domingo, julho 29, 2012

Pin-Up e os arrumes da imagem



Nas Décadas de 40, 50 a ilustração tinha espaço central em todas as revistas e comerciais americanos, o artistas Gil Elvgren (1914-1980) virou um ícone desse estilo. Fez peças que até hoje encantam. Gil Elvgren colocou as mulheres de forma sensual e inocente dentro de um mundo em que a nudez era total heresia. A piscada foi uma das marcas de sua ilustração, nas pin-up girls. Curvas e volume caracterizavam as belas de Elvgren.

Mas, observando as modelos e os cenários sobre os quais produzia, fica fácil perceber como o artista fazia seus ajustes e as curvas originais da modelo eram alteradas para o resultado desejado. Isto é, o “photoshop” não inventou o “melhoramento” para produzir a imagem mais aceitável do grande público. No entanto, Elvgren não era um mero aplicativo, um software pronto para downloads intermináveis, mas um artista e em Arte.


Durante a minha infância vi revistas americanas na casa de minha tia, uma de suas clientes a levou para que ela olhasse uns modelos de roupa, elas continham inúmeros Pin Ups comerciais de diversos produtos. Fiquei encantado, um espanto. Vi que não era foto e me perguntei: como fazem isso tão bem feito? Salve a bela e boa ilustração. 

quinta-feira, julho 26, 2012

Governadora, faça o serviço completo




Senhora Governadora, por compaixão.... faça o serviço completo. Estenda a via expressa até o Atlanta Center (entrada da Lagoa da Jansen), passando por detrás do colégio Reino Infantil... Esse trecho vai melhorar o tráfego nessa área, o acesso à ponta d'areia e vai ajudar a justificar tal obra como útil. 
Os acessos hoje existentes já estão congestionados. Engarrafa ao lado do Banco do Brasil e ao lado do Monumental. Essa entrada antes do Armazém Paraíba... ajudaria muito o acesso à nova avenida. 
O que pode no Vinhais Velho não pode no Renascença? 
Nós... contribuintes agradecemos!

terça-feira, julho 24, 2012

"Verdades" eleitorais & quem é povo?



Quem é povo? Ou o que é o povo? Não sou desconhecedor das definições e dos sentidos clássicos dados  ao conceito. Falo o que é povo eleitoral, o que elege um dado candidato em certas circunstâncias.

Vejamos. Quinta-feira passada fui ao Banco do Brasil levar uns documentos, como sempre, aquela dificuldade para achar uma vaga no estacionamento. Depois de achar a vaga fui fazer o que tinha que fazer. Quando retornei encontrei, próximo a meu carro, um senhor com um crachá dependurado no pescoço, era o flanelinha. Ok. Liguei o carro, manobrei e quando fui entregar meu 01 real ao senhor e lhe fiz a seguinte pergunta: E as eleições? Quem ganha? Ele prontamente me disse: “É ..... (fulano)”. Argumentei sobre as deficiências já apresentadas pelo candidato. Respondeu aos meus argumentos da seguinte maneira: “ Não sabe que povo gosta de se iludir?”.

Pois bem, quem é esse povo? Pelo que pude perceber, esse cidadão afirmou quem vai vencer (na forma de uma propaganda), mas não quis assumir que prefere o candidato que citou. Será que ele estava chamando a si próprio de ‘povo que gosta de se iludir’? Ou é o preconceito de assumir sua opção? Assim como o brasileiro tem preconceito de ter preconceito, alguns eleitores teriam preconceito da sua opção política? Alguns teriam preconceito de serem conservadores?

Mas o caminho pode ser outro. Ou esse “povo que gosta de se iludir” é uma forma irônica de responder à violência como é tratada socialmente a vontade política dos setores pobres da população? Significativa parcela das classes médias culpam os pobres pela eleição dos maus políticos. Existe, entre nós, uma violência generalizadora que afirma que os pobres e analfabetos não sabem votar. Como se eles fossem despossuídos de todo e qualquer discernimento, consciência e percepção das coisas.

