terça-feira, outubro 21, 2014

Maranhão esperando o governo Flávio Dino



Tenho dito que dois textos sobre política no Maranhão são suficientes para qualquer um ficar repetitivo. 
Sobre as condições socais e econômicas do Maranhão já produzi diversos textos nesse blog. Para o leitor ficar mais situado cito alguns:

- A elegante boçalidade (04/01/10)
O senhor seria a alternância? (19/04/10) 
- Indignados, mas por amor (26/09/10)
- Os barões da miséria (15/11/10)
- Moeda de vidro: a política do Maranhão (23/01/11)
- Os de Direito (13/03/11)
- Maranhão rico é o último em arrecadação por habitante (22/08/11)
- Natal, ostentações, perversidades, asneiras e esperança (17/12/11)
- O infinito reduto da perversidade (30/01/12)
- Mínimos a mais: acorda rainha (27/02/12)
- A global crítica do Bolsa família (16/06/12)
- O capitalismo bolinha (21/07//12)

Nesses textos usei conceitos como: pilhagem, patrimonialismo, miséria, pobreza, capital produtivo, arranjos produtivos, renda, empregabilidade, livre iniciativa etc. aparecem no esforço de ressaltar a dinâmica social, política e econômica local. Enfim, um esforço de caraterizar o nosso ethos e o contexto em que ele existe. É óbvio que tratamos de tudo isso com referência a uma economia capitalista e de livre mercado. Essa questão ainda tem importância porque a economia do Maranhão ainda não barganhou certas condições no contexto da economia capitalista moderna, aberto pelos anos 30. Ficamos, ao longo dos anos, em desvantagem em relação aos outros estado da região e em desvantagem  aos outros estados de outras regiões, principalmente, ao chamado centro-sul (que concentrou todas as vantagens do modelo de desenvolvimento impulsionado a partir de 1930).

Estamos em uma economia de hegemonicamente capitalista, mas sem ter experimentado um grau significativo de industrialização, sem capital produtivo e diversificado e sem ter constituído classes médias significativas. Tudo gravita em torno do Estado (maior comprador e empregador) que, por sua vez, depende muito de repasses da União. O mercado existe praticamente na dependência do consumo dos servidores públicos e dos beneficiários do programa federal de transferência de renda. Eis o grosso do consumidor.

Essa conversa de modernizar a economia em moldes capitalista não é nova, isso já era falado em 1966 pelo grupo do Sarney. Reclamavam do atraso e queriam fazer o capitalismo acontecer no Maranhão. Os termos "Novo" e "Moderno" eram constantes nos discurso da década de 1960, eram o mote da época. Os caminhos e as estratégias adotadas pelo grupo Sarney deu pouco resultado para a sociedade como um todo, particularmente em reduzir desigualdades, ampliar e diversificar os setores produtivos, elevar rendar e reduzir a dependência direta do Estado. Todos os lances e projetos desse período é uma longa história e não vamos tratar aqui (agora). 

Hoje o Maranhão inteiro vive uma enorme expectativa em torno do governo de Flávio Dino. A grande maioria deve, pelo voto que deu, estar torcendo pelo êxito, mas também é visível uma certa reserva. A última tentativa de alternância deixou seu legado e as lembranças do governo Jackson ainda são fortes. 

Certo e líquido é que esse novo governo precisa ser, no mínimo, regular para evitar uma enorme decepção. Mas, pode e tem condições de ser mais. 

Cabe ressaltar algumas coisas que recairão como exigências sobre  o governo de Flávio, a saber: 

1- A campanha foi toda feita contra uma oligarquia.
Logo o povo vai querer uma prática de governo que seja diferenciada das práticas oligárquicas. Práticas oligárquicas podem existir em qualquer governo, mesmo dos que  dizem combater oligarquia. 
Vide o que foi plantado na Prefeitura de São Luís por aqueles que mais discursaram contra a oligarquia nos últimos 25 anos. 
Tem que existir algo significativamente diferente quanto as finalidades públicas e de interesse coletivo e as finalidades privadas de interesse de um pequeno grupo de privilegiados. 

2- Nepotismo, outro elemento muito citado e criticado. 
Não cabe mais ver na folha de pagamento do Estado o nome da vovó, da titia e dos sobrinhos dos secretários, dos assessores etc. Toda essa legião de parentes acomodada em cargos comissionados e sem trabalhar deve acabar. Essa é uma das mudanças que o povo quer ver.  

