quarta-feira, agosto 29, 2012

São Luís: Kit de banho 400 anos



A falta de água tratada em São Luís é fruto da perversidade dos poderes executivos e da omissão-cúmplice de diferentes autoridades nas diversas esferas do Poder Público. Não estamos em região desértica e o estado conta com vários rios perenes. A Prefeitura e a Câmara Municipal não podem continuar ignorando o fato que esse serviço de abastecimento de água é uma concessão. Isso é uma absurdo. Banhar regularmente debaixo de um chuveiro virou um luxo e só para os cidadãos incomuns. Nós, mortais e "cidadãos" comuns... estamos condenados ao KIT. Basta!!!!

terça-feira, agosto 28, 2012

O Ministério do Turismo e nós.



São Raimundo dos Mulundus - resistência dos grupos sertanejos. Primeiro quiseram colocar uma máscara branca no santo Negro... depois, sucessivamente quiseram apagar a imagem do vaqueiro negro milagreiro, santo, mas nada disso funcionou. O p
ovo firmemente comemora o Raimundo vaqueiro. 

Pergunto: o que importa o ministro do turismo ser maranhense? Não defendo privilégios. Porém, nessa área... estamos no patamar do descaso. O senhor ministro maranhense, deveria, sem privilégios, nos tratar normalmente.. como os demais estados da federação. Onde está o incentivo ao turismo de eventos? 

Ano após ano esse festejo atrai pessoas de diversos estados e dos demais municípios maranhenses. Mas sempre acontece na forma de sacrifício. É uma celebração popular de homens e mulheres vinculados à religiosidade sertaneja. Quem nunca viu.. precisa ver. Tem que conhecer a romaria dos vaqueiros na Paulica. 



Apesar da tradição, grandiosidade e beleza... nunca recebeu a atenção governamental devida. Sobrevive porque esses cidadãos são incansáveis em resistir contra os que tentam ignorar e desprezar seus sentimentos e expressões culturais. 

O Festejo tem um enorme potencial turístico e essas pessoas merecem respeito, o nosso povo precisa ser valorizado. Esse evento já devia ter entrado no calendário turístico brasileiro, como turismo de evento. Porém, todos anos são as mesmas precariedades e dificuldades de realização e funcionamento: água, banheiros, segurança, sinalização...
Na foto: barracas montadas para o dia da cavalgada, que ocorre no povoado Paulica (já aconteceu). O festo ocorre entre os dias 22 - 31 de agosto.
Por que não valorizar essas manifestações?

sábado, agosto 25, 2012

Caos-Telo é o plano A de Sarney


CAOS - 1. Confusão dos elementos antes da criação do universo; 2. [figurado] Confusão; 3. Desordem; 4. PERTURBAÇÃO.
TELO - 1. (grego telos, -eos, fim, conclusão). Exprime a noção de FIM. 

Cidadãos de bem e militantes de esquerda e outras denominações anti-direita, anti-capitalista estão cometendo o erro de desconsiderar o contexto e estão tradando a política como tudo ou nada. Eis que muitos desencantados por partidos políticos e pela opções de candidatura tentam  se manter na coerência com a prática do Voto Nulo. Isso, nesse momento, é mais uma justificação pessoal do que uma ação política transformadora. É um direito, faz parte da liberdade de poder optar livremente e manifestar sua opinião. No entanto, a disputa por poder ninguém consegue imunidade por força de excentricidades. O preço recai sobre a totalidade, que essas partes, indistintamente, compõe. Estão inseridos nesse mesmo mundinho em que incidirão os efeitos da vitória de uns ou de outros. Basta ver que não há nenhum indício e condições para romper com o modelo, nada em questão aparece como crise total do sistema. Logo... a indiferença não vai fazer o sistema deixar de ser reproduzido. A vasta maioria do componente social ainda o está legitimando e participando dele. Nem Dom Quixote teria tal visão da realidade. 

Diante disso, é cabível fazer referência a um fato recente da história, particularmente às eleições para Presidente da França de 2002. Naquele momento 28% dos franceses praticaram a abstenção. No dia seguinte, os socialistas e os mais radicais de esquerda tomaram café com o seguinte resultado: Jacques Chirac 20% (Conservador de Direita), Le Pen 17% (Radical de Extrema Direita). Foram os dois mais votados do primeiro turno, credenciaram-se assim para disputar o segundo turno. Detalhe: Le Pen simplesmente é xenófobo, racista, homofóbico etc. 

Os franceses logo viram o preço da indiferença. Porém, saíram às ruas e deram mais um exemplo ao mundo. Os socialistas e as diversas frações de esquerda juntaram-se no propósito de fazer o VOTO ÚTIL para derrotar Le Pen. Isso evidenciou bastante que nesse modelo de política não é tudo ou nada. Alguma coisa é sempre alguma coisa. A questão era evitar o pior. Assumiram a opção estratégica e responsável de evitar o que mais feria seus valores. Le Pen foi derrotado. 

A quem interessa o VOTO NULO nesse contexto eleitoral de São Luís? Quem é o mais favorecido? A resposta tem um duplo, mas uno beneficiado. O duplo são os compadres José Sarney e João Castelo. O uno o poder político conservador, mandonista e residual da Ditadura. 

Castelo não é a oposição a Sarney, trata-se do criador e da criatura, pertencem ao mesmo campo político, comungam a mesma mentalidade e agem igualzinho. Mesmo que estejam "brigados" são parceiros. 

Castelo é o Plano A de Sarney, não é Washington, nem Tadeu. É assim que ele garantirá as condições favoráveis para sair com vantagem para 2014. Sarney já viu que Castelo ajudado pela maquina estadual, em segundo turno, vence. Vide o governo Jackson. 

Os blogues sarneístas, sim, são partidários, começam a enaltecer a solidez de Castelo e, propositadamente, as pesquisas deles começam a mostrar queda na rejeição desse candidato. Aí está a trama para induzir o voto, produzir efeito mecânico. Produzir no imaginário popular o "vai ganhar mesmo". 
Castelo não pode mais ir crescendo. Quem perderia mais voto para ele crescer? O número de indecisos já está indo para casa dos 10%. De onde tirar voto para ele crescer se depois do terceiro colocado o percentual declina consideravelmente? A chave foi apresentar queda na rejeição para preparar terreno para o segundo turno, a justificação para 50+1 (%) dos votos. Para Castelo subir nas próximas pesquisas de opinião vão ter que definhar alguém: Tadeu, Eliziane, Washington ou Edivaldo. Fica a pergunta: qual justificativa ou fato provocaria essa migração dos votos desses candidatos para Castelo? 

Caso contrário, Castelo, nas próximas pesquisas, vai começar a cair, mas isso é mais difícil operar, tratando-se que é o candidato com o maior número de voto-fiéis. Além disso,  só caberia, sem alarde, uma queda na margem 6%, no máximo. A não ser que aconteça algo muito, muito bombástico contra ele. Um fato novo e ruidoso. Isso poderia provocar  efeito mecânico, direcionando o voto para outro candidato. O mais provável e o que parece já estar sendo feito é manter Castelo estagnado com esses percentuais, ir diminuindo a rejeição dele e esperar o segundo turno, onde por debaixo do pano a família Sarney irá dar o empurrão que ele precisa para vencer no segundo turno. Nada mais que uma retribuição ao favor feito por Castelo, por debaixo dos panos, à Roseana, visando claramente derrotar Flávio Dino. Quem pode atrapalhar os planos da família Sarney em 2014? Eis o plano A de armação. 

