segunda-feira, outubro 31, 2016

Holandinha: vitória, pero no mucho



A chegada de Braide no segundo turno e a existência do próprio segundo comprovam que há muito espaço para os opositores de Flávio crescerem competitivamente. 
Holandinha foifeito e permanece prefeito colado na imagem de Flávio e esse segundo turno mostrou que a rejeição a Holandinha é alta e muito firme. 

A vitória eleitoral de Holandinha é de pouca expressão do ponto de vista político. Não foi expressiva, ainda mais levando em conta que a sua candidatura contou com o apoio da força da máquina municipal sob seu próprio comando (ou do seu pai)  e mais o apoio do governador. A diferença de votos foi só de 31.651(nada mais que um bairro médio de São Luís) diante de um candidato que "corria por fora" e ainda muito desconhecido do eleitor da Capital. Outro fator que ajuda a sustentar essa afirmação sobre a dimensão política dessa vitória é o total de votos Nulos e Brancos que atingiu a marca de 24. 702 votos. Só um pouco menos da diferença que deu a vitória a Holandinha. 

Tem outro elemento importante nesse pleito: abstenção. As abstenções totalizaram um pouco mais 92 mil votos no primeiro e  um pouco mais de 103 mil votos no segundo turno. Esse aumento deixa mais em cheque a expressão política dessa vitória de Holandinha. Provavelmente muitos desses eleitores se sentiram menos atraídos a participarem, a legitimarem as opções que lhes foram postas. O nível de campanha foi péssimo. Faltou respeito ao eleitor e foram demasiadas as fugas acerca das questões fundamentais de interesse público, preenchendo o tempo com discussões difamatórias, mentiras e boatos. Isso tem muita importância ainda mais em uma Democracia, onde a legitimidade precisa ser ratificada continuamente nas urnas e para além das urnas. 
Cabe destacar que o governador não completou ainda dois anos de mandato e o seu pronunciamento a favor da reeleição de Holandinha não fez efeito sobre essa parcela do eleitorado, que preferiu se abster de votar. Certamente o crescimento global da abstenção é fruto da influências de múltiplos fatores, mas não é desprezível seu crescimento frente a tamanho apelo eleitoral.  

A vitória de Holandinha acaba sendo, inicialmente, um bom cenário para a oposição a Flávio. Primeiro, porque Holandinha, com esse nível de gestão, dificilmente vai reverter essa sua rejeição até o final de 2017 (2018 tem mais eleições). Segundo, continuando Holandinha com esse desempenho administrativo, a tendência é que a sua rejeição permaneça alta e vá aderindo cada vez mais em Flávio e isso pesa muito eleitoralmente, já que São Luís é um mega colégio eleitoral com mais de 600 mil votos. Isso tem especial importância em uma disputa eleitoral de alcance estadual porque mais de 30% do eleitorado maranhense estã concentrado em 9 cidades, sendo que São Luís é uma delas. Por outro lado,  os 40 municípios "ganhos" pelo governo estadual, em geral, são muito pequenos eleitoralmente (além disso, caso concorra a reeleição, o governador não vai  obter 100% dos votos em todos eles). 

Outros fatores provavelmente pesarão eleitoralmente para Flávio em 2018, mas o mais destacado deles é custo PDT (qual será o tamanho da exigência política desse apoio até lá?). O PDT há 27 anos está encravado na Prefeitura de São Luís, todos os rumos tomados pela cidade, para o bem ou para o mal tem a marca PDT. O que ocorreu nesse período urbanisticamente, administrativamente, infraestruturalmente e nos serviços é de responsabilidade desse grupo. O PDT à frente da Prefeitura se configura hoje como uma oligarquia pelo tempo e pelos fins. Porém, o discurso anti-Sarney, o recurso de atrair voto pelo terror, através da exploração do medo, do medo do "retorno" dos Sarney, deu claros sinais que está em plena falência. O exemplo disso é que Braide foi acusado de ser candidato dos Sarney e chegou onde chegou.  O PDT vai ficar sem discurso e é hoje a real oligarquia existente na cidade de São Luís. 

Nomes destacados nesse projeto eleitoral que deu a vitória a Holandinha, a exemplo de Weverton e Waldir,  talvez não sejam esquecidos na avaliação do eleitorado na hora de votar em 2018, principalmente em São Luís. Além disso, são nomes assim que, em 2018, vão estar pesando com a conta de suas reeleições (deputados estaduais e federais). Que discurso vai harmonizar tudo isso? Como isso vai significar mudança? 

Enfim, Flávio se quiser ter êxito em sua reeleição (caso não queira conquistar nenhuma das duas vagas para o Senado) vai ter que trabalhar muito dentro de São Luís. Só que o contexto macro econômico mudou, a configuração política favorável junto ao Governo Federal foi desfeita com o impeachment de Dilma e o fim do governo do PT (isso era mesmo uma vantagem?) e já dizem que o percentual de desaprovação em relação ao governo Flávio está acima de 30%, o que não é nada desprezível em menos de dois anos de mandato. Isto é, essa vitória de Holandinha tem tudo para ser uma festa para os opositores de Flávio. Vitória, pero no mucho!    

quarta-feira, outubro 26, 2016

O que podemos ser


Duas décadas depois

Um dia ouvi uma senhora dizer que " a meditação interrompe o fluxo dos pensamentos e você não é perturbado pelos pensamentos". Posso até ter escutado errado, mas isso foi o que captei de forma nítida e audível.   

