Ontem
fui, em romaria, até São José de Ribamar, dia da romaria dos Motoqueiros
(17 de setembro de 2011). Segue agora a descrição de uma caminhada cruciante.
O
primeiro fato constado: A irresponsabilidade pública dos Governos estadual e
municipais para com a Romaria dos Motoqueiros foi total. Como ato popular de
massa merece ter um o mínimo de respeito por parte das “autoridades”. Além do
direito de expressão que lhes é dado pela Constituição. A romaria dos motoqueiros é totalmente
legítima.
O barulho
das descargas das motos é outra questão (algo que pode ser equacionado), não
invalida a legitimidade do ato. O certo é que esse ato precisa receber o
respeito e as garantias que cada um dos motoqueiros carrega como cidadão e
também todas as garantias devidas às coletividades e suas formas de manifestação.
Quem
estava lá constatou a falta de policiamento e disciplinamento do trânsito em
conformidade com as exigências do evento.
Não houve a devida e necessária organização e sinalização do trânsito,
além da falta dos policiais militares. Logo na rotatória da Forquilha vans e
ônibus se lançaram entre a multidão de motoqueiros que avançavam para a MA 201.
O
segundo fato constatado: As calçadas estão cheias de buracos, melhor dizendo, caixas
coletoras das sarjetas estão sem tampa. Isto é, você subitamente pode despencar
dentro de um buraco desses. Com sorte vai só fraturar o pé ou a perna. Isso é
uma Rodovia estadual e que deveria já ter recebido um melhoramento. Principalmente
agora com o surgimento de vários condomínios ao longo da mesma. Mas, como tudo que é prioridade para o povo,
o Governo estadual não ver e nem se esforça para tal.
O
terceiro fato constatado: Falta de policiamento ao longo do trajeto até São
José de Ribamar. Das 23h37min (do dia 17/09/2011) às 03h30min (do dia 18/09/2011)
não vi e não passei por uma única viatura da polícia. Isto é, não foi destinado
nenhum policiamento que pudesse dar mais segurança aos romeiros. A única
viatura que vi foi já na sede do município de São José de Ribamar. Pois bem,
vamos ao detalhe dessa irresponsabilidade em termos de segurança pública: após
o viveiro Tracoá a caminhada virou um atentado contra a vida. Bandidos de toda
ordem povoavam as margens da pista, escolhendo ao bel prazer suas vítimas.
Vi
quatro senhoras idosas (entre 60 – 65), acompanhadas de dois menores em cena de
puro desespero. Cada uma delas segurava uma vareta para se defender. Pode? Você
acredita que esses que estão aí no poder carregam algum sentimento de
responsabilidade pública? Você acredita que há alguma expressão de bondade nos
espíritos delas?
Mas
isso não foi tudo. Logo em seguida me
deparei com dois assaltantes que se aproveitavam de um muro para surpreender os
romeiros. Fui salvo por uma leva de motos que surgiu na estrada, retornando de
Ribamar, evitando que eles chegassem até mim.
Logo em seguida apareceram dois desses senhores do crime querendo saber: primeiro, que horas eram (?), segundo, se eu estava indo para Ribamar(?) e terceiro, se eu tinha celular (?). Aí me veio a ideia de
arrumar a garrafa de água que estava na cintura e disse a eles que estava sem nada. Eles
ficaram parados só olhando. Nunca foi tão útil andar com uma garrafinha térmica
na cintura. Depois disso tive que arrumar forças para correr uns 300 metros. A
saga não terminou aí. Logo que cheguei na sede do município, depois do Liceu
Ribamarense, quase fui atropelado por um bando de rapazes que perseguiam outros.
Detalhe, a molecada estava com facas, canivetes e uma arma de fogo.
Quando
cheguei perto da igreja retirei o celular de dentro da calça e liguei para os meus amigos que
tinham ficado para trás. Logo em
seguida, já voltando de carro, encontrei com eles e fui contar o que tinha
presenciado. Enquanto contava o acontecido avistei dois familiares meus, ambos nervosos,
assombrados... Perguntei o que tinha ocorrido etc. Resposta: “Fomos assaltados
por três caras”!
É
assim. Não nos respeitam enquanto cidadãos, católicos, motoqueiros etc.
Simplesmente não nos respeitam de modo algum. Na verdade eles nos odeiam. Não
gostam dos católicos, dos motoqueiros etc., mas deviam ter uma mínima
consideração para com os que trabalham, pagam impostos e vivem honestamente. Esperar
isso desse tipo de gente é puro sonho. Pois eles estão nos ares, passeando de
helicóptero.
Essa
gente não tem mérito algum, a não ser o de pilharem o Estado. Os gozos e os deleites
deles não passam, não passam de usurpações do suor de pessoas honradas como as
velhinhas aterrorizadas, que seguravam gravetos para se defenderem.
Honestidade
no Maranhão virou desonra. O lema agora é: Seja probo, seja bandido!