domingo, outubro 23, 2011

SUPER BOSS: O MARANHÃO QUE NÃO SE QUER VER, MAS QUE EXISTE




Você deve ter ouvindo, ao longo da vida, diversas definições, explicações, críticas e análises sobre a realidade maranhense. Talvez já esteja cansado dessa “história”, mas não desanime, encare mais essa e veja como nossa realidade é rica em detalhes interessantes. 


O texto a seguir é bastante fecundo para ampliação das nossas possibilidades explicativas e compreensivas sobre o Maranhão. Pode-se dizer que é um convite para uma boa imersão nas inúmeras facetas do nosso contexto atual. Veja a citação abaixo e faça uma reflexão sobre a nossa realidade.

Segundo Putnam, as associações civis contribuem para a eficácia e a estabilidade do governo democrático, não só por causa dos seus efeitos internos sobre o indivíduo como também pelos seus efeitos internos sobre o indivíduo como também pelos seus efeitos externos sobre a sociedade. No âmbito interno, as associações incutem em seus membros hábitos de cooperação, solidariedade, senso de responsabilidade comum para com empreendimentos coletivos, bem como espírito público. No âmbito externo, a articulação e agregação de interesses são intensificadas com uma densa rede de associações secundárias*.
“*É importante ressaltar que nem toda e qualquer associação secundária, dotada internamente de capital social, necessariamente contribui para o acúmulo de civismo do todo social, ou seja, para o desenvolvimento de capital social numa dada sociedade. Um exemplo disto é o caso da Máfia. A Máfia é uma organização associativa que vende a seus consumidores proteção contra a violência em troca de coberturas para violações da lei. Do ponto de vista interno, a Máfia em si mesma é uma espécie de holding familiar, dotada de  capital social, pois existem normas de reciprocidade, laços de confiança, fidelidade e redes entre as famílias. Do ponto de vista externo, a máfia é uma organização que preda as instituições públicas através das práticas de corrupção, aliciamento, coação física através de violência sobre servidores públicos e cidadãos, ou mesmo sobre concorrentes no mercado, para assegurar seu oligopólio.” (Antônio Sérgio Araújo Fernandes – A comunidade cívica em Walzer e Putnam).

2 comentários:

  1. Recorrente na Ilha de São luís, não só caracterizado por uma Máfia disfarçada nas instituições públicas,usurpando o "patrimônio público" e prevalecendo-se das circunstâncias para utilizar os Recursos Públicos em Benefícios próprios ou seja a iniciativa privada nos meios públicos sem finalidades de atender o interesse comum dos cidadãos.

    Sem contar com o maldito banco de Favores(clientelismo) que estende-se dos Altos Comandos para o Baixo escalão,aprisionado os mesmos a uma submissão impedindo a formação de uma comunidade cívica atuante.

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  2. Waldano,
    obrigado pelo comentário... bastante didático e esclarecedor. Esse banco de Favores daria uma boa tese. Tem filial desse banco em todo canto... Mistura com o nepotismo...

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