funciona com tecnologia defasada. Para completar o tormento temos estradas péssimas e a inexistência de trens de passageiros em um país de tamanho continental. 

Somam-se a isso as cenas dramáticas da péssima qualidade do atendimento médico hospital. Nesse conjunto ainda temos as sucessivas farsas e enganações dos planos de saúde. O petróleo é nosso e a Petrobrás um orgulho nacional. Constantemente aparecem notícias de mais uma descoberta de uma reserva, de mais petróleo. Tem pré-sal etc. Mas a gasolina é ruim, toda misturada e cada dia que passa ela fica mais cara.  E assim o Brasil está virando abóbora antes da meia-noite. Porque desde cedo estamos no escuro. E agora?

quinta-feira, janeiro 24, 2013

Roseana na UTI do hospital UDI

Segundo noticiou Nonato Reis em seu perfil no Facebook.

  • NOTÍCIA DE ÚLTIMA HORA...
    ROSEANA SARNEY É INTERNADA NA SEMI DO UDI HOSPITAL
    A governadora Roseana Sarney foi internada agora há pouco na UTI semi-intensiva do Hospital UDI. Por enquanto há um corre-corre, um rebuliço danado nos corredores da UDI. Não é possível ainda saber o que motivou a internação súbita da governadora. Não é a primeira vez que Roseana baixa internação no UDI, Em 2011 ela se submeteu a um procedimento cirúrgico para corre de uma hemorragia anal. Daqui a pouco mais informações. 

quarta-feira, janeiro 23, 2013

As catracas do tempo e outros sentimentos


A sincronia dos mecanismos dos relógios, as engrenagens que quantificam o tempo não dizem o que o tempo é. Não qualifica seu conteúdo. O conteúdo do tempo possui inúmeras catracas, múltiplos significados, sentimentos e infinitos ritmos.  As qualidades que o tempo  detém não pedem sincronismo eletrônico ou mecânico de qualquer marcação quantitativa do tempo. 
Qual o real tempo de duração de uma dor? Quanto tempo de duração tem uma frustração? Quando um sofrimento é cedo ou tarde? Alguém pode adiantar ou atrasar uma tragédia? Não.
A qualidade do tempo não-cabe e cabe em segundos ou simplesmente torna as quantificações irrelevantes. O conteúdo do tempo não está fundindo com o espaço. 
O que importa se a consumação de algo dure um segundo ou 54 anos (?). 
Quando a questão é qualitativa a solução não é uma recompensa quantificável, mas o gesto de consideração pode ser concretizado em poucas e simples palavras. Muitas vezes é algo impossível de ser convertido em coisas palpáveis.  Pode ser só um Sim. Uma breve atenção de solidariedade.
O tempo. 

quarta-feira, janeiro 16, 2013

Entre a Constatação e a transparência

Ônibus avançando o sinal vermelho no retorno da Forquilha.. 

Coloquei 180 dias de crédito na gestão do Sr. Holanda e os mantenho. Antes de seis meses é difícil avaliar os mandos e desmando de uma administração. Querer algo antes disso é ignorar a real complexidade da máquina administrativa ou é completa e total má fé. Porém, cabe alertar.

O tempo não pára. Hoje completou 16 dias e logo, logo serão 365 dias.  A administração começa quando você faz algo efetivamente. Não se pode perder 06 meses só em reuniões e análises. É preciso agir. 

Algumas coisas nem precisa ser o rei da cocada preta e nem Phd nas altas ciências ocultas para saber que sem recursos suficientes para cobrir os gastos, as despesas etc., recomenda-se , desde a Antiguidade, cortar gastos. 

Ora, não se pode cortar todos os gastos. Diante disso, resta selecionar o supérfluo, o não essencial e acessório para serem eliminados e impedir a continuidade dos gastos e reduzir despesas.  

Por que a clientela eleitoral castelista ainda não foi demitida? Por que essa leva de contratados para alavancar a eleição da filha do ex-prefeito permanece inchando a folha de pagamento  que estão inchando a folha de pagamento e  cuja finalidade era tão somente a manutenção do clientelismo eleitoral? 

