Algumas suspeitas e resistências trago desde a minha infância. Nunca acreditei naquele esquema que mostra a evolução da espécie humana. Sempre me intrigou o fato do bichinho começar todo torno e preto e depois que fica ereto automaticamente fica com a pele branca. Não que desacredite nos esforços científicos e, particularmente, na contribuição de Darwin. A evolução das espécies tem grandes méritos e serviu como fonte de inúmeras interpretações e teorizações que posteriormente foram surgindo. Nem Freud, nem Marx escaparam do evolucionismo.
Entre os equívocos surgidos nessa posteridade foi o mito, revestido de cientificidade, da evolução linear do homem, que teria tido como antepassados supostos macacos ou algo parecido. Isso tudo é reforçado pela semelhança entre o homem e chipanzé, cujas semelhanças genéticas chegam a 98%.
Tanto Lucy como, recentemente, Ardi alimentam esse mito, pois os seus defensores esperam achar todas as peças de uma cadeia evolutiva para comprovar uma base comum. Isto é, a vida humana seria resultado de uma evolução, e somente isso. Adi quando foi achada no início da década de dos anos 90 do século XX, encheu de esperanças os crentes da evolução, pois poderia resolver o enigma do elo perdido. Encontrando-se o elo perdido, as diferenciações posteriores, representadas pelos diversos galhos da árvore filogenética, explicaria a tal semelhança de 98%.
Esse mito esconde o essencial: a grandeza dos 2%. Como esse pequeno grande percentual não é pensado? Como não refletir sobre o potencial diferenciador de 2%, que resulta numa brutal diferença de condição e supremacia frente à natureza e na cadeia interativa? São os 2% mais gigantes e com maior conseqüência que se tem registro.
Para tristeza da crença cega do evolucionismo Ardipithecus (Ardi) não pode ser considerada essa chave para garantir que descendemos de macacos. Ela é só um tipo de macaca. Diz muito mais sobre gorilas e chipanzés do que sobre nós.
Vai para lá macaca. Eu não sou seu parente!