sexta-feira, setembro 19, 2014

Dilma, Aécio: Pesquisas, oscilações e "crescimento".



Fora da cúpula do PT já começou uma euforia em torno de um crescimento de Dilma nas pesquisas. Por outro lado, Lula Continua em campanha, ora para si mesmo, ora para Dilma e de forma nada leve, tem atacado diversas pessoas sem distinguir, não preservando amizades e gentilezas. Lula colocou o PT não em um disputa eleitoral, comum em espaços democráticos, mas em uma guerra pelo poder. Por que isso? Já que a alternância é parte do regime político em vigor e perder uma ou várias eleições é comum. Fica claro que o PT e Lula não querem só mandatos. Há algo de mais profundo nessa ação tão feroz. O que é? Talvez o início da resposta esteja em uma outra pergunta: o que o PT e Lula temem diante do fato de ficarem fora do poder? 

Dilma já apresentou percentuais bem acima dos atuais. O que produziu um prognóstico nada humilde de Mercadante que, em 10 julho 2013, indicava vitória mais fácil do que em 2010, e com vitória no primeiro turno. Só que ele não combinou com o povo. O que está ocorrendo e sendo comemorado como um grande crescimento são oscilações dentro das margens de erro das pesquisas, com uma pequena diferença, em alguns casos. Nada que as pessoas mais lúcidas possas tomar com tanta euforia.

Essa variação nos números da Marina eram esperados, o confronto estava entre Aécio e Dilma. Marina estava fora, mas logo que entrou na cabeça da chapa e ocupou a segunda posição, o PT e o PSDB foram uma frente para atacá-la. Esses dois partidos estão fazendo de tudo para desconstruir Marina e sem medir esforços com uso de recursos sórdidos, explorando o medo etc. Porém, até agora, essa diminuição nas intenções votos e crescimento na rejeição de Marina não afetam seriamente sua candidatura. Todo e qualquer candidato tem uma faixa do seu eleitorado oscilante, menos ideológicos, menos ligado ligado ao debate político e mais influenciável. Mas os votos dela parecem estar bem mais consolidados do que os de Aécio.  

O Aécio não teve crescimento nenhum, se observada as margens de erros. E está tecnicamente empatado com Marina na rejeição (DataFolha). Esse resultado parece mais uma jogada de marketing, pois ocorreu logo após Fernando Henrique fazer reunir diversos empresários em um jantar, cujo o tema central foi "pode-se perder uma eleição ganha". O que na realidade, fora desse jantar, aconteceu de tão significativo a favor dele? Nada. Aécio não conseguiu ultrapassar a Bahia até agora e aparece nas pesquisas de intenção de voto como o terceiro colocado em Minas, estado onde governou e teria tido 92%  de aprovação. A maioria absoluta dos mineiros não deseja votar nele para presidente. 

Dilma ainda pode crescer mais, porém, sua candidatura tem uma rejeição bem à frente dos seus adversários e está extremamente consolidada. Para a parte mais bem informada e formada do PT, esse fator é muito preocupante. Pois estão vendo a eleição chegar e ela ficando com um dedo consolidado. O problema não é o rodapé é teto dela por conta da rejeição. No segundo turno o tempo é igual, o adversário vai ter para atacar mais e mostrar mais suas propostas. E toda essa sólida euforia se dissolver todinha no ar. Porque a exploração do medo com supostas ameaças ao Bolsa Família, à CLT, ao crescimento da homofobia e ao fim do Estado laico estão perdendo força e colocando o PT em sérias contradições. 

Ou o teto sobe ou a casa afunda rapidinho... e o delator do caso #petropropina (corrupção na Petrobrás)  já disse que existiu propina para comprar com prejuízo de 720 milhões de dólares a refinaria nos Estados Unidos da América. 



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