O
Maranhão merece respeito! Mas é esperar demais de quem construiu uma carreira
de "sucesso" à custa de uma pilhagem do Estado.
Não
causa espanto o fato de bandidos serem alçados à condição de personagem
de campanha política. Vivemos uma extrema miséria política.
Os fins e
os meios dessa ação criminosa contra Flávio Dino revelam, de forma banal, a
desqualificação dos beneficiados com isso. Principalmente para quem a
ética não significa nada (relativismo absoluto).
A
tradução é bem simples: só criminosos possuem vínculos estreitos com criminosos
desse naipe. Ou, melhor dizendo, só um criminoso poderia querer tirar
tamanho proveito com um crime desse tipo.
Não
existe surpresa. O estamos vivendo é uma miséria política sem precedentes. Não
se pode esperar outra coisa. O nível é tão baixo e desrespeitoso que desmerece
qualquer atenção maior.
Lamento
que pessoas que se dizem de esquerda, libertárias e do campo progressista
fiquem em silêncio, em uma espécie de omissão-cúmplice diante desse ato covarde
e desleal contra Flávio. Quem é essa gente também?
Flávio
Dino só precisa ter a paciência de esperar o momento certo para responder de
forma lapidar a essas agressões. Ganhando o governo não pode ter postura
vacilante e dúbia igualmente ao governo da libertação. Não, não pode deixar de
ser contundente.
Desconstrução
das referências simbólicas tem que ser uma das primeiras tarefas. Isso passa
por restabelecer nomes originais de logradouros públicos, que foram rebatizados
por pura bajulação dos lambedores de pés. Precisa homenagear quem realmente
lutou e empenhou avida em grandes causas, que teve reconhecido popular,
quem obteve destaque nas artes e nas ciências. É preciso restabelecer os
símbolos oficiais do poder público (brasão do estado) nos órgãos e entidades
estatais, contrariando o personalismo e patrimonialismo que desfigurou o nosso
estado. É prioritário saber usar de forma transparente e legal duas coisas que
ficam diretamente nas mãos de quem está à frente do Executivo: o cofre e a polícia.
Lembro-me
que fiz, durante o governo Jackson, a seguinte pergunta: Por que essa avenida
da UEMA foi batizada de Lourenço Vieira da Silva? Ninguém me respondeu nada.
Até hoje fico perguntando a justificação de tal homenagem. Pergunto agora: O
nome de Maria Aragão não seria mais legítimo para essa avenida? Logo em
seguida, ainda no governo Jackson, uma escola de ensino médio foi batizada de
"29 de outubro", construída dentro do campus da UEMA (são Luís).
Imediatamente após a esse fato... perguntei a um secretário: Por que não tiram
o nome do filho de ACM da avenida que passa ao lado centro de Convenções? Ele
me respondeu: "É preciso criar as condições". Pergunto agora: o nome
do Gov. Jackson Lago não é mais apropriado que o nome do filho de ACM para essa
avenida? Pois bem, Jackson foi cassado e Roseana assumiu o governo e logo na
semana seguinte a escola "29 de outubro" virou "Paulo VI".
É assim...
A
linguagem (sob todas as suas formas) é meio para construção de hegemonia...