Como interromper a invasão de pensamentos? Como não dar curso a esse rio de pensamentos que toma nossa mente a cada instante? Achei aquilo tão louco, tão incomum e sem sentido. Afinal para que serviria isso? "Limpara mente". "Entrar na mente de forma profunda". Mais complicado ainda. Então ali apareceu uma ideia de mente que se colocava como um universo mental cheio de possibilidades inclusive essa. Pois bem, eu não acreditei na possibilidade mesmo de tal coisa para mim (eu conseguir). 

Tempos depois pensei aquilo de uma forma diferente, não só foco na possibilidades da mente mas as possibilidades da mente como uma forma também de percepção do existir. Isto é, o que podemos ser em termos do compreendemos nós mesmos sobre o que somos, a sensação própria do existir, seu significado e a própria percepção de realidade que temos. Isso está relacionado intimamente o temos para construir representações e codificar sensações e emoções diante das múltiplas experiências de vida (contatos, relações, impactos, emoções, vivências etc.) e do uso da imaginação, imagens mentais. Com correlatos sentidos, significações, objetivações. O que você percebe de si e o mundo que existe para si.

Penso que nada disso não ocorre em vazio, sem interferências e pressões de um contexto envolvente: material-físico, social (em todos os seus desdobramentos: político, econômico, artístico, religioso, societal, psico-social etc.) Isso pode até ser resumido como o campo de dinâmica competitiva e conflituosa. Olhando assim vejo uma tensão, ou melhor, um desafio frente a possibilidade  ser - continuidade - situações ou estados diferentes. Se esse bloqueio dos pensamentos produz um resultado de instante ao indivíduo, como segue suas sensações posteriormente diante do ambiente que é diverso? Se consegue a continuação do resultado de tal estado da mente em meditação, como existe frente ao mundo diferenciado e conflitivo? Como isso não ser um benefício preso a individualidade? Todos indo na mesma direção e estado? 

Qualquer homogeneidade na história tem implicações sobre a diferenciação. Além disso, como aferir igualdade em uma sensação subjetiva que não se expressa na sua efetivação? Pelo resultado, observando as formas de relações posteriormente produzidas? Mas como dissipar qualquer dúvida de que o fator gerador foi o mesmo e em níveis próximos? Isso não é talvez a questão. Não é tanto a prova objetiva. Mas o saber do possível de uma forma de ser, o que podemos ser frente ao mundo, a determinados contextos. 

(depois continuo)  


Uma gestão que não conseguiu ser a primeira nem no Maranhão




Nem sou detalhar.... as imagens já sintetizam bem e cada um pode consultar diretamente no site. São fica em 9º lugar no ranking dos municípios (só Maranhão). 

sábado, outubro 22, 2016

Eleições em São Luís (2º Turno): piorando sempre

Segundo Turno das Eleições de 2016 em São Luís. Além de ser uma campanha de baixíssimo nível e ações deploráveis de blogueiros e cabos eleitorais, as "pesquisas" viram peças do realismo fantástico, uma verdadeiro malabarismo de números ao bel prazer dos senhores que se acham mais espertos que o povo e que se sentem capazes de criar "verdades" em passes de mágica. Desde o primeiro turno mentiras postas em números estão sendo divulgadas sem nenhuma interferência da justiça eleitoral. Nada foi feito. Agora no segundo turno continua igual.Entre as curiosidades das pesquisas está a queda acentuada nos votos nulos e brancos (7,41% no primeiro turno) que aparecem igual ou inferior a 4%. Será que há realmente um estímulo á diminuição dos votos Nulos e Brancos? Não creio, principalmente diante do nível de campanha. Os votos dados ao PSTU, ao PSOL e ao PPL não tentem ao voto nulo (mesmo que a soma dos votos dessas legendas totalize só 1,4%)?Vejo como um elemento significativo nessas eleições o índice de abstenção registrado no primeiro turno. As abstenções atingiram a marca de 14,07% (o número nada desprezível de 92.804 eleitores). Isso sim pode gerar um impacto significativo no resultado das eleições se o comportamento desses eleitores mudarem nessa reta final e irem na direção do voto válido. a questão é: essas campanhas estão estimulando o eleitor a não se abster?Minha "previsão" é que o resultado é do peixe.

quarta-feira, outubro 19, 2016

O lugar de sempre: o atraso


É preciso perceber o atraso não em relação a uma referência externa, a um tempo ou configuração que não está na mesma condição da atualidade considerada enquanto melhora e avanço, mas o atraso como uma impossibilidade de se fazer presente na atualidade com inovação e rupturas com o estabelecido, com o passado. Eis o forte atraso, o mais genuíno atraso vivido no Maranhão.

O atraso está intacto, só ganhou "nova" roupagem e "novos" líderes, mas é atraso. Esse novo sugerido é um recurso velho do próprio atraso, e é o atraso. 

As campanhas em São Luís, nesse momento, chegaram aos patamares mais baixos de operacionalização da desconstituição da política, de ir contra o interesse público. O nível de argumentação e questionamento e o que está sendo discutindo não revela só despreparado dos candidatos, mas a irresponsabilidade e decadência da classe política. 

Nada de fundamental em torno do interesse público é posto de forma clara e objetiva. Nada de significativamente novo está sendo apresentado em termos de gestão. O que há é só a continuação do atraso. 

