sábado, junho 12, 2010

É Lúcido, é válido inserido no contexto: Paulo Diniz


Paulo Diniz é um daqueles artistas que finta as próprias curvas da biografia, da história de vida. Luzes apagadas. Luzes acessas e lá está o pernambucano sentadinho em uma cadeira para fazer valer sua voz, sua música...
Uns versos de tom nostálgico e outros bem melancólicos: “ou eu encanto a vida ou desencanto a morte”, mas acaba impondo a marca de uma voz rasgada e letras descoladas para pôr um arco-íris na sua moringa.
Hoje quem acha as letras das canções de Zeca e Lenine são inovadoras, deveria ouvir Paulo.
Sem dúvida, Paulo Diniz foi um operário do pop. Com pastilha Bernadete e um Chopp para distrair, fez seu sucesso entre meado dos anos 60 e início da década 70.

“Charles precisa voltar, para ficar!” Paulo ainda está na estrada e com muita vontade de estar presente, presente no palco.
Luzes apagadas... poucos percebem, mas Paulo é ajudado a passar para uma cadeira-de-rodas e sai na penumbra... Essa parte não é espetáculo do artista, são atos da vida: luzes apagadas!

“I don’t want to stay here/I want to back to Bahia”

Enfim, depois dos meus 40 anos de vida, vi e ouvi o artista que sempre achei diferente desde a minha infância. A voz arranhada... rasgada. Tem canções meio-bossa, meio-pop e meio-blues, mas é por inteiro a marca e o legado Paulo Diniz.

“Toda estrada tem final!”

O show aconteceu na sede da AABB, São Marcos, São Luís.





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