Ontem escrevi sobre esse caso... Hoje fiquei pensando naquelas coisas mais próximas do que é o espírito dos nossos políticos. Isto é, o que quer Zé para além dessa preocupação com o Maranhão? Acho cabível esse argumento de que ele não está tendo o espaço que gostaria de ter no governo de Flávio, é algo a ser considerado. Porém, temos que considerar também que Zé viu que pode ganhar mais espaço político conquistando boa parte do espólio do sarneísmo. Sabem por quê? Porque toda aquela explicação dele não considera uma variável nada fácil: Ricardo Murad. Quem combinaria com Ricardo esse pacto? Onde ficaria mesmo Ricardo?
Zé deve estar querendo trazer para si parte do espólio sarneísta que não é e não quer ser grupo político com Ricardo. Talvez Zé esteja focando exatamente os sobreviventes do sarneísmo que não querem ficar juntos com Ricardo e que estão pensando nas suas carreiras políticas, no pós Sarney.
No que sobrou do grupo Sarney é certo que nem todos querem manter aliança ou seguir Ricardo. É fato comprovado. E muitos ainda não passaram para o lado de Flávio por respeito e deferência à José Sarney, só isso. Passam para o lado de Flávio mesmo sem Zé Reinaldo pelo meio.
Esse pacto no fundo daria a Zé parte do que sobrou do sarneísmo e com isso ele ganharia mais espaço no governo de Flávio. Por outro lado, Flávio passaria a ter mais apoiadores no Congresso, digo a bancada federal do Maranhão. Essa referência a Sarney etc. feita por Zé é parte do jogo e deve ser uma condição dos que querem sair de lá, mas sem serem vistos como traidores.
O certo é que esses senhores nunca jogam com uma pedra só.
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