quarta-feira, dezembro 23, 2009

SÓ JESUS


Ao contrário do que dizem os desinformados e de má fé, os indícios históricos da existência de Cristo ganham cada vez mais elementos comprobatórios de origem arqueológica/documental. Não só isso, o que seria pouco, mas a grandeza de sua vida e de suas ações ganham mais importância diante das descobertas sobre o contexto em que viveu. Olhos que até recentemente faziam questão de ignorar seus feitos, agora reconhecem a amplitude e o vanguardismo de suas atitudes. Terry Eagleton, no  livro Jesus Cristo: os evangelhos, lançado pela Jorge Zahar Editores, faz a apresentação, onde constrói uma singular avaliação sobre o fato se Jesus foi ou não um Revoluncionário. Trate-se de um tetxo muito interessante, mas não inquestionável ou sem imprecisões. É valioso pela sua fecundidade e pelas provocações que traz. Alguns trechos, porém, são nítidas reproduções de interpretações judaicas já conhecidas, onde as razões da morte de Cristo são relativizadas. Mas, no todo, a apresentação é um texto valioso. Dentre tantas questões e inovadoras interpretações feitas por Eagleton, destaco essa:
“À semelhança do socialismo para Marx, o domínio da justiça é, a um só tempo, imanente ao presente e uma meta a ser atingida. Mas não pode haver transição suave do velho para o novo, à maneira do socialismo evolucionário. Dada a urgência e a severidade de nossa condição – aquilo a que os Evangelhos se referem como ‘o pecado do mundo’ -, alcançar uma ordem social justa envolve passar pela morte, pelo nada, pela turbulência e o autodespojamento. Este é o significado da descida de Cristo ao inferno depois de sua crucificação. A humanidade só pode ser refeita por meio de um encontro com o Real da destituição. E isso, ao fim e ao cabo, dado nosso estado patológico de auto-ilusão, só é possível pela graça de Deus.”
Faço, aos navegantes de primeira viagem, as seguintes observações:
Os Evangelhos foram escritos em período bem anterior à existência de Karl Marx (riso, não custa nada lembrar); faltou Eagleton dizer que Marx de forma copiosa monta o itinerário e os pontos culminantes do Manifesto Comunista aos moldes da Histórica Salvívica Cristã; Jesus, o Cristo, ao contrário de Marx, não descartou ou diminuiu as potencialidades do "lupemproletariado", mas os anunciou como os que possuem maior potencialmente de serem aceitos no Reino dos Céus; Jesus mesmo anunciando o Reino dos Céus e mandando dar a César o que é de César, deu de comer aos famintos, curou os enfermos, consolou os aflitos e os amou; Jesus, contrariou toda a mentalidade de sua época ao se aproximar e conviver com os mais discriminados e desvalorizados socialmente: fez chegar até Ele as crianças, as mulheres, os enfermos, as prostitutas, os miseráveis, os perseguidos etc. As Crianças eram totalmente desprestigiadas na sua época, taxa de mortalidade entre elas era altíssima. Jesus deu voz às mulheres e tiveram destaque como protagonistas de sua história: no nascimento, no ministério, na morte e na ressureição as mulheres estão testemunhando sua Glória. Basta ver o diálogo que Jesus tem com a samaritana,  é o mais longo diálogo Dele com alguém. Jesus abraçou os miseráveis e enfermos, os curou, comeu e dormiu entre eles. Proclamou a verdadeira, completa e perfeita perda de todos os grilhões: A vida Eterna! Não existem maiores radicalidades do que o convite a amar o irmão de forma incondicional e vencer a morte pela fé e pela esperança na Vida Eterna! Veja! O convite é para a Vida e não para morte! É um Deus de vivos e não de mortos!
Enfim, considero que o mais notável de tudo é a Santidade de Cristo. As comprovações da existência histórica de Jesus servem cada vez mais para revelar a sua Santidade. Que homem era esse capaz de tamanhas coisas?
LEITORES: FELIZ NATAL... PAZ, AMOR E LUZ!

domingo, dezembro 20, 2009

OS OUTROS HONORÁVEIS




FHC, em sucessivas tentativas fracassadas, tenta ganhar espaço e visibilidade no cenário político nacional. Como uma múmia tentando sair do sarcófago, o ex-presidente, ex-ministro e sociólogo busca uma fresta por onde passar e entrar em evidência novamente. Já tentou vários motes, fez ataques aos pronunciamentos do Presidente Lula, tentou desqualificar os avanços sociais no Governo Lula, tentou ligar a imagem do Presidente Lula ao autoritário Chávez, mas nada disso deu certo. Não teve eco e o povo ignorou os ataques ao seu Presidente.
Uma das mais patéticas aparições de FHC foi no Programa do Jô Soares. Na ocasião FHC riu e ironizou o que seria uma ignorância do Presidente Lula, por esse ter definindo a crise de “uma marolinha”. FHC, sem nenhum cuidado, disse que o Presidente Lula não sabia o que estava dizendo.
Por último às voltas e combinado com Caetano Veloso deflagrou outros ataques a Lula, mas, sem respaldo da credibilidade popular, o povo ignorou o que ele falou e repreendeu Caê (notório honorável da corte de ACM), até dona Canô ficou a favor de Lula.
FHC, um ego doentio, não desiste de querer ganhar visibilidade, agora se agarrou, tardiamente, no caso Estadão VS. Família Sarney (entrevista no Estadão de 20/12/2009). Só agora FHC viu que o Estadão está sendo censurado de forma prévio e que essa medida é vergonhosa e atenta contra a liberdade de expressão democrático e fere o princípio republicano de publicidade sobre as coisas públicas. Só agora viu que crime contra a coisa pública não é coisa de vida privada, íntima, mas questão pública e que deve ser tornada pública. Crime é crime. Estado de direito todos tem iguais direitos e deveres, assim mesmo é a regra para quem cometeu atos ilícitos.
Qual a verdadeira pretensão de FHC dessa vez? A liberdade de imprensa? Não! É mais uma vez atacar o governo Lula, pois atribui a censura ao Estadão como coisa do governo Lula. Vejamos: “ Fui presidente, ministro, a crítica sempre incomoda. Mas a função de quem está na mídia é criticar, e de quem está no governo é entender a função da mídia”. Ora, é nítido como ele liga “quem está no governo” com a censura imposta ao Estadão. Por que ele não disse: a Família Sarney?
E logo em seguida joga mais veneno: “Mas não pode, como agora, antes de qualquer coisa, dizer que você não pode entrar em tal matéria. Me parece absurdo”.
Covardemente omite o nome dos Sarney e fala de “como agora”, que traduzindo quer dizer no período do Governo Lula. O que é isso?
FHC, por falta de originalidade e flagante desgaste da sua imaginação sociológica, repete copiosamente a fórmula do seu algoz eleitoral Jânio Quadros. FHC simplesmente trocou ocultas por culturais para explicar a existência de terminados arquétipos da nossa vida política. Vejamos: “Que forças são essas?
Forças culturais. Isso vem da nossa cultura, que é formada numa visão onde a separação entre o público e o privado é confusa, onde o favoritismo, o clientelismo e o arbítrio permanecem como uma tendência. Aqui a ideia de quem pode pode, quem não pode se sacode é generalizada.” Por que não falou do mandonismo e deu nome aos mandões, que participaram ativamente em seus dois governos? Que covardia!!!
Enfim, FHC deixou a veia sociológica e enveredou pelo humorismo: “Infelizmente, dada a anestesia no Brasil, a reação é pequena. Deveria ter sido maior. Estamos vivendo um momento difícil porque vem junto com a expansão da economia. Como é o mercado que rege a sociedade no Brasil, infelizmente, o resto fica obscurecido. É uma pena. Espero que agora, com a eleição, a sociedade desperte um pouco mais.”
Só pode ser piada. FHC agora é anti-doutrina neoliberal, está criticando o mercantilização da vida!



segunda-feira, dezembro 14, 2009

Não basta ser pobre... TEM QUE SER HUMILHADO



As coisas aqui nunca estiveram tão velhas e viciadas em termos de práticas eleitoreiras. As ações de governo assumem uma forma nitidamente de personificação das ações, para que no fim o direito seja entendido e recebido como favor, dádiva. Mas isso não é tudo de nosso atraso. O mais grotesco é como as pessoas são posicionadas e submetidas para receber o “favor”. A imagem de cidadão de cidadão já é diluída desde o início do processo. È necessário que ele ouça e sinta que ele não tem nada e faça reverência aos senhores onipotentes. Comprimidos em calçadas e expostos gratuitamente ao sol, ao sereno e aos assaltos. Muito estão dormindo na frente dos postos de atendimento. Todo esse esforço recai sobre o segmento social com renda entre 0 a 3 salários mínimos.
O Programa Minha Casa, Minha Vida está escalonado por faixa de renda, da seguinte maneira (Geral – Brasil):