Transformar uma entrevista em uma arena para uso da técnica de banditismo: a intimidação não poderia ter maior selo enquanto continuação do atraso. Deprimente e decadente! 

O atraso vai bem, merci! 


sábado, outubro 15, 2016

15 de outubro o dia demagogia e outras guloseimas


Uma dos fantasma brasileiros é a qualidade da Educação. A importância do professor no processo educacional ainda é significativa, mas nem por isso há um verdadeiro reconhecimento profissional. 

A docência nunca fez parte das políticas de Estado e enquanto política pública é uma sucessão de improvisos e paliativos. O descaso é tamanho que não há uma política salarial e quase todo ano os professores precisam recorrer às greves para ter simplesmente reajuste, diante de perdas reais do seu poder aquisitivo. O descaso é tamanho que nunca os reajuste e revisão dos salários dos professores entram no planejamento e gestão dos recursos como algo prioritário e permanente. 

Eu comecei a lecionar no ano de 1995 como professor substituto da Universidade Federal do Maranhão - UFMA, apoós aprovação em um processo seletivo simplificado. Logo depois comecei a lecionar na Universidade Ceuma e, em 2003, através de Concurso Público adquirir a condição de professor efetivo do magistério superior na Universidade Estadual do Maranhão - UEMA. Não são poucos anos de exercício de ofício e isso é o que faz ter conteúdo para algumas considerações que farei sobre esse dia 15 de outubro de 2016.

Uma observação: sou sociólogo e nunca deixei de ser em aula alguma. Isso, obviamente, tem implicações sobre como vejo, analiso, critico e interpreto o processo educativo e o modelo educacional.  

A ortodoxia e conservadorismo são duas pragas terríveis sobre a Educação formal brasileira. Todas estão vinculadas a posturas ideológicas inflexíveis de direita ou dita de esquerda. Além disso, ambas são patrocinadoras da "obrigatoriedade" e muito avessas à autonomia do ensino, da escola e ao livre pensamento. 

O caso Paulo Freire. Não faço parte da turba que queimar tudo de Paulo Freire porque representa um pensamento de esquerda. Não suporto fascismo nenhum, seja de direita ou de esquerda. Freire tem sua contribuição assim como tantos outros, mas há uma problema: a mística e a doutrina criada em torno do seu pensamento. Virou dogma, algo a temporal e autoexplicativo. Isto é, perdeu o mínimo de face acadêmica e entrou no campo religioso do dogma. O que é de natureza acadêmica está passível a ser superado, tem sempre limitações e está sujeito a adequações diante do tempo que muda produzindo novas necessidades. Isso precisa ser superado urgentemente.  

Outra praga perigosa é a visual mistificado do professor que produz essa guloseima demagógica em torno da profissão escudada em uma ideologia perversão da vocação. No fundo só serve para neblinar a os direitos profissionais negados e a injustiça salarial quanto à categoria. É pura hipocrisia dos que não respeitam o valor do trabalho do professor. Sempre no dia 15 de outubro essa lai de descompromissados recorrem ao mesmo discurso de que tem que "ter vocação, devoção, é um sacerdócio". Isto é, ser capaz de qualquer sacrifício mesmo diante da ultrajante usurpação e negação de seus direitos de cidadão e trabalhador. Mais que isso, um imbecil útil capaz de renunciar sua dignidade em prol do ensino.  Professor tem que ser é útil, eficaz na formação e consciente que tem direito a um salário proporcional ao seu esforço e qualificação. Escola não é família, professor não é parente; escola é escola e professor é só professor. A tarefa da escola é o ensino formal, técnico e científico em primeiro plano. O professor é um professor que tem que ter técnicas, habilidades, competência e domínio do que deve ensinar. Precisa receber salários dignos e correspondente à complexidade do nível de ensino que pratica. 

A carreira de professor é hoje a que mais tem desistência, evasão de profissionais, uma com maiores índices de insatisfação com os salários e com as condições de trabalho. Índices preocupantes de doenças de ordem psicológica como a depressão, ansiedade etc. 
Hoje no Brasil não existe nenhuma carreira com maior exigência de produtividade e volume de títulos e com tal nível salarial. Basta comparar com os salários iniciais de várias outras carreiras (muitos já buscaram equiparação: ministério público, justiça, delegados, defensor público, advogado da união, procuradores etc). Não existe uma referência de equipação a um minimo de decência em termos salariais. Deveria existir uma equiparação no nível do Professor Adjunto válido nacionalmente, mesmo que service de teto, mas que existisse. Algo que sinalizasse uma remuneração equivalente à qualificação exigida. 

A qualidade do ensino passa pelo professor, mas ele não é milagreiro. Esse modelo foi construído para aumentar a lucratividade das editoras de livro didáticos, um esquema que articula agentes políticos e empresários da educação. Essa quantidade de aulas, esse número exorbitante de disciplinas é surrealismo puro. Temos que acabar com essa ideia que todas as disciplinas tem que estar como obrigatórias. 
O que tem que existir obrigatoriamente é uma matriz curricular nacional mínima mesmo. Com um conteúdo enxuto e focado no que é mais essencial. Fora isso é deixar as escolas terem autonomia e exigir que elas ofereçam múltiplas conteúdos e práticas que fique a critério da escolha dos alunos: música, esportes etc. 
Mudar essa forma de avaliação é uma necessidade.
É preciso tirar os professores desse sacrifício de dar cinco, seis disciplinas diferentes. É um absurdo o que fazem com os professores do ensino fundamental. Isso sim é desejar um feliz dia dos professores e não essa demagogia barata com essa ideologia para conformar os professores ao auto-desrespeito. 

