Na foto: o poeta Chacal, ontem (01/12/12) no Ceprama.
O poeta fez uma palestra abordando sua trajetória literária, destacando sua participação no movimento que denominou de poesia marginal. Marco cultural da década de 70/80.
Na sua definição a poesia marginal surgiu como um cordel urbano precário, tentava colocar no papel e para os olhos as influências do pop e rock n' roll e marca o início das experiências urbanas de uma sociedade de consumo. "Fala do que as pessoas faziam no cotidiano".
O poeta fez uma palestra abordando sua trajetória literária, destacando sua participação no movimento que denominou de poesia marginal. Marco cultural da década de 70/80.
Na sua definição a poesia marginal surgiu como um cordel urbano precário, tentava colocar no papel e para os olhos as influências do pop e rock n' roll e marca o início das experiências urbanas de uma sociedade de consumo. "Fala do que as pessoas faziam no cotidiano".
Afirmou que, no início da sua carreira poética, não conhecia muito de poesia. Sua ideia de poesia era a da escola, a poesia clássica e parnasiana, e que as via como chatas. Desconhecia Bandeira e tantos outros poetas modernistas. Até que um dia conheceu a obra de Oswald de Andrade e achou ali a maneira como queria fazer poesia.
Os primeiros livros foram impresso através do mimeógrafo a álcool e vendidos por ele mesmo nas ruas. Confessou que logo no início a poesia marginal foi duramente criticado pela academia (centro acadêmicos: universidades etc) que a denominou de poelixo. Os primeiros reconhecimentos aconteceram por partes de artistas como Caetano, Gil, Torquato Neto..
Há vinte anos coordena um projeto cultural que promove saraus, recebendo patrocínio da Prefeitura do Rio. Segundo o poeta, é assim que consegue pagar suas contas todo mês.
"quanto mais louco lúcido estou
no fundo do poço que me banho
tem uma claridade que me namora
toda vez que eu vou ao fundo
me conformo quando nado
me convenço quando afundo
no fim do fundo eu te amo"
Delírio Puro - Chacal, 1972.