Toda identidade é construída. Toda identidade é processo, Toda identidade responde ao quesito do que sou eu (nós) em um contexto. Identidade é transacional, negociável e possui zonas porosas e fluídas. Nenhum humano pode ser reduzido a ser uma única face sem diminuir sua humanidade. Nenhuma causa é bastante para aprisionar o humano em uma única dimensão.
Ser negro é ter direito ao humano: plural, multidimensional e a tudo o mais que é verdadeiramente humano: contradições, diversidades.
Qualquer ato em prol de consciência tem que ser emancipatório e reivindicativo de identidades plurais.
Se o essencialismo é questionável, não menos é a visão de etnicidade que a construção e afirmação política tenha um único destino, uma única forma e uma prisão do sujeito nessa própria identidade. Porque isso é uma visão restrita das potencialidades do sujeito.
A consciência negra tem que ser uma consciência de liberdade, que liberte o sujeito de qualquer cadeia, de qualquer limitação. Ser negro é ser múltiplas formas do possível, é ser livre para se construir multiplamente em identidades.
Sou negro exatamente onde sou índio, pardo, cristão novo...
Viva a consciência livre: 20 de novembro!
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