Renda até três salários mínimos - 400 mil casas
Renda entre três e quatro salários mínimos - 200 mil casas
Renda entre quatro e cinco salários mínimos - 100 mil casas
Renda entre cinco e seis salários mínimos - 100 mil casas
Renda entre seis e dez salários mínimos - 200 mil casas
Em São Luís, como já é sabido, o acesso à moradia digna é uma coisa rara à população de menor poder aquisitivo. O que está acontecendo passa pela equação oferta e demanda. A demanda reprimida é muito, muito, muito maior do que a oferta. A quantidade de unidades a serem construídas é um pouco mais de 15 mil unidades. A população adulta (ativa e produtiva) de São Luís, segundo o IBGE, 60% dos com ocupação remunerada ganham até dois salários mínimos. Agora... fica imagina o restante... da população...
Mas em termos de “governo” o que vale agora é alimentar a esperança e manter os milhares e milhares de inscritos como “súditos fiéis”. Depois são “outras coca-colas”!!!! Depois... é o depois: as eleições já passaram, tudo passou...







domingo, dezembro 06, 2009

GOVERNO OFF-ROAD

Qual seria o melhor carro para um governo efetivar suas ações na área mais deficitária (saúde) da gestão e da prestação do serviço público (ao povo)? Jipe TROLLER.
O estado mais pobre da federação não pode voltar ao trabalho majestosamente sem um carro de luxo e caro.O atual governo do Maranhão comprou e enviou para diversas cidades do interior do estado jipes Troller. Esse carro tem sido um sucesso no Rally Paris-Dakar, certamente vai ser um sucesso, um glamour nos rincões profundos desse estado imperial. DEFINITIVAMENTE... SAÚDE AQUI É UM LUXO!
Um Troller 2009 custa só (em média) R$ 77.660,00 (FIPE). Esse preço, porém, não é o praticado no mercado local !!!
O Troller é compatível? Sim. O seu preço é elevado e sua manutenção é caríssima. Portanto, é compatível com a mentalidade anti-republicana que vigora no seio do mandonismo. 
Tal fato só encontrou par no Ceará, onde o governo do estado comprou 40 jipes Troller. Porém, no Ceará, a imprensa, a população e os blogs independentes estão questionando o governador.
Se estivéssemos numa república democrática, com a accountability funcionando: controle mútuo e transparência por parte dos agentes estatais, alguém teria que justificar a compra desses carrinhos. Mas isso não pode existir onde o estatal não é público e o mando não é autoridade (poder legítimo), não é fundado na soberania da vontade popular. Quando um governo é dádiva das togas, o natural é não se sentir responsável perante o público e nem ver os negócios do Estado como coisas Públicas e submetido ao Público.
Onde cabe, na compra desses jipes Troller, os pricípios: da Razoabilidade, da Proibição do Excesso, da Proporcionalidade e da Eficiência?
Cabem todos no porta-malas do governo off-off-souveraineté!!!


sexta-feira, novembro 27, 2009

BÁ-BLÁ-BLÁ PALACIANO (LOCAL)



Alguns por aqui querem fazer crer que as dificuldades do PT de compor nacionalmente com o PMDB estão restritas ao Maranhão ou que o MARANHÃO É O ÚNICO CASO. ISSO NÃO É VERDADE. Também não é verdade que a direção nacional desconheça essas dificuldades e tão pouco pensa em agir de forma autoritária. A possível candidata do PT à presidência da República reconhece a impossibilidade de fechar essa aliança em diversas regiões.
Vejamos as palavras de Dilma:
“Florianópolis - A ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff , disse ontem (23) em Florianópolis que acha difícil uma aliança de proporção nacional entre o PT e o PMDB. Segundo ela,as dificuldades estão nos Estados.
Dilma afirmou que não há como 'defender uma coisa que está na cabeça da gente e querer que a realidade se enquadre', em alusão ao quadro político encontrado em cada Estado.
"Não tem uma regra única. Não é possível impor um modelo único, porque não cabe. A diversidade do país é muito grande, as características regionais, diferentes", afirmou. "Vem alguém lá de cima a ditar regra? Aí não dá, não é democrático." .(Agência FOLHA, 24/11/2209)
A ilustração é do Próprio Autor.

segunda-feira, novembro 23, 2009

CONTRARIANDO A TESE DE DIRCEU



Ao contrário o que pensa Dirceu, umas das grandes cabeças do Partido dos Trabalhadores (PT), os dados apontam para a necessidade de manutenção da candidatura de Ciro para viabilizar a candidatura de Dilma. A pesquisa divulgada hoje (23/11/2009) pela CNT/Sensus aponta queda de Serra e crescimento de Dilma, mas nos diversos cenários testados, o pior cenário para Dilma é uma disputa sem Ciro Gomes, pois Serra cresce de forma avassaladora. Cabe destacar para o cenário testando chapas, onde a dupla Ciro/Aécio apresentam com uma dupla com grande potencial competitivo (vá entender a cabeça de eleitor.. rssss). Nota-se também que Michel Temer aparecendo como vice de Dilma não agrega muito e a vantagem de Serra até aumenta.

Dado importante pró Dilma, entre os entrevistados, 51,7% disseram que podem votar em quem Lula apoiar. Isto é, o pedido do presidente pode ser atendido.
Ele ainda não começou a pedir de forma direta.
O placar na estimulada é o seguinte:
Serra = 31,8%
Dilma = 21,7%
Ciro = 17,5%
Marina = 5,7%.

Na espontânea:
Lula 18,1% (não é candidato e nem pode ser)
Serra (8,7%)
Dilma Rousseff (5,8%)
Aécio Neves (4,2%)
Ciro Gomes (2,6%)
Heloísa Helena (1,4%)
Marina Silva (0,7%).

domingo, novembro 15, 2009

EU SOU A ALTERNÂNCIA DE PODER: LULA PURO SENTIMENTO




Lula chorou ao falar da morte de sua primeira esposa. A entrevista estava se desenvolvendo quando o repórter perguntou qual o momento mais difícil que ele passou antes de 1989. Lula disse: “Quando minha primeira esposa morreu, em 1971”. Quando foi descrever seu retorno ao hospital onde tinha deixado sua esposa, parou de falar e chorou. “Levei flores ao cemitério durante três anos”.
Lula definitivamente é um cabra que tem sabido “regar as flores no deserto”.
Lula disse: “O mensalão foi uma das maiores tentativas de golpe. Não fizeram. Não tiveram coragem. Disse a um interlocutor: se eles mexerem um milímetro na institucionalidade, eles não têm idéia do que vai acontecer nesse país.” “Quando eu não for Presidente vou investigar esse caso”.
“Tem uma velha elite no Brasil que não está acostumada com a alternância. Eu sou a alternância!”“A inveja”. “Eu acho que Fernando Henrique deixa de pensar com a cabeça e usa o fígado”. “Respondi ao Caetano ontem à noite ouvindo Chico político!”
Quando perguntado qual o livro que estava lendo, respondeu: “Leite derramado, de Chico (Buraque)”.
Outras preferências do Presidente: “Marisa Monte” (cantora), “Chico” (cantor), “Fernanda Montenegro” (atriz), “Antonio Fagundes” (ator), “Clinton Eastwood” (diretor).





quinta-feira, novembro 12, 2009

LAÇO DE MOEBIUS II


 

“Uma tira circular fechada tem, em geral, duas superfícies, uma interior e uma exterior. Sobre esta tira, contudo, andam nove formigas vermelhas, umas atrás das outras, e passam tanto sobre o lado exterior como também sobre o interior. Assim a tira tem uma só superfície.” (Escher)
A ilusão torna possível a coexistência de paradoxos e o impossível assume a condição de familiaridade. A partir do estranhamento do comum, o impossível emerge geminado ao possível. Tanto para a objetivação como para a subjetivação.
Longe de uma forma qualquer de surto inconsciente, aos moldes surrealistas, Escher mostra as possibilidades da ação consciente sobre a ilusão, o impossível e a descoberta.
O laço aqui trazido é um recurso para uma reflexão não-bidimensional da política maranhense. A sugestão é: na polítca maranhense a situação extrema entre os de fora e os de dentro não passa de uma ilusão, todos caminham numa mesma superfície. 
É só seguir as formigas!!!








