terça-feira, novembro 30, 2010

Uma rapidinha: Pontuando Política & Curiosidades

Ministério Público Federal quer investigação no programa Minha Casa, Minha Vida. O MPF desconfia de formação de cartel e já enviou ofício à Secretária de Defesa Econômica. Se o MPF se dedicar mesmo a investigar esse Minha Casa, Minha Vida...em todos Brasil vai encontrar irregularidades e favorecimentos de toda ordem. O dinheiro está vazando pelo ladrão!

O site da Wikileaks revela mais documentos e mostra que as embaixadas americanas são pontos de espionagem. Em documento os USA reclamam do Brasil pela a ausência de uma legislação definindo terrorismo. Ver no wikileaks.org.

Dilma ensinou política marxista-leninista aos trabalhadores. A presidente queria conscientizar o proletariado para mudar o Brasil. O tempo conserta muitas coisas. A campanha foi feita em cima das conquistas econômicas, leia-se: pujança capitalista. Classe C consumindo mais. Além disso, pediu voto para Roseana Sarney, fóssil da ditadura o do mandonismo. É o que diz o ditado: “faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço”.

A usina de Estreito. Já começou a encher o reservatório. Lula bateu a mão no botão. Hidroelétrica energia limpa, mesmo apresentando alguns problemas como inundação de enormes áreas, deslocamento e remoção de comunidades. Agora..soa estranho a termoelétrica em Miranda, e as que querem instalar em São Luís. Qual é o esquema? Termoelétrica é a coisa mais ultrapassada e poluente que existe. Quem está lucrando em cima dessa tragédia? Por que não se investe em energia eólica, solar e de força marinha? No Maranhão não existe consumo para toda essa oferta, o que há é um esquema de liberação para implantação desses monstros poluidores que são as termoelétricas.

Festival de gastronomia no Mercado Central. Falta garantir condições em termos de higiene, segurança e atendimento. O chão há tempos não é lavado, mendigos, jovens drogados a todo instante caem sobre a mesa pedindo um pouco da comida, no final você fez uma boa ação humanitária, mas volta com fome, pois tem que dar a comida toda.

Já fui agredido verbalmente por uma senhora “proprietária de um restaurante” do Mercado Central. Motivo: sentei na “cadeira dela” e tinha feito um pedido no restaurante vizinho. Não vi as “diferenças” nas mesas e cadeiras, sentei para esperar minha comida. Antes de ser avisado ou informado, fui agredido verbalmente por essa senhora, “dona do pedaço”!
Os espaços públicos de São Luís são todos privados. São nesses espaços que você é mais violentamente maltratado. Nítida cumplicidade da Prefeitura para dando continuidade ao velho esquema de apadrinhamento e clientelismo nas licenças. Só fica e só exploram esses lugares os aliados, os cabos eleitorais do prefeito e dos vereadores. Herança do domínio jacksonista na prefeitura.

segunda-feira, novembro 29, 2010

RIO: FORÇAS ARMADAS EMPRESTARAM CREDIBILIDADE E A OPERAÇÃO PASSOU A SER APOIADA PELA POPULAÇÃO.


ilustração: francisco araujo


O êxito da operação militar no Complexo do Alemão tem um fator importante: a colaboração da população. Pela primeira vez as pessoas colaboraram. Por que isso não ocorria antes? Porque as operações eram marcadas por violência e sem respeito às garantias individuais e coletivas. A população era duplamente agredida. Havia excesso e a população era oprimida tanto pelas tropas da bandidagem quanto pelas tropas da polícia. Além disso, as operações não traziam nenhuma promessa de paz  e proteção continuadas, de melhores condições de vida e garantias à população que compõe o complexo.

A participação das Forças Armadas foi crucial para gerar confiabilidade na população e fazer os bandidos se sentirem mais acuados. Atirar contra as Forças que representam a segurança nacional tem um peso psicológico e simbólico grende. Vai brigar com o Brasil... ? Equação difícil para aquela molecada armada e enrolada com a criminalidade.

Outra questão não quer ser esquecida. Por que isso não foi feita antes? As classes médias consumidoras de drogas ilícitas glamourizavam a bandidagem, minimizavam a questão e patrulhavam as opiniões contrárias. Não só demonizavam a polícia e enalteciam o papel social dos bandidos: como “promotores de benefícios sociais”, como também ocultavam a triste condição de reféns em que viviam os moradores.
As demais frações das classes médias ficavam alienadas no interior dos “seus mundos distantes” ou eram enganadas na sua boa fé. Essas últimas, em grande medida, passaram a acreditar que tinham que aceitar a barbárie dos bandidos, porque eles eram frutos de uma injustiça social, vítimas da omissão do Estado. Numa prática de autopunição silenciosa.
As primeiras, isoladas nos seus condomínios fortificados, shoppings de luxo, no calor do consumo de bens caros e presas à fé da ascensão social por puro mérito individual e individualizadas, não quer ver a favela e os favelados que se entendam.
Em todas essas frações das clásses médias existem pessoas que sustentam o tráfico enquanto consumidores vorazes, mas que não se sentem responsáveis e ainda gozam de um privilégiodo no aparato legal, que os exclui de qualquer punição.

Em foco. Foi preciso a violência dos criminosos descer os morros em bloco e desfilar intensivamente pela cidade para que o Estado procurasse dar uma resposta mais confiável.

Na verdade, a iniciativa foi dos bandidos, sem a ação agressiva e expansionista deles, talvez tudo ainda estivesse como dantes. Foi preciso colocar em xeque a imagem do Brasil internacionalmente para que aquelas populações-vítimas pudessem ganhar visibilidade social e reconhecimento das suas necessidades de cidadania.
O Estado acordou, mas não por ter visto o direito dos pobres em frangalhos, foi para não por em risco os direitos dos setores sociais médios e ricos, a menor porção da sociedade que goza de cidadania.

Agora as classes médias não acreditam no que estão vendo nas suas TVs digitais e, admiradas, descobrem que os traficantes são filhos de alguma mãe, que essas mães também choram, que são jovens e crianças armadas etc. A mãe entregou o filho quando sentiu a força sendo empregada de forma moderada, respeitando a lei, sem flagelos e humilhações desnecessárias. Nítida demonstração de quem viva sobre o terror de todos e de tudo.