3- Eliminar o sistema de casta ou estamental existente. Existem diversos indivíduos no Maranhão que vivem a partir de um direito de privilégio por nascimento e linhagem. São pessoas que usufruem de um imenso conforto e boa vida por um bizarro "direito" de ganhar dinheiro público sem trabalhar, muitos nem vivem aqui. O corte tem que ser linear e geral. Sem exceções e complacência A, B, C... pois a primeira exceção gera uma série de exceções em cadeia. Esse direito de privilégio é da nobreza, vida ociosa, sem trabalho. No capitalismo a burguesia enricou foi com o trabalho (o seu próprio e com a exploração dos outros assalariados). 

4- Quebrar o privilégio de algumas empresas de não pagarem os impostos devidos. Cobrar os inadimplentes com a receita estadual. Aperfeiçoar a fiscalização da receita estadual no combate a sonegação. Só com isso o governo do estado já teria dinheiro para pagar os salários de mais 5 mil policiais. 

5- Reduzir esses gastos abusivos com propagandas. É ridículo o gasto de milhões e milhões com comerciais de governo sem utilidade pública, só para enaltecer as supostas grandosas ações do governante. Esses milhões não gastos com propaganda garantem milhares de fossas sépticas biodigestoras nos povoados rurais. 

6- Mudar a estrutura administrativa e o modelo de gestão. Sem isso não vai conseguir governar e vai ser sistematicamente sabotado. Começa mudando as instâncias de comando/deliberação e os fluxos dos processos. Não precisa mexer com ninguém de carreira. Só precisa mudar algumas atribuições e competências.

7- Aluguéis de prédios. Hoje até escolas estão em prédios alugados. Esses aluguéis não atendem critérios republicanos e técnicos, mas para satisfazer interesses de aliados e apadrinhados. Muito com valores abusivos. É preciso tirar as repartições públicas do aluguel. Parte do Santa Eulália que já foi degradado desde o governo Cafeteira pode aplicar inúmeros prédios com finalidade administrativa. Inúmeras outras áreas podem abrigar prédios com tais finalidades. 

8- Aumento do nível de renda familiar per capita. A maioria dos chefes de família que possuem algum tipo de ocupação possuem renda baixíssima. Alguns arranjos produtivos locais possuem grande capacidade de absorver mão de obra, mas são de lucratividade baixa e de salários baixos. A questão é como aumentar os rendimentos, os salários, a produtividade, agregar valor a esses produtos, aperfeiçoar as técnicas etc. 

9- Atrair empresas. Sou a favor de todo e qualquer programa de apoio aos industriais locais, mas é preciso atrair mais empresas para cá, que introduzam novas tecnologias e assegurem mais empregos. É só oferecer vantagens e impedir a cobrança de ágio. 


10- A produção alimentar básica: arroz, milho, feijão, mandioca. É preciso desmitificar monocultura e agricultura familiar. Monocultura só é preocupante quando toda a economia local é pautada apenas em uma dada cultura. Grande ou pequeno produtor que cultive apenas uma planta é monocultor. A produção consorciada precisa ser incentivada e o foco tem que ser a produção alimentar. Um setor que está totalmente deficiente é a produção de hortaliças e frutas. Só garantir a terra não é suficiente, só distribuir sementes também não.. Além da assistência técnica tem que existir um incentivo à produção e ao aumento da produtividade. Mas isso precisa ser articulado com uma política de escoamento, processamento e preço. É importante estimular uma cultura de empreendedorismo rural junto aos pequenos produtores rurais.

11- Eliminar o esquema de grilagem de terra contra as comunidades tradicionais. E desarticular o esquema de liberação de licenças ambientais etc. 

12Saneamento. Se começar a despoluir um rio  já será alguma coisa. Implantar um sistema de tratamento de esgoto eficiente e moderno. Não basta só fazer a captação e o escoamento, o esgoto precisa ser tratado. É preciso renovar a CAEMA e eliminar o sangradouro lá instalado. 
Investir em segurança hídrica. Além de um política séria de preservação rios e reservas de água. No Maranhão qualquer indivíduo abre um poço a hora que quer e sem fiscalização alguma. 