Quanto maior for a demora das demissões, maior vão ficando os encargos e dívidas. Pois esse contingente vai continuar pesando na folha de pagamento. O Estado (poder municipal) não é para fazer caridade, mas políticas sociais e públicas. Faça ações para atrair investimentos da inciativa privada que gerem emprego. Por outro lado, faça concurso onde for necessário e prioritário. Chega dessa manutenção de clientela eleitoral em prejuízo do bem comum. Se isso é uma tentativa de converter essa gente em aliado... vai repetir a mesma ingenuidade cometida por várias ilhas do governo arquipélago Jackson Lago. 

Quanto a questão da transparência. Já está passando da hora de abandonar discurso e postura de campanha. As irregularidade encontradas ou os indícios de irregularidades devem ser devidamente documentadas e formalmente encaminhadas às autoridades competentes. Blá-blá não é transparência, disse-me-disse também não é. À postura transparente se deve somar a apuração devida e responsabilidade pautada no Direito. Isso evita de ser injusto. 

No mais, a cidade está uma baderna uma "anarquia" (no sentido vulgo e pejorativo). Ninguém está respeitando o mínimo das normas de trânsito. Aí é que se deve atuar imediato com as devidas multas. Cadê a Guarda Municipal? Não tem como cobrir toda a cidade e os principais pontos? Então que se faça um convênio. 

No mais... não se vai negociar sem pauta de negociação. Os itens de reivindicação devem estar acompanhados de planilhas demonstrando os custos, as receitas e a contrapartida deve estar quantificada e delimitada. 



segunda-feira, janeiro 14, 2013

A inflação. Lembrando um texto de 2011


"Preços seguem em alta e economistas preveem inflação acima de 6% em 2013"*


* O título acima está disponível em : http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,precos-seguem-em-alta-e-economistas-preveem-inflacao-acima-de-6-em-2013-,983977,0.htm

Lendo essa matéria do Estadão me veio à lembrança o texto "FALANDO DOS FANTASMAS E O “MEIO IRRACIONAL” (O QUE É ISSO)",  que escrevi e publiquei em 05/08/2011, neste blog. Ver: http://araujofrancisco.blogspot.com.br/2011/08/falando-dos-fantasmas-e-o-meio.html  

Segue o texto:

FALANDO DOS FANTASMAS E O “MEIO IRRACIONAL” (O QUE É ISSO)

O que é a Economia? Existem inúmeras  definições para tal conceito. Isso é verdade tanto para a Economia enquanto fenômeno social e histórico amplo como para a Economia enquanto disciplina acadêmica. Para ambas as coisas há uma variação enorme de sentidos. 
Sobre a economia. Ela pode ser  definida como um fenômeno amplo, presente em diversas sociedades  e diretamente relacionada às relações que envolvem as transações de bens, serviços, produções, dinheiro etc. ou como uma disciplina acadêmica, mais precisamente a ciência econômica.

No Brasil, enquanto perdurou a inflação alta e descontrolada, entre os anos 80 e 90, os economistas eram comumente vistos nos telejornais dando explicações ou apresentando soluções controlar a inflação. A inflação virou uma palavra chave para tudo. O cometa Halley não foi avistado, logo se culpou a inflação, o país não se desenvolvia era a inflação, a pobreza era por conta da inflação, a taxa de natalidade também estava sob influência da inflação.

O que estava atrás de tanta inflação? Uma cultura inflacionária. A malandragem e a esperteza. Todos queriam tirar proveito a partir da inflação, com ela se justificava qualquer extorsão e canalhice. Tudo foi indexado, era a indexação da indexação, que no final realimentava a própria inflação. A malandragem era nitidamente suicida.

Hoje, o que é observado, alguns grupos empresariais, percebendo a ampliação da capacidade de consumo de diversos segmentos sociais e a elevação do padrão de consumo de diversos outros segmentos sociais, resolveram lucrar fácil, aumentar malandramente a margem de lucro. Primeiro veio o ataque do cartel do combustível, mas graças a intensa contestação do povo pelas redes sociais (internet); o Governo percebeu e o preço da gasolina declinou.

No mesmo passo, de forma fracionada e pulverizada, as redes de supermercados atacaram estão vorazmente atacando a economia, os preços dos produtos que subiram no período da entressafra, praticamente não foram reduzidos após esse período e outros, que não sofrem com entressafra foram tiveram seus preços elevados.