A questão aberta é: o Estado fortaleceu sua legitimidade através da adesão em massa dos cidadãos, mas sua omissão de décadas ficou totalmente exposta. Moral: o apoio á ação de força do Estado é, em síntese, um aprofundamento da exigência sobre o papel de governo do Estado. Os governos estão obrigados a oferecer condições de cidadania a essas populações, sob pena de tornar perigosamente crônica a descredibilidade na sua capacidade regulatória, promotora e defensora dos direitos civis, políticos e sociais. Enganar essa esperança é enterrar a política e entregar a vida aos impulsos da barbárie.

sábado, novembro 27, 2010

UEMA: CADÊ O RESULTADO? OPOSIÇÃO OU GOLPISMO?


Primeiramente quero deixar claro que sou a favor da apuração de toda e qualquer denúncia, independente do lado que a formule. No entanto, é preciso apresentar as provas, caso contrário, será um cúmplice.

Quando votei fiz uma opção não uma entrega de minha consciência, nem da minha crítica e liberdade.

A guerra judicial já estava preparada e, para nosso espanto, a dita oposição de esquerda da UEMA apareceu alinhada com o que há de mais reacionário e de extrema direita dentro da UEMA, não só isso, está mancomunada com o sarneísmo mais fervoroso e devoto. A prova cabal foi o ato de assinar a LIMINAR CONJUNTAMENTE COM OS SARNEÍSTAS. Desta forma, essa suposta oposição de esquerda se coloca no mesmo campo do que há de mais ferveroso da direita  na UEMA.

A oposição supostamente de esquerda está endossando e alavancando o velho projeto reacionário de tirar das Universidades sua autonomia. O que essa oposição está ajudando a construir é UMA INTERVENÇÃO.

Os velhacos reacionários sonham ganharem o posto de reitor como interventores. O propósito é estender ao máximo essa luta judicial até o Supremo. Tudo planejado e orquestrado no bom modelo da direitona golpista. Carlos Lacerda e os milicos não foram tão sistemáticos.

Querer disputar e querer o lugar que ocupa o atual reitor é normal do jogo democrático. Assim como é legítima a discordância e ser oposição, em democracia isso não é uma concessão, é direito. No entanto, o que se ver é um jogo irresponsável e inconseqüente.
Por que a oposição quer retirar da comunidade acadêmica o direito de saber o resultado da eleição? Por que providenciaram para que a comunidade não soubesse o resultado de sua vontade? A resposta é: QUEREM ESCONDER QUE FORAM DERROTADOS!

Os votos foram apurados e tal processo foi feito sob os olhos de centenas de pessoas que testemunharam apuração. Quem viu sabe para quem o NÃO foi dado por alunos, professores e funcionários.
Os principais atores dessa tentativa golpista ficaram em qual colocação?

Nunca um resultado de uma eleição foi negado aos eleitores. Isso é um absurdo e nós que votamos e compomos a comunidade universitária queremos conhecer o resultado. É um direito nosso?
Se existem irregularidades que as mesmas sejam apuradas e tomas as devidas providências, mas o resultado deve ter publicidade.

O outro lado dessa história é a omissão gritante da entidade representativa dos professores que, até o presente momento, não se pronunciou e nem convocou seus associados para discutir e analisar a questão. Não podemos ficar a reboque. A UEMA não é constituída só de servidores. O sindicato dos servidores não pode ficar ditando unilateralmente a vida da UEMA.

O que a UEMA precisa é de eleição com voto de igual peso, com transparência e com respeito à vontade da maioria. Isso deve ser efetivado dentro do campo político da própria UEMA e mantendo a autonomia da Universidade.
A autonomia universitária é um legado da resistência democrática contra a ditadura e não vamos aceitar um retrocesso.

Fazer oposição é legítimo, mas a tomada do poder tem que ser pelo voto, respeitando o veredito da vontade da comunidade, sem isso é autoritarismo fascista!

Não vamos aceitar e nos calar diante de desatinos de eminências pardas, principalmente aquelas que livre e espontânea abandonaram os quadros da UEMA, mas que agora agem nos bastidores querendo nos impor seus delírios autoritários por intermédio de seus avatares!

sexta-feira, novembro 26, 2010

RIO: QUESTÃO DE ESTADO E NÃO MAIS DE CRIMINALIDADE


O Estado brasileiro está sendo desafiado pelo terror de criminosos. Não é um movimento político reivindicando o poder para instaurar uma nova ordem social e política, são criminosos espalhando o terror e atentando contra de cidadãos.

As forças armadas estão legitimadas constitucionalmente para defender a sociedade e a organização política. Há tempos esses criminosos deixaram as atividades criminais de tráfico, assalto etc. e passaram a desafiar o Estado, enquanto ordem política institucionalizada, enquanto soberania legitimada e com o monopólio do uso da violência.

O Governo Federal deve, com urgência, fazer as Forças Armadas cumprirem seu papel e manter a integridade da vida civil e da União.

Compreendemos que existe um longo histórico de abandono e falta de políticas públicas para criarem condições que evitem o ingresso de inúmeros jovens no mundo do crime, também sabemos e concordamos que a criminalidade não se enfrenta só com a repressão, mas em situações extremas de violência a resposta tem que ser a FORÇA. Não podemos tolerar o intolerável.

Os Direitos Humanos são universais e não uma exclusividade para algum setor social, ele tem que ser universalizado enquanto práticas e ações concretas. A sociedade não pode ser excluída desse direito, fazendo com que o mesmo seja um benefício exclusivo de uma parcela menor da sociedade, principalmente, quando esta minoria põe em risco a existência da maioria da sociedade, ainda mais de forma injustificada e injusta.

As ações da política de entrar na favela é ineficaz à medida que deixa os criminosos fugirem.
Esses criminosos precisam ser cercados, sitiados até a rendição ou até caírem no enfrentamento.
Considero mais adequado e menos traumática a ação das tropas militares com experiência em guerrilha urbana, os soldados com passagem no Haiti estão em condição de entrar em ação e o Governo Federal não deve vacilar, tem que agir. Agora é hora da mão amiga do exército, blindados, armamentos pesados e artilharia. Quem não é bandido se identifica, colabora e sai da linha de guerra. O Brasil não pode ficar refém de quadrilhas de delinqüentes, não podemos nos esconder e ficar acuados, nem ter medo das “críticas” de porra-loucas irresponsáveis. 
Ao cidadão cabe um posicionamento político firme. Fica a favor da ordem do horror dos facínoras ou do lado da ordem do Estado que aí está. Eu prefiro, com todos os defeitos, a ordem do Estado que aí está.