O comandante Washington vai cumprindo sua penitência (para não usar outro termo), com as aparições constante de Roseana, vai atrair toda a ira anti-Sarney. Se não aparecer com uns pontinhos a mais nas próximas pesquisas, fica caracterizado que ele não está só cumprindo as funções de BARRAR BIRA e distrair a atenção para que Castelo possa pousar de anti-Sarney, mas que está sofrendo mais uma humilhação dos Sarney. Qual o outro objetivo de colocar o vice-Governador nessa situação? Provar sua impopularidade e o forçar a desistir de assumir governo quando Roseana sair para se candidatar a senadora. Caberia a ele a prebenda de uma cargo vitalício no Tribunal de Contas. Com todo respeito ao vice-Governador, mas é o que o contexto está mostrando. Cadê os caros de som de Washington? Quantos você já viu na rua? Cadê o núcleo da militância sarneísta? Onde estão os mais graduados articuladores do sarneísmo nessa campanha? Não estão! Blogues sarneístas estão minando o Vice dia a pós dia, nas entrelinhas e em linhas inteiras. É só ler atentamente. 

Cabe aos que se consideram puros, ilibados, progressistas e de esquerda pensarem no caso francês, não vivem enaltecendo a fundação francesa (?), e praticar firmemente  VOTO ÚTIL. Depois é só viabilizar candidaturas mais probas, mas agora é isso!!! 




sexta-feira, agosto 24, 2012

Caos na ilha da Serpente: ingratidões e perversidades


Aproxima-se a data dos 400 anos de São Luís. Muito falatório, propagandas e, pasmem, um enorme circo. Sim, a cidade será transformada em um verdadeiro circo, promovido pelos Governos Estadual e Municipal. O primeiro, ocupado pelo mesmo grupo há 46 anos, vai utilizar a fórmula circo e circo, tão construída por eles. O segundo, ocupado por um dissidente que, em nada, fica atrás do seu mentor, muito pelo contrário, o supera em diversos níveis. Esse está aplicando a fórmula do absurdo. Quanto mais distante e destoante da realidade melhor. 

No meio desse jogo de cena dos compadres, Sarney e Castelo, está o povo, cada cidadão dessa cidade que sofre diariamente com a falta de água, de saneamento básico e quase todos os serviços básicos... Deficiente e absurda é a capitação e destinação dos esgotos e o tratamento é quase inexistente. Não bastando isso... alarga-se a questão do lixo, deficiente tanto na coleta quanto no destino, que conta com um aterro com   a capacidade já praticamente esgotada. 

Entretanto, as deficiências administrativas e entraves políticos não param por aí. São Luís tem um sistema de transporte coletivo ruim e totalmente inadequado para a configuração da cidade, que pouco sofreu intervenções planejadas, de caráter mais global e que desse melhores condições de trafegabilidade e acessibilidade. 

O transporte coletivo é todo feito por ônibus (ruins, velhos e sujos), complicando ainda mais o trânsito nessas avenidas e ruas estreitas. Com a sobrecarga de veículos particulares nas ruas, em boa parte pela ausência de um sistema de transporte coletivo de qualidade, inviabiliza a ampliação da frota de ônibus, o que geraria mais engarrafamentos e lentidão no trânsito. Isto é, o que existe hoje é insuficiente para a demanda. Principalmente para quem precisa ir para o trabalho em transporte público.

A medida adotada de criar terminais de integração  tem se mostrado ineficiente e onerosa, o custo da manutenção dos terminais é alto e a entrada e saída dos ônibus desses terminais aumenta muito o tempo de viagem. 
Completando o caos desse modelo de transporte, durante o percurso dos ônibus não existe disciplinamento e planejamento mais racional das paradas, não há paradas seletivas nem de interligação. Todos os ônibus param nas mesmas paradas ou em locais não sinalizados. As paradas podem servir de núcleo de integração e o passageiro só pagar uma passagem, basta adaptar as paradas e adotara a bilhetagem eletrônica. 

Para quem está na condição transeunte, andando a pé, enfrenta todo tipo de dificuldades.  Faltam calçadas, algumas calçadas são ocupadas por carros, desnível de calçada, artefatos de contenção: grades, tocos, barras de ferro etc. Em diversa avenidas, tais como Holandeses e Jerônimo de Albuquerque tem centenas de metros sem calçada, o que dificulta o deslocamento de quem está a pé. Em alguns trecho, não falta só a calçada, mas o espaço está tomado por mato ou entulho. Em diversas áreas de concentração comercial e de difícil travessia não existem passarelas, nem passagem subterrâneas. 

Para quem se arrisca, é isso mesmo, quem se arrisca andar de bicicleta as dificuldades são muitas e perigosas. Não existem ciclovias e nem há um projeto de adequação das avenidas para isso. A violência no trânsito avança a cada dia. Condutores de carros que não respeitam as sinalizações mínimas e muito menos respeitam os ciclistas. Para aumentar o problema do trânsito existem uma quantidade significativas de condutores de moto sem o menor preparo, conduzido alguns desses veículos sem respeitar qualquer sinal. Está em curso um processo de multiplicação dos acidentes.

Sobre o trânsito também podemos dizer que a sinalização é precária e extremamente mal planejada. Existem semáforos cuja função é só gerar multas ao condutores. Já em outro trechos, não existe um só. Essa forma desorganizada e não planejada de sinalização é dos provocadores de acidentes e congestionamento em diversos pontos da cidade, por exemplo avenida Guajajara, Jerônimo de Albuquerque, São Luís Rei de França. 

Como se não bastasse a sinalização deficiente e imprópria a estrutura viária é arcaica, precária e caótica. Continuações de ruas e avenidas tem sido interrompidas por condomínios, casa e prédios comerciais, o que tem impedido novas interligações e sobrecarregando vias de alto fluxo, exemplo, o Turu, onde os condomínios foram construídos de forma aglomerada sem serem intercalados por novas vias.

Os cruzamentos das grandes avenidas não dispões de intervenções que eliminem os cruzamentos, os elevados feitos foram pessimamente projetados, verdadeiros atestados de incapacidade técnica. Hoje os maiores engarrafamentos são nesses elevados. Faltam viadutos e vias elevadas para que o trânsito flua normalmente.  Mas tem uma necessidade séria e que ninguém trata: o alargamento de ruas e avenidas. Inexiste qualquer propósito dos governantes de indenizar prédios e moradias em alguns trechos e eliminar com afunilamentos e gargalos que existes em pontos crucias, tais como no Anil, entre a faculdade  Cest e a Rotatória da Cohab, a ponta da avenida do Barramar, que dá acesso à Litorânea, o trecho entre a avenida 04 da Cohab e a estrada da Maioba etc. 
A cobertura asfáltica e as demais formas de calçamento precisam de reparos sérios, com serviços integrados de pavimentação e drenagem. O Jardim São Cristóvão é desses exemplos. Existem verdadeiras lagos nas ruas desse bairro, e o revestimento asfáltico não sustenta por falta de drenagem, meio fio e canaletas. 

