quinta-feira, janeiro 30, 2014

Pedrinhas e aceitação da humilhação

Pedrinhas virou bizarrice total... Celulares aparecem continuamente dentro da Penitenciária, ninguém sabe como entraram, ninguém é responsabilizado e não aparecem os cúmplices... Líder foge e também não aparece nenhum responsável, nenhum cúmplice e só se sabe que fugiu... 
Sinceramente, a sensação surreal é que em Pedrinhas só os presos existem, estão sozinhos nessa história absurda. Nós contribuintes, cidadãos e trabalhadores estamos sob um estado de terror, enjaulados no medo e no pavor. 
Criminalidade e violência são coisas difíceis de serem combatidas e os resultados demoram, mas algumas coisas que estão ocorrendo não são tão complexas e difíceis de serem combatidas nesse mesmo grau. 
A governadora está aceitando uma humilhação? Para todo mundo já figura como falta de comando e autoridade. Exoneração e medidas administrativas foram feitas para serem usadas, quando cabíveis! 

segunda-feira, janeiro 27, 2014

Protestos e os infiltrados


Não vejo como desassociar algumas ações de "manifestantes" com o desejo dos donos do poder. Trata-se do desejo dos governantes de esvaziarem e até mesmo anularem as manifestações. 
Existe a tal estratégia black bloc, mas vejo como desconfiança certas ações, pois sinto que, no meio das pessoas politicamente focadas (black bloc ou não), estão infiltrados aliados dos poderosos para produzirem desgaste nos protestos. Agem como aproveitadores para eclipsar a legitimidade dos protestos. 
As ações dos infiltrados possuem o propósito único de tumultuar para esvaziar. Os que estão no poder sabem do potencial de crescimento e alastramento dessas manifestações. O que é melhor se não for possível impedir totalmente? Reduzir, isolar e criminalizar. 
Em todo o país há segmentos extremamente descontentes com os serviços básicos, com o desperdício de dinheiro público. Muitos querem protestar contra os governantes, mas vão ficando em casa por conta dos confrontos com a polícia. 
Quem gosta disso? Os que não querem protestos. A turma de Brasília e os governos estaduais não querem que os movimentos cresçam. Eis o serviço das militâncias governistas infiltradas. Tudo leva a crer que são eles os maiores promotores e beneficiados dessa suposta "radicalidade".
É.. Os grupos que verdadeiramente estão engajados, focados no interesse público, estão deixando, sem perceberem, os infiltrados destruírem a oportunidade da crítica e a força da contestação política das passeatas, produzindo uma adesão alienada ao sistema, ao recuperar para os poderosos os motes de legitimação para o uso da força. Tudo o que eles querem é isso. 
O que os poderosos têm como argumento para a situação da saúde, da segurança pública, do transporte etc. ? Nada! É preciso bloquear o mal que pega carona! Essa deve ser a estratégia. Os que estão no poder precisam prestar conta de tato descaso e desvios dos recursos públicos. 

sexta-feira, janeiro 24, 2014

Propostas urbanísticas para a cidade de São Luís



"                                                                                                                                           por Laíse Frasão
"Era uma casa muito engraçada não tinha árvores não tinha dana..." 

QUE TAL VOCÊ MUDAR ISSO? 
Projeto: Propostas urbanísticas para a cidade de São Luís JÁ!


Em alguns muitos “rolezinhos” técnicos pela cidade de São Luís, juntamente com o sábio professor Francisco José Araújo, foi possível constatar de perto o descaso com as questões relacionadas, sobretudo, à preservação do nosso rico acervo patrimonial arquitetônico/urbanístico; renovação/ manutenção dos espaços e equipamentos urbanos; mobilidade urbana e preservação do meio ambiente. Nossa cidade está abandonada! E isso precisa mudar...


Nesse sentido, em tempos de revisão do Plano Diretor local, a partir de constatações conjuntas, surgiu a ideia de criação de um grupo independente e multidisciplinar de profissionais para elaborar uma série de propostas arquitetônicas/urbanísticas pontuais para serem implantadas na cidade. Entretanto, logicamente, para garantir a intervenção positiva desses projetos no meio circundante imediato – a curto e médio prazo – e para a comunidade como um todo, os mesmos têm como fundamentação aspectos legais, sociais, culturais, econômicos e ambientais. 

Paralelamente à realização de significativos levantamentos socioculturais e físicos, e, posteriormente, da etapa criação projetual, estas propostas serão fortemente defendidas, por nós integrantes da equipe, em assembleias populares e perante os gestores públicos. A ideia é que estes projetos possam realmente sair do papel e JÁ!