Que as Forças Armadas cumpram com seu papel constitucional!









quinta-feira, novembro 25, 2010

O PT ESTÁ AÍ MESMO: VIVO


Deixando um pouco de lado os ciúmes, as rixas, invejas e vaidades internas... o PT do Maranhão está vivinho da silva eleitoralmente. O voto na legenda foi significativo e a chapa de deputado estadual, sem coligação formal, saiu-se muito bem. Tal fato não seria muito diferente se tivesse montado uma chapinha para deputado federal (coligação com legendas e candidatos com menor peso eleitoral). Muito provável que a chapinha viabilizasse a eleição de outro candidato além de Dutra. Teria sido bem melhor para os candidatos Monteiro e Terezinha. Mas, isso aí é tudo que Sarney não queria, pois afetava a parte principal do seu plano de sobrevivência: ter com larga vantagem as vagas de deputado federal.

Há quem ache que a coligação PMBD/PT montada pelo senador Sarney era só para pegar os minutos e com isso barrar a ameaça Flávio Dino. Seria um lance pequeno demais para tanto esforço. Só isso não atenderia todos os itens de sobrevivência de seu grupo. O campo da disputa eleitoral precisava ficar mais limpo para seus candidatos ao Senado e necessitava eleger o maior número de deputados federais possíveis. Pois é assim que o senador fica municiado para barganhar junto ao Planalto e, a partir de lá, recriar as condições de sua permanência. (As condições locais serão discutida em outra oportunidade)

Como vai ser o amanhã do PT no processo eleitoral de 2012? O PT não está tão fraquinho e sem munição eleitoral como muitos pensam. O PT está, nesse aspecto, bem vivinho, mesmo com uma condução tortuosa... Para uma posição significativa em 2012 basta um mínimo de unidade. O PT vai ter um tempo maior de televisão, tem três deputados estaduais e manteve o seu deputado federal, posição que nenhum outro partido vermelho vai ter em 2011. Seria um equívoco ficar apenas na condição de legenda auxiliar de partidos sem a densidade parlamentar e eleitoral do PT.

Só falta um pouco de bom senso para o PT ter uma participação brilhante em 2011, principalmente na disputa eleitoral pela prefeitura de São Luís. Nome competitivo o partido tem...

terça-feira, novembro 23, 2010

UEMA: O VELÓRIO DOS SUPREMOS DEUSES

O processo eleitoral da UEMA é complicadíssimo, até para direção de curso é lista tríplice. Se aparece um só candidato inscrito não há eleição. Absurdo mantido durante décadas, portanto, não nasceu agora. Só querer remendar e ainda mais em período eleitoral é casuísmo cínico.

Dito isso, quero dizer que a oposição existente na UEMA é tão velha quanto a situação, e nisso, tem cumplicidade. Por que a oposição aceitou esse modelo todos esses anos?

A grande questão da eleição na UEMA é se o atual reitor pode ou não ser candidato. Pode?
Se os contribuintes pararem para pensar um pouco... lembrando dos seus filhos que estão lá precisando de uma boa formação...vão logo perceber que essa querela em nada servirá para sanar as atuais demências da entidade...

A disputa judicial travada não evoca nada de mais substancial do ponto de vista da democracia... Apenas expõe a pobreza acadêmica do processo. Se fosse mesmo para resguardar valores democráticos... o questionamento devia ser do modelo eleitoral como um todo.

É notório que Roseana está fazendo escola de tapetão. A vontade dos eleitores parece que não conta nada..os caras querem ganhar de qualquer jeito. Essa judicialização do processo eleitoral convoca, por tabela, outros questionamentos... Infelizmente não há mais tempo..a eleição é amanhã..a partir das 08h00min.

Discutir a possibilidade ou não da candidatura do atual reitor serviu de álibi para todos os candidatos fugirem do debate acadêmico e qualificado junto á comunidade acadêmica. Sentiram-se desobrigados de debater questões sérias de frente.

A campanha foi resumida a uma miserável troca de farpas e fuxicos, sem se debater a viabilidade efetiva de determinadas propostas e promessas.
O que eles entendem como ensino de qualidade? Como serão efetivadas tais promessas? Com quais recursos?

A comunidade acadêmica foi tolhida de levar em viva-voz seus questionamentos, suas preocupações e necessidades? Por que a tal “oposição revolucionária” não promoveu um debate público com todos os candidatos, olho no olho?

A oposição, vermelha de ocaso, não teve a qualidade diferenciadora de colocar o seu candidato para debater diretamente com alunos e servidores em cada Centro. Por que não propiciou nenhum debate acadêmico? Ficou no panfletinho “denunciando”. Por que os conhecedores de tantas irregularidades não entregam as provas ao Ministério Público? Por que não formalizam uma denúncia?

Quem defende alternância de forma democrática é contra reeleição, não importa quantas vezes for.

Tem candidato que contesta a recondução do Reitor pela terceira vez (na interpretação dele), mas é vice-presidente de sindicato pela segunda vez seguida. Aí não cabe alternância? É válido e inquestionável um professor se auto-proclamar servidor só para ocupar cargo de direção no sindicato dessa categoria? Isso não é muito unilateral? Essa vontade pessoal tem força de lei? Imagina se chegar ao poder...

Isso faz lembrar o teorema João 90% honesto. Por analogia: reeleição por duas vezes tem 90% democracia. Aí não tem meio termo. É ou não é! O princípio de alternância, originalmente, vetada de forma cabal a recondução. Era só uma vez para que todos da comunidade pudessem, em princípio, ter a oportunidade de também ocupar a vaga!

Os servidores são pessoas capazes e coerentes, sabem defender seus direitos. Entre as diversas categorias profissionais o sindicato é representado por quem é da categoria. Por que na UEMA tem que ter um tutor ou senhor professor? Para ser solidário à causa dos servidores não precisa tomar a vaga de quem legitimamente deve representar sua categoria: o servidor!

A reeleição foi introduzida na Constituição por uma Emenda de puro casuísmo de FHC. Por que o sindicato segue esse dispositivo antidemocrático? Não seria coerente servir de exemplo de democracia?

A questão é: essa democracia falada não é a “democracia” praticada no exercício do poder.
Por que a oposição não assumiu o compromisso de combater radicalmente o NEPOTISMO?

Por que a “oposição de esquerda” não declara publicamente que tem o compromisso de rescindir todos os contratos dos parentes de servidores e professores da UEMA? São a favor disso? Estão com medo de espantar os votos ou estão com uma lista pronta?
Sem nenhuma ilusão... vou votar amanhã...