domingo, novembro 08, 2009

PSICANALISANDO O ENTREGUISTA, O ANTI-BRASIL & A BARBÁRIE HONORÁVEL




Fernando Henrique Cardoso (FHC) é o mais perfeito entreguista e antinacionalista que temos, Age de forma deliberada a favor dos interesses internacional, por isso está tão indignado com a regulamentação do pré-sal, com a Petrobrás, com os caças franceses e com exigência do Governo à Vale. Basta lembrar que foi FHC que entregou a Vale e ainda privatizou o nosso subsolo, tentou privatizar a Petrobrás e entregar a Base de Alcântara aos americanos. Aparece para defender a continuidade desse processo de submeter o Brasil inteiramente aos interesses americanos e de diversas multinacionais.
FHC tem horror a qualquer projeto com o adjetivo nacional. Detesta a idéia de tornar o Brasil uma das primeiras economias do mundo. Em seu texto de lamento e frustração ironiza o que seria o Brasil-Potência. Na verdade, isso vai de encontra aos diversos assassinatos que FHC cometeu contra os interesses do Brasil em 08 anos de governo. FHC AMA A DEPENDÊNCIA e a submissão. Só não explica como sua Fundação consegue ser tão luxuosa e rica. Será que ele fala em nome dos doadores?
Por outro lado, tenho que reconhecer o seu acerto quando disse que Lula “age como se fosse o um psiquiatra”. Totalmente correta sua afirmação e os fatos já comprovaram essa habilidade de Lula, pois já diagnosticou que FHC é um egocêntrico doente, com distúrbio delirante paranóide: delírio de grandeza.

A BARBÁRIE HONORÁVEL
O quebra-quebra promovido no interior do Sindicato dos Bancários, quando ocorria o lançamento do livro “Honoráveis bandidos: um retrato do Brasil na era Sarney”, é uma continuidade fascista na política. Tal ato só encontra par no ato de lançar rojões no interior da casa dos Sarney após a vitória de Jackson... Afinidades de oligarquias caducas. Deplorável. VEJA O QUEBRA-QUEBRA:








terça-feira, novembro 03, 2009

PALMÉRIO E NEW BALAIOS EM CENA




Por uma dessas coisas de estar no lugar e no momento... Registrei a chegada do escritor Palmério Dória em São Luís, hoje por volta das 14h00min, no aeroporto Cunha Machado. Na recepção um grupo uniformizado com camisas pretas. Na camisa estava estampada a imagem de capa do livro recém lançado por esse autor: “Honoráveis bandidos: um retrato do Brasil na era Sarney.”
Constatei (in loco) que FNAC da Paulista a obra ocupa a 13ª posição em termos de venda, sendo que na Livraria Cultura ocupa atualmente a 9ª. Mas em outras livrarias está mais à ponta. No ranking da revista Veja ocupa a 5ª posição de vendagem.
Detalhes:
1- A editora Geração Editorial uso o mesmo layout da capa do livro “Memórias das trevas: uma devassa na vida de Antônio Carlos Magalhães”, publicado por essas mesma editora. Cujo autor é João Carlos Teixeira Gomes.
2- O livro sobre ACM tem 765 páginas (ainda não consegui terminar de ler) e o do senador Sarney tem 208 páginas (esse talvez eu consiga terminar de ler).
3- As obras de jornalistas agradam mais e, de longe, possuem mais chances de sucesso, não só pela escrita, mas pela liberdade do fazer. Na academia, depois de pesquisar (documentos, a literatura do tema, entrevistas etc.) você ainda está sob suspeita e é sempre questionado pelo que disse. Enfim, um esforço danado para poder afirmar algo que, em geral, não recebe nenhuma atenção. Ao contrário, o jornalista não passa por toda essa inquisição da validade científica, não é obrigado a pesquisar muito e o que importa é saber transformar o que diz em uma verdade. Moral: as teses já escritas sobre Sarney, nas academias, jamais vão ter leitores assim de montão e os dados coletas pela pesquisa pouco ou nada contribuirão para a construção ou desconstrução da verdade estabelecida no imaginário popular. Por isso só as traças sabem bem o gosto de teses.
4- Palmério este em São Luís para lançamento do seu livro, que ocorrerá amanhã no Sindicato dos Bancários.

sexta-feira, outubro 30, 2009

NERVOS DE AÇO E SANGUE PURO BANDEIRANTE

Quando por aqui, no Maranhão, uma minúscula elite “letrada” lia Homero e empurravam alguns de seus filhos para os círculos intelectuais da Europa. Enquanto isso, os Bandeirantes avançavam mata adentro nos sertões, carregando à mão a espada e o bacamarte. Encontraram ouro, tornaram os aborígenes cativos ou os dizimaram, limparam o chão e deixaram abertos os caminhos por onde foram-se redes de comunicação e comércio. Tudo na base do sangue, suor e lucro. Muitos deles nem falavam português, só conheciam a língua geral (Nheengatu).
Nesse Maranhão, a filharada da elite se "polia" nos devaneios literários. Esse "empreendimento" só serviu, posteriormente, como discurso performativo para inflar o mito da Atenas Brasileira. No final das contas essa "empresa" não resultou em nenhuma conquista significativa para o povo maranhense, tão pouco para sua posteridade. Pois virou uma Jamaica brasileira, capital do reggae. Vide a discrepância atual entre São Paulo e o Maranhão. 
É certo que "diversos" fatores precisam ainda ser considerados nesse processo de produção do Maranhão miserável, mas a diferença de ethos é um componente importantíssimo para se pensar essa desigualdade existente. O ethos paulista, que chamo de sangue bandeirante, pode ser sintetizado nas palavras de Bartolomeu Bueno, o Anhanguera (diabo velho):
“ACHAREI O QUE PROCURO OU MORREREI NA EMPRESA”.
Nesse particular vejo o governador José Serra como um bandeirante puro sangue , sangue que combina muito bem com os seus nervos de aço. Serra espera, calculadamente, o que procura agora: a desistência de Aécio Neves à vaga de candidato do PSDB à presidência da república. Depois certamente vai querer achar o que procura no mais puro estilo... anhanguera!

segunda-feira, outubro 26, 2009

DIREITOS IGUAIS

O Tribunal Regional Federal da 3ª Região determinou ao MEC que mude a data das provas do ENEM. Motivo: garantir que 22 alunos judeus possam fazer as provas. Alegação: as datas marcadas para aplicação das provas coincidem com dias sagrados para os judeus. Finalidade: garantir direitos iguais.
Na Constituição de 1988, da República Federativa do Brasil, o Estado é laico e que o ensino público também é laico. Ou essa determinação é copatível com laicidade, elemento sempre desejado em repúblicas?
O que mais intriga nessa questão é o silêncio dos fervorosos defensores da laicidade, que recentemente criticaram o Governo Lula pelo acodo  feito entre o Estado Brasileiro e Vaticano, visando promover o ensino religioso (que não é obrigado ser ensino católico).
Caso as atividades de Estado passarem a ser guiadas pelos calendários religiosos, pelos preceitos dos dogmas, fica mais que evidente o comprometimento religioso do Estado. O Estado e suas atividades devem ser laicos?
Vai ser assegurado o mesmo direito aos milhões de jovens Católicos de exigerem novas datas para que as provas não aconteçam nos Dias que consideram Santos? Igualdade, isonomia não pode ser privilégio, nem de maioria nem de minoria.

sexta-feira, outubro 16, 2009

CAEMA: A FONTE DE TODAS AS OLIGARQUIAS







A greve na CAEMA, segundo o Sr. Ricardo, acabou. Apesar de ser importante, não recebeu a devida atenção dos blogs “independentes”. Essa manifestação foi importante porque escancara a similitude das oligarquias maranhenses e a precária condição da cidadania no Maranhão. A grave situação do abastecimento de água da nossa capital é fruto de um descaso de muitas décadas. Como se já não bastasse o fornecimento irregular de água em dias normais de funcionamento da empresa, uma greve na CAEMA parece algo extravagante. Porém, a reivindicação dos funcionários pela implantação do plano de cargos e salários (PCS) é legítima. Hoje receberam a promessa que o PCS vai ser implantado em maio e um abono de 100 no “tiquete”.

A CAEMA tem um monte de consumidores inadimplentes, não tem como aumentar seu faturamento, porque não tem como oferecer em maior volume o seu produto mais valioso: água. Sem ter água para oferecer aos consumidores, o consumo permanece na mesma. Por outro lado o que arrecada já está em parte comprometido com a manutenção do que tem e com a folha de pagamento. Torna-se necessário baixar a inadimplência, oferecer atendimento de qualidade, regularizar o fornecimento de água. Sem isso não vai aumentar seu faturamento. Mas isso demanda por investimento na captação, tratamento e distribuição da água.