Trata-se de pró-atividade e um grito por socorro daqueles que buscam URGENTEMENTE uma cidade melhor.

Dentre as várias propostas que começam a ser esboçadas/ traçadas segue a imagem ilustrativa do Parque do Jacaraty: uma tentativa de criar um ponto de preservação e lazer em um trecho remanescente da criminosa e pouco inteligente obra da via expressa e que está em risco devido a expansão da área de estacionamento do Shopping São Luís (perímetro em amarelo).

Junte-se a nós! 
A quem interessar, meu email é laisefrasao@gmail.com 

domingo, janeiro 19, 2014

A racionalização da desigualdade é a nossa maior especialidade

A Maior, mais poderosa e genuína habilidade brasileira é a racionalização da desigualdade. 
Não sou a favor nem contra rolezinho. Sou contra a distância social, a hierarquia social exercida e manifestada de forma sórdida, perversa e cruel. 

No Brasil, não basta ter, o indivíduo só se sente possuidor se  o tempo todo ficar dizendo que outro não tem nada. Aqui, para os mais endinheirados, a melhor parte da ostentação é a humilhação que podem impor aos outros. Rolezinnho tem mais de versão do que de conteúdo. O conteúdo real é o ódio aos pobres e a falta real do Direito como um valor. O outro nunca é visto em termos de igualdade, mas pela desigualdade hierárquica.  

A parte mais real do rolezinho é aquilo que não é tratado como direito: áreas de lazer, de entretenimento, de esporte, de produção e consumo de bens culturais nas periferias das cidades.

O direito de ir vir não se impõe à repressão ao rolezinho, porque é natural ver o pobre como não possuidor de direitos e como sujeito perigoso ao patrimônio. Prevalece sempre, entre nós, o interesse privado, mesmo quando envolve questões de dimensões públicas. O rolezinho, de roler, expõe a artificialidade "utópica" da promessa neoliberal que o Mercado é capaz de responder às demandas sociais. O livre mercado e a livre iniciativa têm como indivíduos livres os que se encaixam no seu público alvo de consumo e somente para consumo. 

Tudo que configure ameaça às desigualdades sociais, ao distanciamento social, à humilhação dos inferiorizados aciona e excita a racionalização da desigualdade, que prontamente produz, em cadeia, argumentos justificadores e legitimadores da hierarquia, da ordem, do disciplinamento, dos bons modos, da competência e da manutenção do patrimônio privado. 

Aos ricos é oferecido o segredo de justiça, aos pobres o escárnio do noticiário policial.

O rolezinho é perigoso porque ultrapassa a faixa do espaço em que o pobre pode circular de forma tolerada. 

quinta-feira, janeiro 16, 2014

O diabo velho no Maranhão




“ACHAREI O QUE PROCURO OU MORREREI NA EMPRESA”. (Bartolomeu Bueno, o Anhanguera - o diabo velho)
Entre 1674 a 1680 o mercenário,  facínora, genocida e estuprador Domingos Jorge Velho veio para o Nordeste (Piauí, Maranhão e Ceará) exterminar índios e quilombolas. Depois dessa sua empreitada, em 1694, esse assassino empenhou seu ânimo para destruir Palmares.  Em 1699, o atroz sanguinário, voltou ao Maranhão para exterminar mais índios... A história é bem assim. Tempos em tempos aparece um bandeirante.

segunda-feira, janeiro 13, 2014

NOBLAT traz uma novidade e revela seu desconhecimento sobre o Maranhão.

O Blogueiro Noblat trouxe uma novidade sobre a disputa eleitoral que está tendo início. Vejam: 
"No Maranhão, Dino está com a candidatura a presidente de Eduardo Campos (PSB), governador de Pernambuco. E também não abre."
Noblat afirma qual o palanque de Dino: Campos.  
Ao lado dessa novidade o blogueiro revela também seu desconhecimento e pouca informação sobre o Maranhão. Vejam: 
"Roseana deixará o governo em abril próximo para ser candidata ao Senado.
Somente na semana passada ela quebrou o silêncio e falou sobre a crise.
Foi um desastre. Agrediu o bom senso. Revelou-se despreparada para o exercício do cargo que ocupa pela segunda vez."
SEGUNDA VEZ ONDE, Noblat? Precisa fazer uma verificação nos registros oficiais. 
A imprensa do sudeste descobriu o Maranhão no mês de janeiro, três meses antes do descobrimento do Brasil. 

