sexta-feira, julho 31, 2015

Os mortais que vivem de salário (UEMA)


A realidade dos que vivem só do seu honrado salário (caso UEMA). 

Essa tabela foi publicada no Diário Oficial do Estado do Maranhão, de 17 de julho de 2012.  Trata-se da Lei n º 9.656, de 17 de julho de 2012, que é do período do Governo de Roseana Sarney. Tudo isso aí (ver tabela) era para "reparar" perdas já ocorridas. Vejam. Isso foi pensado dentro de um contexto que supostamente não tinha um crescimento inflacionário significativo e nem perda do poder aquisitivo como os níveis atualmente registrado. 

O professor Adjunto IV é o topo da carreira, retirando  os casos dos Titulares. O vencimento bruto do Adjunto IV ficou programado, a partir da Tabela da Lei 9.656, da seguinte forma: em 2013 de R$ 5.242,42 (40 horas) e R$ 7.863,63 (TIDE = a Dedicação Exclusiva) e, em 2014,   R$ 5.714,24 (40 horas) e R$ 8.571,36 (TIDE). Valores brutos. 

Para quem não sabe o FEPA e IR (esse último leva na fonte e cobra mais depois, nítido bi-tributarismo) levam mais de 11% cada um. O que faz o vencimento líquido quase despencar pela metade. 
Aí ...o que sobra os professores, esses mortais, vão pagar combustível do carro, comprar livros etc, comida, roupa, pagar  a prestação da casa, pagar conta de energia, pagar conta de água, pagar IPTU, pagar IPVA, plano de saúde, pagar crédito para o celular etc, etc. Isto é, professor precisa de salário como qualquer mortal nesse mundo capitalista. Todas as tarifas e taxas foram reajustadas desde o ano de 2013. O preço da gasolina e da energia  elétrica subiram fortemente. Também estão juntos nessa subida de preços os alimentos da cesta básica. 

Professor é a carreira que no topo ou na base...o salário é sempre baixo. 

A única coisa que não é baixa são as exigências sobre o exercício da profissão. Todo mundo se acha no direito de reclamar e cobrar. Professor não ganha nada a mais por atividades extras.  Professor não ganha nada a mais por orientação de monografia, tese, dissertação. Não ganha nada a mais por projeto de Iniciação Científica, de Extensão. Na verdade, são inúmeras horas de trabalho que vão se somando para além da sala de aula e sem nenhuma remuneração. Cabe um questionamento: que tempo o professor tem para estudar, preparar material, pesquisas sobre os temas que ele leciona? O salário cobre todas as despesas do desempenho do ofício? 

Para quem vive só desse salário... está mais do que no tempo de um aumento chegar. 

segunda-feira, julho 27, 2015

O carneiro e o sentido da liberdade

Hoje .. durante a  corrida que fiz (10 km em 1h14min)... olhei um senhor com um carneiro..passeando pelo canteiro central da Litorânea. Quando voltei... Vi que ele estava em uma área do canteiro com grama ... pacientemente olhando o seu animal pastar. Pensei....eu venho correr aqui..só pelo prazer da corrida...porque sinto uma sensação enorme de liberdade correndo.... Pensei também: o cara ali parado, só olhando para o carneiro dele pastando... o quanto também ele pode estar viajando em seu modo de se sentir livre.

quarta-feira, julho 22, 2015

Reinações de Zé Reinaldo II

Ontem escrevi sobre esse caso... Hoje fiquei pensando naquelas coisas mais próximas do que é o espírito dos nossos políticos. Isto é, o que quer Zé para além dessa preocupação com o Maranhão? Acho cabível esse argumento de que ele não está tendo o espaço que gostaria de ter no governo de Flávio, é algo a ser considerado. Porém, temos que considerar também que Zé viu que pode ganhar mais espaço político conquistando boa parte do espólio do sarneísmo. Sabem por quê? Porque toda aquela explicação dele não considera uma variável nada fácil: Ricardo Murad. Quem combinaria com Ricardo esse pacto? Onde ficaria mesmo Ricardo? 

Zé deve estar querendo trazer para si parte do espólio sarneísta que não é e não quer ser grupo político com Ricardo. Talvez Zé esteja focando exatamente os sobreviventes do sarneísmo que não querem ficar juntos com Ricardo e que estão pensando nas suas carreiras políticas, no pós Sarney. 

No que sobrou do grupo Sarney é certo que nem todos querem manter aliança ou seguir Ricardo. É fato comprovado. E muitos ainda não passaram para o lado de Flávio por respeito e deferência à José Sarney, só isso. Passam para o lado de Flávio mesmo sem Zé Reinaldo pelo meio.

