sexta-feira, fevereiro 22, 2013

Yoani e reprodução do fascismo




As brigadas Mussolinianas e a Juventude Hitlerista invadiam eventos, atacavam, perseguiam, destruíam sedes das organizações que consideravam rivais, impediam atos públicos de adversários etc. Na Itália os camisas negras criaram espalharam o terror. 
Muitos achavam que eram atos isolados, que não ofereciam perigo... e essa despreocupação, indiferença e inércia propiciou o nascimento do monstro do horror. É assim que começa... Ninguém reage e aí vai virando rotina.... e logo depois viram atos oficiais. Absurdas essas ações para impedir essa senhora cubana de falar. 
Isso só prejudica o Brasil no processo de se tornar membro do Conselho de Segurança da ONU. Isso mostra a insanidade dos Chefões que estão patrocinando e articulando essa violência. Cadê as autoridades? Essa omissão está para lá de cúmplice. 

terça-feira, fevereiro 19, 2013

Yoani Sánchez, Dilma e incoerência irresponsável


Porque sou a favor do respeito à Yoani Sánchez. 
1- Sou contra toda e qualquer ditadura, seja ela burguesa, milanesa, proletária ou de direita, de esquerda, do alto e do baixo...
2- Sou contra oligarquias. Como criticar e querer alternância no Maranhão e depois defender a oligarquia Castro?
3- Ser a favor da liberdade de expressão de Yoani não quer dizer concordar com tudo que ela diz. Sei o que ela pensa há tempos, fui um dos primeiro a colocar o link do blogue dela dela por aqui.
4- Assim como sou contra a certas grosserias e mentiras contra Dilma também sou contra Yoani.
5- Desde quando ser contra um governo ou Regime político é necessariamente ser contra seu povo? Isso não é fascismo?
Algumas perguntinhas:
Alguém não sabe que diversas ONGs que atuam no Brasil são mantidas com dinheiro americano? E o que dizer das Fundações americanas que dão bolsas e financiam, mas cujos relatórios vão parar nos gabinetes do Departamento de Estado? Os que recebem essa grana americana são mercenários também?
É coerente quem sofreu com uma ditadura usar os mesmos método para recepcionar uma dissidente política?
Cadê o povo do politicamente correto que defende a igualdade de gênero que não diz nada sobre essa manifestação contra-Yoani que está descambando para a violência clara contra uma mulher e mãe? Com essa senhora o politicamente correto não vale?
As Damas de Blanco também são agentes da CIA? As mães dos presos políticos não podem chorar por seus filhos? 

quarta-feira, fevereiro 13, 2013

Sé Vacante: Bento XVI um ex-papa vivo



Não há nada de extraordinário na renúncia de Bento XVI a não ser os séculos que separam essa renúncia à última renúncia. O que mais mexe é a concorrência religiosa, onde a falta de escrúpulo de alguns homens de fé religiosa e ala ateia fascista ignoram propositalmente o óbvio: o papa é um indivíduo da espécie humana. Do mesmo modo toda a Igreja Católica é composta de indivíduos humanos e não de alienígenas. 

O absurdo de algumas críticas e comentários chegam a ser cretinos, principalmente quando alguns  deixam propositalmente o bom senso e a responsabilidade para enveredar pela  sordidez. 

Sabedoria é recomendada o tempo todo ao homem de fé ao que quer crer. O Conhecimento sempre possuiu uma multiplicidade de vias, ditas de conhecimentos, entre eles o conhecimento religioso e o conhecimento científico. Só por muita ignorância ou má fé alguém pode negar diversos avanços do conhecimento sem a utilização da Razão ocidentalizada, una, única e superior. Há tempos essa unicidade raciológica assumiu o papel do rei nu. 