domingo, janeiro 12, 2014

Pedrinhas e todos os seus lobos



Pedrinhas e todos os seus lobos
O Maranhão está mais rico. Logo tem gente com riqueza. O ladrão rouba só pessoas que possuem algumas coisas para serem roubadas. O estado está mais rico, mais gente rica e os ricos tem mais coisas para serem roubadas. Ora, o ladrão vai trabalhar mais, vai roubar mais, assaltar mais, porque as ofertas das tentações para o crime aumentaram. O crime aumentou com o crescimento da riqueza. Assim podem alguns, ironicamente, terem traduzido o pronunciamento da governadora sobre a tragédia produzida a partir do caos existente em Pedrinhas.  

Mas, isso pode ser interpretado de outra maneira, como inversão do mito que diz que a criminalidade e a violência sempre são consequências diretas e únicas da pobreza. Ao inverter o mito, a governadora tentou, de uma forma nada feliz, responder à crítica corrente que afirma: os governos sucessivos da família Sarney empobreceram o Maranhão.

A administração de um sistema penitenciário pode ser ruim mesmo em sociedades que registram baixos índices de criminalidade. Além disso, pode haver uma excelente gestão do sistema penitenciário e ocorrer um colapso carcerário, porque pode ocorrer um aumento drástico de condenados, ou uma queda brusca de condenados, ou por mudanças radicais sobre a ideia penal envolvendo seus fins e aplicação. A Suécia e Holanda (o Estado Holandês, não é o nosso Holandinha, que até agora não disse o que foi fazer à frente do poder público municipal) estão fechando presídios por falta de prisioneiros. Na Suécia colaboraram para isso a diminuição do número de crimes e as revisões judiciais.  

O ato de um indivíduo ou grupo para atingir a condição de violência sempre depende do ponto de tolerância e permissividade que foi estabelecido cultural e socialmente dentro de um contexto social e em uma época específica. Em certos momentos, alguns atos já são qualificados como violência, mas não constam no rol dos crimes. 

O avanço da criminalidade não fica a cargo só do aumento dos atos ilegais dos criminosos comuns, aqueles indivíduos que de forma recorrente praticam ações danosas contra o patrimônio privado e contra a vida alheia. A esfera do poder público e no setor privado, do mercado e zona empresarial, estão cheios de criminosos. Porém, muitos não são percebidos como tais ou têm suas posturas criminosas atenuadas. A linguagem dos noticiários muda para eclipsar e diluir a situação real de criminoso vivida por alguns indivíduos. 

Diversas pesquisas no Brasil e no Mundo já derrubaram o mito que a violência está sempre ligada à condição de pobreza. Muitos dos que acreditam nesse mito esquecem a proporcionalidade e a dimensão de cada camada social. Além da impunidade que gozam os indivíduos de camadas sociais não-pobres. Hoje, o mito da criminalidade como consequência mecânica da pobreza é uma ideologia, usada para justificar o fato que a maioria esmagadora da população carcerária brasileira é constituída por pessoas pobres.

O código penal e a justiça penal brasileira fazem uma opção preferencial pelos pobres. Temos graves falhas no tocante ao que é a pena justa e o julgamento justo. Para exemplificar, a corrupção na esfera pública não é considerada como crime hediondo e só pobres são verdadeiramente condenados nos crimes de desvio de recursos públicos. Vejamos: roubo, desonestidade aparece só como desvio. 

Por outro lado, a violência cresce nas diversas sociedades e nas diversas camadas sociais. Quem já esqueceu os assassinatos bárbaros promovidos por pessoas de padrão econômico elevado? A filha que matou os pais, o pai que matou a filha e a esposa de esquartejou o marido. Qual a explicação para isso? Ninguém os viu como violência? Eram pessoas com uma história de vida de pobreza? 

Há tempos as ciências sociais constataram que a violência tem múltiplas causas e é de difícil mapeamento. Bobagens e achismos podem ser ditos a toda hora, mas compreender e explicar parcialmente fenômenos desse tipo é preciso a conjunção de múltiplos esforços ao longo do tempo.  

A ideia penal que temos é ruim. A ideia que temos do que seja a pena justa varia entre a vingança e a complacência irresponsável e cínica. A ideia de justiça penal que prevalece entre nós é péssima.

