Parece uma coisa normal ruas e avenidas permanecerem esburacadas durante cinco meses, sem asfalto e destruídas. Ninguém fica indignado e as chuvas parecem ser uma justificativa máxima e incontestável.
Será que os buracos das ruas e avenidas de São Luís são decorrentes só das chuvas? Por que não há empenho na Câmara Municipal e na Assembléia Legislativa diante de tal fato? Por que tão pouca atenção tem recebido esse problema na mídia local?
Os buracos dão prejuízos não só pelos danos causados nas suspensões dos veículos, mas também pelos danos à saúde.
Os buracos são tantos e tão grandes que as bieletas e amortecedores acabam não absorvendo suficientemente o impacto da queda dos veículos e toda essa carga excedente é lançada contra a coluna vertebral. Isso provoca dores, desconforto e aumento da fadiga (stress) dos condutores de veículos.
As bieletas e os amortecedores podem ser trocados, mas a coluna vertebral não. As sessões terapêuticas para a coluna são demoradas, os resultados não são imediatos e um preço alto. Na verdade, a coluna vertebral nunca mais fica boa.
Somente numa situação de paralisia ou de autodestruição coletiva explica tamanha cumplicidade, tamanha apatia e silêncio... Quando o desconforto e o precário atingem o patamar de veneração, abre-se a exigência de pensar os nossos reais valores atuais.
A polis na Antiguidade era sinônimo da vida humanizada. Pois era através polis que o indivíduo atingia o desenvolvimento de suas potencialidades humanas.
(originalmente publicado em 30/05/2009 - ethospolitico.zip.net)
É... o tempo passou e parece que tudo continua igual, mas isso não é verdade, nós mudamos para pior!
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