Foto: Francisco Araujo |
Até agora as preocupações sobre a Copa são de ordem de engenharia, precisamente sobre as construções dos estádios. Não é para menos. Futebol é jogado em um campo e, em futebol profissional, ele fica no interior de um estádio. Ok. Tudo bem! Mas um evento dessa magnitude tem que oferecer muito mais de estrutura. Ou será de infraestrutura?
As condições de funcionamento da Copa estão para além dos estádios e os problemas emergem a todo instante. No Rio, a capital turística brasileira, endereço do maior templo do futebol: o Maracanã, saltam aos olhos o descompasso do processo de organização e estruturação para dois eventos grandiosos, a saber, Copa e Olimpíadas. As melhorias nos transportes, até agora, não ganharam nenhuma efetividade. Os hotéis estão praticando preços imorais e, para completar o encarecimento do Rio, apareceu uma taxa turismo.
É isso. Se você for para a maravilhosa cidade do Rio de Janeiro vai constatar que os hotéis estão cobrando a "mágica" quantia de R$ 2,00, denominada de taxa turismo. Para quê? Para melhorar o Rio, diz a atendente. Ótimo, que bom! Isso pode? Pode. É a lógica dos pedágios. Você é livre para ir e vir, desde que tenha dinheiro para passar.
Na prática quem chega hoje no Rio, além do dinheiro que inevitavelmente vai ter que deixar com alimentação, transporte, hospedagem etc., vai pagar só por ter a ousadia de ter ido lá. É uma nova modalidade de incentivo ao turismo. O Rio vai melhorar com essa contribuição do visitante. Assim pensam os donos do poder. No fundo, a regra do "pedágio", inúmeras vezes imposta por foras-da-lei, em diversos bairros de n cidades brasileiras, parece ter ganho uma via institucional de existir. Enquanto isso, na sala de justiça, o Rio continua lindo, mas onde sempre foi lindo, e só!
Na Lapa houve mudanças na ocupação e exploração dos imóveis, atrações e empreendimentos novos surgiram. Não significa que as medidas foram acompanhadas de compensações. Alguns moradores de cortiços estão "residindo" na rua. Ainda são muitos os "moradores" de rua nessa área. Por outro lado, não há como negar que setores de classes médias estão frequentando os bares e restaurantes lá instalados. Se é só uma moda ou algo parecido, só com o tempo isso poderá ser revelado. Até agora a revitalização está baseada mais na ideia de "higienização", que é produzida com ações de expulsão dos considerados "socialmente indesejáveis' para os negócios.
Mas, lá mesmo na Lapa, os banheiros químicos instalados contradizem a lógica da campanha contra os que urinam na rua. Os banheiros não estão recebendo manutenção adequada e são verdadeiros purgatórios de plásticos. Você entra e perde todos os seus pecados lá dentro. Sujeira total!
Os principais pontos de atração e comércio estão menos perigosos, hoje o risco mais constante são os puxadores ou batedores de carteira, que pegam alguma coisa da vítima e saem correndo. Porém, esses indivíduos estão sob a pressão constante do famoso "cerol fino".
Essa maior segurança carioca está baseada na alteração do controle da territorialidade, onde grupos e sujeitos específicos são deslocados ou empurrados para locais mais distantes. Produzindo alterações e desarticulações de atividades consideradas perigosas e potencialmente produtoras de violência. Vide as comunidades pacificadas, onde o tráfico e os traficantes foram forçados a assumir uma outra dinâmica e outros modos de operar, a partir de uma situação de desarmamento e presença ostensiva dos aparelhos repressivos do Estado.
Os traficantes continuam nessas comunidades pacificadas. Os que foram mostrados pela televisão correndo em fuga, não eram do Alemão, mas de outras comunidades que tinham ido se refugiar lá. Os operadores nativos mais graduados da comunidade se evadiram antes e durante a ocupação e os operadores menores, os "sem ficha na polícia", ficaram quietos em casa. Vamos dizer que agora virou um tráfico "pacificado". No entanto, não se pode negar a existência de uma satisfação na maior parte da população. O comércio tem melhorado nessas áreas. Mas, o poder público ainda precisa atuar mais nessas áreas para garantir os serviços essenciais aos cidadãos. Enfim, o espaço para outros negócios lícitos foram abertos nessas áreas. Vide o teleférico do Alemão, que virou atração turística.
Bem, quanto a parte que sempre foi linda, está tudo lindo. Em Copacabana, uma das prais mais famosas do mundo, os quiosques da orla estão novinhos e em diversos pontos foram instalados banheiros novos, subterrâneos. Os postos de observação do salva vidas também estão reluzentes. Isto é, continua lindo e como mais segurança. presença constante da Guarda municipal no Calçadão. Aí é ir e curtir. É zona Sul.
Fora desse mundo da especifidade do brilho carioca, temos diversas obras em passos lentos como a Transcarioca, que visa interligar a Barra ao Galeão. Os telefones públicos viram painéis de propaganda de prostituição com fotos explícitas de sexo. Sendo que a maioria desses aparelhos estão só enfeitando a paisagem. O sinal de telefonia móvel é péssimo. Hoje, em pleno domingo do dia das Mães, a rede só dá "sinal" de ocupada. Só aí já possível ver o quanto ainda precisa ser feito além de estádios.
Essa maior segurança carioca está baseada na alteração do controle da territorialidade, onde grupos e sujeitos específicos são deslocados ou empurrados para locais mais distantes. Produzindo alterações e desarticulações de atividades consideradas perigosas e potencialmente produtoras de violência. Vide as comunidades pacificadas, onde o tráfico e os traficantes foram forçados a assumir uma outra dinâmica e outros modos de operar, a partir de uma situação de desarmamento e presença ostensiva dos aparelhos repressivos do Estado.
Os traficantes continuam nessas comunidades pacificadas. Os que foram mostrados pela televisão correndo em fuga, não eram do Alemão, mas de outras comunidades que tinham ido se refugiar lá. Os operadores nativos mais graduados da comunidade se evadiram antes e durante a ocupação e os operadores menores, os "sem ficha na polícia", ficaram quietos em casa. Vamos dizer que agora virou um tráfico "pacificado". No entanto, não se pode negar a existência de uma satisfação na maior parte da população. O comércio tem melhorado nessas áreas. Mas, o poder público ainda precisa atuar mais nessas áreas para garantir os serviços essenciais aos cidadãos. Enfim, o espaço para outros negócios lícitos foram abertos nessas áreas. Vide o teleférico do Alemão, que virou atração turística.
Bem, quanto a parte que sempre foi linda, está tudo lindo. Em Copacabana, uma das prais mais famosas do mundo, os quiosques da orla estão novinhos e em diversos pontos foram instalados banheiros novos, subterrâneos. Os postos de observação do salva vidas também estão reluzentes. Isto é, continua lindo e como mais segurança. presença constante da Guarda municipal no Calçadão. Aí é ir e curtir. É zona Sul.
Fora desse mundo da especifidade do brilho carioca, temos diversas obras em passos lentos como a Transcarioca, que visa interligar a Barra ao Galeão. Os telefones públicos viram painéis de propaganda de prostituição com fotos explícitas de sexo. Sendo que a maioria desses aparelhos estão só enfeitando a paisagem. O sinal de telefonia móvel é péssimo. Hoje, em pleno domingo do dia das Mães, a rede só dá "sinal" de ocupada. Só aí já possível ver o quanto ainda precisa ser feito além de estádios.