Por último, na contramão de um desenvolvimento sustentável, João Castelo resolveu encimentar as calhas naturais dos rios e os condenar a serem canais de esgoto. Ao invés de retirar os esgotos de dentro dos rios, a prefeitura está transformando os rios em puro esgoto. Verdadeiros atentados ambientais e confirmação de uma mentalidade atrasada e em descompasso com o tempo.  

São Luís não possui nenhuma avenida que com uma arborização adequada e que seja paisagisticamente interessante. Faltam árvores na nossa cidade. O modelo de jardinagem implantado por Jackson/Tadeu vem sendo seguido por Castelo. É caro, não causa grande impacto na paisagem, aliás... pouco são notados. A consequência maior é para os cofres públicos, pois são milhões já gastos nesses canteirinhos com essas plantas exóticas. Hoje os cidadãos dessa cidade não dispõem de uma só área verde equipada para a prática de esporte e lazer. Não existe nenhum investimento nesse sentido. Não existe vontade e nem ideia. O atraso complementando a ganância. 

Os moradores de São Luís estão condenados a ter como locais de passeio as prais e as praças de alimentação dos shoppings. Esses últimos de arquitetura de mal gosto e de acabamento deficiente. Vide o desabamento do teto, alagamento e incêndios que já ocorreram no interior desses estabelecimentos. As prais estão tomadas de fezes. As construtoras não só construíram sobre falésias e dunas, não satisfeitos com isso, lançaram o esgoto dos condomínios in natura nas praias. A taxa de coliforme fecais é alta.  São Luís está em uma ilha de estuário o que complica mais a situação, pois isso afeta diversos ecossistemas. 

O abastecimento de água de São Luís é uma vergonha, mais vergonhosa é o sucateamento da CAEMA e a contratação de carro pipa para fazer abastecimento, alguns ex-carros de transportar combustível. Pode? O tanque é o mesmo. Pois bem, essa carência de água é fruto da incompetência, do descaso e da pura e absoluta perversidade. O sistema do Batatã pode ser ampliado e pode se fazer outros reservatórios desse tipo com fontes perenes de água ainda existentes na ilha. O sistema Italuís pode ser complementado com capitação de água de outros rios menores, criando um sistema interligado. Três grande rios correm na direção da Ilha: Itapecuru, Pindaré e Mearim. Isso é um privilégio e não se justifica faltar água nessa cidade de São Luís. Faltou investimento e compromisso com coisa pública. A estratégia é descredibilizar a CAEMA, colocar a população em um situação de calamidade e depois privatizarem. Adivinhem que vai privatizar... 

Porém, essa situação não persiste sem cumplicidades e omissões. O poder público municipal, o Executivo também é responsável por isso. Esse serviço de captação, tratamento e distribuição de água é uma concessão. Cabe ao poder público municipal questionar a qualidade dos serviços prestados. Soma-se a isso a inoperância e cumplicidade do poder Legislativo Municipal, que efetivamente não buscou defender os interesses da população. É uma irresponsabilidade produzida pelo criador e a criatura. Tudo isso é a somatória desses fósseis políticos, herança da ditadura. Diversas cidades brasileiras já abriram licitações e já trocaram de empresa, visando a qualidade desse serviço.

A necessidade de mudar os representantes.


quinta-feira, agosto 23, 2012

O que Castelo não disse no Horário Eleitoral: rio Gangan





Como prometi... Aqui está algo contrário ao que foi dito no horário eleitoral gratuito. Primeiro, a omissão. No programa do atual prefeito não foi dito que a obra no rio Gangan tem Recursos Federais no valor R$ 7.687.626,11... do Ministério das Cidades, parte do PAC 2.

Segundo, a propaganda diz que TODO o rio Gangan recebeu obras, na placa diz "trecho" e na realidade, para quem quiser ver.... o rio continua seu curso para além desse trecho em obras. Basta ver as fotos.  Essa parte da "ponte" fica no prolongamento da avenida Mato Grosso, pós cruzamento com a Rua Gal. Arthur Carvalho, no Turu. 


Terceiro, por diversas vezes a Prefeitura vinculou propaganda falando de uma ponte para completar a ligação entre a Estrada da Vitória e a rua Gal. Arthur Carvalho. Obra importante e que facilitaria o acesso entre Turu e a Cohab/Cohatrac. Mas nunca foi feita... só existe enquanto promessa. 


Eis o que há no local. Apenas duas bases inacabadas, abandonadas no local... Não existem equipamentos no local, nem qualquer pessoa trabalhando. A ponte que existe é essa de madeira, improvisada pelos moradores. Observem.. o jumento entre as duas bases. Será que o lombo desse animal é a ligação entre as duas bases? Absurdo essa propagando do prefeito.


Essa obra de concretamento da calha do rio não tem nada de sustentável como anuncia na placa. A calha natural, não impermeabilizada, é mais vantajosa, conforme estudos recentes feitos por urbanistas. Além de manter a vegetação e plantas que servem para limpar a água, há infiltração, absorvendo parte do volume da água no subsolo. A calha natural também reduz a velocidade da água durante o escoamento... quando ocorre enchentes. Na calha concretada a água escoa muito mais veloz e torna-se mais destrutiva. Por outro lado, não tendo infiltração e com a crescente impermeabilização das margens, essas calhas alteradas tendem a transbordar mais rapidamente durante o período de chuvas.


Além disso, é um absurdo condenar um rio a ser um canal de esgoto. Por que não construíram galerias e tubulações para receberem os esgotos domésticos? Por que não buscaram livrar o rio dessa poluição por esgoto? 


A placa diz que 10 mil famílias serão beneficiadas. Vejam essa rua paralela ao canal e bem próxima dessa placa. Que benefício as famílias das crianças que estudam nessa creche estão tendo? Como chegar nessa cheche? Isso você não viu nas imagens aéreas sobre as obras do rio Gangan. Faça uma visita e tire suas dúvidas.

terça-feira, agosto 21, 2012

Eu quero mais, eu quero mais: a lamúria como justificativa da incapacidade




O Governo Federal disponibiliza inúmeros recursos para que as prefeituras executem obras  e melhorias de instalações visando a qualidade de vida dos cidadãos. O repasse para construção de ACADEMIAS AO AR LIVRE está garantido pela Lei de Incentivo do Ministério do Esporte. Elas estão sendo instaladas em diversas cidades do Brasil e produzindo qualidade de vida para os cidadãos. Particularmente a idosos e quem não possui recursos para pagar uma academia.


São Luís de 400 anos, por pura falta de capacidade administrativa, ainda não disponibilizou aos seus cidadãos, particularmente nos bairros, esse modelo de academia. O que existe é irrisório diante do tamanho da população. Na verdade, é algo praticamente inexistente nos bairros mais populosos. A Sedel, secretaria estadual, inaugurou duas academias ao ar livre em junho desde ano, mas ambas na Avenida Litorânea, bem longe dos grandes bairros e das pessoas de menor recurso financeiro. Foi academia para quem já tem academia. O que a Prefeitura fez? 

