Esse sistema eleitoral virou um atentado contra a democracia. As eleições proporcionais não estão garantindo a pluralidade democrática, mas estão servindo para manter verdadeiras gangues ocupando as cadeiras do parlamento. Que seres são esses que dizem nos representar? Quem os elegeu contra nós?
São facções totalmente distanciadas do interesse público, guiadas por interesses corporativos, sem atender às demandas de interesse geral e na defesa dos cidadãos com menor gozo das garantias civis, políticas e sociais formalizadas.
A presença constante dessas facções no Parlamento está diretamente relacionada à capacidade de manter uma clientela eleitoral. Assim vão conseguindo sucessivas vitórias eleitorais, mesmo que a grande maioria da população os rejeite.
Esses supostos "parlamentares", do ponto de vista político, são indivíduos que não concretizam a condição de representação enquanto vontade coletiva, porque não estão vinculados às causas públicas.
São eleitos sem constituir maioria significativa, beneficiados principalmente pela fórmula atualmente adotada de rateio das vagas, que tem produzido abusivamente sobre-representação e sub-representação parlamentar.
Sem extinguir esse modelo atual de distribuição das vagas e o critério de participação na distribuição, vai ficar cada vez mais rotineira a existência de bancadas sem a aprovação da maioria dos eleitores, compostas por indivíduos totalmente estranhos e desaprovados pela grande maioria dos cidadãos. Verdadeiros ilegítimos representantes de fato.
É preciso buscar combinar a garantia da composição pluralista do Parlamento com um sistema de eleição e distribuição de vagas pautado em formação de maioria qualificada. Algo como combinar percentual mínimo de votos nacional, eleições majoritárias plurinominal. Desse jeito é que não pode continuar...