Esse pacto no fundo daria a Zé parte do que sobrou do sarneísmo e com isso ele ganharia mais espaço no governo de Flávio. Por outro lado, Flávio passaria a ter mais apoiadores no Congresso, digo a bancada federal do Maranhão. Essa referência a Sarney etc. feita por Zé é parte do jogo e deve ser uma condição dos que querem sair de lá, mas sem serem vistos como traidores. 

O certo é que esses senhores nunca jogam com uma pedra só. 

As Reinações de Zé Reinaldo (a transição de conciliação)

Faço aqui algumas considerações sobre o texto atribuído ao ex-Governador José Reinaldo, conforme foi publicado no blogue do jornalista Diego Emir.

Antes de tudo, quero dizer que não vejo nada demais na proposta do ex-governador José Reinaldo. Mas algumas coisas considero passíveis de indagações. 

Resumindo o texto de Zé: o ex-Governador deseja que Flávio Dino etc. faça um pacto com Sarney em prol Maranhão (lembram da Aliança pelo Maranhão feita por Cafeteira e Sarney?), mas diz que esse pacto não seria pacto político. Que Sarney tem que tomar parte, mas não deve ser troca de cargos etc. 

Estranhei o ex-Governador José Reinaldo afirmar que o pacto em prol do povo do Maranhão não ser Político. Se é para garantir projetos para o Maranhão e em benefício do povo desse estado, não tem como não ser Político. Pois uma agenda comum que seja pró interesse público e do bem comum tem que ser Política. A ideia e o conceito de Política desde suas origens estão associados à coisa pública, a negócios públicos. Pois a Política é anterior e maior que a disputa eleitoral partidária, às coligações partidárias e às coalizões. Política nunca esteve restrita ao momento eleitoral... muito pelo contrário, ela é bem mais que isso, é bem mais que o exercício frio e seco do poder. A Política, em essência, sempre reivindicou algo maior, algo que envolva negociações, cooperações, consensos e decisões com objetivos claros. 

Que agenda comum é essa sem ser Política? Agenda comum que trate de interesse público e bem comum é Política. Que agenda é essa, Zé? Caso contrário é concerto sobre interesses estritamente privados...individuais e particularíssimos. Essa visão de política no estrito campo partidário e da disputa eleitoral é complicada, para não dizer lamentável. Ou Zé trocou as letras ou não quis dizer o que é a verdade sobre tal necessidade. 

Os argumentos de Zé Reinaldo em defesa de sua proposta são bem simples e objetivos. Zé Reinaldo começa seu texto reconhecendo, em tom de conciliação, que o ex-Presidente José  Sarney ainda tem algum prestígio e exerce certo grau de influência na esfera do poder federal, que o país passa por um momento difícil e o governo de Flávio vai precisar somar  mais forças para poder realizar ações em prol do povo. Daí a importância de uma aproximação com Sarney em prol do Maranhão. 

Alguns dirão, em tom de ironia, trata-se da velha parábola do filho pródigo. Cá entre nós, a briga de José Sarney e José Reinaldo só eles mesmos entendem. Briga que já rendeu textos de rancor totalmente desnecessários e não adequados a um ex-Governador e a um ex-Presidente da República. Enfim... coisa intestinal do sarneísmo que agora parece ter começado a ter um final feliz. 

O certo é,   a vitória de Flávio, como já comentei aqui nesse blogue, significa um ajuste intra-oligárquico, não uma ruptura com a teia oligárquica que domina cada um dos municípios maranhenses. Além disso, destaquei que havia a possibilidade de uma transição de conciliação (onde um lado ainda retem força a ponto de impedir que a parte sucessora encaminhe tudo ao seu modo). Retirando as intrigas pessoais e demagogias, Sarney não está tão distante do campo político de alianças de Flávio, vide a relação com o PT, Lula e Dilma. Dentre os aliados locais de Flávio há uma série de ex-sarneístas e outros não-sarneístas que não significam nada de diferente (alguém não conhece?).  

Qual a questão central disso? O contexto. Que a gestão de Flávio para realizar as promessas de campanhas e políticas necessárias para combater graves problemas iria depender da situação econômica do país e das condições políticas do Governo Federal é algo que parece bem óbvio. Flávio Dino para fazer um governo útil aos mais pobres e ser um governo regular no geral vai depender que a econômica do país melhore, que melhor controle e equilíbrio nas contas públicas do país. Porém, há um outro componente que nunca é mencionado: o Maranhão se acostumou a ser dependente em tudo e não consegue realizar nada sem o apoio financeiro do Governo Federal. Para complicar a situação, as obras realizadas no Maranhão são com custos astronômicos. Alguém sabe por quê? 

