quarta-feira, outubro 19, 2016

O lugar de sempre: o atraso


É preciso perceber o atraso não em relação a uma referência externa, a um tempo ou configuração que não está na mesma condição da atualidade considerada enquanto melhora e avanço, mas o atraso como uma impossibilidade de se fazer presente na atualidade com inovação e rupturas com o estabelecido, com o passado. Eis o forte atraso, o mais genuíno atraso vivido no Maranhão.

O atraso está intacto, só ganhou "nova" roupagem e "novos" líderes, mas é atraso. Esse novo sugerido é um recurso velho do próprio atraso, e é o atraso. 

As campanhas em São Luís, nesse momento, chegaram aos patamares mais baixos de operacionalização da desconstituição da política, de ir contra o interesse público. O nível de argumentação e questionamento e o que está sendo discutindo não revela só despreparado dos candidatos, mas a irresponsabilidade e decadência da classe política. 

Nada de fundamental em torno do interesse público é posto de forma clara e objetiva. Nada de significativamente novo está sendo apresentado em termos de gestão. O que há é só a continuação do atraso. 

Transformar uma entrevista em uma arena para uso da técnica de banditismo: a intimidação não poderia ter maior selo enquanto continuação do atraso. Deprimente e decadente! 

O atraso vai bem, merci! 


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