Hoje estava vendo umas agendas
velhas, tempos de UFMA... Nossa, por Deus, como encontrava tanta coisa
importante para agendar, tantos números que nunca ligava. Diversas referências.
A cor da tinta da caneta; a mancha deixada pelas mãos. Tudo ali sintetizado em
um objeto, coisa com o peso de uma trajetória social, coisa que ganha código
cultural dos sujeitos.
É certo que as coisas só trazem marcas, a história e os
significados estão sempre sob o construto dos sujeitos sociais. Toda sua
relevância no presente está submetida aos interesses e necessidades da ordem
cultural. Para mim é relevante, como um instantâneo de uma saga, de uma odisseia,
de uma façanha.
Notas breves de aulas, por
exemplo, o dia, o nome da disciplina e o assunto, nada mais que isso. Desenhos
de várias coisas, sempre pequenos, consomem as margens de boa parte das
páginas. Também há citações e poemas de diversos autores.
Enfim, um bom abridor de apetite
para a formulação de um tratado das coisas...
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