Muitos fingem o esquecimento para provocar o sensacionalismo, durante o papado de João Paulo II o fim da vitaliciedade do cargo foi cogitada e tinha o apoio do papa, a tese foi vencida no âmbito da cúpula eclesiástica e João Paulo II não aceitava a renúncia. O fim da vitaliciedade abriria mais uma porta para o papa ser substituído ainda em vida, além da possibilidade da renúncia. A permanência de João Paulo II tinha um componente fortíssimo além de suas convicções em torno da renúncia e que o forçava a permanecer: sua altíssima e crescente popularidade. 
Bento não goza da mesma popularidade, é certo, mas os longos anos presidindo a Congregação para a Doutrina da Fé (CDF), de 1981 até 2005, conferiu-lhe extrema força de articulação e decisão. Acabou sendo uma espécie de vice-Papa. Sua capacidade de fazer respeitar a sua decisão parece não caber dúvidas e seu lastro de influências garantiram sem tumultos  a sua decisão. 

A escolha pela renúncia não se aplica ao embate de fé e razão, que em boa parte é um falso embate, uma cisão que segue um grande artificialismo em diversos pontos. 
Bento XVI fez o que a serenidade e a sabedoria propiciam aos homens de conhecimento: discernimento. Com sua decisão, ao contrário de cindir, muito mais uniu a fé a uma ação-cálculo, ratio.

Quanto Bento foi eleito papa perguntei a amigo religioso: Por que elegeram esse homem tão velho? Ele me respondeu o seguinte: "Por isso mesmo, vai morrer logo!" Dessa engenharia e cálculo  eu não sei explicar. 

Bento foi um dos maiores intelectuais da igreja a ocupar o Ministério papal, exegeta de primeira ordem, seu livro Jesus de Nazaré, editora Planeta, 2007, é marca significativa da sua qualidade de teólogo. A Igreja segue una, santa e pecadora. "Somos o fermento do Pão". Sempre.

terça-feira, fevereiro 05, 2013

O Risco do Parlamentarismo e perpetuação pemidebista


José Sarney em seu discurso de despedida da Presidência do Senado lançou a senha: Parlamentarismo. Eis o que todos os maiores mandões do país devem perseguir atualmente, essa é chave para entregar o Brasil ao controle do PMDB. As últimas eleições à Presidência da Câmara e do  Senado evidenciaram bem o que pode ser o Brasil sob a égide parlamentarista e com um Congresso  hegemonicamente pemidebista. Não só vão constituir sucessivamente governos, como vão indicar primeiros ministros do naipe dos Presidentes recém-eleitos. E isso tudo ignorando a opinião pública.

 O povo não pode abdicar da eleição direta do chefe de governo.  O argumento apresentado pelo senador Sarney não é suficiente e nem prova uma maior qualidade e eficiência desse ouro tipo de governo frente ao nosso presidencialismo.  As crises e impasses nos sistemas parlamentaristas são em maior volume e bem mais graves. Basta ver o parlamentarismo italiano e problema para suceder Silvio Berlusconi. 
Qualquer governo depende não só da forma, mas do conteúdo, da cultura e clima institucional para um funcionamento satisfatório. 

Este post reúne diversos trechos de publicações anteriores, onde alerto para o perigo dessa fórmula de governar com uma ampla base aliada. Destaco que não é um problema do nosso modelo presidencialista, nem uma necessidade irresistível, mas um traço autoritário existente na nossa culta geral e política. Trata-se de ethos mandonista. Desde a redemocratização as elites-autoritárias perceberam que o álibi de "uma crise de governabilidade" funciona bem para fazer os governantes refém e proceder um loteamento sem critérios das pastas de governo. Segue os trechos e as datas de publicação:

Que avanço democrático existe quando a maioria é composta pelas frações mais reacionárias que serviram ao autoritarismo? 

Colocar uma pessoa na Presidência da República sem lastro popular, sem história de militância democrática e sem experiência em cargo eletivo é muito perigoso. Sem gozar de prestígio popular e sem carisma vai ter que depender efetivamente dos favores de uma maioria parlamentar constituída basicamente no casuísmo. Isso é um risco institucional. Portanto, a maioria parlamentar, desenhada para o próximo período Legislativo, é fruto de um avanço da extrema-direita. 