Na parte micro, mas imensa na soma geral, na trama das relações moleculares de consumo cotidiana, formalizadas ou de formalização autônoma/alternativa (temos dificuldade de aceitar o tal informal) o ouviu dizer, a sensação de impotência religou a cultura inflacionária perigosamente, e múltiplos reajustes foram feitos: lavagem de roupa, faxina, o churrasquinho vendido na calçada, a calibragem de pneus, o remendo de pneu, o cachorro quente da esquina, o cremosinho, o picolé de palito, o suquinho, o sorvete de coco de casquinho, a pipoca, o cuscuz ideal, o salgadinho de milho, o  PF (prato feito) da merendeira perto da rotatória, o lanche da bike-lanche, o milho verde cozido vendido na beira da BR, a garrafada do MC (Mercado Central), o copo de mingau de milho de Dona X etc. O que é muito preocupante.

Resta saber até que ponto a cultura de não consumir com preços absurdos, restringir consumo e optar por similares mais barato foi consolidada durante esses anos de vigência do Plano Real. Além disso, até onde a cultura inflacionária passou a ser rejeitada em uma forma de consenso.

Preços existem, cálculos e escolham racionais existem, mas há um amplo campo movido por motivações afetivas, de valores não estritamente econômicos que operam em todo e qualquer economia. Essas motivações escapam aos cálculos racionais efetivados nas universidades de economia. Essa parte compõe a faixa do talvez, do inesperado e , quem sabe, agregue também esse “meio irracional” pronunciado por um professor de economia no Globo News, hoje pela manhã.  Que bom ver o cálculo irracional pensar a partir do “meio racional”.

Esse “meio racional” entra como dado sinalizador do comportamento de variáveis e fenômenos componentes do sistema econômico? Como isso favorece a “compreensão da situação presente e o delineamento das tendências”?

Um fantasma paira sobre a ciência econômica.   


sábado, janeiro 12, 2013

A cidade desgraçada, na pele e nos cofres


Rio Gangan, obra mostrada como concluída no horário eleitoral. Aí tem recursos federais. 

Em qualquer país em que os aparelhos  de Estado gozem da mínima efetividade de institucionalidade pública o ex-prefeito de São Luís estaria sob forte investigação. Não só isso, os ocupantes dos postos do primeiro  escalão também estaria sob o mesma investigação.

Inconcebível que no Brasil a prática de pilhagem e sucateamento de bens públicos não figure como uma falta gravíssima e ainda conte com a omissão de instituições que deveriam zelar pelo  controle e transparência do atos que envolve o patrimônio público.
A forma com diversas secretarias e órgãos da administração pública  municipal foram deixadas requer imediato levantamento, apuração e responsabilização dos responsáveis. Inadmissível a omissão-cúmplice de inúmeras autoridades (agentes estatais) , que deveriam estar exercendo seu papel fiscalizador e regulador, mas nada fizeram até agora. Como em uma República atos dessa natureza ainda são possíveis? Como ações de tamanho dando público e que ferem a própria integridade institucional republicana não configuram como de competência federal?

O que o ocorreu na Prefeitura de São Luís é um absurdo atentado contra a coisa pública, onde foram mesclados pilhagem,  incompetência e irresponsabilidade.
A última gestão deixou um rastro de irresponsabilidade pública sob todos os aspectos e promoveu uma diluição sistemática dos marcos regulatórios, particularmente  através de uma generalizada complacência e permissividade, que tinha como objetivo a promoção de clientelismo eleitoral.

Hoje a cidade está emporcalhada de cartazes de toda a natureza nos muros, nos postes, nas pilastras dos viadutos, nas fachadas dos casarões etc. Anúncios de aluguel de pula-pula, desentupidor de pia, montagem de móveis, segurança, cursos, atendimento espiritual, anúncios de aluguel de imóveis etc. Mas as grandes vedetes dessa poluição e sujeira são os cartazes das bandas musicais de outros estados. A poluição visual, sonora e luminosa tomou conta da cidade.  Tudo foi permitido em nome de apoio e em prol exclusivamente da sede pelo poder.

Calçadas ocupadas e tomadas como estacionamento, licenciamento de obras irregulares, desrespeito à lei de zoneamento e a não  aplicação das sanções devidas aos atos infracionais. Total incapacidade de exercer de forma efetiva os serviços que são de competência do município. Hoje é comum carros e motos circularem nas vias com placa sem selo, motos sem retrovisor etc. Total e completa baderna.
Castelo gastou mal, errado e de forma indevida.

Esperamos que ao menos as obras e secretarias que receberam recursos federais sejam fiscalizadas e  investigas.