Isso é bem pequeno diante do conjunto das demandas existentes. Demandas críticas como Segurança, Saúde e Educação nem foram citadas, mas representam o grosso do Desafio, que não vai ser nada fácil para o próximo governo. 

O que foi acima destacado foi para dizer que não cabe ao próximo governo muitos erros e descuidos, 2018 está bem aí... (Vide a Bahia)

Qualquer juízo desarmado... coloca um crédito de 20 meses de espera para primeiros resultados.... Significativos! Torcendo!!!! 

Novas Ideias, governo novo e uma ameaça sempre presente.

"Reestruturou a economia do país, com a concomitante criação de oportunidades de trabalho para mais de 6 milhões de desempregados.
Criou o seguro social, com programas de acesso a moradias populares.
Promoveu políticas de apoio e valorização à maternidade.(...)
Promoveu políticas de apoio e incentivo ao trabalho urbano e rural, considerando este básico para o fortalecimento da estrutura social, dada a sua importância na solução das necessidade básicas alimentares da sociedade.
Incentivou a indústria, inclusive na área de transportes pesados e de passageiros. Além da ampliação da rede de rodovias e ferrovias, merece menção o programa de construção de um carro popular que apresentasse boa qualidade e mecânica simples, com preço que atendesse às classes menos favorecidas e viabilizasse sua ascensão social..."

O governante que fez tudo isso era filiado a um partido de Trabalhadores. Esse homem foi ADOLF HITLER.

sexta-feira, outubro 17, 2014

O PT virou boneco de ventríloquo


O Brasil precisa mudar muitas coisas. Mudar para garantir a vida democrática e republicana em um Estado de Moderno. 

Esse tipo de campanha eleitoral precisa acabar. Horário eleitoral gratuito e o tempo é ocupador por terceiro. Lula fala e a candidata não fala. O programa deve servir para o candidato, quem vai ser votado se pronunciar. Absurdo total. A outra bizarrice é o uso de pronunciamentos de terceiros editados, captados de outros programas. O uso hoje da fala da Marina para atacar Aécio é um tipo de prática que deve ser vetada. Dilma tem o tempo igual de propaganda, ela deve fazer ou falar algo contra Aécio. Isso é deplorável e a legislação deve vetar essas práticas. 

Não tem como ficar estarrecido com essas campanhas. O PT está revelando uma esquizofrenia total. Recentemente desqualificou Marina de todas as formas. Ridicularizações e xingamentos. Chegaram a dizer que ela não era confiável, não merecia credibilidade, porque mudava de ideia toda hora, era comandada por pastores. Como agora usam a fala de Marina para atacar Aécio? Agora a fala de Marina tem credibilidade e devemos acreditar? Sinceramente... 

A Dilma não fala mais nada sem o auxílio do marqueteiro. Se na primeira eleição de Dilma as pessoas a elegeram "votando no Lula", agora parecerem que vão votar nela e eleger o marqueteiro. 

O que fica claro é que o PT está virando boneco de ventríloquo, não tem voz própria e precisa da voz alheia para dizer algo. Será que o próprio PT tem o sentimento que a sua voz não tem mais credibilidade? 

Segundo Turno: a escolha entre corrupções

O PSDB queria o PT e o PT queria o que PSDB. Esse dois partidos são os verdadeiros autores do avanço do conservadorismo reacionário na política brasileira. Praticamente traíram as lutas e as aspirações democráticas que vinham avançando desde o período ditatorial. Ao assumirem o poder, alternadamente, frustaram as expectativas de uma composição de centro-esquerda e uma aproximação programática de fortalecimento de democracia, ampliando o grau de participação e o empoderamento da sociedade civil organizada. Ao contrário disso, agregaram e alimentaram todos os órfão da ditadura, principais aliados da ditadura paulatinamente assumiram o centro do poder no período pós democratização. O que acabou fortalecendo e ampliando a bancada conservadora de tipo reacionária. 

Hoje, depois de dois governos do PSDB e três governos do PT assistimos uma arenização da campanha eleitoral. A esquerda tão garbosa de um domínio intelectual que sempre se julgou bem acima de todos, efetiva em versão piorada os embates e recursos nos moldes da velha Arena e suas inúmeras sublegendas. Discurso que despreza o interesse público e a exigência mínima de inteligência. mentiras, farsas, vitimismo, jogo de distração e muita baixaria e patrulhamento. Não podia ser pior para a democracia e para a república, tendo em vista que de ambas as parte a coisa pública nem vagamente é alguma coisa. 

