A nossa sociedade acha a condição
de professor linda e digna. Enquanto ficar só nessa percepção estética e moral
a carreira não vai ser valorizada profissionalmente. O reconhecimento
profissional, entre outras coisas, implica em remuneração compatível e
correspondente ao grau de complexidade das tarefas e ao grau de exigência de
especialização, titulação e produtividade. A autoestima profissional não deve
ser desassociada de uma remuneração capaz de prover uma sobrevivência digna e que
recompense os esforços. Que prestígio social é esse para uma carreira mal
remunerada? Sacerdócio? Não. Professor é uma atividade de profissionais.
Ganhos de um professor por
atividades:
- Orientação de monografia.
Remuneração: NADA;
- Elaboração de questões e
exercícios inéditos: NADA;
- Elaboração e confecção de
material didático: NADA;
- Orientação em projeto de
iniciação científica: NADA;
- Atendimento ao aluno extra-sala,
via e-mail etc. : NADA;
- Participação em banca de
monografia: NADA;
- Isenções de impostos
relacionadas às atividades laborais: NADA;
- Auxílio ou desconto para
aquisição de livros e recursos didáticos: NADA;
- Desconto nas bilheterias dos
estabelecimentos de eventos culturais e de lazer: NADA;
- Horas de digitação: NADA;
Não basta só a paralisação tem que
existir a recusa: não lançar notas, não orientar, não fazer projeto etc., até
que essas atividades sejam devidamente remuneradas.