Certamente existem outras questões muito pertinentes a serem. Existem sim. Eu também tenho algo para dizer além do já dito: Foda-se guloseima ideológica! Sou profissional e quero ter bom salário tal qual os políticos! 

sexta-feira, outubro 14, 2016

A Favor da Alternância e Contra a Reeleição

Sou contra reeleição no Executivo, ainda mais quando o pretendente à reeleição disputa no exercício e gozo do cargo. É um atentado contra a isonomia no que diz a necessária igualdade de condições na competição. 

Só isso já me faria não escolher Holandinha para mais um mandato. Mas, não é só a continuidade de Holandinha na prefeitura, mas também a continuidade do PDT que já soma mais de vinte anos encravado no poder municipal. Já está mais do que na hora de alternância.
No entanto, há algo que acho também crucial para não optar pela continuidade de Holandinha: a qualidade de sua gestão. Não vejo nenhuma avanço, nada de significativo diante dos graves problemas que São Luís sofre. 

Digo isso porque votei em Holandinha para  tirar Castelo que, na época, não fazia uma administração à altura do que a cidade necessitava. Pelos mesmos motivos penso que Holandinha precisa ser substituído. Quando a gestão não presta temos o dever de substituir o gestor.

Precisamos substituir sempre porque a alternância é a alma da Democracia.
Quando tiramos um político pela sua péssima qualidade de gestor já deixamos o recado para seu sucessor do que não queremos. 

quinta-feira, outubro 06, 2016

Quem jogou São Luís nesse inferno?

São Luís já desfrutou de uma mística de beleza. Ilha do Amor, Cidade dos Azulejos etc. Depois disso sua referência teve que ser importada de uma ilha lá do Caribe. 

Isso simboliza bem a morte da Ilha das Flores. Nem precisa dizer que as praças simplesmente foram devastadas, sem reposição de árvores, das plantas ornamentais, das flores. As praças foram quase que completamente impermeabilizadas, é cimento sobre cimento e, quando não é cimento, são os buracos e sujeira no cimento. As praças viraram verdadeiros territórios de sujeira, do comércio informal desordenado e do abandono. Além das intervenções sem-noção de mau gosto e na contramão da priorização do verde. Quem olhas fotos de décadas passadas tem a sensação que a cidade de São Luís foi saqueada, depredada totalmente... 

Décadas e décadas de "projetos" e restaurações de prédios sem que o Centro Histórico, principalmente a Praia Grande, tenha atingido um estado adequado de conservação e utilização racional, permanente e melhorado enquanto ponto de atração turística. A Praia Grande precisa ser convertido um espaço sustentável de negócios, de moradia, de serviços, educação etc. A manutenção de prédios antigos fica mais eficiente quando os imóveis estão sendo utilizados, tendo utilidade e incorporado à dinâmica da vida cultural e econômica da cidade. Até hoje nenhum projeto para evitar novos desabamento foi desenvolvido, implantado e mantido. Não há um efetiva política contra a proliferação de ruínas. 
Não há faz sentido o governo municipal ser totalmente omisso e inexpressivo quanto a essa questão do patrimônio histórico arquitetônico da cidade. Não há iniciativa legislativa visando criar leis que combatam o abandono (negociar com o Legislativo) por parte dos proprietários, que busque erradicar a construção de estacionamentos em ruínas ( se virar ruína transformar em área verde) dos prédios históricos. 
Uma medida que pode melhorar o fluxo de pessoas e garantir utilização permanente, do espaço que compreende a Praia Grande, é aumentar o número de faculdades no local e que funcionem cursos nos três turnos. Isso impulsiona o comércio no local e garante a manutenção permanente nos prédios. 
Restauração e recomposição de fachada... Predomina em São Luís uma um conservadorismo estranho, que consiste em deixar a ruína ficar cada vez mais ruína até desparecer.  Só aqui mesmo para se ter tal ideia. Essa ideia de não refazer a parte danificada, de não reconstruir o que desmoronou é um absurdo. Se isso fosse seguido no resto do mundo, boa parte dos monumentos da Europa não existiram mais, nem seriam acessíveis. Se foram visitar não foram capazes de enxergar as intervenções.. ou nunca foram ver coisa alguma. 

O verde. Uma cidade que tem um Instituto de paisagismo e fazer propaganda de ter plantado 100 árvores em uma avenida é algo que não se pode levar a sério. Não merece qualquer crédito. Podas e reposições não são feitas de forma adequada e nem na quantidade necessária. Não há nenhum investimento por parte do poder municipal em criar áreas verdes, bosques e parques para agregar aos atrativos da cidade.
Não existe nenhum esforço sério por parte do poder municipal em ampliar os espaços de lazer e atividades culturais. 
O esquema de trazer palmeiras exóticas, que não produzem sombra nenhuma e que morrem logo no segundo ano tem sido uma prática corrente nas gestões desse grupo que está ocupando administração municipal por mais de duas décadas. 
Com tantas árvores nativas (frutíferas e de floração exuberante), as gestões desperdiçam recursos públicos com meia dúzia de mudas de plantas caríssimas e que não adaptadas ao nosso clima. Isto é, esse instituto municipal está aquém do que é necessário para justificar sua existência e recursos públicos que consome. 
Detalhe, praças e parques estão entre os principais locais de atração e arrecadação na indústria do turismo. Parques atraem milhões e milhões pessoa por ano em todo o mundo (turístico). 
A cidade de São Luís precisa voltar a ser atrativa e capaz de captar mais dinheiro com o turismo. 
O que justifica essa situação do Aterro do Bacanga? O Aterro do Bacanga é hoje um insulto, um desrespeito à população e um atestado de irresponsabilidade dos "gestores" municipais. 
O aterro do Bacanga tem tudo para ser uma grande área verde, de lazer e ser mais um grande ponto de atração turística na nossa cidade. 

