sábado, outubro 23, 2010

ATEÍSMO ENVERGONHADO ATACA IGREJA PARA JUSTIFICAR VOTO EM DILMA

 
Primeiro. As “teses” de alguns intelectuais ou homens das luzes é uma farsa. Não é um olhar acadêmico, nem intelectual sério, mas um doutrinamento faccioso e apaixonado. Puro proselitismo revanchista de um ateísmo envergonhado. Tentativa covarde de querer justificar o voto pró-Dilma usando o suposto fundamentalismo católico como álibi. Isso é anti-serrismo ou anti-catolicismo? Para ser contra Serra não precisa atacar a Igreja. Isso tem nome: intolerância religiosa e anti-democracia.

Segundo. São dissimulados quando tentam dizer que não apóiam a candidata do PT e estão falando tão somente em nome de valores outros. Quais? Democráticos? Republicanos? O valor defendido por essa trupe anti-católica é a luta exacerbada pela manutenção do poder. Poder pelo poder.

Esses ataques indiscriminados contra a Igreja Católica não é defesa do Estado laico. Pois o Estado laico, em Democracia, garante a liberdade religiosa. A participação de religiosos nas disputas eleitorais não é tornar o Estado teológico, mas garantia da pluralidade da participação democrática. Esse tipo discurso laico anti-católico tem nome: stalinismo! Quem tem religião não tem cidadania? Católico não é cidadão?

Atacam os católicos em proteção à candidatura de Dilma. Ocultam que a pesquisa DataFolha mostra que a grande maioria dos católicos pretendem votar em Dilma. Sugiro a esses brilhantes construtores iluminados da ciência que vejam os dados do IBGE sobre a quantidade de católicos existentes no Brasil. Perguntem-se: como ela teria 56% dos votos sem os católicos? Qual a probabilidade disso ocorrer sem os católicos? É nítida a fraqueza acadêmica desse ateísmo envergonhado pró-Dilma. É legítima a opção por ela. Peçam voto para a dama, mas não tentem denegrir os católicos.

Terceiro. Comparar as posições da Igreja Católica atual aos da Igreja da Idade Média não é só puro deslize metodológico, mas cretinice “intelectual”. Se for para fazer um levantamento com a finalidade de produzir um balanço das ações da Igreja, vamos incluir todos os feitos e fases. Por exemplo, a Teologia da Libertação, a campanha do soro caseiro, a proteção, abrigo e financiamento de fugas de presos e perseguidos políticos no período do regime autoritário. O primeiro documento contra a escravidão moderna foi uma bula papal. Ou isso não vale agora?

A Igreja Católica não só se posicionou a favor da Anistia (1979) como também apoiou o movimento pelas Diretas . Foi uma iniciativa da Igreja Católica a inclusão dos três mecanismos de democracia semi-direta na nossa Constituição (1988): Referendo, Plebiscito e Iniciativa Popular. E por falar em iniciativa popular, adivinha quem trabalhou arduamente para colher as assinaturas para efetivar a Lei da Ficha Limpa (?). Pois é, também foi a Igreja Católica. Ela também está trabalhando na coleta de assinaturas para limitar a propriedade da terra em combate aos latifúndios.

Quarto. Quem é contra o aborto não defende a morte de mulheres em “clínicas clandestinas”, só a título de esclarecimento, não são clínicas, são matadouros. Quem defende a morte é quem defende aborto. Levar o aborto para uma clínica não clandestina não exclui a possibilidade de morte da mulher, nem elimina as possibilidades de provocar seqüelas físicas e, o que também é grave, as psicológicas. Além disso, vai continuar promovendo a morte de um indivíduo indefeso. Esse discurso pró-aborto anti-católico tem como principais aliados os segmentos machistas. Por que os machistas são a favor? Porque é cômodo deixar toda a tragédia de sexo sem responsabilidade sobre a mulher. Porque eles são irresponsáveis e não querem arcar com a paternidade.

O que a Igreja Católica defende é a Família, enquanto um grupo social formador, promotor de segurança e proteção e satisfação afetiva. Lugar de amor e solidariedade desinteressada. A lógica da Igreja é estabelecer relações duráveis e sexualmente responsáveis. A gestação é a forma como a vida humana se perpetua no planeta, não é algo de interesse de um só indivíduo ou gênero. É uma questão humana e não tão simples! Não é só legalizar.

Quinto (dos infernos). É uma vergonha querer demonizar a Igreja para justificar o voto na Dilma. Dilma politicamente é Sarney. Os Sarney são seus aliados preferenciais no Maranhão. Isso foi demonstrado exaustivamente no primeiro turno. Dilma e Lula pediram e exaltaram Roseana Sarney e João Alberto no horário eleitoral. Não viram isso?

O atual coordenador da campanha de Dilma no Maranhão é Ricardo Murad. Ele é o comandante supremo da campanha de Dilma nesse segundo turno. Ricardo tem feito as bandeiras petistas tremularem na rotatória do Caolho e deu seu mega-hiper-size-plus comitê para a campanha de Dilma. Esses são os fatos!

A questão LAICA é: Quem vota em Dilma vai ou não fortalecer a oligarquia mandonista dos Sarney? Vão se aliar ou não ao mandonismo por ordem de Dilma?

Não tem blá, blá, blá... Onde está a coerência? Como ser contra o mando dos Sarney e votar em quem está dando mais poder a eles? Ah tá, é a questão nacional, o projeto nacional, não é? Só estranho a invisibilidade do Maranhão nesse todo. Como a parte nunca aparece no todo? Não é complicado?

Os fundamentalistas são mesmo quem? Tem uma turma que só quer chocolate, não adianta guaraná. A coerência é medida pelos cargos e vencimentos pagos pela viúva!

Não sou Pró-Serra, não o acho um bom candidato (é ruim), tão pouco tenho alguma ligação com o PSDB, mas Serra é tão ruim politicamente quanto a Dilma. Considero-os péssimos candidatos e responsáveis diretos pelo rebaixamento dos debates políticos. “Nunca antes, na história do Brasil,” foi tão ruim escolher. Esse é o meu sentimento.

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