terça-feira, julho 30, 2013

A renda baixa persiste no Maranhão

A cidade com a 2ª e a 4ª colocação de piores índices do IDHM são do Maranhão. Mas dentre as 50 cidades com piores índices o Maranhão só tem 06 cidades. Podia ser pior...



É verdade que predomina o índice baixo. No entanto, já é visível um número significativo de cidades com índices médios, principalmente na área entre o oeste e o sul do estado. Sobre essa parte dos dados já existem mil interpretações... Não vou explorar mais por hora esse ponto

Detenho-me, agora, no seguinte indicador: Renda. A melhoria da renda não está no mesmo ritmo dos demais indicadores. Há uma certa imobilidade do estado quanto a esse indicador. O ritmo de melhoria da renda é muito lento (ver gráfico). Isso ratifica ainda mais a sentença de que o Maranhão não é um estado muito pobre, mas é o estado com maior número de pobres. A concentração de riqueza no Maranhão continua brutal 

É necessário desenvolver políticas de maior distribuição de riquezas, principalmente quebrando o cartorialismo e monopólio de alguns setores. Abrir mais o mercado e possibilitar novas iniciativas. Os governos municipais e estadual se acomodaram com o Bolsa Família com mecanismo de garantir renda. Ora, esse mecanismo é garantir o mínimo para evitar a extrema pobreza, é preciso mais.

Agora é importante que os governos municipais e o governo estadual implantem programas mais massivos de geração de renda, de apoio à pequena produção e de valorização do trabalho e produção dos mais pobres. O trabalho do pobre no Maranhão não vale quase nada, sua produção agrega pouco valor de seus produtos são irrisórios. É preciso garantir preço mínimo, apoio ao escoamento e processamento de produtos. Além disso, é totalmente necessário uma política agressiva de microcrédito para os produtores diretos. Para isso é preciso fazer um levantamento preciso dos arranjos produtivos locais, diagnosticar o nível de capacitação da mão de obra e nível de recursos tecnológicos desses arranjos. A questão não é só formalizar o negócio, é preciso fazer esses negócios serem mais rentáveis, que alcance mais mercado e avancem em qualidade e inovação. 

Diante do que os dados constataram, vamos fazer questionamento: e se o programa bolsa família parar de existir ou se não existisse? Detalhe: temos próximo de 500 mil famílias cadastradas no Bolsa Família. Quem está papando toda a nossa riqueza?


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