Por outro lado, as áreas verdes estão sucessivamente GRILADAS ou transformadas em lixões. Temos como exemplo os bairros da Cohab, Cohatrac, São Cristóvão etc. Por que tais recursos não são buscados? Simples. A mentalidade atrasada dos que estão governando não os permite perceber e visualizar as necessidades da população. A falta de compromisso público desses senhores impede a população de ter espaços para prática de atividades físicas. Isso é importante para a melhoria das condições de saúde dos cidadãos. Esse repasse é feito pelo Ministério do Esporte e a Prefeitura só precisa entrar com a contrapartida.

Por que esses benefícios não são vistos como importantes por tal “gestor”? As escolas funcionam em instalações precárias, o calçamento é vergonhoso, os transportes coletivos são caros, ineficientes e desconfortáveis, o trânsito está caótico, o abastecimento de água precário e o atendimento médico deficiente. Quais são então as prioridades dessa administração?
Essa academia ao ar livre é na cidade de Belém (PA). Não mostramos as do Rio e São Paulo para a comparação não ficar muito distante.





sábado, agosto 18, 2012

Ação Penal 470 - Filhos do Brasil

                                                                                         
                                                                             
                                         Por  Washington Ribeiro Viégas Netto*

"Quando o homem inventou a roda, logo Deus inventou o freio. Um dia, um feio inventou a moda, e toda a roda amou o feio". Zeca Baleiro.

Tenho acompanhado com especial atenção o julgamento do mensalão pela nossa mais alta corte de justiça, o STF. Penso que o resultado ali proclamado nos dará uma medida atual do quanto já nos distanciamos da pecha “república de bananas”; forma de governo que ainda persiste em países destas latitudes. No decorrer de todos esses anos em que tramita o processo, tem sido uma rara oportunidade de o Brasil reafirmar a força e solidez de suas instituições, soberanamente constituídas, quando confrontadas com um, ao que tudo parece, projeto de poder que, por meio de um conhecido método de aparelhamento estatal, tentou um processo de clivagem dessas mesmas instituições.
Porém, antes mesmo de iniciado o julgamento, acredito que o saldo é favorável ao Brasil.
O Supremo é composto de onze Ministros indicados pelo Presidente da República. Oito dos atuais componentes são indicações de administrações petistas. Ou seja, os juízes, em sua esmagadora maioria, que irão dar o veredicto acerca dos crimes de que são acusados os integrantes da cúpula do PT foram ali guindados por estes próprios.
Isto dito em outras épocas, não tão distantes, ou mesmo a meros sete, oito anos atrás, quando se iniciou esta persecução penal, certamente seria motivo de desconfiança abissal, a ensejar comentários do tipo: “vai terminar em pizza”. Não é o que está a se ver.
O Relator do processo no STF, Ministro Joaquim Barbosa, inclusive ele alçado ao cargo por Lula, tem conduzido a ação penal nº 470 de forma íntegra e imparcial, como há de ser.
Com relação a estes dois atores do mensalão (Lula e Barbosa), sem desmerecer os demais, com relevo aos Ministros - exceto um ou dois que, advogados de carreira, parecem não ter esquecido que causídicos não mais o são – acredito que, por todas as forças conhecidas, desconhecidas e imponderáveis que habitam esse mundo, não haveriam de ser outros dois a tornar o julgamento ainda mais emblemático para a história de nossa nação.
Lula, apesar de não denunciado, é ávido defensor de que o mensalão não passou de uma fraude midiática perpetrada pela oposição. Barbosa é um cioso magistrado convencido que as denúncias merecem apuração rigorosa (apuração aqui bem entendida como o ato de averiguar com isenção, desprovida, pelo menos hipoteticamente, de um juízo de valor).
Apesar de terem trilhado caminhos diferentes, comparando-se as biografias, fácil se verificar os pontos de contato... e mais fácil se notar o que as afastam: trabalho duro.
Lula, erigido a categoria de mito por ele mesmo, para justificar as acusações, repete a mesma catilinária: as elites não aceitam que o melhor governo do Brasil tenha sido realizado por um homem humilde, do povo, filho da pobreza e da exclusão, que, por último, doente, luta bravamente pela vida para retornar aos braços do povo que clama por sua messiânica batuta.
Joaquim Barbosa, ao contrário, não brada aos quatro ventos seu passado difícil. De família humilde (pai pedreiro, mãe dona de casa), ainda muito jovem, com a ausência do pai, tornou-se arrimo de uma família de oito irmãos. Adolescente, foi sozinho tentar a vida na cidade grande, onde, com muito esforço, estudando em escola pública, formou-se, exerceu a carreira jurídica mediante aprovação em concurso público. É mestre, doutor, fluente em quatro idiomas, além de, por hobby, tocar violino e piano. Também com sérios problemas de saúde não faz alarde nem se abate, em movimentos trôpegos como um gladiador ferido tentando se proteger atrás da capa (toga), empunha sua lança (voto), como na alegoria de Cervantes no clássico Dom Quichote, lutando contra os moinhos de vento (superestrutura, nas lições de Marx). Entretanto, para quem sempre lutou e venceu os ditos moinhos de vento, este será, quiçá, só mais um obstáculo transposto.
Independente do resultado, o julgamento do mensalão, por tudo quanto já aconteceu, tem deixado lições para se acreditar em um futuro promissor para o país.
A exemplo de verdadeiros republicanos do jaez de Joaquim Barbosa é crível uma carreira de destaque sem que para isso seja necessário se juntar às hostes dos que administram a coisa pública com interesses privados.
Mais que isso, Joaquim Barbosa mostra aos que quiserem ver que, diferente dos nossos primeiros revolucionários que travaram a luta armada, sem desmerecer a importância destes, é possível a mudança pelas vias legais e ordinárias (com o devido sublinhado de os tempos agora são outros). Parafraseando o próprio Lula, nunca antes na história desse país se pensou um dia que as mais altas autoridades estariam sentadas no banco dos réus.
No entanto, por fim, uma coisa é de se entristecer: relatos como esse beiram o quase anonimato. Desses brasileiros, infelizmente, não se fazem filmes, tampouco para eles se constituem ONG´s.
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*Advogado – OAB/MA nº 9.254 e Contador – CRC/MA nº 7.109

Pós Graduado em Direito Público, com especialização em Direito Tributário, Licitações e Contratos Administrativos
Cel.: 98 9116 7891/8188 9770
Tel.: 98 3227 3335/3227 8215/3236 2500

sexta-feira, agosto 17, 2012

Política: a Crônica crônica da coisificação

Autor: não foi possível identificar.

No Maranhão, intelectualidade é exercício de vaidade, deleite ou qualquer outra coisa, mas bem pouco tem a ver com compromisso acadêmico e responsabilidade com o conhecimento científico. Impera, desde os primórdios, uma intelectualidade predominantemente estética e poética. Agora, no entanto, o achismo começa a assumir o controle do pensamento. Difícil encontrar uma exposição fundamenta ou que seja fruto de observações e investigações cuidadosas. As generalizações nascem e são lançadas movidas exclusivamente pelas idiossincrasias.

