A greve na CAEMA, segundo o Sr. Ricardo, acabou. Apesar de ser importante, não recebeu a devida atenção dos blogs “independentes”. Essa manifestação foi importante porque escancara a similitude das oligarquias maranhenses e a precária condição da cidadania no Maranhão. A grave situação do abastecimento de água da nossa capital é fruto de um descaso de muitas décadas. Como se já não bastasse o fornecimento irregular de água em dias normais de funcionamento da empresa, uma greve na CAEMA parece algo extravagante. Porém, a reivindicação dos funcionários pela implantação do plano de cargos e salários (PCS) é legítima. Hoje receberam a promessa que o PCS vai ser implantado em maio e um abono de 100 no “tiquete”.
A CAEMA tem um monte de consumidores inadimplentes, não tem como aumentar seu faturamento, porque não tem como oferecer em maior volume o seu produto mais valioso: água. Sem ter água para oferecer aos consumidores, o consumo permanece na mesma. Por outro lado o que arrecada já está em parte comprometido com a manutenção do que tem e com a folha de pagamento. Torna-se necessário baixar a inadimplência, oferecer atendimento de qualidade, regularizar o fornecimento de água. Sem isso não vai aumentar seu faturamento. Mas isso demanda por investimento na captação, tratamento e distribuição da água.
Hoje na CAEMA falta até engenheiros ou quem saiba sobre as bombas do Italuis.
A tubulação do sistema Italuis não tem recebido a devida manutenção e tem apresentado problemas em vários trechos, tudo fruto do descaso.
No entanto, a CAEMA é altamente eficiente enquanto fonte de manutenção dos esquemas oligárquicos, é por ela que se alimenta todo uma rede de apadrinhamento, clientelismo e repasse de verbas... No esquema de pingo em pingo, centenas de contratos (de pessoal) são estabelecidos e por aí são cheias as caixas (d’águas) dos partidos e das campanhas.
Nessa empresa a conciliação oligárquica se efetivou, sem alardes, durante todo o governo Lago. As empresas que atuavam na CAEMA antes do governo Lago permaneceram, não foram afetadas pelo Governo da Libertação. Quando Jackson foi cassado e assumiu a atual Governadora, elas só mudaram o nome de fantasia para "voltar ao trabalho". Agora atuam de maneira bem mais confortável, no melhor governo da vida delas, é certo, mas estavam "bombando" nas águas dos Lagos, mesmo sendo os seus proprietários membros da oligarquia-mor. Com isso, fica claro que o sistema de abastecimento de água só não tem eficiência para garantir água e esgoto aos cidadãos, mas é perfeita aos esquemas das oligarquias. Todos bebem nessa fonte... e em espécie. É o milagre oligárquico da transformação da água!!!!
Caro Parangolé,
ResponderExcluirNos tempos de Dom João Charuto, conta-se que houve um presidente na Caema que fez mais milagres do que Cristo.
Diziam do cidadão: enquanto Cristo transformou água em vinho, ele transformou água em qqueijos, vinhos e companhia...
Abração!!!!