Hoje na CAEMA falta até engenheiros ou quem saiba sobre as bombas do Italuis.

A tubulação do sistema Italuis não tem recebido a devida manutenção e tem apresentado problemas em vários trechos, tudo fruto do descaso.

No entanto, a CAEMA é altamente eficiente enquanto fonte de manutenção dos esquemas oligárquicos, é por ela que se alimenta todo uma rede de apadrinhamento, clientelismo e repasse de verbas... No esquema de pingo em pingo, centenas de contratos (de pessoal) são estabelecidos e por aí são cheias as caixas (d’águas) dos partidos e das campanhas.

Nessa empresa a conciliação oligárquica se efetivou, sem alardes, durante todo o governo Lago. As empresas que atuavam na CAEMA antes do governo Lago permaneceram, não foram afetadas pelo Governo da Libertação. Quando Jackson foi cassado e assumiu a atual Governadora, elas só mudaram o nome de fantasia para "voltar ao trabalho". Agora atuam de maneira bem mais confortável, no melhor governo da vida delas, é certo, mas estavam "bombando" nas águas dos Lagos, mesmo sendo os seus proprietários membros da oligarquia-mor. Com isso, fica claro que o sistema de abastecimento de água só não tem eficiência para garantir água e esgoto aos cidadãos, mas é perfeita aos esquemas das oligarquias. Todos bebem nessa fonte... e em espécie. É o milagre oligárquico da transformação da água!!!!

quarta-feira, outubro 14, 2009

PROFESSOR: PERSONAGEM TRÁGICA DA PÓS-MODERNIDADE




Com muito pesar tenho que admitir que vejo o professor contemporâneo como personagem trágica da Pós-modernidade. Por quê? Porque é a profissão que mais é afeta pelos impulsos das transformações globais em curso! Tudo que pode haver em termos de deslocamento, fluidez, afrouxamento, descrença pública da Ciência e esvaziamento de sentido passam pela sala de aula. Não só isso: o próprio lugar e o status dessa profissão não encontram mais referências estáveis, tão pouco positivadas. É um personagem cujas responsabilidades e cobranças se multiplicam, sem que haja um correlato reconhecimento dos seus serviços, sem que haja uma justa remuneração ao que lhe é cobrado.
Para ser professor, atualmente, o pretendente há que acumular um número considerável de títulos que, trocando em miúdo, implica anos e anos de cursos de graduação e pós-graduação, isto é, muito tempo de vida só para se formar. São 10 anos, no mínimo, para obter o doutorado.
No exercício de sua docência cumpre obrigatoriamente pesquisar, participar de seminários, congressos, simpósios etc. Estudar, fazer extensão, exercer curso de formação continuada, produzir e publicar artigos e fazer todos os serviços de secretaria que lhe forem atribuídos, com a implantação dos "relatórios eletrônicos, a saber, digitar nota, digitar falta, digitar conteúdo, digitar planos de aula; digitar prova, produzir aula em powerpoint, digitar texto para transparência etc. Essa carga de tarefas traz um sofrimento e desgaste que não tem como retorno reconhecimento, respeito nem ganho financeiro condicente.
No seu ambiente de trabalho é cada vez mais reduzido e destinado a uma posição secundária. Nela as relações sociais (típicas) vão assumindo formas estranhas e desfiguradas, sem que ele possa incidir sobre o curso das ações como sujeito, como produto e produtor do processo. Acaba figurando apenas como “produto”.

Ele é tragicamente arrastado e lançado nas convulsões da incerteza, das perdas de referências, na fluidez dos valores. Diante de qualquer crise educacional ele é lançado como o devedor e, portanto, o que deve ser punido!
As mãos do poder político e as mãos do mercado o aprisionam em uma pedra para ser imolado no experimentalismo e na produtividade. Os alunos, os pais dos alunos e os pedagogos o acorrentam na pedra para ser imolado pelas exigências por respostas e soluções para além de sua competência docente. Pais e pedagogos querem que ele seja deus e que tudo possa fazer, que tudo possa saber e solucionar. O pedagogo acha que sempre dispõe de uma técnica, um recurso a ser aplicado e o que falta é o professor adquirir novas habilidades e competências; portanto, o que falta é ele ser mais educador. Os pais querem que o professor, além do seu ofício, assuma as responsabilidades da família ("isto sem mencionar o que exigem da escola") e que seus filhos passem a ser pessoas maravilhosas a partir das aulas. Como se as escolas fossem substitutas das famílias.
Em todos esses olhos o professor é nitidamente desumanizado ou como deus ou ser bestial. Quando não, é fantasiado enquanto mágico. Mas nunca é percebido em sua condição humana e de cidadão, que o seu exercício profissional passa por garantias profissionais: salários, condições de trabalho, recursos etc. 

Falta a percepção de que o ensino-aprendizagem implica em relações sociais e disposições de poder, onde os sujeitos: professor, alunos etc., são portadores de vontades, interesses, limitações, projetos etc. Ninguém ensina nada a quem não quer aprender.
O exercício profissional minimamente digno implica proteger o profissional de humilhações, psicológicas, materiais e simbólicas. Essa proteção simplesmente não existe e cada vez mais professores são agredidos e executados por pais de alunos ou por alunos (a escalada da violência). Reconhecer que a educação integral não se realiza só com aulas na escola é reconhecer que vários são os responsáveis pela educação do ser humano e não só o professor. Ser professor é uma profissão e deve ser tratado igualmente como profissional em deveres e direitos, respeitando-se as especificidades decorrentes desse exercício profissional. 
O discurso que repetida vezes afirma que professor é pura devoção, doação... é hipócrita e demagógico. Quem vai sustentar e manter a família do professor? Como o professor vai ser competente sem ter como investir no seu aperfeiçoamento?
Arrumem outro culpado! Professor não é mágico!

terça-feira, outubro 06, 2009

DANÇA DOS LOBOS




RELAÇÃO DOS MÓVEIS: (DEPUTADOS ESTADUAIS) Afonso Manoel - Saiu do PSB ingressou no PMDB; Alberto Franco - Saiu do PSDB ingressou no PMDB; Antônio Bacelar - Saiu do PDT ingressou no PMDB; Arnaldo Melo - Saiu do PSDB ingressou no PMDB; Carlos Braide - Saiu do PDT ingressou no PMDB; Cleide Coutinho - Saiu do PSDB ingressou no PSB; Graciete Lisboa - Saiu do PSDB ingressou no PMDB; José Lima - Saiu do PSB ingressou no PMDB; Marcos Caldas - Saiu do PT do B ingressou no PRB; Paulo Neto - Saiu do PSB ingressou no PRB; Rigo Teles - Saiu do PSDB ingressou no PV; Rubens Pereira Júnior - Saiu do PRTB ingressou no PCdoB; Stênio Rezende - Saiu do PSDB ingressou no PMDB.

(DEPUTADOS FEDERAIS) Davi Alves Silva Júnior - Saiu do PDT ingressou no PR; Zé Vieira - Estava sem partido e se filiou ao PR.

NÃO É PROIBIDO MUDAE DE PARTIDO, MAS TEM QUE TER JUSTA CAUSA.


A legislação em vigor, Resolução - TSE 22.610/2007, com redação dada pela Resolução - TSE nº 22.733/2008. Prever que:
Art. 1º - O partido político interessado pode pedir, perante a Justiça Eleitoral,
a decretação da perda de cargo eletivo em decorrência de desfiliação partidária sem
justa causa.
§ 1º - Considera-se justa causa:
I) incorporação ou fusão do partido;
II) criação de novo partido;
III) mudança substancial ou desvio reiterado do programa partidário;
IV) grave discriminação pessoal.
§ 2º - Quando o partido político não formular o pedido dentro de 30 (trinta)
dias da desfiliação, pode fazê-lo, em nome próprio, nos 30 (trinta) subseqüentes,
quem tenha interesse jurídico ou o Ministério Público eleitoral.