A questão não é só ter ou não consciência, mas também uma questão de opção. Passa pelo direito que cada um deve ter de poder optar. Quem opta diferente de nossas preferências não tem consciência? Grande parte do eleitorado não sofre de falta-de-consciência, mas de liberdade. É uma questão também de opressão, não só de consciência. Quem não é livre não escolhe. Eu não vejo sentindo culpar a vítima por tal crime. A outra parte dessa violência é achar que todo pobre é venal, que vende seu voto por qualquer coisa. Por isso, muitos têm uma crença cega no poder da “máquina” e na certeza da vitória de quem está no poder.

Essa história tem outro lado. Assim com ouvi o flanelinha, ouço, quase diariamente, as vozes dos setores intelectualizados. Aí tem uma coisa assustadora e sem crítica. O que é isso? A unanimidade em torno da ida de Castelo para o segundo turno. Ninguém em nenhum momento levantou a voz e exerceu acrítica para dizer que: se ele for para o segundo turno não é confirmação dessa “verdade”, mas a constatação que essa forma de publicidade funcionou.

Fico pasmo como alguns opositores do ocupante do governo não se dão conta que são os maiores marqueteiros dele. Se o ocupante do governo for para o segundo turno ainda vão comemorar o seu acerto. Se isso ocorrer o acerto será do ocupante do governo, que soube fazer a sua propaganda ao ponto de tornar uma inverdade em fato, utilizando-se dos opositores. A fórmula é repetir a mentira até que todos passem a considerar como verdade.
Quem é mesmo o povo que gosta de se iludir? O que fazem as classes médias?, como elas aderem a uma candidatura?, elas são sempre racionais, críticas, conscientes na escolha eleitoral? Que consciência é essa?

Ora, nem sempre a de vontade/intenção de votar na pessoa X é concretizada. As pessoas podem mudar de ideia, as pessoas podem esquecer-se de fazer o que diziam que iam fazer e muitos não são suficientemente livres para escolher, seja qual for o fundamento dessa não-liberdade.  Persiste então  a pergunta: quem é esse povo que vota em Fulano? Lembrando que Fulano é campeão em rejeição e desaprovação, com índices altos. A certeza da ida de Fulano para o segundo turno e de sua vitória não é só mito? Ou sua principal arma de propaganda eleitoral? Outubro... saberemos!

sábado, julho 21, 2012

O Capitalismo bolinha


O Maranhão tem um erro de soma incrível. A conta não bate. Há tempos venho comentando e tentando chamar a atenção para o fato. Mas todo meu esforço foi inútil até agora. 

Em que consiste essa conta tortuosa? É bem simples dizer como é a fisionomia, mas muito difícil detalhar o funcionamento e constituição do erro. Em resumo é o seguinte: No Maranhão tem riquezas, empreendimentos e empresas de portes incompatíveis com a potencialidade do mercado consumidor. Isto é, são negócios que não têm condições de sobreviverem às custas do mercado local. Fica então a questão: como sobrevivem? Logo vem uma alternativa de resposta: sobrevivem graças ao mercado externo. O que significa dizer que somos um estado altamente exportador.

A verdade não é bem essa. A exportação é basicamente assentada em minério e isso não tem gerado distribuição de riquezas e nem oportunidades maiores de lucro para além da Vale e da Alumar. Basta ver o índice de empregabilidade dessas empresas. 

Os dados sobre renda e ocupação mostram um mar de gente exprimida entre 0 a 3 salários mínimos. Quem está na faixa de 10 salários mínimos constitui uma elite, parcela pequenina da população. Os baixos salários indicam para concentração de renda, mas não explicam o porte de algumas riquezas e como certos indivíduos posam de empresários. Principalmente quando observamos que essa massa de assalariados são, em grande porção, funcionários públicos: municipais, estaduais e federais. O que mostra o quão dependente é o mercado dos salários dos funcionários públicos. O comércio não tem condições de se manter só com os assalariados dos empregados na iniciativa privada. Onde está então o capital produtivo? Como aparecem esses megas empresários da "iniciativa privada"? O que sustenta a prolifera desse rito de ostentação: helicópteros,  caminhonetes, carrões, apartamentos caríssimos etc. ?  