São Luís ainda é uma cidade sobre fezes e banhada por fezes. Como permitiram, em uma ilha, a poluição de dezenas de rios e riachos? Como aceitar tantos rios serem mortos por esgoto in natura? 
Depois dos problemas na área de saúde e segurança, o maior problema de São Luís é de saneamento. São Luís ainda mantém valas de esgoto a céu aberto, em um absurdo lançamento de esgoto doméstico in natura dentro do mar
A vala da Areinha é uma prova da incapacidade de sucessivos mandatos municipais de levar a sério o saneamento.
A cidade falta muitas coisas. Falta meio fio, canaleta, sarjeta, sistema de  escoamento da água pluvial, drenagem de grande, médio e pequeno porte. A quantidade de esgotos estourados e os sucessivos alagamentos provam a falta de planejamento, projetos e de investimento nessa área. Os poucos bueiros (bocas-de-lobo) existentes não recebem a manutenção devida. Isto é, não existe um efetivo serviço municipal de manutenção da infraestrutura e de melhoria do sistema de saneamento.
Na verdade não existem metas, objetivos a serem alcançados quanto ao saneamento básico. Tudo parece que está bem, sem nenhuma deficiência. Começa mandato e termina mandato de prefeito e nada muda de forma mais significativa nesse setor. Não é um problema fundamentalmente de falta de recursos, não é. O problema é de gestão dos recursos e definição das prioridades. Falta gestor com disposição e compromisso. 

A Acessibilidade. Não existem calçadas sem obstáculos, com sinalização, com o piso em bom estado de uso. São Luís  é única cidade do mundo especializada em pintar meio frio quebrado. Pintam o resto do meio fio mas não refazem o meio fio. Além disso, é a Capital onde o poder público se nega a fazer calçadões e melhorias nas calçadas. 
Quando vão colocar no piso textura para orientar os deficientes visuais? As calçadas vão ter rampas para os cadeirantes poderem trafegar? Quando vão adicionar aos semáforos junto às faixa de pedestre aviso sonoro para dar mais segurança às travessias dos deficientes visuais? 

Quando vão fazer uma requalificação na Litorânea e substituir aquela calçadinha meia boca por um verdadeiro calçadão? Nunca viram como é em João Pessoa, Aracaju etc? 

Quando o canteiro central da Avenida dos Franceses vai ser recuperado?

A sinalização de trânsito reflete bem o atraso que tem se perpetuado na Prefeitura de São Luís em sucessivos mandatos (mais de 20 anos os mesmos senhores). Semáforos que passam mais tempo fora de funcionamento do que em funcionamento, semáforos sem  sincronia e localizados em lugares inadequados. 
Barreiras eletrônicas postas apenas para gerar recursos com multas. Cada barreira com um limite de velocidade diferente. Ao invés de termos um limite padrão de velocidade (por exemplo 50 km. Vão ver Fortaleza). 
Outra monstruosidade são as faixas de pedestre sem qualquer sinalização. Faixas de pedestre precisam ser sinalizadas inclusive com sinais luminosos no alto e na pista. Essa secretaria de transporte é o maior engodo que temos.

sistema de transporte coletivo de São Luís é um dos fatores que contribui para baixar o nível de qualidade de vida na cidade. Ônibus altamente barulhentos, com alta emissão de fumaça, mal conservados, não higienizados, superlotados e sem horários. Representa um desprezo aos cidadãos. 
Ônibus apresentam que constantemente quebram durante o percurso e que não cumprem horário, fazem a mesma rota. O Sistema de paradas e os percursos das linhas não são nada racionais e nem visam o maior benefício da população. Trata-se de um esquema colossal e violento de manter a população sob o jugo de um único meio de transporte de massa. Para quem é bom isso? Para a população não é! 
Cada ano o subsídio dado pela Prefeitura às empresas de ônibus aumenta mais e mais. Isto é, mais dinheiro público transferido para os empresários oferecerem um péssimo serviço aos cidadãos. Cidades muito mais antigas e de ruas muito mais estreitas instalaram VLTs funcionando com energia elétrica e dividindo os espaços com ônibus, carros etc. Falta gestor com compromisso e que respeite o interesse público. 