Diante do quadro crítico que vive o país com a crise econômica e o desgaste político da chefe do poder Executivo Federal, as chances de obter recursos e desenvolver projetos agora no Maranhão são reduzidíssimas. 

Onde entra Sarney? Exatamente na crise. Exato na perda de apoio que Dilma sofre no Congresso e junto ao povo e os conflitos internos do PMDB. Sarney e demais caciques do PMDB estão tentando recompor um núcleo e retomar o controle do partido que andava convulsionado pelo Eduardo Cunha. Isto é, as ligações que Flávio tem com Dilma, PT e LULA pouco pesam no momento, tendo em vista que a sustentação e  continuidade do governo de Dilma está nas mãos dos caciques do PMDB. 

Com recursos escassos e previsão de melhoras a longo prazo, o cenário não é favorável ao governo de Flávio. Flávio não tem influência no Congresso à altura de suas necessidades  de governador. Sarney ainda tem alguns recursos e dividendos de influência no congresso, mesmo não sendo do mesmo nível de tempos atrás. A lógica de Reinaldo pode ser de ceder a alguns caprichos dos sarneístas em troca de apoio no plano nacional. O que os ex-Presidente José Sarney quer nesse momento da sua vida além daquilo que alimente sua vaidade, que cheire ao reconhecimento de sua importância? Nada. Tudo que o ex-Presidente quer é reconhecimento. O Ex-Presidente Sarney certamente considera  injustas a avaliação de sua trajetória política e a forma com é tratado. Acontecendo um gesto na forma de honraria, de reconhecimento logo "todas as lágrimas secarão, todas as dores acalma-se-ão."  

Fundação da Memória Republicana e o acervo pessoal dele (Sarney) estão aí mesmo esperando  um termo (acordo). Isso foi só para exemplificar...

domingo, julho 19, 2015

Intelectuais do Brasil descobriram que existe um Brasil real

Assustadoramente durante mais de 12 anos a intelectualidade brasileira, salvo honrosas exceções, como Francisco de Oliveira, ficou omissa, acovardada ou com seu intelecto alugado à facção política no poder. Nenhum quis enxergar ou tentou minimamente questionar o óbvio, p. ex.: como foi a tal saída de milhões brasileiros da pobreza? Quem e por qual critério criou a classe "média" C? Que números eram esses apresentados e qual a viabilidade e sucesso de programas sociais que cujos os inscritos aumentava a cada eleição? Ninguém questionava o tal sucesso e conquistas de Lula. Omissão absurda. 

Nesse segundo governo de Dilma, a maior máscara de marketing de todos os tempos, o povo votou em uma mentira, quem falava quem dizia tudo era um marqueteiro. A campanha do PT não tinha política não tinha político, tinha uma peça publicitária e um marqueteiro. No mais.. foram os apoios costurados sobre a nossa esquisita engrenagem de repasses de recursos, emendas parlamentares etc. 

A intelectualidade calada. Calada mesmo quando tudo já era irremediavelmente clara a subida dos preços, os gastos absurdos e não-transparentes com a Copa e, mais bizarro, a tal base de apoio de governo (ampla e absurdamente heterogênea). Sobre essa base de apoio as explicações foram das mais variadas possíveis, desde a já batida e não comprovada "presidencialismo de coalizão" ao gigantismo do PMDB. Ninguém ousou dizer que o problema não está no Presidencialismo e seu desenho institucional. A constituição coloca na competência do Legislativo bastante poder. O que estava atrás dessa ampla base é uma absurda máquina de pilhagem do Estado e a velha alma autoritária, que não quer negociar, trabalhar com consenso progressivo, cooperação etc. Os governos pós-abertura, em plena democracia, nunca quiseram negociar e reconhecer a importância da oposição na condução política do país. Nenhuma governo quer ou se dispões a negociar sobre projetos etc. 

Aí vem novamente a pergunta: cadê a intelectualidade brasileira? Agora só que aparece com dedos. Só agora algumas entidades fazem nota, mas para reclamar sobre corte de verbas para a pós-graduação. Isto é, notas extremamente corporativistas e nada mais. No mais apareceram alguns intelectuais brasileiros, mas que não vivem no Brasil, para afirmarem absurdos sem nenhuma correspondência com a realidade atual do país, sem apresentar nenhum dado que sustente tais afirmações. Afirmação que o avanço do conservadorismo no Brasil é sem paralelo no mundo não merece a menor credibilidade. 