O Brasil já tem a quarta (4ª) maior população carcerária mundial, segundo o Centro Internacional para Estudos Prisionais, com 500 mil presos. O Departamento Nacional Penitenciário aponta um déficit de 198 mil vagas. O número de encarcerados tem crescido 10% ao ano. Para cada 100 mil habitantes temos hoje 253 presos. Além disso, temos a polícia que mais mata no mundo. Mas nem por isso a população se sente mais segura, tampouco os índices de violência e criminalidade estão baixando. A essa situação alguns estudiosos calcaram a expressão “paradoxo brasileiro”. Agora, para complicar ainda mais, proliferam os atentados terroristas praticados por criminosos que, aos poucos vão instaurando uma forma de conflito civil aberto ou guerra civil.

O aumento de número de vagas nas cadeias resolve só a questão da acomodação dos internos (condenados ou provisórios). Mais do que falta de vagas, que fique claro, esses presídios apresentam graves problemas funcionamento. São instalações e gestões precárias que atuam de forma equivocada e sem foco no processo de punição corretiva restauradora da pacificação social. É um problema nacional. Problema que vai se avolumando governo após governo. 
Os estabelecimentos penais brasileiros são aberrações. Há tempos diversos estabelecimentos prisionais são dominados pelos próprios criminosos de forma criminosa e para promover mais crimes. O Estado Brasileiro, como um todo, não oferece, não promove nenhuma política séria, que transforme essas cadeias em locais para os condenados cumprirem penas verdadeiramente nas formas legais, sendo espaços formativos e motivadores para o convívio social pacificado.

O que ocorreu em Pedrinhas, além do que é corriqueiro em todo o Brasil, foi uma total falta de interesse e habilidade administrativa do comando político do Estado, irresponsabilidade de funcionários dos escalões superiores e intermediários e a injustificável cumplicidade dos outros Poderes. Não descarto a sabotagem oportunista de alguns indivíduos. Existem diversas mãos nessa massa. 

Como foi permitido a instalação de um circo macabro dessas proporções num estabelecimento penal do Estado? Como foram produzidas tantas fotos e vídeos não periciais? Como se permitiu prolongada exposição dos corpos e das cabeças apartadas dos corpos?  Não existiam sacos plásticos e lençóis para cobrirem os corpos? Qual perícia e quais investigações estão em curso? Por que o efetivo policial nas ruas não foi logo aumentado logo, no início das rebeliões? Com o aumento dos ataques terroristas, assaltos e homicídios em São Luís, por que não se montou barreiras e blitz com detectores de metais, cachorros farejadores etc.? Como não existe um serviço de inteligência no interior do presídio? Cadê a inteligência do sistema carcerário? A empresa terceirizada responsável pelas revistas não vai responder a nada?

O presídio Pedrinhas tem que ser desativado, transformado em centro de formação e educacional. É insistir no erro manter esse "complexo". Outras unidades prisionais, menores e mais modernas, devem ser construídas nas diferentes regiões do Maranhão. E que essas novas unidades disponham de programas educacionais e de formação, de “reabilitação” e com uma política de prevenção à reincidência. Ao lado disso, melhor qualificação profissional dos agentes estatais empregados nessas atividades e combate à corrupção no interior do sistema penitenciário. 
Só ampliar o número de vagas em Pedrinhas vai ter como resultado somente o aumento da população do presídio e o seu potencial de distúrbio e barbárie.

Do outro lado dessa questão, há um voluntarismo complacente de “direitos humanos”, não são todos os militantes dos direitos humanos que se encaixam nessa condição, vamos ser justos. O certo é que essa complacência em nome da justiça às vezes é danosa, principalmente quando reforça o sentimento social de impunidade e desprezo pelas vítimas.   Alguns desses militantes chegam a produzir verdadeiros tratados, onde expõem os direitos humanos de forma naturalizada – desconhecendo inclusive a matriz teórica e conceitual que adota de “dignidade humana”. Outros, compondo esse voluntarismo complacente, cometem a bizarrice de construir atestados comprobatórios de ignorância sobre a criminalidade e a violência no Brasil e no Mundo, em tom de manifesto da Justiça. Ignorância passível de ser sanada com alguns cliques e a disposição para ler os diversos relatórios sobre criminalidade e violência disponíveis na Internet. Além dos diversos textos acadêmicos, resultantes de pesquisas, também disponíveis gratuitamente no ambiente virtual.