Uma das piores coisas que existe em São Luís é essa quantidade postes de fiação elétrica no Centro Histórico. As cidades de maior turismo no Mundo, que sabem vender seu atrativos, fizeram fiação subterrânea onde tem o acervo arquitetônico (o conjunto arquitetônico histórico). Essa fiação  esses postes na Rua Grande, na Rua do Sol são péssimas e tiram a beleza. 
A Rua Grande merece uma atenção especial. Por que ninguém fala da Rua Grande? É para não desagradar os shoppings? Será que ela está uma maravilha? Não. Na verdade mais parece uma estratégia de destruir esse tradicional centro comercial. 
Há décadas uma interpretação de "conservação", não vista em prática em nenhuma das grandes cidades históricas turísticas do mundo, tem atrapalhado um novo arranjo urbanístico na pavimentação da rua Grande. Vejam as calçadas da Rua Grande. São péssimas. Essas calçadas várias vezes foram mexidas e cada intervenção as deixaram piores. Porém, a única coisa que não pode ser feita é uma intervenção que retire a brutal diferença de nível entre a calçada e a pavimentação da rua. Isto é, não se pode fazer um calçadão. A Rua Grande precisa ser revitalizada, colocar fiação subterrânea, receber uma iluminação especial que destaque as fachadas, recuperar as fachadas, construir um calçadão com boa drenagem, incentivar os lojistas a instalarem vitrines e melhorar a segurança. Manter a Rua Grande como um espaço comercial atrativo passa por uma política de melhoramento dos estabelecimentos comerciais. Isso é muito importante para não despovoar o Centro Histórico, para que ele não cai no abandono e não vire um território de horrores. 

Criar um calendário de eventos (visando o turismo de eventos) que contemple a gastronomia, as manifestações folclóricas, shows, festivais: de música, de dança, de teatro e de poesia, feiras e exposições. O calendário cultural da cidade deve existir cobrindo todos os meses do ano. Fazer um programa visitações direcionado para estudantes das escolas (públicas e privadas) da capital e dos demais municípios (em parcerias com as outras prefeituras), visando maior divulgação e melhor informação sobre o nosso patrimônio cultural e arquitetônico.

São Luís precisa oferecer mais serviços aos seus cidadãos. A prefeitura precisa cria uma programação de recreação e de exercícios físicos nos bairros, articulando lazer e cuidado com a saúde. 

O antigo cine Roxy, hoje de propriedade da prefeitura de São Luís, precisa ser melhor aproveitado. No mínimo manter uma programação semanal variada: exibição de filmes, música instrumental (parceria com a escola de música), teatro de bonecos, dança, cantores populares etc. 

O lixo. Hoje o lixo de São Luís viaja para Rosário. Não cabe um política de coleta seletiva, com equipes diferenciadas de coletas: vidros, latas e plásticos?  Cadê os box coletores próximos dos condomínios e nas quadras dos bairros (vejam os que existem em Belém)? Qual a dificuldade de fazer isso? É uma vergonha transformar toda uma área verde em lixões e pontos de coleta de entulho. Quem produz entulho tem que pagar o coletor de entulho. A prefeitura pode colocar esse serviço a disposição da comunidade mediante um pagamento simbólico (o gasto vai ser menor e a cidade fica mais limpa). Criar uma tabela de horário de coleta do lixo para que o morador possa acompanhar o serviço da empresa de limpeza (fiscalizar). Criar coleta específica para bares e restaurantes (garrafas de vidro e de plástico). 

Pavimentação. Eis o maior desperdício (desvio) de dinheiro público de São Luís, a famosa indústria tapa buracos. Tapar buracos leva a tapar cada vez mais buracos, questão física. Sem meio fio, sem drenagem pavimentação nenhuma não dura, principalmente a asfáltica. As vias romanas já possuíam drenagem. Além dessa deficiência básica o famoso "caimento" para ajudar o escoamento da água não existe em vários trecho das avenidas principais de São Luís. Infelizmente não são só esses problemas anteriores citados, tem  um elemento a mais nessa engenharia de desperdício dos recursos públicos: a espessura do asfalto (uma imoralidade de menos de 2  cm).  Mas ainda tem mais, a massa asfáltica é de péssima qualidade e a dosagem de terra em relação ao breu é muito alta, tão alta que o asfaltos dissolve e assim são desperdiçados (barganhado) milhões do erário. Quando isso vai parar? Não sei. Esse esquema tapa buraco já extrapolou todos os limites. Em alguns trechos de avenidas seria mais eficiente e duradouro pavimentar com concreto rolado, particularmente onde existe um alto de tráfego de ônibus etc. Mas parece que não é isso que os donos do poder querem. 

Saúde nos bairros. É preciso descentralizar o atendimento e investir mais na prevenção e atenção básica. Fazer um cadastro geral dos moradores de São Luís por bairro, criar uma referência de atendimento a partir da residência. Criar um serviço volante de monitoramento de diabetes, pressão etc. para idoso atendendo idosos em seus domicílios (idosos com dificuldades). Promover assistência social para público específicos: idosos com dificuldades locomotoras, doenças graves, idosos sozinhos. Além de equipe volante de ajuda a dependentes químicos, visando o encaminhar esses indivíduos para tratamento. Agora existe um problema grave a ser resolvido: o atendimento nos hospitais e postos de saúde. Como melhorar? Não sei. Mas sei que é preciso urgentemente diminuir o tempo entre a marcação da consulta e a consulta, é preciso melhorar as instalações e as condições de trabalho nos hospitais, é preciso oferecer mais leitos, mas também racionalizar melhor as internações (em alguns países internar não é logo o que se faz, a internação são situações graves). Agora.. promover e incentivar atividades físicas implantando as academias ao ar livre (como monitores nos primeiros meses para orientar na utilização) e mutirões de exames têm dado resultados positivos (qualidade de vida) em diversos lugares.  