No futuro a pergunta será: Em qual das corrupções você votou em 2014. Triste! Triste ver o protagonismo dos que falavam e discursavam ser o avanço, a superação do autoritarismo, os defensores da liberdade e da ética. Pois é, ele falavam de ética no passado. A causa, sem dúvida, foi parar no lixo. Viva a vitória da direita, mesmo que travestidos de esquerda! 

sábado, outubro 11, 2014

Brasil: Corporativismo, corrupção e fingimento

Vejo um monte de servidores abraçarem a seu grande universo político: o umbigo. O corporativismo é a maior força reacionária e anti-transformadora que existe nesse país. Impede qualquer coisa de avançar, seja qual for a matriz da mudança (liberal ou qualquer outra). 

O corporativismo sempre grudou e alimentou o autoritarismo. O "meu" é sempre acima do interesse coletivo. A tal virtude civil não existe, o que existe é o interesse restrito das categorias profissionais e do funcionalismo público.   

Essa relativização e o fingimento de que a corrupção e diversos outros crimes contra a coisa pública não importam é um ato declaratório desse corporativismo exacerbado. 
As questões de ordem pública, o interesse geral, as grandes questões nacionais ficam secundarizadas e a probidade administrativa, a transparência, o respeito e o dever diante da coisa pública acabam restrita a uma ficção jurídica, mera formalidade legalista. Pois são facilmente relativizados e, vergonhosamente, ofuscados por questões irrelevantes, mentiras, promessa vazias, bravatas, chacotas etc. 

São só os políticos os culpados? Não. Essas mentiras, bravatas, falsas promessas e os ofuscamentos das questões públicas são álibis para a sociedade representar algo que ela diz ser, mas que ela não é. Toda essa corrupção faz parte do ethos geral, só que existe na forma charmosamente envergonhada. Brasil!!!!

sexta-feira, outubro 10, 2014

PT/PSDB: os donos do mesmo pior

Não vejo essas diferenças significativas entre PT e PSDB enquanto governo. Ambos seguiram a receita neoliberal. Mas vejo muita diferença enquanto oposição: O PSDB não sabe e não faz a oposição necessária. O PT sabe ser oposição, fez a oposição necessária no passado e certamente será uma forte oposição se perder a eleição! 

Vou dizer o seguinte: fui do PT e conheci muito bem o partido na oposição, também cheguei a conhecer no governo. No período de governo do PT fui mudando de ideia e perdendo a identificação com o partido. Não criei nenhum problema lá dentro não criei inimigos. Fiz o que devia fazer: Saí. Sem reclamar nada. Nenhuma carta espalhafatosa culpando A , B ou C... 

Vive os dois governos do FHC e, garanto, tive vários prejuízos, politicamente deram um golpe no processo de avanço da democracia. O tipo arrogante, elitista do FHC é um absurdo. 

Porém, o PT não reverteu o golpe contra o processo democrático, evitou a reforma política, seguiu a mesma cartilha econômica e deu abrigo aos mesmos senhores fósseis da ditadura (Extrema DIREITA). E, em campanha, revelou uma face extremamente fascista, stalinista. Absurdo esse tipo de campanha. 

Não voto só pelo ANTI ...anti não é projeto e nem programa político. Não sou anti-PSDB e nem anti-PT. Como ambos se equivalem e não concordo com eles, não posso fazer o voto ÚTIL, pois será inútil diante do que acredito e defendo. Diante disso..fico em paz no DIREITO de discordar, de ser contra. Esse estado de coisa que vivemos na política foi produzido por PT/PSDB, votar nulo é posicionamento, omissão é não se manifestar, não fazer a crítica e não fazer oposição. Estou em oposição a ambos. Voto NULO!

domingo, outubro 05, 2014

Flávio Dino eleito: Festa é festa; Governo é Governo...tomar o poder é sempre bem mais fácil que reconfigurar seu exercício


Não fui na comemoração de Flávio porque lá está cheio de gente comemorando Dilma também. Além daquela ala composta por uma espécie anti-republicana e anti-democrática. Depois ..o que vai mais importar é a gestão, a forma de administrar e tratar a coisa pública: a qualidade do governo e seus resultados.
Tomada de poder é sempre festiva e o decorrer do exercício do poder é sempre outra coisa. Torço para que seja exitoso o mandato de Flávio, porque o desastre recairá sobre  todos os mortais que trabalham muito, pagam enormes impostos e que não gozam de serviços públicos de qualidade. Eu, vocês e demais membros das classes trabalhadoras...
Crédito de 1 ano e seis meses para Flávio... tempo suficiente para respirar e colocar a máquina para funcionar em defesa do interesse público.