Nesse meio há uma dificuldade enorme de fazer uso de aspas e de indicar o que está parafraseando. Cada um procura dizer de um jeito “inovador” o que já foi dito para não citar o trabalho alheio. Essa arrogância é recorrente. Não é à toa que diariamente encontramos textos onde os autores repetem:  “Eu já disse isso”, “eu escrevi isso anteriormente”, “como escrevi no passado”. Enfim, todos são donos, ninguém toma nado emprestado, tudo nasce originalmente dessas super-cabeças.  

A Crônica é a ferramenta da narrativa desse meio “analítico”, “crítico”, “reflexivo”, “interpretativo”. Observa-se que são poucos os adeptos da forma padrão - narrativa na primeira pessoa. Outros desconsideram a ordem cronológica dos acontecimentos. No entanto, há uma notável impecabilidade no subjetivismo. Também de grande monta o uso dos recursos literários: metáfora, ambiguidade, antítese... Porém, é o estilo que encontra leitor. Quem vai ler textos na forma de artigos científicos?

Consolidou-se no Maranhão tratar os fenômenos políticos por uma via literária e humorística. Existe nessa literatura uma dificuldade de considerar a totalidade e o contexto, além de tratar de forma indiferenciada conjuntura e estrutura. Porém, os problemas mais agudos são: monocausualismo e coisificação dos fenômenos sociais. Essa visão torna imperativo ver os fenômenos como coisa para fora, tudo acontece de um lado de fora, como se fosse possível existir um lugar desligado e imune aos efeitos e à composição da totalidade, do contexto. Soma-se diluição e enfraquecimento da complexidade dos fenômenos, que são multiplamente produzidos. A dimensão multicausal parece ser algo herege. Prepondera uma dialética-sem-mundo.

O que deveria ser exploração de conceitos não passa de reprodução naturalizada dos mesmos. Não informa, não descreve o dado, mas mistifica. O problema da subjetividade não é ela existir, é ignorar a necessidade do esforço de seu policiamento. É amiga e inimiga (E.Morin). A palavra jogo pouca vezes é utilizada enquanto conceito e referida à teorias. Por exemplo, teoria dos jogos, das escolhas racionais. Tão pouco é entendido sobre o jogo que o mesmo não é visto com disputa que possui regras e diversos níveis de complexidade, dentro de uma dada configuração (N.Elias).

O achismo tem feito assento em clivagens a partir de categorias que não possuem comprovação de terem centralidade e grande influência nas interações e ações políticas, não motivam e não dão sentido as mesmas. Isto é, categorias que nunca foram comprovadas como elementos ordenadores dos posicionamentos e tomadas de decisões políticas.

O sarneísmo é uma manifestação contemporânea de mandonismo. As oposições com a mentalidade corrente estão produzindo, nesse espaço político, um paradoxo ortodoxo, similar ao formulado por Kahler.  

Estamos confortavelmente tomados por crenças e dogmas puristas, coisificação de fenômenos sociais, dualismo determinista e falseamento.  Nunca fomos tão obscuros e superficiais... Realidade. O que é realidade?


terça-feira, agosto 14, 2012

A grotesca falta de Educação dos Administradores...


Fica patente que os administradores estão sendo, no mínimo, mal educados com nossas crianças. A Educação e a Saúde são os setores mais afetados na nossa capital. Essa dupla carência é um fardo sobre os cidadãos. A falta de um bom sistema educacional tem sido apontado como um verdadeiro entrave para a ampliação da cidadania e desenvolvimento da qualidade de vida no Brasil. No Maranhão e em São Luís é mais que uma verdade, trata-se de um gravíssimo problema. 



Em que pese as melhorias registradas nos últimos anos, as Crianças ainda não receberam o devido tratamento que merecem, tão pouco os profissionais da educação estão sendo devidamente respeitados. Em pleno XXI, em uma cidade que vai completar 400 anos, além de ser a capital  do estado... ainda nos deparamos com escolas em instalações improvisadas, como essa. Onde estão os recursos? Será que todo aquele dinheiro gasto naquela enorme árvore de "natal" não faria um verdadeiro Natal de cidadania para nossas crianças? O que fizeram os vereadores, aliados dessa administração, que estão querendo se reeleger? 


Precisamos ficar mais vigilantes quanto ao destino dos recursos públicos e sermos mais  exigentes quanto aos investimentos na Educação. Que futuro o improviso pode nos reserva r?  Necessitamos de ações planejadas e vinculadas aos interesses da sociedade. Chega de sermos os últimos em tudo! 

Essa escola está situada na Rua Epitácio Cafeteira, bairro do São Cristóvão. 

segunda-feira, agosto 13, 2012

HOSPITAL CARLOS MACIEIRA: ONDE HÁ FUMAÇA E FOGO NÃO HÁ SAÚDE


O Maranhão vive uma enfermidade pública, o que seria a res publica está em estado terminal. Não há um só culpado, um só grupo. Só falácias e a incapacidade de ver a realidade para além da ilusão da transparência que consegue não perceber um certo contínuo entre esses diversos grupos que competem pelo poder. Exceções existem, mas bem a baixo do centro da disputa. Não são forças efetivamente competitivas e de máxima influência na sociedade.

No Núcleo da classe política maranhense conforma-se uma certa homogeneidade e indistinção. Basta ver os que ocupam as 217 Câmaras Municipais, as 217 Prefeituras. O posição existe, mas aquela técnica: os que não estão no governo. Porém, a oposição Política ao modelo de exercício de poder vigente ainda não tem face, forma e mínima organização. Isso salta aos olhos nos períodos eleitorais, quando a rinha das vaidades e projetos estritamente pessoais são sobrepostos aos elementos de composição e consenso em torno de projeto Político, onde possa preponderar o interesse público. A carência de indivíduos na condição de pessoas públicas (homens públicos) é um dos componentes dessa enfermidade. O Estado encontra-se, em todos níveis de poder, pilhado e tomado pelo patrimonialismo, familismo e privatismo... Virou um entende depositário de todos os vícios e viciosos.

Hospital onde tem fumaça e fogo, tem o dinheiro público queimando. Nossos direitos de cidadãos ardem na fogueira da ausência de efetividade. O estado patológico dos ocupantes do poder também é de altíssima complexidade. A fagulha para acender esse fogo é um composto de vaidade, falta de humildade e descompromisso público. Como sempre o combustível para alimentar as chamas é o erário. A cidadania não pode ter outro assento a não ser as cinzas. 