A UEMA tem problemas para afogar mais três gerações! Só posso dizer isso, pois dessa missa, até agora, só sei um terço!

domingo, novembro 21, 2010

AVENTURE-SE! SAIA DA ROTINA! VIVA A VIDA! ACAMPE!

AVENTURE-SE! SAIA DA ROTINA! VIVA A VIDA! ACAMPE!






Acamp's 2010.2 SLZ - MA
Acampamento de Jovens - Shalom
Todo feito para você!!!



Dias 09 a 12 de dezembro
Onde: Hotel Fazenda Maracanã, Maracanã, São Luís - MA


Sobre o Acamp's 2010:
Já começaram os preparativos para o Acamp’s 2010, o Acampamento de Jovens promovido todos os anos pela Comunidade Católica Shalom. Um evento preparado pra você que é jovem e que quer se aventurar numa vida radical!

Atrações:
Esportes Radicais, Teatro, Lazer, Shows musicais, Trilhas de aventura, Cursos de Formação, Seminários de vida, Momentos de louvor e adoração.


Informações e inscrições:
(98) 3227-4814 (à tarde - Shalom / Felipe José)
(98) 8891-1400 (Hyla Savir)
(98) 8865-1400 (Danielle Costa)

Comunidade Católica Shalom
Av. Colares Moreira, Nº01, Calhau

vamo com a gente!!! envie este e-mail para alguém que vc quer que vá com vc!!! promova essa idéia!!!



segunda-feira, novembro 15, 2010

OS BARÕES DA MISÉRIA



Ilustração: Francisco Araujo

Muitos ainda não perceberam o veneno incluso no título "As flores do mal", obra mais famosa de Baudelaire. O título realiza uma magnífica arquitetura poética, compondo com opostos, colocando-os em situação de complementaridade. A flor que comumente remete à ideia de ternura, encanto, beleza e felicidade é, a um só tempo, fino produto do mal. É flor da dor, do sofrimento e do horrível. Eis o arquétipo dessas riquezas entre nós.

Sobe maré, baixa maré, mas as fontes das prosperidades jorram perenemente para abastecer a insaciável sede de riqueza dos donos do mar. A prosperidade nessas praias é lugar cativo de alguns, por nascimento e jamais por mérito. Nossas praias NÃO pertencem ao meio ambiente da ilha de probópolis. Melhor dizendo, aqui não é probópolis.
Não é a toa que os ricos locais estão entre os mais ricos do Brasil. E a fonte é tão boa para os já abonados, que o mais ricaço dos abastados já instalou seus negócios aqui.
O estado campeão de dependentes da bolsa família é também o estado que possui os políticos mais endinheirados. Enfim, miséria rende... e, sem dúvida, esse vai ser, assim como os outros, o melhor governo DA VIDA DELA. Pois, como se ver, um governo é sempre melhor do que o outro para ela. Só não é para a vida PÚBLICA.

Os barões no são do aço, nem da bauxita, nem do petróleo, nem do gás, nem do ouro, nem do diamante, nem da informática, nem de qualquer área produtiva...
Aqui capital produtivo é uma raridade e livre iniciativa é uma completa utopia , mas... o resto tem demais.

“Levantamento feito na base de dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) mostra ainda que oito governadores eleitos apresentaram evolução patrimonial superior a 200% nos últimos anos. Neste caso, a líder é a governadora também reeleita do Maranhão, Roseana Sarney (PMDB). Em 2006, a declaração dela listava 15 bens, mas informava apenas o valor depositado em seu fundo de previdência privada: R$ 172.734,71 - em valores corrigidos. Para esta eleição, Roseana apresentou declaração com 25 bens e valor total de R$ 7.838.530,34. O crescimento foi de 4.437,90% em quatro anos.
As Alagoas de Teotônio e o Maranhão de Roseana ocupam a 25.ª e a 26.ª posição, respectivamente, no ranking do Produto Interno Bruto (PIB) per capita dos Estados, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os dois Estados também estão nas duas últimas posições do ranking do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), que lista indicadores na área de Educação, renda e expectativa de vida.”


É, enquanto isso... vou atrás de uma lata de sardinha para garantir o jantar...


OS HOMENS DO SÉCULO XIX


O século XIX tem o mérito de consolidar a crença no poder da ciência, herdeira da crença na razão, desde o século XIV (Nicole d' Oresme) foi tomando forma para o estabelecimento da racionalidade que daria forma a sua condição de ciência moderna.
O método científico, plantado no século XVII por Bacon (1561 - 1626) através da obra "Novum Organum" (publicado em 1620), que somado à força renovadora das contribuições de Galileu (1564 - 1642) e René Descartes (1596 - 1650) deram um fecundo e útil suporte para as ações investigativas, produzindo resultados e conquistando confiabilidade para a ciência nova.
Esse modelo de racionalidade foi levado muito a sério no século XIX e, pela primeira vez, teve sua exploração para o campo dos fenômenos sociais e humanos. Momento em que a humanidade parecia ter descoberto a chave para todos os segredos da sua existência e do seu destino. A sensação de previsibilidade crescia, dessa maneira, proliferaram os projetos e desejos criação de novas ciências sobre os mais diversos aspectos da existência humana.

Diante da confiabilidade da ciência e do seu método, foram sendo produzidos inúmeros esboços tentando produzir explicações para as dimensões da vida humana ainda não exploradas pelo método científico.

Foram inúmeras e idéias e tentativas, mas poucos conseguiram demarcações fecundas. Poucos conseguiram deixar obras tão influentes e marcantes para o século seguinte.

Os grandes nomes do século XIX não foram os que mais acertaram ou menos erraram, mas os que tiveram boa originalidade e excelente fecundidade nos seus trabalhos. Pensadores que, mesmo não tendo conseguido produzir, em alguns casos, em conformidade com o que postulavam e acreditavam, abriram um vasto campo de reflexão, questionamento e inspiração.

Considero que Comte, Darwin, Marx, Freud são nomes emblemáticos dessa época, são homens positivos, que buscaram estabelecer áreas de abordagens inexploradas ou pouco sistematizadas com originalidade/fecundidade sob o rótulo científico.

Comte quis estabelecer a ciência da humanidade, tomando a realidade social enquanto passível de ser estudada objetivamente. A história é vista como etapas do pensamento e cuja etapa mais avançada seria o positivo. Observação e teoria estão combinados na produção do conhecimento.