Outra tentativa de explicar é apontar os repasses e distribuição direta de renda através de programas sociais. É certo que quase 50% de cada R$10,00 que circula no Maranhão não é riqueza aqui produzida. Porém, esses repasses que visam distribuição de renda e combater a extrema miséria, não deveriam estar produzindo mais concentração de renda e nem manter empreendimentos que se apoiam no alto consumo, em venda de produtos e artigos de luxo. Então como surgem esses empresários e essas empresas lucrativas em um mercado como esse? 

Eis o capitalismo bolinha... Pois é, como diria os marxista, o capitalismo é hegemônico, sem dúvida a nossa economia desemboca no sistema geral, porém, aqui nem tem e nem nunca se constituiu uma fração social propriamente burguesa, enquanto lógica e estilo de vida. Não muitos arremedos disso, o que é a livre iniciativa aqui, sem atrelamento ao governo aos esquema políticos? Sem proteção política é difícil vencer uma licitação, conseguir financiamento mesmo nas entidades bancarias estatais. Como essas riquezas surgem? 

Em grande monta são empresas lavanderias, lavam e alvejam os tecidos conseguidos pela pilhagem do Estado. São riquezas que não são constituídas estritamente pelos meios regulados e consentidos. É um montante híbrido de negócio lícito (só de fachada) e acúmulos oriundos de superfaturamento, de propina, corrupção, agiotagem e, pasmem, de assaltos e demais crimes correlatos.  Não há mágica quando a questão passa por soma e subtração. Onde se produz X riqueza não pode aparecer riquezas equivalentes a X +4. Pois elas teriam que receber um aditivo originado em algum lugar. A origem? Recursos públicos que não chegam ao seu destino e nem cumprem a sua finalidade.  Como consequência temos a inexistência de serviços essenciais e obras essenciais em mais de duas centenas de municípios. 

Tudo isso que foi dito não é suficiente para explicar a complexa teia dessa promiscuidade criminoso com o modelo hegemônico de mercado. Trata-se um densa e complexa teia produtora de riquezas sem capital produtivo e apoiada em diversos crimes. 


Por outro lado, os homens de capa preta ficam operando, no silêncio do gabinete, a omissão cúmplice, que gera uma ciranda de impunidades e injustiças. A esse endinheirados não cabe o termo burguês, não chegaram a tal patamar, pois são notórios boçais.. Bolinhas da vida e seus impérios! 


sexta-feira, julho 20, 2012

São Luís: a barganha eleitoral através da inconsequência




No último domingo... notei inúmeros carros brancos fazendo serviço de táxi em frente ao salão do Chinelo de dedo. Detalhes: Três carros não apresentavam o selo do lado da porta, nada que o certificasse como táxi. Na verdade, nem o luminoso de teto possuíam. Sem falar no engarrafamento provocado nesse local, dificultando bastante o acesso ao Cohatrac.
Tudo indica que na prefeitura ninguém está preocupado com isso. O vale tudo eleitoral, promovido pelo atual ocupante da prefeitura, começa a tomar cores de desespero irresponsável. Basta ver que, ao lado dessa omissão do trânsito, em diversas áreas públicas estão surgindo novas barraquinhas. Essa prática reflete bem o atraso e caráter arcaico que predomina na classe política maranhense. Práticas e ideias viciados atravancando a construção de uma cidade melhor.

quinta-feira, julho 12, 2012

O CÉU É O LIMITE: MEGASSALÁRIOS DE JUÍZES E OUTROS DEUSES

Autor que não foi possível identificar


“Salários nos TRTs chegam a R$ 360 mil

Por JOSIE JERONIMO, LEANDRO KLEBER

Dezenas de desembargadores, analistas e técnicos dos  Tribunais Regionais do Trabalho têm remunerações astronômicas graças ao aporte da rubrica "vantagens eventuais".
Em meio à controvérsia envolvendo a abertura dos salários dos servidores públicos federais, estaduais e municipais, a divulgação parcial da folha de pagamento dos Tribunais Regionais do Trabalho (TRTs) mostra que há funcionários do Judiciário com rendimentos que ultrapassaram os R$ 300 mil em maio.