No maranhão definitivamente o “MURO SE MOVE”. E OS OPORTUNOS MESMOS MODOS VOLUNTÁRIOS OU INVOLUNTÁRIOS DAS CONVENIÊNCIAS PESSOAIS DANÇAM COM FURROR.
Diz-se que as coisas se renovam na história, mas que não surgem do nada. Quem acredita que esses que aí estão serão os germes da nossa mudança?

domingo, outubro 04, 2009

VAI PARA LÁ MACACA




Algumas suspeitas e resistências trago desde a minha infância. Nunca acreditei naquele esquema que mostra a evolução da espécie humana. Sempre me intrigou o fato do bichinho começar todo torno e preto e depois que fica ereto automaticamente fica com a pele branca. Não que desacredite nos esforços científicos e, particularmente, na contribuição de Darwin. A evolução das espécies tem grandes méritos e serviu como fonte de inúmeras interpretações e teorizações que posteriormente foram surgindo. Nem Freud, nem Marx escaparam do evolucionismo.
Entre os equívocos surgidos nessa posteridade foi o mito, revestido de cientificidade, da evolução linear do homem, que teria tido como antepassados supostos macacos ou algo parecido. Isso tudo é reforçado pela semelhança entre o homem e chipanzé, cujas semelhanças genéticas chegam a 98%.
Tanto Lucy como, recentemente, Ardi alimentam esse mito, pois os seus defensores esperam achar todas as peças de uma cadeia evolutiva para comprovar uma base comum. Isto é, a vida humana seria resultado de uma evolução, e somente isso. Adi quando foi achada no início da década de dos anos 90 do século XX, encheu de esperanças os crentes da evolução, pois poderia resolver o enigma do elo perdido. Encontrando-se o elo perdido, as diferenciações posteriores, representadas pelos diversos galhos da árvore filogenética, explicaria a tal semelhança de 98%.
Esse mito esconde o essencial: a grandeza dos 2%. Como esse pequeno grande percentual não é pensado? Como não refletir sobre o potencial diferenciador de 2%, que resulta numa brutal diferença de condição e supremacia frente à natureza e na cadeia interativa? São os 2% mais gigantes e com maior conseqüência que se tem registro.
Para tristeza da crença cega do evolucionismo Ardipithecus (Ardi) não pode ser considerada essa chave para garantir que descendemos de macacos. Ela é só um tipo de macaca. Diz muito mais sobre gorilas e chipanzés do que sobre nós.
Vai para lá macaca. Eu não sou seu parente!

quarta-feira, setembro 30, 2009

ALVEJAR, COLEGIADO E MEIO-LIMPO




Um dos poucos mecanismos de participação direta do povo, a iniciativa popular, é de difícil efetivação e por isso tem dado bem pouco resultado. Na verdade foi feita com exigências para que o povo desista de querer ver sua vontade fixada em lei.
Ontem chegou no Congresso uma das poucas iniciativas populares efetivadas desde a entrada em vigor da Constituição de 1988, a iniciativa tenta impedir que pessoas com “ficha suja”: condenados e/ou denunciados sejam impedidos de concorrerem a cargos políticos eletivos. Essa iniciativa foi articulada pela CNBB, Movimento Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE), além de diversas organizações da sociedade civil.
A OAB já se pronunciou contrária à forma originalmente apresentada, alegando que o juiz de primeira instância pode errar, quer que a condenação só sirva para impedir a candidatura se for uma decisão colegiada, isto é, proferida por mais de um juiz.
Na forma original está previsto a denúncia do Ministério Público como motivo para também impedir a candidatura.
Sou a favor integralmente da moralidade e da transparência nos atos da Política, mas há algumas coisas que necessitam ser vista nessa questão.
Primeiro – o argumento da OAB beira o sinistro. Se o juiz de primeira instância não é confiável, então como confiar na justiça? Desembargadores vão julgar todas as demandas diárias para a justiça ter credibilidade? Como vão se efetivar essas decisões colegiadas diante do volume de casos? Todo cidadão que pretender ser candidato o seu processo vai passar a ter tratamento especial? Quem disse que decisão colegiada de desembargadores está isenta de vícios e outras coisas mais?
Basta lembrar que as denúncias ou processos dos pretendentes a candidatos não vão estar no mesmo ritmo de andamento. E se depois de ter sua candidatura impugnada o “réu” for inocentado. Não caberá uma ação indenizatória? Quem vai pagar ou reparar isso?
É preocupante o fato de se ter como critério para impugnação a denúncia aceita pelo Ministério Público, como garantia de imparcialidade absoluta. Por que o juiz de primeira instância pode errar e um promotor não? Aceitação de denúncia pelo Ministério Público já tem efeito condenatório?
Segundo – é totalmente agressivo o argumento de alvejar difundido pela Globo assume tons fascista na medida que generaliza o corpo parlamentar como “sujo” e quando promove a idéia de uma espécie de caça às bruxas.
Terceiro – o terrível vício corporativo e falta de compromisso com a vontade geral de alguns parlamentares, especialmente, Michel Temer – PMDB, presidente da Câmera que, sem perda de tempo, já se posicionou a favor de uma flexibilização. Outros parlamentares, menos notórios, mas igualmente eficientes, correm para criar dispositivas que gestem os candidatos fichas meio limpas. Será que é uma inspiração dos que comungam ser correto os 90% de honestidade?
Quarto – o maior perigo e mais devastador será todo o esforço e aspiração dos cidadãos não serem desrespeitadas por completo. Que sob argumentos da defesa das garantias individuais e dos princípios do Estado de Direito se perpetue o abrigo e a proteção a contumazes criminosos que agem garbosamente ao longo de décadas contra a vida pública, a coisa pública, os negócios públicos e a vontade geral.
Quinto – não se pode adiar a construção de barreiras a criminosos que usam a via eletiva como meio para pilhar o Estado e personificar o Poder Político.
O POVO DO CHAMADO MENSALÃO SERÃO ATINGIDOS SE A LEI NÃO FOR MUDADA.

sexta-feira, setembro 25, 2009

O ORÁCULO DE DIRCEU E A ESPADA DE DÂMOCLES




Em dia de visita e encontros (23/09/2009) o ex-ministro da casa civil, ex-presidente do PT, ex-Deputado Federal, ex-militante estudantil de esquerda José Dirceu falou despreocupadamente sobre a terra, a água e o ar. Falou da preservação ambiental, falou dos feitos do Governo Lula sempre utilizando o pronome de tratamento na primeira pessoa do plural: NÓS, etc.
Falou de sua biografia, seu retorno clandestino ao Brasil e que logo que chegou pensou em investir na agricultura (acho que quis ser fazendeiro), mas desistiu do negócio agrícola com medo falir. Porém, logrou êxito em se casar com uma dona de boutiques, passando a ser chamado de “Pedro Caroço” (personagem de uma canção que tem um refrão que diz: “ele está de olho é na boutique dela, ele está de olho é na boutique dela”).
Enfim, deixou claro que o cenário desejado aqui no Maranhão para a candidatura de Dilma é uma aliança PT-PMDB, mas disse que o PT – Maranhão vai ser respeitado na sua autonomia.
No meu humilde olhar de leigo e des-filiado involuntário, faltou platéia, faltou mais objetividade no debate, particularmente diante da proximidade do PED.
O PED vai dar algumas medidas de cálculos em termos de alianças e candidaturas para o pleito eleitoral de 2010. No Maranhão a situação eleitoral do PT não é uma das melhores e está assumindo a condição de partido nanico, com baixo número de vereadores, prefeitos e deputados estaduais e federais.
Essa situação não é só incômoda, mas também estranha, pois nenhum outro partido no Maranhão tem uma militância como a do PT, cujo engajamento é notório, mas o rendimento eleitoral do partido não é nada maravilhoso. A maioria dos candidatos não consegue atingir a margem de mil votos. O que há? Já que inúmeros petistas estão envolvidos em movimentos sociais e entidades classistas? Falta de recursos? Falta de mobilização? Falta de capital social? Falta de organização de campanha? Falta de material publicitário adequado? Ou é rejeição do eleitorado? Falha de comunicação com as massas e estratos sociais médios? Falta de objetividade e clareza nas propostas?
Considero como problemas graves: 1- atomização desencadeada pelas tendências que, no embate para fora do PT, acabam agindo sozinhas, o que resulta num baixo desempenho e fragilidade frente aos opositores massivamente mobilizados em blocos; 2- falta clara de algo que caracteriza qualquer partido: lógica do projeto, ocupar o centro poder; 3- Falta de coordenação geral, de agregação cooperativa; 4- falta de estratégias e compromissos compartilhados por todas as tendências; 5- fragilidade organizacional presente no interior das tendências, várias estão rachadas; 5- Excessivo personalismo das proposições, complementado por baixo nível de objetividade; 6- Falta de consenso e trabalho conjunto de projeção de nomes para torná-los eleitoralmente competitivos; 7 – a crença no auto-isolamento da política nacional acompanhada de uma impossibilidade de tradução (ninguém consegue entender bem o que é, como é ).
Enfim, Zé passando por nossos jardins... Enquanto o PT-MA fica sob a espada de Dâmocles.