A cidade de São Luís reflete hoje, nas suas ruas, avenidas e esquinas a face do que há de pior, mais atrasado e anacrônico na política brasileira: o lixo residual do autoritarismo, mandonismo e patrimonialismo.  


sexta-feira, janeiro 04, 2013

PT saudações. Fui!



“Só não muda de ideia quem não tem ideia”. “Triste não é mudar de ideia, mas não ter ideia.”
Minha filiação no Partido dos Trabalhadores (PT) data de 1991, mas antes disso já votava e militava nesse partido. Permaneci até hoje por livre e espontânea vontade. Por isso, não vou criar nenhuma lista de desilusões ou culpar alguém para justificar minha saída. Não preciso amaldiçoar e nem responsabilizar ninguém para ser álibi da minha desfiliação. Saio livremente... O PT mudou e eu mudei.
Na primeira metade da primeira década dos anos 2000 fiz críticas ao PT e suas novas formas/fórmulas de aliança, sua organização de tipo de cúpula e sua tendente verticalização do poder interno. Também sinalizei sobre a relação Lula e PT, particularmente o que se convencionou chamar Lulismo.
Sair não é difícil... Difícil é o para onde ir (?).
Saio de forma verdadeira, não quero ser mais um DESFILIADO FANTASMA, tipo aqueles que “saíram” do partido, mas que ficam o tempo todo seguindo os eventos do PT, fazendo aparições em corredores, em mesas de acordos e/ou tentando se encostar em negociações para barganhar e tirar dividendos em cima dos serviços prestados. Saída é saída.  Também não quero ficar fazendo coro junto à crítica que ver todos os descaminhos nas lideranças locais e inocenta por completa a direção nacional, desvinculando os pactos locais dos nacionais.
Na próxima semana entrego meu pedido de desfiliação no Diretório Municipal, no Diretório Estadual e mando por correios uma cópia para a Direção Nacional.
Fiz o que pude. Não fui um militante típico. Eu sigo meu rumo e o PT, partido, segue o seu!
Grande abraço a todos e a todas que ficam e, especialmente, os que um dia ousaram sonhar!  
PT saudações!
Francisco José Araujo. 

terça-feira, janeiro 01, 2013

Economia e Supermercados


Nos últimos dois anos os preços dos alimentos ganharam aumento em todas as grandes redes de supermercados. Lentamente e continuamente os setor de supermercados estão adotando a remarcação continuada. Em alguns períodos adotaram os acréscimos sob a justificação de entre safra. Mas isso foi progredindo para um crescimento de custo dos itens básicos da alimentação.
No início de 2012 essa prática já estava mais visível e praticado com maior frequência. No entanto, não ocorreu nenhuma ação governamental visando com bater essa especulação e inflacionamento. Atualmente as remarcações são diárias e várias de itens em itens de centavo a centavo.
Por outro lado, com os constantes reajustes nos preços dos combustíveis, corre-se o risco do retorno da cultura inflacionária que, em cadeia e sem motivo suficiente e correlato, aumentava-se os preços de produtos e serviços porque o preço do combustível aumentou. Ora, os supermercados estão querendo promover uma forma de acomodação e aceitação da alta de preços continuada. Qualquer elemento ou fato pode servir de justificativa da alta dos preços com esse processo de acomodação e aceitação.
é comum um produto ser retirado das prateleiras e substituído por um similar de outra marca e depois retornar com o preço acima do valor anteriormente cobrado pelo produto.
Essa estratégia de aumento está corroendo o poder aquisitivo dos trabalhadores, principalmente quando eleva o valor dos itens da alimentação básica do brasileiro. É hora de o Governo agir, sob pena do baixo índice de crescimento ser conjugado a uma elevação da inflação, no exato momento em que o Brasil vai bancar dois caros eventos: Olimpíadas e Copa do Mundo. 
Este novo ano vai ser um teste da capacidade da equipe econômica do Governo Dilma de responder a cenário econômico internacional adverso. Até aqui, desde o Real tudo foi marola diante da nossa economia. 
Qual vai ser o fenômeno agora? Qual a estratégia real de retornar o crescimento e conter a inflação? Está na hora do Governo Dilma começar a dizer. 


 SEM PROPOSTAS - ELEIÇÃO PRESIDENCIAL 2022 O que tem movido os eleitores brasileiro diante das candidaturas à presidência da República este ...