Levantamento realizado pelo Correio analisou o detalhamento da folha de pagamento de 20 dos 24 TRTs que já divulgam as remunerações dos servidores, mas omitindo o nome dos beneficiários.

Em pelo menos três regionais da Justiça do Trabalho, há desembargadores com rendimentos que ultrapassam a casa dos R$ 210 mil, incluindo inativos, como é o caso do TRT da 11ª Região, que compreende os estados de Amazonas e Roraima. Seis desembargadores inativos tiveram rendimentos de R$ 281 mil, R$ 277 mil, R$ 264 mil, R$ 218 mil, R$ 217 mil e R$ 211 mil.

Os megassalários se repetem no TRT da 2ª Região (São Paulo) e no TRT da 4ª Região (Rio Grande do Sul). Na regional gaúcha, há beneficiário com rendimento de R$ 366 mil. Em São Paulo, pelo menos 73 desembargadores receberam contracheque com vencimentos superiores a R$ 200 mil em maio.

As altas cifras são alcançadas pelo aporte das chamadas “vantagens eventuais”, que, somadas às gratificações por funções, vantagens pessoais e auxílios, engordam o contracheque. A maior parte da bolada se deve às vantagens eventuais, recursos pagos sem periodicidade definida e que não são atingidos pela regra do abate-teto, que determina o corte do salário sempre que o vencimento ultrapassar o limite de R$ 26,7 mil estabelecido pela Constituição.

O drible no abate-teto ocorre porque o grosso dos rendimentos dos servidores do Judiciário que ganham mais do que R$ 26,7 mil é composto pela Parcela Autônoma de Equivalência (PAE), regra de atualização dos vencimentos que têm caráter retroativo.                                                    
As distorções salariais provocadas pelo pagamento das vantagens eventuais não se limitam aos magistrados. A folha de pagamento dos TRTs também exibe centenas de servidores, de nível superior emédio, com remuneração acima do teto constitucional. No TRT da 8ª Região, dos estados do Pará e do Amapá, há um analista com rendimento de R$ 114,4 mil e um técnico recebendo R$ 83,4 mil em maio.

O TRT da 9ª Região (Paraná) também tem lista de pelo menos 18 analistas com vencimentos superiores a R$ 60 mil.

Transparência

Mesmo com a Resolução n° 102 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), de 2009, nem todos os tribunais adotavam critérios de transparência na divulgação da folha de pagamento. Dos 24 TRTs, 20 divulgavam a informação. Ontem, o CNJ aprovou nova resolução que regulamenta a divulgação dos salários dos magistrados e dos servidores do Judiciário.

De acordo com a norma, os tribunais terão até o dia 20 deste mês para tornar públicos os contracheques que compõem a folha de pagamento dos órgãos. A resolução indica que os tribunais deverão seguir molde semelhante ao do Executivo, informando nome, cargo, detalhamento da formação da remuneração e desconto que atinge o salário do servidor
Órgão federal da Justiça trabalhista, o Tribunal Superior do Trabalho (TST) já divulgou os salários de seus funcionários e magistrados. O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu informar os vencimentos e anunciou que até o fim desta semana as informações estarão na internet.

Entenda o caso
Dados na internet

A polêmica em torno da  divulgação dos salários dos servidores públicos federais começou com a publicação, na última quarta-feira, dos mais de 569 mil contracheques do Executivo no Portal da Transparência. A disponibilização dos dados na internet, com o nome do funcionário e os detalhes dos valores recebidos e descontados, é uma exigência da Lei de Acesso à Informação, sancionada em novembro de 2011.