Acidentes ocorrem, tragédias e o acaso existe, mas a falta de equipamentos e um sistema básico contra incêndio não são obras do acaso, mas da irresponsabilidade administrativa. Por que o “gestor” não fez e/ou não tinha conhecimento? A ÁGUA QUE FALTOU PARA APAGAR O FOGO É A MESMA QUE FALTA PARA OS CIDADÃOS BEBEREM. O NASCEDOUROU DA TRAGÉDIA TEM OS MESMOS COMPONENTES. Caema e Saúde são reféns da mesma altíssima complexidade que nos assola. Torço para que a situação clínica dos pacientes que estavam no hospital Carlos Macieira, no momento do incêndio, não tenha se agravado. Que nenhum deles piore de saúde. Porém, como cidadão comum, penso  também nos custos que isso produzirá para os cofres públicos, principalmente com uma provável "nova" reforma. Existe no meio político uma expressão que diz: fogo amigo. 

Não podemos aceitar como normais Hidrantes sem água, falta de sensores e um alarme que possibilite a saída de dentro do prédio o mais rápido possível. A saúde está mal. Nos municípios do interior e na capital, onde os Socorrões viraram sinônimos de horror. A saúde na órbita do governo estadual é tão sólida quando a fumaça que subia do incêndio no Hospital Carlos Macieira. Hospital que bem antes do incêndio já estava encoberto de nuvens escuras, em uma total in- transparência sobre sua situação. Esse hospital faz ou não faz parte do patrimônio público? Por que deixou de ser o hospital dos servidores públicos? Se não é, como e em que circunstância passou ao patrimônio privado? Onde foram parar os milhões anunciados para reforma do hospital? Ninguém incluiu nessa reforma o sistema de segurança do prédio? Em um hospital de altíssima complexidade não ter detector de fogo e fumaça nos corredores e ambientes? É estranho, no mínimo. 

Realmente é um hospital de altíssima complexidade.. ao ponto de não nos deixar transparecer o que ocorre ali verdadeiramente. Tão complexo que os bombeiros e voluntários encontraram inúmeras dificuldades para controlar o fogo e resgatar os pacientes.

Desse complexo nos resta a simplesmente e pura miséria. Isso é politicamente e moralmente vergonhoso. Não merecemos mais isso.



sábado, agosto 11, 2012

quarta-feira, agosto 08, 2012

São Luís: só com muitas mudanças podemos comemorar.



Diversas avenidas de nossa cidade foram batizadas para homenagear os europeus, ou melhor, os colonizadores... Essa adoração euro-colonial é tão acentuada que chegam a ver grande similitude entre São Luís e Paris. Tem até “pesquisa”. O comparador não deve ter percebido que as ruas de Paris não ficam inundadas e o esgoto é tratado. Lá duzentos anos atrás as galerias foram construídas para receberem as águas pluviais. Essas galerias datam do final do século XIX. Ou será que essa comparação foi fruto de uma visita ao interior das galerias, onde a cloaca pode ser vista descendo? Nas proximidades de Paris, mais recentemente, foi construído o jardim filtrante, na forma de parque, para despoluir a água. A cidade Luz tem muito mais para ser diferente do que semelhante à capital maranhense. Mas existem os que acreditam em sereias etc. Isso não tem nada a ver com senso de realidade... é alucinação. São Luís não é Paris. Somos o que somos e podemos fazer essa cidade ser mais linda! 

São Luís está em uma situação deplorável, bem longe da Ilha das Flores ou da Atenas. Cresce a marca do descaso nas avenidas, praças e áreas “verdes”. Elas têm sido alvo constante da grilagem imobiliária, de barraquinhas e o negócio do lava a jato.

Não existe uma área verde cuidada, equipada  e que os cidadãos possam frequentar com segurança. O modelo de jardinagem adotado pela prefeitura é caro, destinado só às áreas “nobres” da cidade e não adota a flora local. Diversas variedades de plantas exóticas são utilizadas em detrimento de variedades nativas. São Luís precisa de árvores com copas que produzam sombras. Não existe um trabalho efetivo de arborização da cidade. Isso precisa mudar.

Os bairros são carentes de espaços de lazer e recursos para desenvolvimento de atividades físicas. Quais espaços públicos de lazer existem para  os pais levarem seus filhos? Só existem as praias, mas essas estão impróprias e ainda invadidas por carros. Os “parquinhos”, na Litorânea e Lagoa, são mal cuidados e de área reduzida. Hoje estão ocupados por brinquedos pagos, que reduzem o espaço livre e tiram o caráter público dos brinquedos. O Parque do Bom Menino foi tomado por edificações e nunca mais foi acabado. Ficou desfigurado em sucessivas “reformas”, cujos projetos nunca foram integralmente executados.

Depois disso, só restam os espaços fechados e privados, especialmente Shoppings. É isso mesmo. Todos nós acabamos confinados nas praças de alimentação e corredores desses estabelecimentos comerciais. Porém, a grande maioria da população não pode ir todos os finais de semana aos shoppings, devido o alto custo da permanência nesses locais e nem ir à praia devido a poluição, o que resulta em uma total falta de alternativa para os moradores dessa cidade. Nada versos nada. É isso. Isso acaba afetando a qualidade de vida. 

Por outro lado, os eventos e atividades artísticas são inconstantes e de acesso restrito. Não existe um calendário regular de atividades artísticas. Inexiste uma política de incentivo e de acesso a eventos artísticos. Os bairros não recebem com frequência eventos socioeducativos, principalmente os bairros mais populosos. 

A limpeza da cidade sofreu um grande decréscimo de qualidade. Inúmeros terrenos particulares e áreas verdes públicas foram transformados em lixões. Essa situação tem se reproduzido em quase todos os bairros. Entulhos e resíduos domésticos são lançados sobre o solo sem o acondicionamento devido e sem qualquer disciplinamento. Falta uma política educativa sobre os resíduos sólidos e a efetivação de coleta seletiva. 

O calcamento das ruas e avenidas, em diversos bairros, encontra-se danificado e com acentuado desgaste. Sobram lombadas e  buracos no calçamento. Além de apresentar deficiência no escoamento da água pluvial. As principais avenidas apresentam diversos pontos de alagamento por pura falta de drenagem. Falta canaleta, falta boca de lobo etc.
O asfalto aplicado no capeamento das ruas é de péssima qualidade, deteriorando ou dissolvendo logo após algumas semanas. Impera a indústria de tapar buracos, medida que só beneficia os donos das empresas de asfalto, pois esse método é um desperdício constante de recursos públicos. Uma vergonha. Em um mesmo semestre e no mesmo trecho de uma mesma rua são feitos diversos remendos. 

No ano de 312 a.C, em Roma, teve início a mais famosa das vias romanas: a vai Appia. Estrada pavimentada que servia aos interesses militares de Roma e ao comércio. A qualidade da construção é notável, pois até os dias atuais existem trechos em bom estado de conservação. Eram construídas com quatro camadas de materiais e revestidas com pedras. Além do meio-fio, a estrada era composta por canaletas, assegurando uma excelente drenagem. Chegou a ter 563 km de extensão.

Enquanto isso, em pleno século XXI, na cidade de São Luís, não existe um só rua ou avenida com uma pavimentação de qualidade, falta nivelamento, drenagem e meio-fio. As ruas são calçadas por inúmeros tampões de asfalto, que foram sendo jogados sobre o solo sem maiores cuidados, provocando inúmeras irregularidades e alagamentos. É o calçamento que mais fura e que mais produz buraco no mundo inteiro.  