Darwin sistematiza de forma mais aprofundada a questão da interação dos organismos com o meio (a seleção natural), suas alterações ao longo do tempo (adaptações), estabelecendo os referenciais evolucionistas que marcarão diversas gerações. A vida é abordada na perspectiva orgânica, relacionando mudança e interação com o meio.

Marx evoca a condição de ciência para o socialismo, reclamando a autoria de um socialismo científico e trata a história a partir de relações sociais concretas, situadas na produção das condições materiais de existência. Cada etapa histórica corresponderia a um arranjo da existência social-econômica, a história teria leis. Há uma lei de aperfeiçoamento, onde a humanidade deixaria sua pré-história e começaria sua verdadeira história: comunismo. Processo similar ao aperfeiçoamento do espírito codificado por Kardec. Assim como em Comte, em sua obra capital, há um curso otimista para a humanidade: o progresso, nomeado como com o desenvolvimento, concretizado através de saltos de qualidade. Essa percepção da realidade com algo dinâmico também encontra semelhança no evolucionismo de Darwin, porém, o movimento é pensado enquanto dialética.

Freud estabeleceu um novo campo interpretativo do comportamento e abriu um campo distinto da psicologia ao descobrir o inconsciente e desenvolver técnicas para tratar transtornos mentais, estabelecendo a psicanálise. As ações humanas, na sua maioria, estão sob a marca do inconsciente e não do consciente. Sendo que os processos psíquicos estão dominados por tendência de cunho sexual. Enfim, o conhecimento científico é colocado para sondar um universo ao avesso da consciência que quer lhe dar uma explicação.

Mas, esse quadro pode ser complementado, mesmo que academicamente não muito aceito, por Denizard Hippolyte-Léon Rivail (1804 – 1869), que se propôs levar os estudos e o método científico até o campo dos espíritos, da vida pós-morte, buscado dar cientificidade ao campo sobrenatural, através de explicações apoiadas nas ciências estabelecidas, quis dar matéria ao espírito e o enquadrar na ordem dos fenômenos naturais. Também põe os fenômenos num campo evolucionário e do progresso. Tornou-se conhecido pelo pseudônimo de Allan Kardec.

“Apliquei à nova ciência, como sempre fizera, o método da experimentação. Jamais utilizei teorias preconcebidas; observava atentamente, comparava e deduzia as consequências. Através dos efeitos, procurava chegar às causas pela dedução e o encadeamento lógico dos fatos, só admitindo uma conclusão como válida quando esta conseguia resolver todas as dificuldades em questão. (…) Era preciso agir com circunspecção, não levianamente. Ser positivo, não idealista, para não me deixar levar por ilusões”. (Obras Póstumas).

Enfim, o positivismo e o evolucionismo ameaçaram tirar os mitos e superstições de seus aconchegantes esconderijos.

sexta-feira, novembro 12, 2010

CONDENADOS PELO NASCIMENTO


Não tem como não ficar chocado e triste com essa situação. A situação do Maranhão já desdenha da criatividade de Dante, a única vantagem é que se a salvação não chegar, os maranhenses já fizeram estágio para o não-paraíso.
Logo ao amanhecer deparo com os repórteres da TV Mirante exigindo que o inspetor da Polícia Rodoviária Federal construísse um desvio na BR-226, visando revolver os problemas com os índios. Porém, o inspetor calmamente os fez ver quem era que deveria estar lá para resolver, os fez lembrar que os índios estão reivindicando ônibus escolar e a secretaria de educação não resolve, aproveitou e disse que o desvio depende da bancada parlamentar, que precisa fazer uma emenda para viabilizar tal obra. Cadê o governo estadual? Ninguém sabe quem é o secretário?
Pedrinhas... que coisa, heim? Sem adjetivos. Foram forças externas? Suspeito que foram os aliens. Deve ter sido eles.
Como se não bastasse o volume da matança, ainda tivemos um plus de imagens bizarras. Em lugar de procedimentos mais técnicos... as cabeças foram catadas... como se fossem coco d’água. O funcionário pegava pelos cabelos... Será que precisamos assistir tanto horror?



quarta-feira, novembro 10, 2010

PARA CALAR O CONTRA


O fascismo quando surgiu, lembra Bobbio, apresentava-se como uma via alternativa, uma opção ao abandono material e social do Liberalismo “clássico” e, por outro lado, uma segurança à ameaça comunista.
A regulação de tudo para proteger a liberdade ou para evitar o perigo foram argumentos recorrentes na origem e formação do fascismo. A implantação dos órgãos corporativos sincronizados e como correias de transmissão do poder central foram se efetivando como meros atos da administração... O veneno pode até ser doce, mas continua veneno!

“MÉRIDA - No encerramento de sua 66ª assembleia-geral, a Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP) alertou para o assassinato de jornalistas e a aprovação de novas legislações sobre a mídia como os maiores riscos para a liberdade de imprensa na América Latina.

De acordo com o texto final da assembleia, divulgado nesta terça-feira, 9, em Mérida, no México, a morte de 14 jornalistas nos últimos seis meses é o fato mais preocupante. Sete deles morreram no México, onde o tráfico de drogas ameaça jornais e repórteres. Outros cinco são de Honduras e dois, brasileiros.

O texto alerta ainda que alguns países do subcontinente pretendem criar leis para regular o funcionamento dos meios de comunicação. A SIP também criticou a perseguição judicial e a utilização de publicidade oficial para premiar ou castigar os meios.”


“BRASÍLIA - A Unesco criticou duramente o sistema de concessão de emissoras no Brasil e recomendou que o País crie uma agência reguladora independente. "O poder do Congresso de emitir licença tem base consticional, mas isso não atende os padrões internacionais", disse o canadense Toby Mendel, consultor internacional da Unesco, que apresentou um estudo sobre o setor no Brasil, durante o Seminário Internacional das Comunicações Eletrônicas e Convergências de Mídia, que está sendo realizado em Brasília.

Para a Unesco, o envolvimento do Ministério das Comunicações na emissão de outorgas fere a "independência" do sistema. Ele e Wyajananda Jayaweera, também da Unesco, foram claros: regulação não significa controle da mídia. "Não cabe ao governo impor camisa de força ao trabalho dos jornalistas", disseram. Eles defendem que haja uma autorregulação de "conteúdo danoso" pelas próprias emissoras sobre assuntos que envolvam crianças, cultura regional, privacidade, entre outras coisas. Se não houver uma solução jurídica adequada, aí sim a agência reguladora atuaria nesse sentido.”














segunda-feira, novembro 08, 2010

PODER,COESÃO E CATÁSTROFE.