Primeiro, no Brasil o conservadorismo não avança, apenas voltou a se manifestar de forma mais aberta, pois estava silenciado desde a redemocratização. O conservadorismo mais atuante é tradicionalista, não é reacionário. Não existe organização em torno do ideário nazistas ou fascista como existe na Europa. Quando o Brasil teve a maioria de sua população apoiando o ideário socialista, marxista etc. ? Nunca teve. Segundo, crítica não é golpismo, oposição não é ser conservador. Pelo contrário, é vida democrática no seu contraditório. Absurdo é todo uma intelectualidade querer justificar todos esses crimes contra a república e a democracia como o argumento de um suposto golpe de direita. Ora, quem compõe o governo do PT desde o primeiro mandato de Lula? Exatamente os antigos aliados da ditadura, a direita mandonista, nepotista, patrimonialista, familista etc. Se algum risco foi criado pelo próprio PT e seus governos. Foram eles que alimentaram e deram espaço para esses setores, o golpismo não está nas vozes que criticam e fazem oposição nas redes sociais e nas ruas. 

A Dilma não sai porque ela é útil ao PMDB e demais partidos nanicos que estão lucrando nesse apoio. O PMDB não assume porque não assumindo não responde diretamente pela crise econômica e pela pilhagem do Estado. Dilma é uma presa fácil, disse isso desde a primeira eleição dela. Mais fácil ser mantida como refém desses senhores que lotearam o Executivo, o Legislativo e o Judiciário. Mantê-la sangrando até o final é o melhor para esse senhores manterem seus domínio sobre a coisa pública. Quem realmente fez críticas as essas relações estranhas intergovernamentais? Por que nunca houve questionamento sobre a real situação em que Lula entregou o Governo a Dilma? Dilma é parte, mas também, em parte, é vítima do jogo de poder do Lula e os demais chefões do PT.  Por que toda a intelectualidade brasileira (com raras exceções) não questiona Lula? 

Por outro lado, nós nunca tivemos uma fase democrática tão longa sem oposição. Venho destacando isso há tempos. Existe um vazio. O PT no poder deixou um vazio no ativismo porque aparelhou diversos movimentos e entidades, engessou movimentos e enfraqueceu o ativismo organizado na sociedade civil. O que resta partidariamente de oposição é de formalismo, restrito ao parlamento, mas sem nenhuma vontade e compromisso político maior do que o eleitoral. Não é propositiva e não tem projeto algum. Vide a tal reforma política, onde nenhum apresentou nada consistente. Cadê a intelectualidade brasileira sobre a questão da reforma política? 

Por que a intelectualidade brasileira não defende coisa pública, valores republicanos e democráticos abertamente e enfrenta os que estão pilhando o Estado brasileiro, o patrimônio político e econômico do Brasil?  Por que a intelectualidade brasileira não questiona a postura moral dos que governam de querem se justificar argumentando que outros também fizeram igual (crimes)? 

Por que nossa intelectualidade está abdicando de participar ao lado dos descontentes, dos que estão indignados? Será toda essa intelectualidade envelheceu demais? Envelheceu biologicamente ou em ideias/ideais? Ou estão todos muitos estabelecidos juntos ao poder ao ponto de terem direito somente ao silêncio? Quantos ganharam muito como conselheiros, consultores desse gente que ocupa o poder atualmente? 

A ausência de uma intelectualidade crítica e ativa é preocupante. Todo intelectual tem lado, preferências políticas e não há nada errado nisso. Porém, intelectual não pode alugar e nem vender sua consciência intelectual. O intelectual só existe meso com uma margem de liberdade inegociável. 



 

terça-feira, julho 14, 2015

Tempos de colheitas estranhas

Quando vamos olhar mais para as vítimas e não para os criminosos? Quando a  paz vai ser nossa prioridade? Fico imaginando as sucessivas formas de perdas ocorridas depois que um justiceiro matou uma jovem estudante dentro de um ônibus coletivo (as imagens da Câmera do ônibus não apareceram e a família da moça fica arrastando os sofrimentos). Quantas vezes a mãe do assaltante assistiu seu filho morrer na forma de tragédias em série...até ele encontrar aquele poste de concreto? Até quando vamos sofrer com o medo de ser o próximo...  Mas de qualquer lado usado... por nós... para vermos a realidade.... há sempre uma estatística perversa pesando sobre um tom de tez... 