O mais grave dessa modalidade de “direitos humanos” é a total irrelevância dada às vítimas dos criminosos. Alguns defensores dos “direitos humanos” parecem ter ódio das vítimas. Como se a vítima, por ser vítima, cometesse uma injustiça contra o criminoso. Eles também falham em não saber ler o contexto em relação ao uso da força. Como cristãos dão sinais que não leram Santo Agostinho e nem Tomás de Aquino quanto à noção de guerra justa: Intenção correta, autoridade e causa justa. Se necessária, em última instância, a força deve ser usada. Restaurar a paz é uma causa justa.

Onde os tratados desse tipo de defensor dos “direitos humanos” podem ser encontrados? Só entrar na internet e começar a ler os comentários e post sobre Pedrinhas no Facebook, Twitter e em diversos Blogues de autores maranhenses. Algumas dessas peças estão sendo guardadas para 2015. Lá serão úteis para mostrar como alguns pontos de vista mudam facilmente com o tempo dos interesses.

Que Deus conforte os familiares de Ana Clara e receba sua alma em Glória! 

quinta-feira, janeiro 09, 2014

Política: esse ano não vai mais ter lagosta

Foto: O Estado 

Esse ano não vai mais ter lagosta. Os novos banquetes ficarão a cargo da Mudança. 
A grande imprensa do sudeste "milagrosamente" começou a enxergar o Maranhão. O Maranhão foi descoberto pela Folha e pelo Estadão. 
A traição cirúrgica anunciada pelo PT parece que está em curso. 

sexta-feira, janeiro 03, 2014

Gregos e troianos na disputa pelo Governo do Maranhão

Gregos e troianos na disputa pelo Governo do Maranhão

Acordei recebendo as seguintes questões:
“Atualmente temos os seguintes nomes como pré-candidatos: Flávio Dino (PC do B), Luís Fernando (PMDB), Eliziane Gama (PPS), Hilton Gonçalo (PDT), Zé Luís Lago (PPL) e Luís Pedrosa (PSOL). A quantidade de candidatos ao governo do estado pode aumentar? Essa quantidade aumenta as chances de segundo turno? Por ter uma eleição indireta vai ser uma eleição diferenciada?”

Sim. Tanto pode aumentar como diminuir. Várias alterações podem ocorrer. É cedo e existem diversas moedas de barganha sobre a mesa. A disputa para valer só está começando. 

O PSOL, PCB e PSTU ainda não fecharam acordo oficialmente. Não fechando acordo o número de candidatos ao governo do estado provavelmente aumentará.

O PDT ainda pode alterar sua posição, depende do que Flávio oferecer em termos de candidatura. Até pouco tempo o PDT não tinha candidato próprio. A candidatura pode ser mantida como resposta ao não atendimento das exigências apresentadas à Flávio. Mas pode retirada. Se a candidatura for mantida o tempo de TV e rádio de Flávio sofre uma redução que pode fazer falta. O PDT sabe negociar e sobreviver no poder. Já fez acordo com os Sarney. 

O PSB ainda apresenta tensões sobre o rumo a seguir. Vai depender do grupo que conseguir mandar mais e convencer Campos. Nem todos estão convictos de ir com Flávio. Os Rocha querem a oficialização do apoio à candidatura Roberto Rocha para o senado. Aqui também pesa questão do tempo na TV e no rádio. Sem o PSB e PDT o tempo de TV e Rádio fica muito reduzido para Flávio.  

Flávio tem que resolver quem vai ser o seu vice-governador. A escolha pode gerar descontentamentos sérios e perda de aliados, caso não haja a devida negociação compensatória.

A posição mais confortável é a de Castelo. Mesmo tendo perdido uma eleição recentemente, goza de uma fidelidade eleitoral significativa junto ao eleitorado maranhense. As suas chances de conquistar uma vaga de deputado federal são altas.

O exemplo Castelo. Ele perdeu uma eleição para ele mesmo. Tem um eleitorado fiel muito grande em São Luís e no restante do estado. É um político muito sagaz e certamente sabe que se ficar neutro fica no lucro (perdendo ou ganhando Flávio), se compor com os Sarney sai no lucro (pode até ser uma saída para os Sarney).

Enfraquecimento ou derrota de Flávio é vantajoso para Castelo, sem dúvida. Pois ele passa a ocupar muito mais espaço e centralidade dentro cenário político.