TEXTO ENVIADO (LEITORA)
"Desde que os supostos pacotes bomba começaram a explodir nos noticiários, uma frase também tem explodido diariamente dentro de mim: "Se a coesão da nossa sociedade era mantida outrora pelo imaginário de progresso, ela o é hoje pelo imaginário da catástrofe". Essa frase do Baudrillard me parece descrever exatamente o que o mundo tem vivido.

Não apenas os noticiários e os jornais têm me inquietado com suas imagens e versões diversas, mas, mudanças mínimas que numa simples fotografia ou conversa numa esquina vê-se o quanto tudo mudou e tem mudado rapidamente para quem vive aqui no Oriente Médio.

Parece que é senso comum que esse mundo, ainda governado pelos yankees, têm levado à cabo essa premissa, ainda mais após os tais atentados de 11 de setembro... uma premissa perigosa que a história tem mostrado e ensinado que nada constrói, além de medo e terror. Até meados da década de 80 vivíamos uma “guerra fria”, que na verdade não foi tão fria assim, pelo menos não nessa parte do globo onde estou vivendo... em especial, marcada pelos conflitos regionais alimentados pelas tais superpotências que se aliavam convenientemente mas nunca se enfrentavam diretamente.

São décadas de invasões, seqüestros, assassinatos, torturas, novos aliados, novos inimigos que vão se sucedendo e se completando no jogo de disputas pelo poder.

Parece pueril, no entanto, esta é máxima: o que está em jogo é o petróleo, é o poder...

Mas desde que a humanidade se organizou com este fito (pelo menos desde que é possível refletir as civilizações ao longo da História) – e aqui cabe inclusive incluir nossos vizinhos mediterrâneos, quando por anos, controlaram o mar mediterrâneo e conseqüentemente a rota das especiarias —petróleo da Antiguidade, os europeus buscaram novos caminhos e novas rotas para “suprir” suas necessidades econômicas, expandir seus territórios e possivelmente dar vez ao ego subjacente nestas disputas que necessariamente não se tratam de abastecer os bolsos ou os pratos dos menos favorecidos.

Pois bem, esta não é minha questão, a ressalva é feita para justamente me fazer entender como os caminhos da história podem ser cíclicos de vez em quando. Talvez não nas suas formas mais concretas e simbólicas, porém na essência, temos a sensação de um de já vu.

Ao reduzir os conflitos – que não são apenas os ligados à 3 semanas atrás com o seqüestro de soldados israelenses no sul do Líbano, nem aos pacotes suspeitos de conter bomba enviados para os Estados Unidos— mas sim tudo que vem se desenvolvendo desde a Guerra Fria, e para ser ainda mais “contemporânea” (não conseguir imaginar nenhum outro adjetivo que defina o que agora tento pensar) os atentados do 11 de setembro, Afeganistão, Osama Bin Laden, invasão do Iraque, ataque no sul do Líbano, homens bomba, ataque aos navios com missão de socorro à faixa de Gaza, enriquecimento de Urânio pelo Irã, aproximação do Brasil com os países do Oriente Médio e também com o Irã, expansão econômica do Governo Lula em acordos bilaterais fora do eixo Estados Unidos Europa, crise energética, alarmada auto suficiência da Petrobrás, venda de armas histórica para a Arábia Saudita realizada pelos Estados Unidos, aumento em mais de 30 anos do preço do ouro e da prata... Enfim, poderia listar uma série de outros fatos que no meu entender não são meramente coincidências.

A máxima do Baudrillard, com a qual comecei a refletir este pequeno texto, me faz rever uma série de posturas, inclusive nas eleições à presidente no Brasil.

“Eu tenho medo do Lula”(há 8 anos atrás dizia uma renomada atriz de televisão no Brasil) ... “eu tenho medo do Serra”... “Dilma no poder, ela já fez o que?” Oras, parece que essa guerra fria é algo que tem se reinventado cotidianamente sob o porrete do medo yankee , construindo preconceitos, solidificando xenofobias, crimes contra o "outro", uma sociedade à espera da catástrofe... sob as inúmeras formas de violência física e simbólica que se pode imaginar. Inclusive à ponto de constantemente vermos pessoas torcendo para que o governo dê errado , só para provar o quanto estamos certos, esquecendo-se de que tal egocentrismo é mais um sintoma desta ferida que vem crescendo em nossas sociedades.

O mote deste “poder” não é apenas o petróleo, mas há toda uma trajetória de egos em disputa, um espírito de conquista medieval pautado na incapacidade de tolerância, na incapacidade de coexistência linear, horizontal...

Esse meu blá-blá-blá todo, na verdade tem uma razão ainda mais direta. Acho que passa da hora do mundo prestar mais atenção no que lê e no que assiste... esse cara no vídeo em anexo –acho que você deve ter assistido ao vídeo antes de estar aqui lendo esse meu desabafo — George Galloway, puxa vida, joga no ventilador um pouco da poeira colocada debaixo do tapete...

À nível de informação, ele é um parlamentar britânico, vice presidente da Stop the War Coliation, criada em setembro de 2001 com o objetivo de ser uma voz de oposição à tal Guerra contra o Terror, base da atual/velha política externa americana(dá uma olhada no Google se você quiser saber um pouco mais).

George Galloway tem uma posição dura ao se colocar em defesa dos grupos palestinos e principalmente por questionar de forma muito lúcida esse “terror”.

Estou morando no Líbano há quase 1 ano e muita coisa é preciso que seja dita e esclarecida...estudada...analisada...

Eu mesma tenho me repensado todos os dias. Vejo e descubro em mim uma casca ocidental que olha com repúdio, com pré-conceito, com superioridade de quem acha que sabe mais... Essas minhas palavras são exercício deste estranhamento que passa a ser cada dia mais forte, diante de uma crise política que o país se vê mergulhado novamente.

Que o mundo se pergunte o que é afinal esse terrorismo, que o mundo veja quem e o porquê desta guerra que jamais terá fim! Até mesmo porque não há interesse para que haja um fim... Salvo todos os judeus, que também estão nessa situação de viver sob a égide do medo e do terror, Israel hoje tem uma postura terrorista...tanto quanto o Hezbollah se nos pautarmos nesse modelo disseminado pelo tio Sam.