quarta-feira, setembro 23, 2009

SUCESSÃO: coisas já ditas




“O jogo ainda está muito aberto, mas sem Ciro o Serra cresce muito, se o PT não acordar que Ciro é o candidato que mais divide voto com Serra, as coisas vão ficar inviáveis para o PT. Até agora Lula tem apostado que em 2010 vai ser uma escolha entre os feitos do seu governo e os do PSDB, mas o eleitorado talvez não seja tão linear na sua leitura e passe a cobrar de Dilma aquilo que ela não tem, tão pouco é certo que os feitos do governo Lula possam ser traduzidos como Dilma. Até agora os números indicam que a ausência de Ciro na disputa presidencial é perigosa a existência de um segundo turno.” Postei esse comentário dia 16/08/2009 no blog:
http://ethospolitico.zip.net/arch2009-08-16_2009-08-31.html

Os números da pesquisa Ibope/CNI divulgados hoje (terça-feira 22/09/2009) possibilitam repetir essa observação sobre as necessidades estratégicas do presidente para garantir um sucessor de dentro da sua base partidária.
Os números atuais:
1- Cenário: Serra (PSDB) 34%; Ciro (PSB) 14%; Dilma (PT) 14%; Heloísa (PSOL) 8%; Marina (PV) 6%.
Agora é a vez de trocar os anéis pelos dedos!

terça-feira, setembro 22, 2009

ÍNDIO NÃO QUER SÓ TOMADA




Mais um seqüestro-manifesto feito pelos índios Guajajaras em busca de direitos. Desta vez a reivindicação é por energia elétrica.
Apesar de o Estado reconhecer a diferença étnica e cultural, os índios são nacionais e o Brasil nunca aceitou a tese de um Estado multinacional. No entanto, os índios ainda não gozam nem da metade dos direitos assegurados aos demais cidadãos brasileiros. Especialmente aos serviços básicos e essenciais. No Maranhão, esse quadro, com tantos outros relacionados aos direitos de cidadania, é ruim.
O absurdo dessa situação é o volume de recursos federais destinados ao Maranhão para o programa “luz para todos”. Mesmo as redes elétricas passando próximas as aldeias, os governos nunca enxergaram os índios como portadores desse direito. Para completar o inexplicável absurdo o presidente da Cemar disse que a culpa são das “pontes, que não agüentam os carros cheios de postes”. Quem disse que os postes só podem ser transportados de caminhão ou os caminhões só podem transitar cheios? A questão é o descaso e a invisibilidade imposta aos direitos dos indígenas. Assim, esse nacional vai permanecendo sem face cidadã.

sexta-feira, setembro 18, 2009

Maranhão subiu em 2008 ?



SEGUNDO O IBGE, O MARANHÃO CRESCEU EM DIVERSOS INDICADORES QUE COMPÕEM O PNAD (PESQUISA NACIONAL POR AMOSTRA DE DOMICÍLIO). A ILUSTRAÇÃO MOSTRA UM CONJUNTO DE ITENS EM QUE O MARANHÃO APRESENTA CRESCIMENTO EM QUASE TODOS. O PNAD - 2008 VAI SER UM BOM COMBUSTÍVEL PARA AS CAMPANHAS ELEITORAIS DO PRÓXIMO ANO.

É DE DIFÍCIL CREDIBILIDADE AS ANÁLISES QUE IGNORAM OS PONTOS POSITIVOS E DESTACAM OS PONTOS NEGATIVOS COMO SE FOSSEM OS ÚNICOS VÁLIDOS. ORA SE NOS PONTOS NEGATIVOS A PESQUISA É ACEITA COMO VÁLIDA, IGUALMENTE DEVE SER VÁLIDA PARA OS ASPECTOS POSITIVOS. A PESQUISA VALE OU NÃO VALE NO SEU TODO.



TEVE ALTA NA REDE DE ESGOTO, ENÉRGIA E ÁGUA OU NÃO TEVE? ACREDITAR OU NÃO NOS NÚMEROS DO IBGE.

sábado, setembro 12, 2009

LULA: TIRO CERTO






LULA: TIRO CERTO

Ao lembrar a quem cabe a responsabilidade de Chefe de Estado e Chefe de Governo, o Presidente da República teve uma atitude necessária e responsável enquanto comandante in chefe das Forças Armadas. Não é papel dos comandantes militares estarem fazendo debate em público com viés de lobby. A compra de equipamentos bélicos não está resumida ao seu rendimento, a sua eficiência destrutivamente material e ao preço, tem que trazer também rendimento político. A questão crucial é o domínio tecnológico e possibilidade de consolidar autonomia de defesa.
Imaginemos os belos equipamentos vendidos pelos USA, que após a venda ficaram congelados pelas restrições impostas e aprofundando a dependência do país em termos tecnologia bélica. O Brasil não só ficará paralisado nas atualizações dos equipamentos como também impossibilitado de reocupar espaço do mercado bélico. A FAB ainda não produziu caças de combate com alta tecnologia porque os governos de Fernando Henrique e Collor desmontaram ou privatizaram importantes empresas bélicas nacionais: Embraer etc.
Outras entraram em falência devido a sucessivos calotes, caso da Engesa, que ficou sem receber do Iraque, que era patrocinado pelos USA. A Engesa era uma empresa que dotou o Exército de excelentes equipamentos de combate terrestre, como tanques de 120 mm etc. Acabou sendo vista como uma ameaça aos negócios americanos e ingleses. Depois disso o Brasil passou a amargar uma total dependência e desatualização bélica tecnológica. Lula é o primeiro presidente civil pós-1885 a perceber a importância das Forças Armadas para garantir a integridade territorial e a nossa autonomia política, evitando constrangimentos de forças externas.
Veja mais
AQUI PORQUE NÃO PRECISAMOS DOS CAÇAS “BARATOS” AMERICANOS.

segunda-feira, setembro 07, 2009

UM SORRISO AINDA PRESENTE








Muitos esforços intelectuais já foram feitos para explicar as origens do totalitarismo, mas sempre resta um furo, um questionável espanto. O que mais potencializou o totalitarismo como espanto foi e ainda é, no nosso modesto entendimento, o local de origem, isto é, ONDE ele se originou. O espanto EGOcêntrico, o sujeito que tem dificuldade de olhar seu rosto no espelho e tão pouco é capaz de suportar a sua imagem interior. A EUROPA que, no ápice de sua supremacia mundial, pôde justificar todas suas formas de violências praticadas recorrendo às ideologias da superioridade cultural e civilizatória em relação aos demais povos do Mundo, especialmente contra os povos das Américas e África.
A violência e o horror praticados para fora do seu continente eram facilmente digeridos diante da fé que os outros eram selvagens, bárbaros, bestiais ou, simplesmente, hereges. Bastava pensar que era um mal necessário as chacinas no Novo Mundo e África, pois tais seres ainda estavam em um estágio inferior da evolução humana. As sangrentas guerras intestinas sempre se legitimaram na honra e, em boa parte, serviram de moeda no mundo dos cavaleiros e dos feudos.
O mundo moderno surgiu como a concretização evolutiva civilizatória, sob a áurea da imaculada racionalidade. Pois foi nesse mundo iluminado que germinou a mais furiosa flor do mal: o totalitarismo nazista. A violência esteticamente sistematizada, ensaiada e propagandiada. Uma racionalidade instrumentalmente a serviço da violência e do horror. Porém, o mais agravante é que os frutos da furiosa flor do mal vingaram, sua polpa se inseriu no mais profundo do tecido civilizatório ocidental. O horror e a cultura fascista conseguiram sobreviver mesmo com o fim dos Estados e regimes nazistas e fascistas. Para Félix Guatarri o fascismo em todas as suas formas sobrevive no micro poder, nessas territorialidades como a família, a escola e o partido. O partido, por já ser vulnerável à produção de oligarquias, tem sido uma morada fértil de fascismo no mundo das democracias representativas/eleitorais.
No mundo das democracias e, principalmente, das novas democracias o fascismo jorra no interior dos partidos, sob as formas mais diversas e constrangedoras possíveis, atitudes que vão dos insultos diários aos bizarros atos de DESFILIAR correligionários na calada da noite. Tudo isso faz o sorriso de Hitler sobreviver entre nós!

