sábado, agosto 16, 2014

Eleitorado, dados, estatísticas e mágicas

Francisco Araujo: Elaboração da tabela e faixas. Fonte: TSE
A estatística é uma coisa preciosa e o Maranhão é um lugar de mágicas. Logo a mágica e a estatística se entrelaçam sob o verniz de uma boa escrita. Porém, essas vaidades e falta de profissionalismo não suportam aos dados de realidade. 

Além do que está exposto na tabela, na faixa eleitoral entre 30.000 a 30.999 existem apenas 09 municípios, com média 35 mil votos. Na faixa eleitoral entre 40.000 a 40.999 existem só 05 municípios, média de 45 mil votos. 

Esses 27 municípios conseguem somar 48,35% do eleitorado maranhense, o que cria um quadro onde o restante do eleitorado, 51,65%, fica dividido em uma quantidade enorme de municípios, totalizando 190. 

Ora, qualquer candidato que não tiver um bom desempenho nesses 27 maiores colégios eleitorais, fica em situação de competitividade reduzida. Por exemplo, candidato com desvantagem de mais de 20%. Para recuperar isso não é fácil. Ter um desempenho extraordinário nos 190 municípios restantes é dificílimo, nada favorável em termos de probabilidade.  

Mas, existem mágicas e, mais que isso, idiotas que acreditam nos efeitos do ilusionismo como fato fidedigno. 

Ninguém pode aceitar fraude. 

O PSB pode sucumbir ao canto do PSDB

Em post do dia 30/07/2014 (  ) falei que Eduardo Campos como cabeça de chapa e Marina como vice era vantajoso para o PT e para o PSDB. Além disso, afirmei que as chances de um segundo turno aumentaria se Campos declinasse da candidatura dele a favor dela. 

Todo mundo sabe que Aécio só conseguiu o segundo lugar na disputa quando a candidatura de Marina à Presidência foi freada com o indeferimento do pedido de criação do partido Rede.  

Marina, nas pesquisas anteriores à definição das candidaturas, aparecia nas pesquisas de intenção de voto com ampla vantagem à frente de Aécio e do próprio Campos.  

A a chave da questão agora é o atual presidente do PSB que pode inclinar o partido totalmente para o PSDB ou para o PT. Os laços e acertos com o PSDB, principalmente em São Paulo, são grandes. E o atual presidente não era favorável ao nome de Marina como vice. Em recente declaração Marina disse que não vai apoiar Aécio em casa de segundo turno.Tudo somado fica o atual presidente com a chave para apostar em uma vitória do partido com Marina no segundo turno ou aderir ao projeto de PSDB e ficar na expectativa de atuar como o PMDB em um governo do PSDB. 

Para atender o PSDB o que não falta ao presidente do PSB é opções de manobra. Pode, por exemplo, provocar um desentendimento interno e retirar a candidatura do partido por falta de consenso no interior da coligação; ou, por votação interna na coligação, fazer a maioria rejeitar o nome de Marina; podendo também, através de vários partidos da coligação imporem exigências que faça Marina desistir e ser substituía por um nome que não atrapalhe a candidatura do PSDB, uma espécie de candidato laranja. 

Para atender ao PT e voltar à condição de satélite desfrutando de um ministério, basta fazer essa última manobra e lançar alguém só como laranja. Hoje no final d atarde já plantaram no Estadão o nome de Erundina. No entanto, esse caminho terá consequências danosas para a legenda que perderia muito em credibilidade e, certamente, impactaria seu crescimento em ascensão.  

A tese de um plebiscito logo no primeiro turno não apresenta nada de consistente, porque sem mais um candidato de peso e que oxigene a disputa, não vai ter segundo turno. Dilma tem uma alta rejeição, mas os índices de voto dos atuais competidores são baixos, favorecendo a reeleição da presidente. 

A não existência de um segundo turno significa eliminar de vez, nesse pleito, o debate em torno de questões sérias e de alto significado nacional, como a saúde, a segurança, a educação, os transporte e as delicadas reformas política e tributária. 

Resta esperar e torcer para que surja, contrariando o curso das desgraças, um alto de realmente favorável à qualificação da política brasileira.  

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