sábado, abril 30, 2016

Caminha, a carta e bobagens sobre a corrupção

Pesquisando sobre Corrupção encontrei um volume extraordinário de opiniões, algo bem diferente de um argumento fundamentado. O mais incrível foi verificar a vinculação de Caminha a um suposto primeiro ato de corrupção.

Pero Vaz de Caminha tinha uma filha e a moça casou-se com um sujeito criminoso. O mesmo foi preso e condenado por ter cometido assalto à mão armada. Pena: Degredo. Eis que a Coroa Portuguesa enviava para a África. O genro de caminha foi enviado para a ilha de São Tomé. Ora, o que Caminha fez foi um pedido de Indulto ao Rei, dispositivo que estava previsto nas Ordenações Afonsinas de 1446. O rei concedia ou não conforme seu juízo. 

Essa recorrente interpretação sobre uma herança ibérica precisa ser revista, porque isso é muito fatalista e a sociedade é posta em uma perspectiva estática, engessada. Não adianta então fazer nada, não há chances de mudanças? Eis o perigo e tal concepção e, particularmente, o perigo de certas defesas em prol dos acusados de corrupção. 

Precisamos de um passo Político à frente, ma sisso não se faz com mascaramentos e estreitamentos da realidade.



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