quarta-feira, setembro 02, 2009

TUCANO COM ESPÍRITO DE ÁGUIA



Algo estranho impregna a postura do tucanato quando a questão envolve soberania, nacionalismo, Estado e coisa pública. O tucano PSDB tem um apego cego ao capital, às grandes empresas e aos interesses americanos. Fazem qualquer coisa que agrade a política estratégica regional dos americanos.
Como se não bastasse o excessivo liberalismo imprimido nos 08 anos de governo de FHC e o equívoco recorrente de contrapor, de forma artificial, Estado e iniciativa privada, o PSDB ataca o controle do Estado Brasileiro sobre as jazidas do pré-sal, para eles não basta a parceria na exploração, querem reeditar o que fizeram com Carajás, privatizando não só a empresa Vale, mas também o subsolo, absurdo e falta de visão estratégica e total irresponsabilidade diante dos interesses nacionais.
Trata-se do mais puro entreguismo e falta de compromisso cívico. O PSDB defende a tese de País sem interesses nacionais, sem estratégias geopolíticas. Enfim, uma nação sem nenhum interesse e projeto próprio. A postura de entregar o pré-sal ao controle privado de forma irrestrita é totalmente irresponsável e antipatriótico. Estão agindo como lobistas dos interesses americanos.
O petróleo é umas das maiores matrizes energéticas do planeta e uma matriz em declínio, caminhando para uma crise de produção. Os países mais ricos há anos buscam manter a produção mundial sob seu controle, esforço que não tem se limitado em estabelecer o monopólio através de suas multinacionais – hoje todo o petróleo do mundo é explorado por apenas setes empresas, mas também através de ações militares, vide as guerras do Iraque e do Afeganistão.
O Brasil deve manter o controle sobre as jazidas e converter isso em moeda diplomática e financeira para assumir uma posição mais privilegiada no cenário mundial.
Como o PSDB pode defender res publica se não existem coisas e interesses públicos definidos e vinculados aos objetivos de uma sociedade política? Elementos que são essenciais e estratégicos não podem ficar fora da coisa pública.

quarta-feira, agosto 26, 2009

O CARTÃO VERMELHO E EFEITO BORBOLETA





“Só agora a ficha caiu”, um flashback ou efeito ressaca... Ficou difícil definir a ação do senador Suplicy nos últimos dias, mas certamente é fruto do desgaste junto ao seu eleitorado em São Paulo. Essa é a questão, os senadores petistas mais conhecidos e com maior espaço dentro do Senado são Mercadante e Suplicy e seus eleitores são do estado que apresenta o maior índice de reprovação à permanência de José Sarney na presidência do Senado. O apoio do PT ao arquivamento dos processos já começou a render negativamente na base dos seus parlamentares, eles estão perdendo credibilidade nos seus estados. Para piorar a questão, a crise do Senado está assumindo o ranço regionalista, principalmente quando nordestinos e nortistas, repetidamente, colocam-se na defesa de José Sarney.
O senador Suplicy, entre tantas coisas, tem que se explicar quanto à censura ao jornal Estadão, um dos ícones paulista. O ethos bandeirante não suporta se sentir inferiorizado, principalmente em relação a outros estados da federação, ainda mais se esses estados são sustentados pela União, a exemplo do Amapá.
Ontem o senador Suplicy não deu um cartão vermelho, na verdade repassou o cartão vermelho que vem recebendo de sua base. A estratégia de ficar quase mudo nos momentos anteriores ao arquivamento das denúncias são surtiu efeito e o prejuízo está instalado.
Perguntinha besta: O senador Suplicy não foi um dos parlamentares que assinou um documento apoiando a Fundação Sarney para que a mesma continuasse dona de um prédio público... (?) Se fez... Por que não diz quem o pediu para assinar tal papel (?)
O SENADO HÁ MUITO SE FEZ DESNECESSÁRIO DIANTE DO PACTO FEDERATIVO QUE TEMOS.
A Tv Senado é hoje o maior canal de entretenimento: show de variedades, reality show, comédias e piadas.

segunda-feira, agosto 24, 2009

JACUS

*

Mais um ótimo reality show na TV senado. Durante um longo discurso sobre os 55 anos do suicídio de Getúlio Vargas e o centenário da morte de Euclides da Cunha, o senador José Sarney deu um aparte ao senador Eduardo Suplicy que, de uso da palavra, disse que os senadores estavam na condição de jacus, pois o arquivamento das denúncias não tinha resolvido a crise do Senado e disse ao senador Sarney que não se sentia esclarecido sobre as diversas denúncias. Lembrou que o arquivamento não é a resposta que a sociedade brasileira aguardava... Na verdade, o senador de São Paulo, Eduardo Suplicy, componente da base aliada, está sinalizando que nem tudo são flores na base do governo, muito menos no PT.
O senador Sarney rebateu dizendo que estava surpreso com a falta de educação do senador Suplicy e que o mesmo estava maculando a memória de Euclides da Cunha.
Algo não foi posto na chamada “pizza” ou no “jantar”!

* FOTO RETIRADA DO GOOGLE IMAGENS.







CRIATURA CONTRA A CRIADORA



A disputa sem pressupostos, ou melhor, sem um mínimo de limites está avançando no cenário partidário nacional. Vide a atual situação de Heloísa Helena no PSOL. O partido de Heloísa, pretendendo lançar candidatura própria à presidência da república, já montou um discurso de demolição e desqualificação contra Marina Silva, o que a desagradou. Heloísa não tem o mesmo entendimento e considera Marina um grande nome da esquerda brasileira. A própria Heloísa estaria sendo posta como uma militante não autêntica ou não puro-sangue. O que seria essa pura e autêntica esquerda? Será que uma sigla pode reivindicar tal exclusividade? Será isso propriedade de alguém? No mínimo, isso é fruto de concepções que não admitem pluralismo.
Mas essa onda de disputa sem limites, que engendra qualquer forma de recurso e ação para obter vantagem diante dos adversários, já está implantada em outras legendas, principalmente, as de direita, vide o emBate recente entre DEM, PMBD etc. no Senado.
Marina Silva tem sofrido ataques de alguns petistas que, ignorando sua militância e serviços no Partido dos Trabalhadores, tentam jogar a senadora em uma vala comum da indigência político-partidária brasileira. Esse vale-tudo é antes de tudo antidemocrático e perigoso, pois transforma o campo da disputa em um espaço da execração, eliminação, chantagem e perseguições. O espaço da política perde sua condição de espaço da civilidade e se enterra no âmbito da violência.
“SÓ NÃO MUDA DE IDÉIA QUEM NÃO TEM IDÉIA.”
“TRISTE NÃO É MUDAR DE IDÉIA, MAS NÃO TER IDÉIA”.

quinta-feira, agosto 20, 2009

O INDIZÍVEL OBSCURO NORMAL




O conceito de normalidade é para lá de relativo.
Hoje o senador Sarney deu um de seus mais sinceros pareceres sobre o Senado: “Acho que vai normalizar a casa”. Concordo plenamente com isso, mesmo não sendo para mim um motivo de orgulho. A casa, exatamente isso (casa), vai voltar ao seu normal. Totalmente normal na sua falta de transparência e povoada de incomuns, que não estão sob as próprias ordens que elaboram.
Durante meses o Brasil assistiu pela TV algo que parecia novo, mas os tons dramáticos já revelavam o seu caráter novelesco. Hoje foi possível ver que era ficção, uma mescla de reality-show e tele-novela mexicana. No mesmo instante ficou claro que o senador-presidente-do-senado jamais foi um ser excepcional anacrônico e descompassado na política brasileira. Está evidente que é só mais um. A sinergia foi total entre as legendas e políticos de todo o Brasil.
Fica também a grande sentença do senador Duque (terceiro suplente): “não me importo com opinião pública”.

