Chama atenção até mesmo ao mais desatentos a morosidade na construção de avenidas e estradas no Maranhão. Sem falar que são projetos incompletos, bem aquém das necessidades.
Onde um trecho de duplicação de menos de 20 km fica se arrastando por quase três anos? Aqui. Eis a duplicação da BR 135, no trecho entre São Luís e Bacabeira.
No campo de Perizes olhamos bate estacas em um trabalho eterno. Não só isso aqueles módulos de iluminação são caríssimos. E ficam lá iluminando essa "obra noturna". Vai ser a estrada com o maior número estacas no subsolo. O incrível é que do outro lado, entre as torres de transmissão de energia já existe uma estrada de piçarra totalmente trafegável, faltando só fazer obra de drenagem em alguns pontos. Como esse trecho foi compacto de forma tão simples e esse lado da duplicação nunca se compacta nada? Trata-se de uma duplicação alegórica, pois entre Bacabeira e Miranda do Norte a situação é caótica. Buracos, lombadas falta de sinalização.
Recentemente instalaram algumas barreiras eletrônicas nas proximidades de povoados. Isso é insuficiente, o trecho carece de de câmeras de monitoramento e radares. Acidentes ocorrem com frequência por excesso de velocidade e por direção perigosa. Claro reflexo de uma bancada de deputados federais focado apenas em currais e clientelas eleitorais, sem falar que estão preocupados com os próprios interesses.
As avenidas e estradas em duplicação na Ilha, município de São Luís e Raposa são casos ímpares de projetos pela metade e de execução para além de lento. Quem passa na ponte Bandeira Tribuzi e na avenida dos Franceses observa eterna obra inacabada da avenida IV Centenário, é algo preocupante, pois já envolveu dois governos estaduais e tem participação do governo federal com o tal PAC. Logo perto da antiga rodoviária, na Alemanha, estão construindo um viaduto que se projeta sobre a avenida dos Franceses, claro indicativo que o projeto ficou pela metade, pois era para chegar até a Vila Palmeira indo pela margem do rio Anil. Ora, logo a frente tem um imenso gargalo que compreende o elevado Alcione e as duas pontes do Ipase. A melhoria na trafegabilidade não vai ocorrer sem esse trecho feito, sem criar outra ponte uma alça por trás do Ipase. A avenida, para bem servir ao interesse público, deveria ira até o Angelim, promovendo uma readequação das moradias, removendo as palafitas e dando novas moradias a esses cidadãos que tanto precisam.
A já inaugurada e debatida Via Expressa, sempre em fase final de conclusão. Isso tem sido repetido por mais de dois anos. Sem falar o real custo dessa obra. Projetada criar um circuito entre shopping, atravessa um parque estadual, criando uma faixa entre ela a avenida e o shopping São Luís. Projetada para ir até o Ipase, ao lado de um outro shopping, exato entre dois gargalos as pontes do Ipase/Caratatiua e o retorno da Cohama, onde existe um viaduto inadequado para as necessidades de trafegabilidade da região, projeto muito ruim. Vai melhorar ou vai piorar a tráfego nessas áreas? Levando em consideração que nenhuma alteração foi feita no viaduto da Cohama, tampouco nas pontes do Ipase. Mas a faixa do sítio Santa Eulália que ficou entre a via Expressa já está sendo devidamente murada, pois é, apareceu um proprietário dessa área, agarradinho do Shopping São Luís. Não demora muito e esse sítio é todo particular, bem privado.
A via Expressa tem como uma das extremidades a área fica situada a Universidade Ceuma, ali o trânsito já encontra problemas, principalmente no trecho entre o Imparcial e Banco do Brasil. Essa pequena área concentra um shopping, duas escola uma universidade, uma faculdade, 05 agências bancárias, dois edifícios comerciais e mais uma dezena de condomínios verticais, mas não bastando isso, agora, em ritmo acelerado, no cruzamento mais conturbado, estão construindo mais um shopping: Pátio Norte, edifício comercial.
Como vai ficar a trafegabilidade nessa área? O projeto da via Expressa devia incluir a duplicação e prolongamento da rua que passa atrás do Ceuma (Renascença), até atingir a avenida Colares Moreira, passando por trás do colégio Reino Infantil e terminado ao lado do prédio da Lunus (linha azul da ilustração).
É incrível com nada é feito para o lado que ampliam os benefícios de interesse geral. Muito menos há pressa para obras públicas, ao contrário disso, a engenharia é extremamente célere para obras privadas, vide as reformas dos shoppings. Que mistério emerge nas técnicas construtivas quando a obra é financiada com o dinheiro público?
Não é demais lembrar. Aquele monte de contratos assinados por Luís Fernando em campanha, quando era pré-candidato, para construção de estadas encontram-se em qual situação? Essas estradas estão sendo feitas ou é era só para deixar um dever de herança para o próximo governador? Somando todos os quilômetros existentes naqueles papéis resulta em uma quilometragem significativa. Será que o destino dessas estradas seguiu o da candidatura de Luís Fernando?
Em um ambiente sem lei e de muitos reis, impõe-se a questão: o que mudar nesse contexto?