Todas as Mães são grandiosas... mas a nossa, queremos sempre, que seja a maior. Mãe é uma criação social tanto quanto nossa humanidade. Algumas mulheres engravidam, parem, mas não conseguem incorporar e a crer nos valores que movem essa condição. Pecado, loucura, crime? Não.
Algumas mulheres não conseguem. Elas só não conseguiram se guiar para essa tarefa, visando assumir uma condição reconhecida socialmente em um dado tempo. E isso só as deixa diferente na perspectiva social e cultural, que sempre estabelece para si referências norteadoras. Nada mais. Só que a sociedade enquanto uma forma de partilhar certos elementos culturais hegemônicos, reage. Mas quem não consegue ser mãe continua prenhe de valor em tantos outros aspectos, no seu valor de mulher e pessoa. Tantas outras mulheres nunca engravidaram e não pariram, biologicamente, porém, são mães integrais, não de uma família, mas de uma comunidade inteira. Mães que são inomináveis em intensidade.
O ethos materno vai na direção de inúmeros significados e tem uma intensa carga simbólica. O seu espectro afetivo e moral é o mais denso dentro da nossa sociedade, porque acreditamos que ele seja síntese de todas as formas mais intensas e puras do que acreditamos ser Amor.
Eu sempre tive Mãe. E isso foi um ganho de vida, ainda mais que só tive ela como amparo, proteção e orientação. Hoje minha Mãe reside no azul... onde nossa compreensão material ainda não chega, nem temos qualquer força de percepção e apreensão significativa, apesar de se tratar de uma realidade também física e viva.
Mas quero deixar meus votos de força e carinho aos que nunca tiveram Mãe, em nenhuma das variáveis já vistas de expressão de maternidade. Meu abraço e meu pedido de perdão por ter tido algo tão especial que a vocês foi, desde sempre, negado.
Feliz Dia das Mães!
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