Nesse ciclo de descuido e irresponsabilidade pública, empresas da construção civil e particulares entulham ou aterram canais naturais de escoamento da água pluvial. Construtoras desmatam áreas inteiras de vegetação nativa e mata ciliar. Para piorar a condição de vida urbana, os empreendimentos imobiliários não estão sendo feitos de forma ordenada e planejada. Hoje essas obras são implantadas em qualquer local, até mesmo onde não existe rede de esgoto e condições adequadas de trafegabilidade. Esse processo descontrolado de ocupação do solo urbano tem criado um descontínuo, que dificulta ainda mais a prestação de serviços essenciais. Além disso, esses empreendimentos imobiliários não estão sendo obrigados a executarem compensações e ações que diminuam os impactos produzidos pelas obras. São inúmeros os casos em que área sofreu diminuição da qualidade dos serviços. Aumenta o volume de usuários em uma dada área sem que seja ampliada a estrutura de oferta dos serviços. Alguns moradores, dessas localidades impactadas, sofrem principalmente com queda ou interrupção no fornecimento de energia elétrica e falta de abastecimento de água. Existe um imenso condomínio sem o devido abastecimento de água. 

O modelo de construtivo adotado pelas construtoras não segue os conceitos mais atuais e não se preocupa com a questão ambiental. Não buscam a sustentabilidade. Basta dizer que diversas obras impermeabilizam enormes áreas, com cimento ou asfalto, tirando a possiblidade da água da chuva infiltrar no solo. Fazem condomínios inteiros sem canteiros e jardins. Basta uma pequena chuva e as ruas viram piscinas devido ao grande volume de água acumulada sobre o calçamento. 
Não bastando isso, os esgotos dos condomínios  são lançados in-natura nos rios e nas praias.

Em vários bairros as alamedas servem de estrebaria, escritório, oficina, depósito de vendedores ambulantes etc. Existem postos de   táxis nos locais mais impróprios possíveis, tais como esquinas, rotatória etc.
A sinalização do trânsito não é nada racional. Em uma parte tem semáforo demais e em outra são quase inexistentes. Diversos locais críticos e perigosos não possuem sinalização. 

Falta transporte coletivo de massa. Precisamos desenvolver um sistema eficaz e abrangente de transporte coletivo. Não é mais racional manter todo o transporte coletivo apenas pautado em ônibus. Não é possível aumentar o número de ônibus sem sobrecarregar o tráfego. Isso só aumentaria a lentidão e os engarrafamentos já existentes.

A cidade não dispõe de passarelas para os pedestres, nem passagens subterrâneas. O aumento de semáforos aumenta ainda mais a lentidão e congestionamento no trânsito. Precisamos imediatamente adotar medidas para solucionar ou minimizar esses problemas.

Os viadutos são poucos e quase todos são obras incompletas e ineficazes. Vide o engarrafamento no elevado da Cohama. Há tempos essa área precisa de obra complementar para dotar o viaduto de alças para contorno.

Bairros como o Cohatrac, Cohab e adjacências concentram quase um terço da população de São Luís, mas até o momento não receberam um sistema de esgotamento sanitário adequado às necessidades das localidades.

 “Estas condições são as causas primárias da alta incidência de diarreia observada nos países em desenvolvimento e que é responsável pela morte de cerca de 2 milhões de crianças e causa cerca de 900 milhões de episódios de doenças por ano. Além disso, a falta de um adequado sistema de coleta, tratamento e destino dos dejetos é a maior causa da degradação da qualidade das águas subterrâneas e superficiais.” (Organização Pan-Americana da Saúde).

As impermeabilizações irregulares de quintais, somadas à falta de sistema coletor da água pluvial, provoca uma sobrecarga no esgoto doméstico. A consequência: os bueiros são transformados em chafarizes.

Esgoto estourado é um atentado contra a saúde dos cidadãos. A água contaminada (in natura) escoando sobre o calçamento é suspensa, na forma de spray, pelos veículos que passam em velocidade. Essa água suja, suspensa no ar, acaba sendo inalada pelas pessoas que estão por perto: motoristas, pedestres e moradores etc. Os (as) "cidadãos" (ãs), nesses locais, acabam introduzindo fezes nas vias respiratórias, ficando a mercê de inúmeras enfermidades.

“Os esgotos domésticos contêm aproximadamente 99,99% de água e 0,1% de sólidos, sendo essa última fração composta de sólidos orgânicos como proteínas, carboidratos e lipídeos; sólidos inorgânicos como amônia, nitrato, ortofosfatos; microrganismos com bactérias, fungos, protozoários, vírus e helmintos etc.” (VON SPERLING)

Não é responsável considerar adequada uma rede de esgoto como essa existente nos bairros citados. Pois é ineficiente na coleta, não possui tratamento e o destino não é ambientalmente responsável. 

“Dados do Ministério da Saúde indicam que cerca de 70% das internações hospitalares da rede pública estão relacionadas com doenças de veiculação hídrica que por sua vez estão diretamente ligadas à ausência de tratamento de esgotos domésticos. Estes mesmos estudos mostram que cada dólar investido em saneamento proporciona a economia de cinco na área da saúde.” (Lupércio Ziroldo Antônio).

Para ser considerado um sistema de esgotos sanitário é preciso que apresente as principais unidades componentes: rede coletora, interceptores, emissário, elevatórias de esgoto, estação de tratamento de esgotos e emissário final. Seguindo dos seguintes níveis de tratamento: preliminar, primário, secundário e terciário.  

Como se quer saúde pública sem saneamento básico?
Só muita falta de compromisso público pode colocar o saneamento como uma questão menor.

São Luís ainda possui enormes áreas ocupadas por palafitas e outra parte com habitações precárias, em locais com risco constante de desabamento ou sobre áreas que deveriam ser de preservação permanente. É alto o número de cidadãos sem casa própria. 

O Programa Minha Casa, Minha Vida, implantado pelo Governo Federal, segue uma estratificação por faixa de renda e tem a seguinte previsão: renda até três salários mínimos - 400 mil casas; renda entre três e quatro salários mínimos - 200 mil casas; renda entre quatro e cinco salários mínimos - 100 mil casas; renda entre cinco e seis salários mínimos - 100 mil casas; renda entre seis e dez salários mínimos - 200 mil casas. Apesar de significativa a medida, fica bem aquém da demanda existe.

Em São Luís, o acesso à moradia digna é difícil, principalmente para as pessoas que ganham até 03 salários mínimos. A demanda reprimida é muito, muito, muito maior do que a oferta. O programa Minha casa, Minha vida destinou um pouco mais de 15 mil unidades para cá. Segundo o IBGE, 60% da população adulta ativa e produtiva de São Luís ganha até dois salários mínimos. Faz-se necessário investimento do poder público local em habitação, só assim a demanda reprimida por moradia será reduzida e o padrão de vida melhorado.

São Luís, nossa capital, não merecia e não merece isso. O problema da capital do Estado do Maranhão não é só dos que residem nela, mas de todos os maranhenses e de todos que amam esse estado. É um símbolo e uma referência de nossa história. 

