Hoje (04/07/2015) tive o desprazer de presenciar o desespero de uma vítima de assalto. Quando ia saindo da rua das Mangueiras e entrando na rua do Sol ...vi duas moças desesperadas seguindo um sujeito que corria com a bolsa de uma delas. Bem, as moças fizeram alarde e algumas pessoas que estavam na rua seguraram o assaltante. Dez minutos depois voltei ao local e vi várias pessoas ligando... Devia ser para a polícia. A vítima desesperada e uns senhores continuavam lutando para não deixar o assaltante fugir.
Eu e as maiores torcidas de times de futebol do Brasil sabemos que o número de policias é pequeno demais para a demanda. Há tempos o Centro histórico não tem mais aqueles policiais, em dupla, andando pelas ruas. Isso é um modelo ultrapassado? Não. Não é. Mas precisa ter material humano. A gestão passada instalou algumas câmeras e o secretário de segurança, na época, falou um monte coisas... Coisas que a realidade nega. Entre as coisas absurda falou em tolerância zero (em referência à Nova York). Quem já foi em nova York e caminhou pela Time Square deve ter notado sobre as calçadas dezenas de policias, uns com cachorros e tantos outros montados em cavalos etc.
Li em um jornal local, nessa última semana, que mais de 800 veículos foram roubados aqui na Ilha, só no nesse primeiro semestre. O município de São Luís registrou o maior número de casos: 700 veículos. Como esses criminosos conseguem sair com tanta facilidade com esses veículos roubados de uma ilha?
A tolerância zero começa com material humano suficiente, policiamento ostensivo e a maior parte das ações acontecem de forma silenciosa, continuada e para desmobilizar o recrutamento, o contexto de oferta da criminalidade, a receptação, o financiamento e o armamento. Isto é, política real de segurança pública. Isso requer recursos, determinação, persistência e tempo. O atual secretário está empenhado... mas a situação requer o empenho do Estado como um todo na forma de ações integradas de diversas secretarias.