Essa maioria tão festejada é composta por reacionários de extrema-direita que estão colocando seus apoios do lado que consideram mais fácil de controlar e colocar na condição de refém. Esses são os piores aliados que alguém pode ter. Essa maioria não vai apoiar, mas corroer. Vai cobrar caro e está sedenta de retribuições. Certamente aparecerá com um saco de emendas constitucionais para desfigurar nossa Constituição cidadã. 


Publicado originalmente em 17 de outubro de 2010.Disponível em: 



O PMDB fez uma aposta com base na sua força regional. Ficando sem candidato próprio à Presidência, saiu do foco das críticas. Resultado: pode eleger nove governadores. Também pode formar uma ampla bancada de deputados federais. 

O PMDB depois de 01 de outubro correrá em busca de mais participação no Governo Federal, o que é politicamente aceitável. O problema mesmo são as condições, o valor desse pacto e, principalmente, com qual parte do PMDB ele será selado. O PMDB atualmente funciona como se fosse uma confederação de mandões regionais, com isso, o pacto (Executivo-Legislativo) poderá reeditar a figura do Vice-Rei. Certamente teremos Vice-Rei do norte, Vice-Rei do sul, Vice_Rei do nordeste etc. 

Originalmente publicado em 18.09.2006. no Blog ethospolitico.zip.net). 
Disponível em:  http://araujofrancisco.blogspot.com.br/2011/01/vice-reis.html  

Durante todo o período eleitoral postei no Twitter alertando para a tal maioria da base de apoio do que viria a ser o governo Dilma. Questionava se quem tem esse tipo de maioria deve se sentir confortável ou preocupado. 

A questão era, resumidamente, Dilma ia ficar massivamente apoiada ou ficar na condição de refém dessa base. Ainda no período pré-eleitoral, Ciro Gomes diagnosticou, sem rodeios, o PMDB e seus líderes. Apesar do esforço para acalmar os ânimos na base aliada, Ciro não retirou suas palavras.

Dilma Presidente com um vice do PMDB formou o cenário perfeito para as ambições de todo o eixo fisiológico, mandonista e oligárquico que controla o Congresso Nacional. Todas essas facções viram nessa combinação a chance maximizarem a realização dos seus instintos primitivos, desejos e ganhos junto ao poder público. 

O campo onde o Governo Dilma passou a existir foi composto pelos seguintes componentes: oposição vacilante, sem projeto consistente para apresentar ao povo, de um lado, e, do outro lado, uma ampla base governista fisiológica.

A fraqueza numérica/qualitativa da oposição e a dependência de um aglomerado de partidos (inclusos aí o consórcio PMDB) tornam o governo Dilma vulnerável aos impulsos conspiratórios da corrupção e do autoritarismo. O ponto que favorece o governo é a inflação ainda baixa e a economia em situação boa. 

Cabe também observar que não há nenhum projeto ou proposta da oposição de reforma administrativa ampla e focada no combate sistemático à corrupção. É preciso cobrar da oposição a condição de responsabilidade que a democracia lhe confere.

A oposição de base democrática e republicana é pequena e para piorar a outra parte é equivocada sobre o próprio Liberalismo. Essa inconsistência na oposição torna a situação favorável aos corruptos inimigos da República e da Democracia. Grande parte da oposição, por falta de projetos, acaba sendo usada em prol desses interesses obscuros. Cabe a oposição, responsavelmente, não só exigir a apuração das irregularidades, mas ir mais longe: ser propositiva e apresentar uma proposta concreta de combate à corrupção.

É preciso um choque de Política no Governo Dilma. O diálogo e o compromisso com diversos setores em defesa da coisa pública e democracia não são rendição, nem humilhação é defender o Brasil dos seus inimigos. A Presidente não pode se preocupar apenas com apoios específicos, mas também com o apoio difuso. Ela tem chamar para si a responsabilidade do compromisso público de combate à corrupção.

