“Só não muda de ideia quem
não tem ideia”. “Triste não é mudar de ideia, mas não ter ideia.”
Minha filiação no Partido
dos Trabalhadores (PT) data de 1991, mas antes disso já votava e militava nesse
partido. Permaneci até hoje por livre e espontânea vontade. Por isso, não vou
criar nenhuma lista de desilusões ou culpar alguém para justificar minha saída.
Não preciso amaldiçoar e nem responsabilizar ninguém para ser álibi da minha
desfiliação. Saio livremente... O PT mudou e eu mudei.
Na primeira metade da
primeira década dos anos 2000 fiz críticas ao PT e suas novas formas/fórmulas
de aliança, sua organização de tipo de cúpula e sua tendente verticalização do
poder interno. Também sinalizei sobre a relação Lula e PT, particularmente o
que se convencionou chamar Lulismo.
Sair não é difícil...
Difícil é o para onde ir (?).
Saio de forma verdadeira,
não quero ser mais um DESFILIADO FANTASMA, tipo aqueles que “saíram” do partido,
mas que ficam o tempo todo seguindo os eventos do PT, fazendo aparições em
corredores, em mesas de acordos e/ou tentando se encostar em negociações para
barganhar e tirar dividendos em cima dos serviços prestados. Saída é saída. Também não quero ficar fazendo coro junto à
crítica que ver todos os descaminhos nas lideranças locais e inocenta por
completa a direção nacional, desvinculando os pactos locais dos nacionais.
Na próxima semana entrego
meu pedido de desfiliação no Diretório Municipal, no Diretório Estadual e mando
por correios uma cópia para a Direção Nacional.
Fiz o que pude. Não fui um
militante típico. Eu sigo meu rumo e o PT, partido, segue o seu!
Grande abraço a todos e a
todas que ficam e, especialmente, os que um dia ousaram sonhar!
PT saudações!
Francisco José Araujo.
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