Poluição. Além da poluição das águas temos outras poluições devastadoras em nossa cidade. Tais como a sonora, a visual e a de luminosidade. Há tempos a prefeitura deixou de atuar contra publicidade irregular não combatendo a fixação de cartazes em muros, pilastras etc. Qualquer promotor de show fixa quantos cartazes quer em qualquer lugar sem nenhuma restrição, sujando a cidade e a tornando visualmente desagradável sem punido e os cartazes removidos. Depois dessa poluição vem a poluição sonora. Diversos indivíduos tiram o sossego de bairros inteiro brincando de ser DJs, outros indivíduos saem circulando com carros com potentes equipamentos de som sem sofrerem nenhuma restrição (nenhum serviço de repressão existe contra esses senhores). Ainda temos a poluição luminosa, anúncios luminosos que já foram banidos nas demais capitais chegaram como novidade em São Luís. Luzes fortes que causam desconforto aos olhos e ainda são postos em rotatórias, diminuindo a segurança do condutor. Também a poluição luminosa é vista com instalações inadequada de refletores e holofotes em condomínios. Ficou comum um refletor forte em um estacionamento de condomínio que atinge todos os edifícios em volta. Tudo sem fiscalização e no cada a seu modo. Temos a poluição das ruas transformadas em depósitos por donos de oficinas de carros, por comerciantes etc.  Para terminar a lista de poluição destaco a poluição sonora promovida por donos de bares (a tal música ao vivo) , donos de "clubões", casas de shows e similares que funcionam sem isolamento acústico em áreas residenciais. Multa e suspensão de Alvará educam rapidinho. 

As palafitas, não fazem parte das preocupações municipais? Fazem. Qual a solução? Ninguém tem projeto? Ninguém enxerga as palafitas? 

É preciso implantar um programa de melhoria do atendimento nos estabelecimento comerciais. Sensibilizar os proprietários e empregados de estabelecimentos prestadores de serviços da importância de atender bem os clientes, prestar um serviço de qualidade. Além disso, promover melhor limpeza e higiene dos estabelecimentos. 

Feiras e estacionamento nas vias públicas. Duas situações vergonhas e comprobatórias da falta de prefeito que São Luís vive há décadas. A prefeitura aceita os cidadãos ficarem reféns de alguns senhores que resolveram privatizar as vias públicas e os estacionamentos públicos em proveito próprio. Ninguém faz nada, nenhuma medida é tomada. A prefeitura tem que assumir o controle desses espaços, fazer a instalação dos equipamentos necessários e contratar uma empresa para administrar  os estacionamentos. Mesmo que a empresa fique com 40% os 60% já somam na receita do Município e certamente vai ajudar a cobrir as despesas, por exemplo, os hospitais. Existem alguns espaços  que podem ser equipadas e adequadas para esse fim e gerar mais receita para o município.
As feiras são um verdadeiro insulto e uma irresponsabilidade total.  O Mercado Central deveria ser mais um ponto de atração turística, mas não é. O Mercado Central é uma aberração sob vários aspectos. Marcados em situações piores foram revitalizados, ampliados etc. Por que não fazem um concurso público para escolher um projeto para o Mercado Central? Atrair especialistas para pensar um solução para o local, agregar mais elementos ao espaço. Essa área é possível criar mais área de estacionamento, fazer dois pavimento, com o ambiente melhor iluminado (luz natural), com mais recursos de higienização, box e instalações mais adequadas e incorporar mais serviços aos estabelecimento. 

Quando o Parque do Bom Menino vai voltar a ser um Parque Verde? Aquelas construções que diminuíram a área verde precisam ser demolidas. O parque precisas voltar a ser um espaço verde sem aquelas construções estranhas, feitas para justificar a "aplicação" do dinheiro repassado pela Alumar. 

A praça Gonçalves Dias vai continuar só cimento, sem plantas e servindo de pista de skate? Outros espaços podem ser utilizados e/ou adaptados a tal prática.  

A prefeitura de São Luís precisa criar uma agência de parceria do setor público com o setor privado visando viabilizar alguns projetos de melhoria da cidade. E ser um núcleo articulador de atração de investimentos. Quantos investimentos foram atraídos para São Luís nos últimos anos? 

Custa embelezar a cidade? Por que não cuidar mais um pouco dos canteiros, fazer um serviço de jardinagem, colocar umas plantas ornamentais etc.? Por que não colocar umas fontes luminosas bem aí no rio Anil, próximas do palácio e da praça Maria Aragão?  Por que não melhorar o canteiro da BR 135 na entrada de São Luís ( Estreito dos Mosquitos /Aeroporto)? è falta de recursos ou é incompetência e irresponsabilidade? 

Cadê as creches? A falta de creches públicas é um problema sério para milhares de mães que precisam trabalhar e estudar. Falta construir prédios? Não é falta de construção de prédio, o que falta é vontade e compromisso de fazer funcionar esse serviço.  Creches podem ser instalados em diversos bairros utilizando prédios já existentes no local e adaptando e criando espaços nas próprias escolas existentes. 

Quem jogou São Luís nessa situação atual? Foi a falta de bons representantes no Executivo e no Legislativo. São vários mandatos de péssimos representantes municipais. No Executivo com sucessivos ocupantes incapazes, desprovidos de motivação em prol de causas públicas, sem projetos, despreparados e sem a menor vontade de fazer melhorias de interesse público. Verdadeiro seres nocivos à administração pública. Isso combinado com as sucessivas legislaturas cúmplices dos desmandos e da inoperância e do mau uso dos recursos públicos. 