domingo, agosto 16, 2009

Comendas do comendador



E assim os dias passam... O nome crise já está ficando desgastado etc. Mas também muitos políticos estão desgastados, com suas imagens para lá de ridicularizadas na internet (blogs, e-mails, etc.), nos jornais e nas televisões. O resultado de algumas vitórias pessoais pode se revelar um peso negativo ao desempenho eleitoral da candidatura governista à Presidência da República.
A última pesquisa Datafolha mostra uma Dilma “estável” e um Serra que se mantém bem a ponta nos colégios eleitorais de maior volume. Em São Paulo a diferença serrana chega a 40 pontos em relação à Dilma. Se aumentar sua diferença no Rio e em Minas o tucano só vai precisar permanecer próximo aos índices atuais no norte, nordeste e centro-oeste que será o próximo presidente. Chances de crescer no Rio e em Minas existem. Em Minas isso vai correr quando Aécio se retirar enquanto candidato à Presidente e fecha apoio a sua legenda. No Rio a aliança com Gabeira tende a favorecer Serra.
O jogo ainda está muito aberto, mas sem Ciro o Serra cresce muito, se o PT não acordar que Ciro é o candidato que mais divide voto com Serra, as coisas vão ficar inviáveis para o PT. Até agora Lula tem apostado que em 2010 vai ser uma escolha entre os feitos do seu governo e os do PSDB, mas o eleitorado talvez não seja tão linear na sua leitura e passe a cobrar de Dilma aquilo que ela não tem, tão pouco é certo que os feitos do governo Lula possam ser traduzidos como Dilma. Até agora os números indicam que a ausência de Ciro na disputa presidencial é perigosa a existência de um segundo turno.
A novidade Marina pode crescer nos grandes centros, principalmente se assumir um discurso enxuto e “calmo” de oposição, numa alternativa de candidata feminina a Dilma e a Heloisa.
Heloisa Helena permanece na faixa de 12% das intenções de voto, principalmente levando em consideração que ela não tem tido espaço na mídia. Revela bem a faixa dos que não simpatizam com o governo Lula. H. Helena pode ser canalizadora do voto útil, caso haja um segundo turno, o que acabaria sendo mais benéfico ao candidato Serra do que à candidata Dilma. Se o PSOL buscar ampliar suas alianças pode obter um peso eleitoral maior e passar a ser uma grande referência nacional de oposição, seja em um governo petista ou tucano, potencial a candidata tem demonstrado para produzir esse efeito. Doze por cento, sem nenhuma exposição massiva na mídia, é algo muito bom.
A tabela agora é seguinte, segundo datafolha: Serra 37%, Dilma 16%, Ciro 15%, Heloisa 12%. Nesse cenário, tanto a saída de Ciro quanto a de Heloisa cria um situação melhor para Serra.
Vamos ver, depois do festejo do comendador, se a salvação do comando do Senado está combinada com o sucesso da sucessão PRESIDENCIAL. A casa vai bater durante toda a semana.

quinta-feira, agosto 13, 2009

A guerra dos mundos e a demarcação para uma cova



Os “vossa excelência” sabem fazer ajustes inimagináveis para qualquer mortal. Cada um desses senhores conhece o ponto para apontar o dedo. A gratuidade da fúria é totalmente proporcional ao preço da calmaria. Vice versa ou tanto faz! Todos tem a ganhar e a perder. Mas o prolongamento da “crise” no Senado já fez o preço subir mais para uns do que para outros. A defesa do presidente do senado, encabeçada pelo governo, já ultrapassou o limite, entrou no “chegue especial”.
Para a conta estão indo altos juros: o PT certamente terá sérias dificuldades para eleger dois senadores em São Paulo e nos demais estados da região sudeste. Por outro lado, a candidatura de Dilma, que não consegue espaço na mídia para divulgações positivas, começa a sofrer recuos de popularidade. O lulismo é só de Lula, não é transferível a ninguém. Enfim, Dilma não é Lula.
Serra, como se não quisesse nada, vai repetindo os malefícios do cigarro, falando de fumaça como se fosse a descoberta da pólvora, porém se mantendo no centro de um debate nacional que não oferece riscos. O contrário da situação de ter que defender nepotismo e relativizar transparência e impessoalidade.
No Brasil, o fazer da “política” tem acontecido através de várias mãos e uma pá muito eficiente. Quem pega na pá primeiro permanece para consolar a eterna viúva.

segunda-feira, agosto 10, 2009

Os relativamente calados, os absolutamente silenciosos e os berrantes



Causa estranheza ver que na frente do pelotão de defesa/ataque do senador José Sarney não tenha nenhum senador maranhense. Será que a manifestação dos atuais senadores maranhenses não soma a seu favor? Até agora não ouvi ninguém usar a tribuna nem para fazer algumas considerações favoráveis, destacar pontos omitidos pelos opositores etc. Não digo uma defesa apaixonada ou furiosa, mas uma minimamente de solidariedade e que exemplificasse que os demais senadores não são tão diferentes dele. Que silêncio é esse?
Esse silêncio também é percebido na Câmara onde também habitam tantos outros aliados maranhenses. Por que os deputados federais que sempre buscaram apoio junto à família Sarney não estão se pronunciando para dirimir dúvidas ou mostrar pontos controversos sobre as acusações que o senador vem recebendo? "Que é que é isso", companheiro?
Por outro lado, na Câmara, o deputado Domingos Dutra, em sintonia com a oposição a Sarney no senado, soltou sua voz, como sempre fez no período eleitoral, e o atacou sem recorrer a uma linguagem mais técnica, sem se preocupar em fundamentar seus argumentos, sistematicamente, em princípios de ordem republicana ou democrática, ou do ponto de vista legal... preferiu migrar para os fundamentos da biologia, melhor dizendo, para a fisiologia animal. Comparou o presidente do senado ao camaleão.
Mais uma vez a oposição maranhense ao senador Sarney demonstra não saber explorar as oportunidades em prol dos seus objetivos. Ao comparar o senador Sarney a um camaleão aumentou a mística sobre o mito de sua invencibilidade e de sua capacidade de sempre se safar.
Por que? Porque: “Na simbologia africana, o camaleão é um animal sagrado, visto como o criador dos primeiros homens. Nunca é morto, e quando é encontrado no caminho, tiram-no com precaução, por medo do trovão e do relâmpago.”
Entre os ioruba é contado que Olorum enviou o camaleão em seu lugar para participar de um desafio proposto por Olocum. O resultado foi um empate. O camaleão também aparece ligado ao mito da criação, um mensageiro (ligação entre o humano e sagrado) etc.
Infelizmente o deputado foi plantar seus pés numa historiografia que ignora as culturas africanas. Ruim para o deputado que é um afro-descendente, legítimo filho de uma comunidade quilombola.
Diante do status quo que busca garantir sua sobrevivência na passionalidade, na conveniência, o melhor é insurgir-se com base na racionalidade crítica e virtude cívica.
Enquanto isso... Serra, nos marcos dos bandeirantes, anima suas chances. Veja aqui:
http://www1.folha.uol.com.br/folha/pensata/sergiomalbergier/ult10011u605791.shtml

sexta-feira, agosto 07, 2009

ESQUECIMENTO TEM PERNA LONGA



Quem nunca se esqueceu? Eu não me lembro do que fiz nos cinco milésimos depois que liguei o notebook. Não se pode exigir que um senhor idoso tenha que se lembrar de tudo. Os esquecimentos são também moldadores da memória, no que tange a seletividade.
O perigo é quando uma sociedade inteira passa a adotar o esquecimento como parâmetro de idoneidade. Eu mesmo não sei o que é isso!
Vou ver um saci andando de skate no jardim. Para esquecer!

quarta-feira, agosto 05, 2009

OS PROSÉLITOS NÃO DISFARSAM MAIS


No Maranhão, o campo da disputa eleitoral está assumindo uma nova configuração. Pela primeira vez a tradição do favoritismo eleitoral de quem está no governo do estado aparece seriamente abalada. Por outro lado, dessa vez não há nenhum clima para começar a campanha dizendo que vai vencer no primeiro turno. Truque gasto e perigoso!
Porém, os servos voluntários já começam a justificar a falta de visualização da rotação da lua e a manutenção do mandonismo através da queda de um asteróide em Vênus. Ou porque Jackson e José Reinaldo são iguais. Isto é, temos que aceitar porque esses senhores não são diferentes. Como se só essas duas pessoas existissem no campo político maranhense.
Essa tentativa de convencimento é igual à lógica do feirante que tenta convencer a dona de casa a levar o tomate podre porque é mais barato.
Isso tem derrubado algumas máscaras de independência e imparcialidade, deixando bem visíveis as faces desses prosélitos do atraso, do nepotismo e da amputação da liberdade. São críticos de mera conveniência e vaidade pessoal, tomados de egolatria. São indivíduos que não possuem nenhuma virtude cívica, postura democrática e compromisso público, mas muito oportunismo.
O que está por trás de alguns desses mascarados é a veneração servil aos poderosos.
Mas graças à liberdade dada pela internet, dezenas de blogues - de pessoas comuns e que não são a última palavra em tudo - estão combatendo a continuação da tradição mandonista.
Esses blogues são nitidamente diferentes daqueles textos anacrônicos, que são produzidos por pessoas que se arrogam detentoras da exclusividade da expressão. Essa gente é incomum mesmo, pois são dotadas de inteligência servil e produtividade reacionária. Não por menos, são apreciadores da embriaguês do vinho de migalhas dos poderosos.
Viva os apreciadores da liberdade!
Foto: filme jogos mortais



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