Algo estranho impregna a postura do tucanato quando a questão envolve soberania, nacionalismo, Estado e coisa pública. O tucano PSDB tem um apego cego ao capital, às grandes empresas e aos interesses americanos. Fazem qualquer coisa que agrade a política estratégica regional dos americanos.
Como se não bastasse o excessivo liberalismo imprimido nos 08 anos de governo de FHC e o equívoco recorrente de contrapor, de forma artificial, Estado e iniciativa privada, o PSDB ataca o controle do Estado Brasileiro sobre as jazidas do pré-sal, para eles não basta a parceria na exploração, querem reeditar o que fizeram com Carajás, privatizando não só a empresa Vale, mas também o subsolo, absurdo e falta de visão estratégica e total irresponsabilidade diante dos interesses nacionais.
Trata-se do mais puro entreguismo e falta de compromisso cívico. O PSDB defende a tese de País sem interesses nacionais, sem estratégias geopolíticas. Enfim, uma nação sem nenhum interesse e projeto próprio. A postura de entregar o pré-sal ao controle privado de forma irrestrita é totalmente irresponsável e antipatriótico. Estão agindo como lobistas dos interesses americanos.
O petróleo é umas das maiores matrizes energéticas do planeta e uma matriz em declínio, caminhando para uma crise de produção. Os países mais ricos há anos buscam manter a produção mundial sob seu controle, esforço que não tem se limitado em estabelecer o monopólio através de suas multinacionais – hoje todo o petróleo do mundo é explorado por apenas setes empresas, mas também através de ações militares, vide as guerras do Iraque e do Afeganistão.
O Brasil deve manter o controle sobre as jazidas e converter isso em moeda diplomática e financeira para assumir uma posição mais privilegiada no cenário mundial.
Como o PSDB pode defender res publica se não existem coisas e interesses públicos definidos e vinculados aos objetivos de uma sociedade política? Elementos que são essenciais e estratégicos não podem ficar fora da coisa pública.