Reproduzido a partir da internet, autor não identificado. |
Ser um povo cuja manifestação mais forte de patriotismo não está ligada aos elementos tradicionais da chamada cultura cívica não é, em si, um fato comum e fica mais extraordinário quando a virtude cívica assume a forma de torcida de futebol. Civicamente eufórico diante de uma TV ou, no rol de alguns poucos, cantando o hino nacional no estádio onde acontece a partida de futebol.
O hino emociona e nem se sabe o porquê. O que tem esse hino? Serão as margens plácidas?, ou o brado retumbante?, ou os raios fúlgidos?, ou o impávido colosso?, ou deitado eternamente em berço esplêndido?, ou fulguras?, ou florão?, ou mais garrida?, ou o lábaro?, ou a flâmula?, ou a clava forte? Difícil saber o que move esse reduzido cidadão ao imenso torcedor patriótico.
O certo é que Hino Nacional Brasileiro fala de coisas não comuns se comparado a outros hinos. Fala "de amor e de esperança", de "amor eterno", de campos "risonhos" e "flores".
Que país já ousou viver "um sonho intenso"? É isso... Vivemos de sonhos, de poesias. Não sem motivos o poeta notou essa vida: "Vamos viver de brisa, Anarina."
Vamos descansar os olhos (para o choro)... amanhã tem jogo da seleção na copa, dia de nacionalismo!
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