"Strange Fruit

Southern trees bear a strange fruit
Blood on the leaves and blood at the root
Black bodies swinging in the southern breeze
Strange fruit hanging from the poplar trees

Pastoral scene of the gallant south
The bulging eyes and the twisted mouth
Scent of magnolias, sweet and fresh
Then the sudden smell of burning flesh

Here is fruit for the crows to pluck
For the rain to gather, for the wind to suck
For the sun to rot, for the trees to drop

                                       
Link: http://www.vagalume.com.br/billie-holiday/strange-fruit-traducao.html#ixzz3fpyM2rXI


domingo, julho 12, 2015

O que fiou e o que não precisa continuar..

Hoje (04/07/2015) tive o desprazer de presenciar o desespero de uma vítima de assalto. Quando ia saindo da rua das Mangueiras e entrando na rua do Sol ...vi duas moças desesperadas seguindo um sujeito que corria com a bolsa de uma delas. Bem, as moças fizeram alarde e algumas pessoas que estavam na rua seguraram o assaltante. Dez minutos depois voltei ao local e vi várias pessoas ligando... Devia ser para a polícia. A vítima desesperada e uns senhores continuavam lutando para não deixar o assaltante fugir. 

Eu e as maiores torcidas de times de futebol do Brasil sabemos que o número de policias é pequeno demais para a demanda. Há tempos o Centro histórico não tem mais aqueles policiais, em dupla, andando pelas ruas.  Isso é um modelo ultrapassado? Não. Não é. Mas precisa ter material humano. A gestão passada instalou algumas câmeras e o secretário de segurança, na época, falou um monte coisas... Coisas que a realidade nega. Entre as coisas absurda falou em tolerância zero (em referência à Nova York). Quem já foi em nova York e caminhou pela Time Square deve ter notado sobre as calçadas dezenas de policias, uns com cachorros e tantos outros montados em cavalos etc.

Li em um jornal local, nessa última semana, que mais de 800 veículos foram roubados aqui na Ilha, só no nesse primeiro semestre. O município de São Luís registrou o maior número de casos: 700 veículos. Como esses criminosos conseguem sair com tanta facilidade com esses veículos roubados de uma ilha? 

A tolerância zero começa com material humano suficiente, policiamento ostensivo e a maior parte das ações acontecem de forma silenciosa, continuada e para desmobilizar o recrutamento, o contexto de oferta da criminalidade, a receptação, o financiamento e o armamento. Isto é, política real de segurança pública. Isso requer recursos, determinação, persistência e tempo. O atual secretário está empenhado... mas a situação requer o empenho do Estado como um todo na forma de ações integradas de diversas secretarias. 

sábado, julho 11, 2015

O Maranhão de ninguém

Para produzir um alento..imagino que já cheguei no purgatório... e que depois dessa estada nesse vale de lágrimas... vai surgir o céu. É uma forma de ir segurando os dias com alguma esperança (para mim).

O Maranhão foi a última Província a aderir à Independência do Brasil e a República aqui nunca chegou. A ideia mormente de coisa pública é que se trata de coisa de ninguém. É comum dizer por aqui: "Não é meu, não é teu. O que você tem com isso?"

No Ceará... a Justiça determinou que a Petrobrás pague R$ 980 milhões por ter cancelado a construção da Premium II. Isso para indenizar os danos produzidos aos cofres públicos, danos materiais coletivos e danos morais coletivos. 

No Maranhão... o cancelamento da Premium I parece que não teve consequências. Aqui nessa terra todos são Dilma (governistas) e não sobra ninguém que seja a favor do bem público e do Maranhão. É o eterno Maranhão de ninguém. 


domingo, julho 05, 2015

A ilha das miudezas

Desde bem pequeno conheço São A viagem de Itapecuru para cá era algo infindável na minha sensação de tempo. Pois bem, o que me impressionou primeiro foi a brisa, depois os casarões e o movimento das mares. Fui crescendo e toda e qualquer oportunidade chega em São Luís. Até que no início da década de 80 (século XX) fiz minha mudança para cá. Aqui estou até hoje.

O que noto atualmente é uma cidade sem face... Nada de qualidade foi acrescido, tudo que prestava foi destruído ou depredado. As praias estão impróprias para banho. Todos sabem quais foram as construtoras que lançaram esgotos dos condomínios que construíram, mas ninguém tem coragem de pedir reparação. Não bastasse isso... a criminalidade cresce. 

Hoje São Luís está uma verdadeira ilha das miudezas... é só observar os problemas urbanos, as demandas existentes e as supostas respostas do poder público. Tudo miúdo. 






  



 SEM PROPOSTAS - ELEIÇÃO PRESIDENCIAL 2022 O que tem movido os eleitores brasileiro diante das candidaturas à presidência da República este ...