As condições da praça Deodoro é uma vergonha. Barraquinhas e tendas espalhadas por todos os lados e os canteiros servem de "banheiro". Sem deixar de mencionar que ali  está  a Biblioteca Pública Benedito Leite, que continua fechada.
Diversos blocos de pedra, que serviam de assento na praça Deodoro, foram retirados do local original e largados em um dos canteiros da praça. Estão lá desde a administração passada. Até agora nada foi feito em relação a isso. Não fiquem admirados se essas pedras sumirem.

Qual o segredo dessa cidade? O segredo daqui é igual ao da ilha de Lost, do seriado: Mistura de macumba e física quântica. A ilha de Lost é tão cheia de histórias e casos extraordinários quanto a ilha onde se situa São Luís. A diferença é que os ocupantes da Ilha de Lost buscam protagonizar, rivalizar com o curso dos acontecimentos, querem fazer algo e não aceitam serem simplesmente arrastados pelos acontecimentos ("destino"). Lutam contra a morte e o medo do desconhecido. E aqui... o que fazem os sobreviventes? 

São Luís e Lost comungam o fato de construírem e reproduzirem muitos mitos, combinarem sobrenatural, ciência e paradoxo do tempo com muita facilidade.
Na ilha, o que acontece de novo parece que sempre existiu, mortos estão e não estão mortos, o que não existe parece já estar pronto e acabado. Ao fundo, mas ocultamente, seres místicos disputam cada lance de um imbricado jogo de poder. Lost já chegou a sua sexta e última temporada e já é possível até ver sentido naquelas estranhezas. Porém, por cá, tudo fica cada vez mais estranho, opaco e o tormento parece que não tem fim... Nunca estivemos tão lost na história. Mas, com coragem, responsabilidade e determinação o curso dessa história pode mudar. O futuro está por ser feito. Tudo depende da vontade desse povo para mudar a situação atual.

(Ao futuro prefeito de São Luís)
Precisamos de Mínimos a mais para a nossa cidade:


01-    Obras de adequação e melhoramento nos elevados e rebaixamentos feitos nas rotatórias da Cohama, Cohab, Alcione Nazaré;

02-    Construção de elevados na Rotatória do Aeroporto, da Forquilha, Calhau, Olho D’Água, Madre Deus;

03-    Ponte interligando Recanto Vinhais ao bairro da Alemanha;

04-    Duplicação da Estrada da Vitória no trecho entre o hospital Sarah Kubitschek e a Av. dos Franceses;

05-    Nova Ponte sobre o Rio Anil, no bairro do Caratatiua;

06-    Criar 03 vias de interligação entre as estradas da Maioba e de Ribamar;

07-    Construir uma Avenida da Rotatória da UEMA até a estrada de Ribamar;

08-    Duplicação da Holandeses no sentido da estrada da Raposa (parceria com os municípios vizinhos);

09-    Criar acostamento e ciclovias em diversos trechos da estrada da Maioba (em parceria com os outros municípios e governo estadual);

10-  Construir uma nova Praça do Panteão e melhorar a praça Deodoro;

11- Criar um programa de revitalização da Praia Grande instalando diversos cursos universitários na área (de universidades públicas e privadas);

12- Intervenção do traçado da Avenida Litorânea, dando um melhoramento paisagístico e criando novas praças com parques infantis. Arborização e jardinagem em alguns trechos e a criação de uma ciclovia extra;

13-  Higienização e a construção de um novo terminal na Fonte do Bispo;

14-  Tornar o Aterro do Bacanga útil para a cidade. Fazendo a área ser uma referência de espaço de lazer, eventos, de atração turística. Implantar um projeto paisagístico dessa área. Arborizar todo o aterro. Construção de um Mirante para servir de atração turística. Do alto do mirante o visitante poderá ficar observando o conjunto arquitetônico do Centro Histórico, além de apreciar o pôr do sol na baía de São Marcos;

15-  Implantar um trem de superfície para transporte urbano nas áreas de maior concentração: Itaqui-Bacanga, Cidade Operária etc. Projetar para ser implantado por etapas;

16-  Criar estrutura para visitação nas Reservas do Rangedor,Batatã e Itapiracó (em acordo com a administração estadual): trilhas, postos de educação ambiental, bebedouros, sanitários, pontos de observação etc.;

17-  Construção de um Novo Mercado Central, um projeto que seja um marco arquitetônico e que seja um ponto de atração e serviços no Centro Histórico;

18- Implantar um sistema de creches municipal nos bairros mais populosos de São Luís;

19- Implantação de Jardins Filtrantes para tratamento de esgoto, nos moldes dos implantados em Nanterre, próximo de Paris. Façamos um parque aos moldes do Parque Chemin de I’lle. O governo municipal tem que atuar também nessa área, visando melhorias no saneamento da cidade; 

20 -  Em frente ao palácio dos Leões, do outro lado do Rio Anil, onde hoje é uma concentração de palafitas, naquela ponta, às margens da Av. Ferreira Gullar, precisa de um projeto de urbanização, que possa oferecer moradia melhores a esses cidadãos. Além disso,  caberia no local um amplo Centro Cultural e mais uma torre para servir de mirante. O centro cultural seria um complexo com concha acústica, teatro, biblioteca digital, espaço para escolas de dança, teatro, cinema/foto, música etc., galerias para exposição e cafés;

21 - Implantar uma política agressiva de atração de empreendimentos para a cidade. Facilitar para todo mundo que queira investir aqui, respeitando os princípios de sustentabilidade e responsabilidade social. Se esse mar de gente que vive com renda entre 0 - 3 salários for reduzido em 20%, graças à elevação de salários, o mercado interno vai melhorar significativamente; 

22-  Ampliar a Av. dos Holandeses no trecho retorno do Calhau ao retorno do Caolho, e a Jerônimo de Albuquerque no trecho Angelim retorno da Cohama;

23- Higienizar o Mercado da Praia Grande, modernizar as instalações elétricas, hidráulicas e sanitárias;

24-  Instalar nos bairros academias a céu aberto nas praças e áreas verdes. Existem recursos do Governo Federal para esse fim;

25-  Instalação de uma usina de processamento de lixo. Programa de incentivo para a inciativa privada investir na reciclagem;

26-  Criação e implantação de uma agenda cultural com eventos itinerantes nos bairros e eventos permanentes em alguns pontos turísticos da cidade;

27-  Arborização massiva dos canteiros centrais com espécies nativas como: ipês-amarelos, angelins etc. Essa cidade precisa ter árvores, flores etc;

28-   Melhoria e revitalização da Rua Grande. Retirada dos porte da rede elétrica, colocando fiação subterrânea. Instalação de iluminação especial que ressalte a beleza dos casarões. Incentivar os proprietários das lojas a instalarem vitrines adequadas aos casarões. Segurança exclusiva para área, a fim de garantir visitação e utilização da área no período noturno;

29- Buscar alternativas para a melhoria do abastecimento de água de São Luís;

30-  Fazer passarelas cobertas, com rampas e iluminadas na frente dos shoppings e nas avenidas com concentração de comercial.


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