Hoje, é possível ver quanto a presidente Dilma Rousseff, o vice Michel Temer e os ministros ganham por mês, incluindo os pagamentos de benefícios eventuais e jetons (verbas destinadas por estatais devido a participações em conselhos).

Sindicatos de servidores questionam na Justiça a legalidade da divulgação por entenderem que a publicidade dos dados invade a individualidade dos trabalhadores. Já as entidades que defendem a transparência pública argumentam que, como são os cidadãos que pagam os salários dos servidores por meio de impostos, nada mais justo do que saber como o dinheiro do Estado é gasto. (LK)"

Fonte: Correio Braziliense.                                                                                
Data: 04.07.2012

segunda-feira, julho 09, 2012

A Sociedade produtora do Lixo ou Sociedade do Lixo


A questão do lixo é uma questão do tipo de sociedade. Os problemas decorrentes do volume e da variedade de lixo é fruto de um valor dessa própria sociedade: o consumo. Não qualquer consumo, mas ele revestido de uma doutrina do descartável, do supérfluo. Nesse processo a embalagem vai ser a chave da propaganda para estimular o consumo. A embalagem passa a ser peça do marketing e da publicidade. 

O preço da embalagem é cada vez maior, porque precisa ser mais e mais elaborada para atrair o consumidor. Qual o destino da embalagem:  ser lixo. Ora, essa fórmula sequinha ou sozinho não teria e não receberia tantas adesões automáticas, nem teria o certo proselitismo em torno dela. Qual então o elemento legitimador da existência de tantas e tantas embalagens? A assepsia. 

O discurso envolvendo aspectos sanitários foi o recursos para garantir a industria da embalagem e da propaganda a ela relacionada. A necessidade da higiene favoreceu o império das embalagens e, em seguida, das embalagens descartáveis. A higiene convence a necessidade da embalagem e do descartável. 

A indústria das embalagens ganhou força pelo paradigma sanitarista. Os lixões estão repletos de embalagens. Por que os produtos não são condicionados em embalagens reutilizável? Por que os clientes não portadores de embalagens permanentes para recepcionar diversos produtos? Tecnologia não falta para efetivar tal processo. Por que não é feito? Porque se lucra mais com o descartável. Como quase toda embalagem é uma peça publicitária, isso afetaria tanto a indústria da propaganda quanto a poderosa indústria petroquímica. 

O lixo é a lógica material da sociedade do consumo. Lixo é igual a consumir. A sociedade que é pelo consumo também não pode deixar de ser seu próprio lixo sem se modificar enquanto sociedade. O problema do lixo é um imperativo histórico, social, econômico, político, cultural e, por tudo isso, que o mote ecológico não avançará sem ser transacionado em todos os níveis de interação social. 

sexta-feira, julho 06, 2012

Os que trabalham e não recebem vantagens


Hoje foi um belo dia. Passei a tarde vendo como pessoas trabalhadoras empenham suas horas para sobreviverem pelo próprio esforço. O comércio de alimentos tem sido uma grande fonte de renda para milhares de pessoas em São Luís. São pequenos empreendedores, cidadãos que resolveram montar seu negócio em busca renda. Essa atividades, somadas, em cada bairro, garantem ocupação e rendimentos mais que os "grandes" projetos instalados no município. No entanto, não encontramos ações governamentais que melhore as condições dessas atividades, abrangendo instalações, capacitação e condições sanitárias. A maior parte é feita no improviso e de forma precária. Porém, não falta boa vontade e determinação para conseguir sobreviver mais dignamente.

terça-feira, julho 03, 2012

Reconstituição do assassinato de Décio


Desde ontem estou refletindo.. sobre a postura do assassino do Décio. Fiquei observando aquele indivíduo. Vi várias vezes o matador procurar as câmeras. Ele não queria ficar fora de nenhum enquadramento. Com a cabeça empinada, olhava por cima para a plateia. Fazia pose como se estivesse querendo encantar o público com sua "arte". 