As eleições vão ser diferenciadas. Sim. Tendo ou não eleição indireta para um mandato tampão.
A diferença não está só nesse possível processo de eleição indireta. Pela primeira vez um candidato da oposição vai começar as eleições liderando nas pesquisas e bem a frente do candidato governista. Soma-se a isso a grande porosidade, fluidez e múltiplas adesões existentes atualmente em todos os grupos. Existem sarneístas e flavistas em praticamente todos os lados e blocos.

Estamos diante de um processo de formação de novas agregações e ajustes no interior da classe política e da elite governante simultaneamente. O ajuste intra-classe é muito visível. O que está em curso não é uma ruptura oligárquica imediata, nem mandonista, mas um mero ajuste interno. No Maranhão é uma constelação de oligarquias e a classe política é uma constelação de mandões.

Quanto ao candidato do governo. Em que pese a vantagem de Flávio em relação a ele, a maioria das avaliações que estão sendo divulgadas são precipitadas. E algumas são meras peças publicitárias de campanha eleitoral.

É preciso ter cautela e considerar alguns pontos.
Primeiro, a campanha verdadeiramente não começou, aquela da ação mais direta.
Segundo, é preciso esperar a propaganda eleitoral na TV e rádios para saber como o voto livre reage.
Terceiro, algumas pesquisas apontavam ele com menos de 2% da intenções de voto e agora, nas mesmas pesquisas da oposição ele aparece com 18%. Isso deve ser mais que preocupante para a oposição, já que ele conta com o suporte da máquina dos Leões.
Quarto, ele tem currículo, conhecimento técnico e experiência administrativa (gostando ou não). A oposição, representada por Flávio, até agora, só atacou a governadora Roseana e o senador Sarney. O pré-candidato Luís Fernando não sofreu nenhum ataque significativo, nem críticas e questionamentos. Por que essa oposição não faz isso? O candidato concorrente é Luís Fernando.  
Quinto, a vantagem que Flávio apresenta ainda corresponde a um cenário sem concorrentes bem definidos, sem adversários protagonizando enfrentamentos e difundindo propostas.

Flávio nunca foi testado em situação de favorito e sob ataques constantes. Essa vai ser a primeira vez que vai entrar na disputa como favorito. Ninguém sabe a capacidade dele reagir e qual a real fidelidade do seu eleitorado.
A família Sarney nunca perdeu essa eleição tendo nas mãos os recursos de todos os Leões dos poderes estaduais. Bom não esquecer. Se Flávio vencer, nessa situação, vai ser o diferencial da eleição. Ganhar e ganhar dos Leões.  

É muito cedo. Existem enormes possibilidades e arranjos para serem explorados até outubro. Flávio e os Sarney são aliados de Lula e Dilma, ambos possuem acessos ao PT. Para Lula, no meu entender, o melhor não é privilegiar um ou outro, mas de montar um concerto para ter todos.
Lula sabe da influência de Sarney no PMDB e em outras instâncias dos poderes nacionais. Sem deixar de ver que a bancada maranhense de deputados federais provavelmente será composta, em sua maioria, por aliados de Sarney. Compor com todos, com agrados múltiplos, deve ser o desejo maior de Lula e Dilma.

Por outro lado, qualquer acerto de Lula/Dilma com Sarney ou Flávio vai ter que garantir o cargo de vice ao PT.



O ostracismo de luxo imposto ao comandante Washington não agradou a alguns gregos e a alguns troianos da cúpula do Partido dos Trabalhadores. É preciso tirar do relento os demais companheiros, deve assim pensar solidariamente o comando do PT. O nó interno é desfeito com o que pode ser garantido politicamente ao grupo de Henrique e ao grupo de Monteiro, seguido da definição de quem assume o comando do partido. Mas aí é tudo PT, Lula sabe o que fazer e todos vão com Lula e Dilma

quinta-feira, janeiro 02, 2014

A esclerose dos "médias" boçais

Em São Luís, alguns indivíduos acham que para pertencer à classe média tem que ir de "carro próprio" para todos os lugares e, para completar, estacionar o carro dentro do estabelecimento.

quarta-feira, janeiro 01, 2014

Dia da PAZ


Dia da Paz.... Lembrem-se nós amanhecemos mais endividados, penhorados e comprometidos com altas quantias. Fizemos mil votos de paz, amor, caridade, felicidade etc.. Pois bem, é hora de começar a cumprir as promessas. 2014 já começou. Vamos nessa... vamos fazer a PAZ!!!!

 SEM PROPOSTAS - ELEIÇÃO PRESIDENCIAL 2022 O que tem movido os eleitores brasileiro diante das candidaturas à presidência da República este ...