O PT do Maranhão é um caso interessante na vida partidária nacional. Foi o primeiro segmento partidário depois da redemocratização que cometeu sucessivos abortos de tomada de poder. Isso tudo movido por tensões internas nutridas de ciúmes e ódios, questões passionais mal-resolvidas.
Flávio Dibo como governador é uma bem sucedida gestação e um parto grandioso do PC do B, mas que simboliza mais um aborto do PT local. Esse sucessivos descaminhos produzidos pela canibalismo mantido pelas oligarquias que se estabeleceram no interior do partido fez com que a legenda virasse um guarda-chuva nanico para cobrir uma multidão de tendências dissonantes e pequenos grupos de interesses operando com projetos individualizados. Essa foi a primeira fase da pmdebização do PT local.
Depois para passar à fase mais aguda de pmdebização foi um pulo. O partido passou a ser legenda auxiliar na composição de tempo de propaganda eleitoral em candidaturas de outros partidos. O PT começou a sobreviver grudado em projetos de outros partidos e ficou cada vez mais dependente de ter cargos e estar com quem está à frente do poder. Na dificuldade de criar um projeto consistente de poder agregando todas as vaidades internas, as diversas tendências (grupos) começaram a negociar espaços em todos os níveis de governo. A tal barreira ideológica virou uma peça elástica. Uma parte já está abrigada no governo estadual (Flávio) e no municipal (Holandinha).
Os petistas que estavam com Roseana não estão integrados ainda ao governo de Flávio por força de alguma restrição? O certo que ficar fora do poder não é mais lugar suportável para esse PT pmdbizado.
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