Aliás, vivendo aqui posso dizer ouvindo cristãos e sunitas, que o Hezbollah não é um grupo TERRORISTA, assim como comunista não come criancinha!!! No mundo árabe inteiro, o Hezbollah passa a gozar de uma imensa credibilidade, provendo com assistência médica (possui 43 hospitais no Sul do Líbano) escolas, projetos de agricultura de subsistência dentre outras coisas, e se consolida a cada dia como parte de uma resistência contra as sucessivas invasões em seu território que vêm sofrendo há anos. O Hezbollah é uma milícia, porém suas contradições não podem ser resumidas à sua postura criminosa, como querem os pró-israelenses, nem muito menos amenizada pela concepção de que os fins justificam os meios.

A milícia é uma estratégia que também foi usada pelos americanos durante sua histórica guerra civil. E pelo pouco que sei, uma estratégia de milícia se torna mais útil quando não se pode enfrentar o inimigo mais forte usando as mesmas armas que ele possui, quando o mais fraco não pode utilizar das mesmas moedas que o mais forte lhe impõe.

Ao contrário do que as pessoas pensam a guerra de 2006 aqui, no Líbano, não teve um vencedor, a prova disso é que o Hezbollah está aqui firme e forte...além disso, se houvesse “vencedores” como explicar a crise atual e o tal “julgamento” que sequer teve seu inquérito concluído, apontar meses antes que o culpado pela morte do Rafic Hariri foram membros do Hezbollah??? ( me refiro à corte internacional que investiga o atentado que culminou com o assassinato do presidente sunita Rafic Hariri e que havia apontado sírios como os responsáveis, e depois de tantos anos agora passa a apontar o Hezbollah sem sustentação real alguma).

Há uma clara insistência em jogar no colo destes indivíduos, e aqui nem assumo uma postura de defendê-los como vítimas circunstanciais, mas parece que se quer fazer engolir tal qual se legitimou ao mundo uma guerra contra o Afeganistão, ou o tal arsenal atômico do Iraque, agora o Rafic Hariri virou uma instância suprema que poderá servir como mote para uma iniciativa que não será aceita pacificamente e nem deve!

O Hezbollah tem conquistado simpatia até entre os cristãos, pois eles são parte da resistência libanesa há décadas, resistência necessária nesse pequeno país de 10mil hectares apenas... quintal de disputas alimentadas , fabricadas...

A política do terror entre ocidente e oriente tem toda uma construção que é alimentada pelo próprio conflito entre ambos, não é a toa que, quem fornece armas e apoio incondicional à Israel é o mesmo que faz a maior venda de armas da história para a Arábia Saudita. Repito, os fatos falam por si: ha menos de 2 meses o preço do ouro e da prata dispararam em mais de 30 anos, logo a seguir uma venda de armas bilionária também entra para a história e agora pacotes suspeitos e atentados "assumidos" pela Al Qaeda acontecem... UAU... qual será a próxima?

Enquanto isso no sul do Líbano milhares continuam sendo seqüestrados, assassinados ... enquanto isso a água potável do país é controlada a ferro e fogo por Israel...Enquanto isso pessoas são obrigadas a deixar suas casas porque souberam que a casa que herdaram de seus avós não lhes pertence mais... Acho que nós precisamos parar para refletir aquilo que lemos e mediar mais criticamente o ponto de vista de quem fala... A questão palestina não é menos legítima que a dos judeus.

Os homens bomba são parte de uma resistência que sucumbe em suas próprias contradições.

O fato do Irã ter enriquecido urânio e o fato de Israel ter recebido mísseis nucleares de "presente" dos EUA tem sim relação...e porque o sangue de um é mais legítimo que o sangue de outro?? Onde estão as armas nucleares de Saddam Hussein??? Que democracia é essa que impõe? Que condena? Que pré julga que os outros são piores e que "nós" ocidentais temos a verdade a nosso lado???

Muitos não sabem, mas o Marmooud Armadinejah foi eleito. O fato do Brasil se aproximar do Irã não implica que nossa soberania será rebaixada. Ao contrário, as relações diplomáticas devem substanciar-se na afirmação da soberania de ambos os lados.

Acho que é fundamental também levar em conta a imensa crise de energia e de água que os países árabes enfrentam, ao mesmo tempo em que a energia nuclear é uma alternativa...

Por que o mundo deve confiar que os EUA devem ser os detentores da bomba atômica?? Acaso, quem tem começado guerras com pretextos de medos e terrores???

Os caminhos da resistência --hoje chamados de terrorismo-- são formas novas paridas pelo próprio monstro dominador...
lembremos Vietnã...lembremos Afeganistão e o discípulo americano Osama Bin Laden...que não vive em caverna alguma, isso é um grande mito!!

Muitos têm me dito que estou tomando as dores, porque estou morando aqui... talvez... num olhar mais apressado...
porém, ouvir o outro lado tem me feito refletir e isso não me impede de ver o tamanho da corrupção dos estados (Líbano e Jordânia países que transitei) árabes...
é triste a disparidade social... mas também é belo o nível cultural e educacional dos "pobres"...
não há dúvidas de que o mundo perde com tantos conflitos e com tanta mentira...
e minha idéia de democracia não é aquela que condena, pré julga e assassina.

abraço de paz "

Enne Moreira Lima



OBS.: Blog aceita colaborações como essa. Grato!

sábado, novembro 06, 2010

HUMILHAÇÃO É DIVERSÃO?, É RECEPÇÃO ACADÊMICA?


A violência, no interior dos campi, vai se avolumando como modismo, iniciando-se sob o manto encobridor da calourada, da recepção de calouros e do trote. Até quando vamos tolerar atitudes bizarras como brincadeiras?

A barbárie parece querer se vingar do conhecimento civilizatório, da ordem humanista. Cada vez mais o pensamento crítico, analítico, sistemático e reflexivo tem que ser rebaixado e se submeter aos imperativos da noção comum, da pré-noção e do achismo. No lugar de uma racionalidade para a paz e desenvolvimento civilizatório, cultiva-se a instrumentalidade da razão para o mal, para alimentar o horror no micro-cosmo social. “O intolerável não pode ser tolerado!”

"Fala-se de uma ameaça de regressão à barbárie. Mas não se trata de uma ameaça, pois Auschwitz foi a regressão; a barbárie continuará existindo enquanto persistirem no que têm de fundamental as condições que geram esta regressão. É isto que apavora." (Adorno)

São nos micro-espaços do cotidiano social que o mal vai se perpetuando silenciosamente. É por aí que vão se firmando a banalização do mal (Arendt) e o cultivo no neo-conservadorismo que, segundo Laclau, coloca a ampliação da revolução democrática como sendo “excesso de democracia” e provocando, ao mesmo tempo, uma onde de igualitarismo que faz com que a sociedade fique ingovernável.