A presidenta necessita estabelecer diálogo direto com a oposição, emagrecer (enxugar) essa "ampla base de sustentação partidária", pois o custo da manutenção dessa maioria está ficando muito mais alto que o custo de uma oposição mais densa, Além disso, a Presidente deve assumir diante do povo o compromisso de combater a corrupção. 

A tese de que o nosso presidencialismo força o chefe do Executivo a formar uma mega-aliança para o país ter governabilidade é uma ideologia autoritária que, antes de tudo, concebe o espaço político sem o contraditório e a pluralidade.

A ingovernabilidade ganha forma concreta quando o governo é ruim, é impopular e incapaz de formar consensos. Não é por existir oposição. Em democracia oposição é parte oficializada e regulada do sistema, acaba sendo útil ao Governo. 

Publicado em 19 de agosto de 2011. 
Disponível em: 

http://araujofrancisco.blogspot.com.br/2011/08/uma-cancao-de-amor-para-lady-dilma.html





segunda-feira, fevereiro 04, 2013

Os efeitos de Silas e Gabi


Tem uma coisa que precisa mudar... todas as vezes que vão discutir alguma religião os debatedores começam a citar a Igreja Católica. A Assembleia de Deus, por exemplo, tem mais de cem anos. Será que eles não podem fazer suas discussões a partir da trajetória da igreja que está sendo enfocada? O mesmo procedimento também precisa ser aplicado nos casos das comparações. 

Digo isso por um motivo básico: quem é alguma coisa não precisa ficar construindo todas as suas referências em um exercício-prisioneiro, onde o ser só é possível sendo o inverso do outro. Isto é, a inversão sendo tomada como a única forma de afirmação de ser.

Liberdade religiosa consiste em você seguir e confessar sua fé onde você escolher. Daí é preciso compreender a dimensão da individualização religiosa (grupos), são entidades privadas. Portanto, questões que não afetam o interesse público e os princípios gerais da nossa forma e sistema de governo, nem ao regime democrático, devem ser percebidas como preocupações e questionamentos exclusivos dos indivíduos que compõem o grupo religioso. 

Temas e regras que dizem respeito estritamente à organização e aos preceitos internos de uma religião (não ferindo o interesse público)... só cabe a intromissão dos seus membros, não cabe e não é de interesse legítimo dos outros, dos não pertencentes àquela religião. Por exemplo, Se a formação de um padre demora 05 anos... isso diz respeito exclusivamente aos católicos e ao seu corpo eclesiástico. Aí é que muitos esquecem o caráter laico da política. 


Eu não estou nem aí para quanto o seguidor da religião X ou Y vai dar, em dinheiro, o seu dízimo. Não me importa o tempo que a igreja X ou Y gasta para formar/preparar seus líderes espirituais, porque sou católico e não da religião X ou Y. Isso é um problema privado deles, não é meu e nem de quem está fora dessa esfera. É óbvio que isso não pode ferir a legalidade nem ir de encontro ao interesse geral. 

A liberdade religiosa precisa ser melhor equacionada. Nenhuma religião não-católica precisa seguir os padrões da igreja católica e nem a católica ter que se igualar às outras. Se você não concorda... com alguns valores da sua religião tenta ver o que pode fazer com teus pares. Se você não se identifica com os dogmas da sua religião... procura entrar em outra religião ou abandonar a vida religiosa. Amar a Deus sobre todas as coisas... considero esse mandamento uma dica do que é mais importante. O que torna plausível o fato de alguém não ter religião, mas Amar muito a Deus. Caso não encontre nenhuma religião com sua imagem e semelhança... e não queira ficar sem religião... crie uma. Só não é admissível a força impositiva e a falta de liberdade. Os demais podem ser o que quiserem e só precisam respeitar o meu direito de acreditar no quero acreditar e seguir. 
Não ferindo a esfera pública... que cada um faça o que bem quiser da sua vida religiosa. Meu foco é no que eu acredito.

 SEM PROPOSTAS - ELEIÇÃO PRESIDENCIAL 2022 O que tem movido os eleitores brasileiro diante das candidaturas à presidência da República este ...