Deus me perdoe, caso esteja sendo injusto, mas aquele indivíduo não esboçou nenhuma preocupação, intimidação ou constrangimento diante dos cidadãos que estavam ali. Não demonstrava ser devedor de nada. Tranquilo, com "naturalidade" encenou cada etapa do seu ato de brutalidade. É um assassino em todos os sentidos. Aquele indivíduo que estava ali matar não tem implicação moral alguma. Que grupo e quais os elementos estiveram presentes no processo que deveria ser sua socialização primária? Que contexto e interdependência existiam por lá? 

Esse sujeito, autor da execução de Décio, mostrou que tem um total desprezo para com os nossos valores. Ontem desdenhou mais uma vez de nossas vidas, só isso! 

Além da dor, do sofrimento dos familiares da vítima é algo impagável. Mas os danos, em outra escala, também afetaram os proprietários do bar, que estão acumulando prejuízos   após esse acontecimento. Ninguém vai pagar por isso tudo? 

Alguns detalhes precisam ser destacado. Segura a arma com desenvoltura. Dentro do bar , durante a reconstituição, empunhou a arma e a levantou até a altura da linha de mira, enquanto fazia o deslocamento até o local onde alvejou o Décio. Não vi nada de muito leigo no deslocamento dele com a arma. Achei muito técnico. Quem treinou deu essas noções para esse indivíduo? Aprendeu tudo sozinho? Aprendeu assistindo filme? 



Pela reconstituição ficou evidente que ele não foi até o banheiro. Chegou no bar e entrou, fazendo uma trajetória diagonal até a vítima, que se encontrava sentada e de costas para a rua. Isso também explica a trajetória de um dos projéteis que saiu mais ao alto da cabeça da vítima. Na hora do ataque a vítima deve ter inclinado a cabeça para o lado o que possibilitou tal trajetória do projétil. A versão que circulava que o matador teria atirado quando voltava do banheiro, deixava esse tiro difícil para a trajetória de seguiu o projétil. 

Algumas pequenas coisas: Parece que havia uma urgência muito grande em executar o Décio naquela noite e que não podia mais se perder tempo. O que Décio teria para publicar? Como sabiam que ele faria algo no seu blogue e na quela data? Como esses implicados ficaram sabendo sobre o que Décio tinha e quando iria publicar? O que tinha para publicar era só mesmo o assassinato ocorrido em Teresina? Como esses assassinos o perderam de vista e logo em seguida o acham prontamente? 

Até aqui o trabalho da polícia foi bom. Faltam as provas cabais contra os mandantes  desse  consórcio da morte. 




segunda-feira, julho 02, 2012

Perizes e a não-duplicação da BR 135

Foto by Francisco Araujo - São Luís - MA, Brasil

Essa imagem é do último domingo (01/07/2012).  Por volta das 17h10min. Por que essa duplicação não é efetivada? É certo que existe a inoperância e o despreparo da grande maioria da bancada federal do Maranhão, mas, por outro lado, o Presidente do Senado e também pai da governadora do Maranhão é o principal aliado de Lula e faz parte da base aliada da Presidente Dilma. O que não saiu ou que não foi incluso nas exigências do dominantes locais? Onde Dilma e poder local não conseguiram fazer o acerto? 

Para além disso, exite o mistério eterno de tudo funcionar de forma deficiente no Maranhão. Por que esse trecho é tão mal sinalizado? Por que não existem barreiras eletrônicas e radares em diversos pontos entre São Luís e Miranda do Norte? Quem mantém esses atuais diretores à frente dos órgãos federais responsáveis pela manutenção e fiscalização das BRs? A cada dia fica mais dramático sair de São Luís por via terrestre. Mais morte, mais acidentes graves acontecem na BR 135. Os poderosos, tranquilamente, ficam nos seus gabinetes alheios aos nossos horrores. 

 SEM PROPOSTAS - ELEIÇÃO PRESIDENCIAL 2022 O que tem movido os eleitores brasileiro diante das candidaturas à presidência da República este ...