“Eduquemos no sentido da auto-reflexão crítica e nos dediquemos à tarefa de esclarecer, para que se produza um ‘clima intelectual, cultural e social’ que não permita a repetição de Auschwitz. O primeiro passo é repensarmos nossas práticas como educadores e nos indignarmos com tudo que nos lembre Auschwitz...” (Fábio Freitas)

Essa bestialização do espaço acadêmico precisa ser contida antes que seja tarde demais. Puxar pessoas por corda não é uma recepção acadêmica.

sexta-feira, novembro 05, 2010

GOZANDO COM O PIRULITO ALHEIO


Há os que gozam da glória por esforço e talentos próprios, mas há os iludidos que, sob o brilho alheio, ignoram a escuridão em que estão imersos. Esses últimos são os que gozam com o pirulito alheio. Sem nenhum talento e esforço aproveitam as sobras da glória alheia para se vangloriarem.
Seus olhos já estão ofuscados de tanto  olharem para os iluminados. Babando...

Por outro lado, essa situação de aliados do mandonismo não corresponde a uma ascensão, pelo contrário, é uma nítida condição de rebaixamento, pois passaram a ser meros paus-mandados ou capitães-do-mato.
Cegos pela vaidade e esperteza... acham que é uma vitória a posição que ocupam no interior do mandonismo. Não é vitória, é pura humilhação! Por quê? Porque os que outrora destilavam ódio e fúria contra a família Sarney... agora estão lhe servindo docilmente... (em troca de cargos e algumas comissões minguadas). Foram comer mansamente na mão do clã Sarney. Serão sempre tratados como membros de terceira categoria (baixo clero) dentro do clã. Lá tem hierarquia, a antiguidade por serviços prestados é posto e vale alta patente. 


Humilhação com todo requinte É o saldo, até agora, dessa adesão. Eis o legado dessas pessoas para a história.

Por outro lado, os ameaçados de expulsão, caso isso seja concretizado, vão deixar um legado bem claro para a história: não serviram ao mandonismo, não aceitaram a servidão.


Além disso, frustraram o senhor mandão de ver, antes de morrer, todos os seus opositores ajoelhados no eito do seu latifúndio! Ser expulso por não aceitar tal “parceria” política é uma honra. Ser punido e perseguido por não capitular às humilhações não é demérito, mas glória.

Não é ódio e nem rancor, senhor mandão, é convicção e crença em valores diferentes dos seus! Não queremos sua companhia política, só isso!

Seria mais coerente e digno não falsear, não criar álibis ridículos como: “corpo mole”, “falta de empenho” etc. O desejo e a deliberação de punir os não aliados já existiam. O plano era tolerar, usar nossos esforços em prol de Dilma e depois das eleições punir. Pronto! Não precisa essa dissimulação.

Os incomuns do Maranhão já são conhecidos por sua sede de vingança; estranho seria se eles não tentassem algo dessa natureza. Vingar e humilhar é um tipo de "sacramento" para  o clã mandonista.

O PT, desde o último congresso, firmou um novo modelo de ser: partido de cúpula, verticalizado, tendente a eliminar o basismo como campo de disputa e de formulação coletiva. O PT tende a ser um partido de cúpula, de poder verticalizado. Chegou o tempo de estiagem para as tendências não subservientes ao poder central.

Alguns colegas, agora acusados de terem traído Dilma, fizeram defesas calorosas em prol de Dilma. Esforço inútil, pois nem Dilma e nem ninguém da cúpula do PT estão valorizando a militância desses companheiros. Eles acreditaram na possibilidade de ser PT e Dilma sem ser sarneyzista. Nunca acreditei nisso. A ameaça de expulsão deixa claro isso!

Como já disse, o PT que existe hoje no Maranhão é o PT da aliança Dilma/Sarney/Lula. Apoiar Dilma é apoiar Roseana, sem isso vai para o paredão. É isso. O PT do Maranhão para Dilma é o PT dos que estão com Roseana no governo. Os filiados não-aliados dos Sarney podem ser descartados tranquilamente. 
Quem sabe o amanhã...?

terça-feira, novembro 02, 2010

LULA E O SALDO ELEITORAL DO PT- A FORÇA VERMELHA

É certo que o Partido dos Trabalhadores (PT) ainda não consegue barganhar o mesmo número de prefeituras como o PMDB, particularmente nos milhares de municípios pequenos e médios. Dos 5.561 municípios existentes, até o momento, a fatia do PT ainda não é robusta, mas está à frente de uma parcela de municípios importantes, expressivamente populosos e ricos.

Por outro lado, o PT conseguiu conquistar o governo de quatro estados e mais o distrito federal. Destacamos que dois estados e o distrito federal estão entre os maiores PIB e também com significativo número populacional. Isso é mais que suficiente para perceber a importância e dimensão do campo de influência do partido. Não só isso, o partido carrega uma responsabilidade administrativa grande independentemente de estar à frente da Presidência da República.

O PT ainda está diante do desafio de programar um modelo de gestão local reconhecido e eficiente sem o atrelamento ao sucesso do governo federal. Isso diz respeito aos continuados acréscimos de competência sobre os municípios. Tanto os governos estaduais como o federal estão colocando sob a responsabilidade do poder local a prestação e execução de diversos serviços, mesmo sem ainda estarem instrumentalizados e organizados para efetivar tal gerenciamento.

O ponto da questão é: voltar ao mote das administrações locais diferenciadas, difundido pelo PT antes da chegada de Lula à Presidência, e que ficou ofuscado pela popularidade e performance do mesmo.

Lula tinha ao seu favor sua origem, sua história que o escudava, pois ativava o sentimento de culpa de parte da sociedade brasileira, tendente a não aceitar os ataques mais frontais contra “pessoas simples”, pois carregar oculta a vergonha da desigualdade social explícita.

É hora de entrar em cena o pano de toureiro para desviar a atenção do touro. Creio que vem por aí o efeito lacuna produzido pela saída de Lula.

É hora de Partido! Voltar a marcha partidária diminuída pelo alargamento do carisma da figura do Lula. Número e recursos o PT tem!

 

 SEM PROPOSTAS - ELEIÇÃO PRESIDENCIAL 2022 O que tem movido os eleitores brasileiro diante das candidaturas à presidência da República este ...