sábado, fevereiro 11, 2012

AS COISAS E AS NOSSAS MARCAS



Hoje estava vendo umas agendas velhas, tempos de UFMA... Nossa, por Deus, como encontrava tanta coisa importante para agendar, tantos números que nunca ligava. Diversas referências. A cor da tinta da caneta; a mancha deixada pelas mãos. Tudo ali sintetizado em um objeto, coisa com o peso de uma trajetória social, coisa que ganha código cultural dos sujeitos. 

É certo que as coisas só trazem marcas, a história e os significados estão sempre sob o construto dos sujeitos sociais. Toda sua relevância no presente está submetida aos interesses e necessidades da ordem cultural. Para mim é relevante, como um instantâneo de uma saga, de uma odisseia, de uma façanha.

Notas breves de aulas, por exemplo, o dia, o nome da disciplina e o assunto, nada mais que isso. Desenhos de várias coisas, sempre pequenos, consomem as margens de boa parte das páginas. Também há citações e poemas de diversos autores.

Enfim, um bom abridor de apetite para a formulação de um tratado das coisas...


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