Mistura de macumba e física quântica, esse é o segredo da ilha. A ilha de Lost é tão cheia de história e casos extraordinários quanto a ilha onde se situa São Luís. A diferença é que os ocupantes da Ilha de Lost buscam, a todo instante, protagonizar diante do curso dos acontecimentos, querem fazer algo e não aceitam serem simplesmente arrastados. Lutam contra a morte e o medo do desconhecido.
Em Lost não há economia de esforço e nem de ferramentas. Nesse particular expõe uma diferença relevante quanto a São Luís. Além disso, São Luís também guarda uma diferença quanto a ilha de Lost: tem por tradição deixar que qualquer forasteiro chegue e se autoproclame gênio e/ou mais homem e mais macho do que todo mundo, sem que ninguém ponha à prova essas supostas qualidades. Mas mesmo aí Lost e São Luís ainda se assemelham, pois nessas diferenças comungam o fato de construírem e reproduzirem muitos mitos, combinarem sobrenatural, ciência e paradoxo do tempo com facilidade.
Na ilha o que acontece parece que sempre existiu, mortos estão e não estão mortos, o que não existe parece já estar pronto. Ao fundo, mas ocultamente, seres místicos disputam cada lance de um imbricado jogo.
Lost já chegou a sexta e última temporada e já é possível até ver sentido em todas aquelas estranhezas. Porém, por cá, tudo fica cada vez mais estranho, opaco e o tormento parece que não tem fim... Nunca estivemos tão lost na história.
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