Porém, São Luís tem potencial para ser uma cidade competitiva e voltar a ser atrativa e um dos grandes destinos turísticos do Brasil, só falta ter um prefeito minimamente responsável e capaz e um legislativo menos inútil (sem fiscalização, sem o devido trabalho parlamentar e legislativo o município não funciona bem). 

Bem, algumas obras não são estruturas arquitetônicas, feitos de engenharia civil, mas de gestão, implica em saber administrar a coisa pública. Além disso, não é preciso obras faraônicas para ser um grande realizador e obter o reconhecimento da população. O que importa é saber construir soluções para os problemas que mais afetam as pessoas, que torne a vida mais fácil de ser vivida. 

O básico para o momento é atrair investimentos (diante da crise tem que existir a insistência para atrair investimentos) e diminuir o peso do gasto com pessoal sobre o orçamento. O município tem que ter maior capacidade de investimento. É o desafio e é o que deve ser feito. É fácil? Não. Mas é o que precisa ser feito. 

Cortando uma boa parte desses cargos comissionados, que só servem para alimentar clientela eleitoral e abrigar correligionários, a capacidade do município de investimento já teria um acréscimo. Restaurar a faixa azul e garantir mais recursos com a cobrança de estacionamento é a forma mais rápida de ter mais dinheiro em caixa. 

sábado, outubro 01, 2016

Pedrinhas, Ataques, Demônios ocultos e a lei anti-terror

Ataques e Pedrinhas. As rebeliões em Pedrinhas e os ataques contra a ordem pública em São Luís, orquestrados por criminosos, também ocorreram nos governos anteriores ao de Flávio Dino. O que há dentro e fora desse presídio que alimenta esses ataques, rebeliões etc. ? Nada há a ser revelado e esclarecido? 

Os ataques abertos contra a ordem pública coloca o Estado Democrático de Direito em suspensão e aterroriza os cidadãos. 

Os ataques provocaram terror social  generalizado, expôs pessoas e patrimônio ao perigo e feriu a paz pública. Resultou em prejuízo a bens e  aos serviços essenciais. Além de impedir o gozo dos diretos constitucionalmente firmados aos cidadãos, como o de ir e vir e à segurança. Esses atos e a dimensão da consequência deles não podem mais serem vistos como ação da criminalidade "comum". Não. Isso já extrapolou a criminalidade regular (mediana). O que aí está posto é um claro afrontamento à ordem social e política. Porque desafia o Estado no seu monopólio dos meios de gestão e nega sua legitimidade como entendida ordenadora. Isso não é um assalto a banco, uma carteira furtada e nem um carro arrombado. Não. Isso é uma questão de Estado. 

O outro lado desse problema são as nossas leis. A lei anti-terrorismo (Lei nº 13.260 de 18 de março de 2016) é uma verdadeira panaceia, vaga e sem lógica. Na sua bizarrice legislativa começa dizendo que terrorismo são ações por "razões" religiosa, racial ou xenofóbica. Depois caracteriza as ações consideradas como terrorismo. A falha dessa lei é abismal. Ao reduzir o terrorismo a essas razões expressas, todas as demais razões que possam ser evocadas ficam fora dessa tipificação. Sem essas razões explodir uma estação de metrô, uma adutora de água, incendiar uma cidade inteira etc. e não vai ser terrorismo? Em qualquer lugar do mundo, onde existe legislação anti-terror, ações de proporções danosas como as citadas, independentemente da motivação (razões), é terrorismo. Isto é, essa limitação do enquadramento de terrorismo à tais razões faz dessa lei mais pró-terror do que anti-terror.  Porque hoje os grupos mais organizados e com força letal são de criminosos. 

Ora, esses legisladores fizeram tal lei para não abarcar as supostas razões "políticas", em uma clara permissividade à tomada de poder pela via violenta. Só que isso também deixou o caminho aberto para criminosos buscarem impor uma ordem e tomar ou se impor como um poder soberano através da violência. No entanto, a mal feitura da lei deixou também dá margem para que  a razoabilidade hermenêutica seja usada. O que falta, antes de uma mudança na lei (é necessário mudar essa lei logo), é que algum magistrado tenho um entendimento favorável à sociedade e comece a enquadrar ataques, como esses ocorridos em São Luís, como terrorismo.

Esses senhores do crime com esses ataques não querem só uma vida delituosa, querem é poder. 

Para adensar o problema existe uma legião de "pessoas de bem" têm a maior sensibilidade em reclamar a legalidade a favor dos criminosos, mas uma total indiferença ao sofrimento e dor geral da sociedade. Essas "pessoas de bem" , em geral de classe média, são pessoas que precisam também de ajuda, porque são doentes e o que fazem mesmo não é ajudar presos etc., mas alimentar ocultamente seus "demônios" de ódio contra a sociedade. O que querem é punir a sociedade pelas desgraças, traumas e frustrações que carregam em suas vidas. Essas pessoas, com essa tara criminosa, são os que mais fazem os criminosos se sentirem motivados para aumentarem seu poder frente à sociedade. 

Diante disso, temos que optar entre sucumbir à ordem pessoal desses senhores do crime ou reforçar a institucionalidade do Estado e seu caráter público e democrático. Entre uma ordem pessoal de senhores dessa natureza e um poder institucionalizado no Estado, eu prefiro ainda o Estado.

 SEM PROPOSTAS - ELEIÇÃO PRESIDENCIAL 2022 O que tem movido os eleitores brasileiro diante das candidaturas à presidência da República este ...