2º turno no Brasil vai ser mais do mesmo


Se #Marina entrar na campanha de Aécio comete um suicídio político, pois enterra o seu discurso de romper com u dualismo PT/PSDB. Como vai sustentar a Nova Política? .
Marina não teve partido, nítida sabotagem de parte do PSB, entrou atrasada, em três debates adotou uma tática equivocada de passividade, aceitou muito ataques sem atacar e faltou veemência e ser melhor auxiliada. Reagiu tarde, quase não questionou os erros do governo, não explorou os dados que desautorizavam a tal experiência e competência de Dilma e, o mais grave, não teve coragem de fazer críticas a Lula...e aquele choro magoado foi péssimo! 
Aprender com os erros, montar partido e equipe mais afinada e competente. 

O Nordeste vai decidir essa eleição para Presidente. Aécio ficou em terceiro em todos os grandes estados da região e só ficou em segundo nos menores. Ele vai ter muita dificuldade de atravessar a Bahia. 

A propaganda eleitoral com invasão de privacidade e o paradoxo do sarnísmo


O Brasil..está abaixo do mínimo da densidade moral tolerável e se a maioria repetir essa continuidade de dois nomes PT/PSDB é algo digno de extrema preocupação. A suposta subida de Aécio que estava estacionado há tempos..Não tem uma explicação a não ser no PT. É até provável que o PT esteja convertendo voto para Aécio..visando escolher o candidato mais fraco no segundo turno. 

Por aqui o absurdo já é rotina.. e hoje, logo no dia do meu aniversário, recebi uma mensagem de um número que não consta na minha agenda. Como, em um Estado de Direito, um indivíduo sai pegando dados alheios, invadindo a privacidade do cidadão para fazer campanha? Isso é nefasto! Assisti todos os programas eleitorais na TV. É essa mensagem desagradável e patética que me convencerá a votar em Edinho? Absurdo. Até quando essas instituições serão cúmplices dessa asneiras? 

Essa eleição coloca em relevo um paradoxo no sarneísmo. Vejamos como: Sarney Filho nunca teve a oportunidade de ser o candidato do grupo ou família. Qual a alegação ou motivo para tal? Os Sarney deram o governo do estado para Luiz Rocha, João Castelo, Zé Reinaldo. Todos eram mais preparados que Sarney Filho? Questão que carece resposta. Edinho é mais preparado e com maior lastro eleitoral que Sarney Filho? Por que novamente Sarney Filho não foi candidato a governador? O grupo não deixou para protegê-lo? Se foi... Edinho se impôs para ser o encarregado de sofrer a alargada derrota. Isso que é uma auto-sabotagem. 


sábado, outubro 04, 2014

Inédito: debate político vira auto-exorcismo

Essa campanha já tem seu próprio mal.para seu dia. Foi uma campanha deplorável em todos os sentidos. Não empolgou, não foi pedagógica e não despertou o prazer pela política. Ao contrário disso, despertou o nojo, a aversão e a associação da política com desonestidade e pessoas sem escrúpulos. Resumindo... política não presta! 

Desde o início a campanha foi tomada por um excesso de baixarias e, como consequência, os debates não tiveram consistência e de pouco foco na ordem pública. Aqui predomina um embate pessoal sem ideias, as propostas são muito genéricas e algumas fantasiosas. Porém, como se não bastasse esse mal para tal dia, eis que veio o excesso de tudo: um candidato a governador encenando uma pregação exercita sobre si mesmo um exorcismo.. Foi  o primeiro auto-exorcismo religioso com efeito político. 

Essa campanha tem que ficar como símbolo do fim de uma época e um passo para a dissolução do mandonismo no Maranhão. 




 SEM PROPOSTAS - ELEIÇÃO PRESIDENCIAL 2022 O que tem movido os eleitores brasileiro diante das candidaturas à presidência da República este ...